Ordens honoríficas de Portugal: diferenças entre revisões

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*[[Manuel Braga da Cruz]] <small>[[Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique|GCIH]]</small>
*[[António Bagão Félix]] <small>[[Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique|GCIH]]</small>
*[[António Bagão Félix]] <small>[[Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique|GCIH]]</small>
*Prof.ª Doutora Elvira Maria Correia Fortunato <small>[[Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique|GOIH]]</small>
*Prof.ª Doutora [[Elvira Fortunato]] <small>[[Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique|GOIH]]</small>
*[[António Barbosa de Melo]] <small>[[Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo|GCC]] [[Grã-Cruz da Ordem da Liberdade|GCL]]</small> (falecido)
*[[António Barbosa de Melo]] <small>[[Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo|GCC]] [[Grã-Cruz da Ordem da Liberdade|GCL]]</small> (falecido)
*[[Maria Velho da Costa]] <small>[[Grande-Oficial da Ordem da Liberdade|GOL]] [[Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique|GOIH]]</small>
*[[Maria Velho da Costa]] <small>[[Grande-Oficial da Ordem da Liberdade|GOL]] [[Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique|GOIH]]</small> (falecida)
*Carlos Vicente Morais Beato <small>[[Comendador da Ordem da Liberdade|ComL]]</small>
*Carlos Vicente Morais Beato <small>[[Comendador da Ordem da Liberdade|ComL]]</small>



Revisão das 18h31min de 7 de junho de 2020

Predefinição:Ordens honoríficas de Portugal As Ordens honoríficas de Portugal são distinções de mérito entregues pelo Presidente da República Portuguesa em nome dos portugueses para distinguir "...em vida ou a título póstumo, os cidadãos portugueses que se notabilizem por méritos pessoais, por feitos cívicos ou militares ou por serviços prestados ao País". Estas distinções detêm nomes de ordens militares relevantes da História de Portugal, cuja tradição se perpetuou até aos dias de hoje. Existem ainda as chamadas ordens dinásticas, que no passado eram atribuídas pelo Rei, tendo sido extintas, na sua dimensão nacional, aquando da implantação da república, em 1910. Actualmente estas ordens dinásticas são atribuídas pelo Duque de Bragança, na qualidade de chefe da Casa Real Portuguesa.

É essa mesma tradição que incumbe ao Presidente da República o cargo simbólico de Grão-mestre das Ordens, e é ele quem concede todos os graus e superintende na organização e disciplina, assistido pelos chanceleres e pelos Conselhos de cada Ordem. Assim, o Presidente tem por insígnia a Banda das Três Ordens, privativa da magistratura presidencial, que não pode ser usada fora do exercício do cargo de Presidente da República Portuguesa.

Ordens Honoríficas

Legisladas nos art.os 3.º a 11.º da Lei Orgânica das Ordens Honoríficas Portuguesas, aprovada em 1986, esta Lei consta no Decreto-Lei n.º 414-A/86, de 15 de Dezembro, e o Regulamento das Ordens Honoríficas, no Decreto-Regulamentar 71-A/86, da mesma data. Ambos decretos visavam acabar com um regime de excepção criado na sequência do movimento revolucionário do 25 de Abril de 1974.

Em 2011, é elaborada nova lei, Lei n.º 5/2011 de 2 de Março,[1] que define as seguintes ordens:

Antigas Ordens Militares

Fita Ordem Graus Criação Fundador Motto Motivos de concessão
Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito Grande-Colar (GColTE)
Grã-Cruz (GCTE)
Grande-Oficial (GOTE)
Comendador (ComTE)
Oficial (OTE)
Cavaleiro (CavTE)
1459 Rei D. Afonso V Valor, Lealdade e Mérito Méritos excepcionalmente distintos em órgãos de soberania ou no comando de tropas em campanha; heroísmo militar ou cívico; abnegação e sacrifício pela Pátria ou pela Humanidade.
Ordem Militar de Cristo Grã-Cruz (GCC)
Grande-Oficial (GOC)
Comendador (ComC)
Oficial (OC)
Cavaleiro (CavC)
1319 Rei D. Dinis I In Hoc Signo Vinces
(Com este sinal vencerás)
Destacados serviços prestados no exercício de funções em cargos de soberania ou da Administração Pública, e na magistratura e diplomacia.
Ordem Militar de Avis Grã-Cruz (GCA)
Grande-Oficial (GOA)
Comendador (ComA)
Oficial (OA)
Cavaleiro (CavA)
1166 Rei D. Afonso Henriques Pax (Paz) Altos serviços militares de Oficiais das Forças Armadas e da GNR.
Ordem Militar de Sant'Iago da Espada Grande-Colar (GColSE)
Grã-Cruz (GCSE)
Grande-Oficial (GOSE)
Comendador (ComSE)
Oficial (OSE)
Cavaleiro (CavSE)
1175 Rei D. Afonso Henriques Rubet Ensis Sanguine Arabum (Espada vermelha com sangue árabe)
Ciências, Letras e Artes
Mérito literário, científico e artístico.

Ordens Nacionais

Fita Ordem Graus Criação Fundador Motto Motivos de concessão
Ordem do Infante D. Henrique Grande-Colar (GColIH)
Grã-Cruz (GCIH)
Grande-Oficial (GOIH)
Comendador (ComIH)
Oficial (OIH)
Cavaleiro (CavIH)
1960 Presidente
Américo Tomás
Talant de Bien Faire
(Vontade de Bem Fazer)
Prestação de serviços relevantes a Portugal, no País ou no estrangeiro, ou serviços na expansão da cultura portuguesa, da sua História e dos seus valores.
Ordem da Liberdade Grande-Colar (GColL)
Grã-Cruz (GCL)
Grande-Oficial (GOL)
Comendador (ComL)
Oficial (OL)
Cavaleiro (CavL)
1976 Presidente
Ramalho Eanes
Serviços relevantes prestados em defesa dos valores da Civilização, em prol da dignificação do Homem e à causa da Liberdade.

Ordens de Mérito Civil

Fita Ordem Graus Criação Fundador Motto Motivos de concessão
Ordem do Mérito Grã-Cruz (GCM)
Grande-Oficial (GOM)
Comendador (ComM)
Oficial (OM)
Medalha (MM)
1929 Presidente Carmona Bem Merecer Actos ou serviços meritórios praticados no exercício de quaisquer funções, públicas ou privadas, que revelem abnegação em favor da colectividade.
Ordem da Instrução Pública Grã-Cruz (GCIP)
Grande-Oficial (GOIP)
Comendador (ComIP)
Oficial (OIP)
Medalha (MIP)
1929 Presidente Carmona Altos serviços prestados na Educação e no Ensino.


Ordem do Mérito Empresarial Grã-Cruz (GCME)
Grande-Oficial (GOME)
Comendador (ComME)
Oficial (OME)
Medalha (MME)
1893 Rei D. Carlos I Mérito Agrícola
Mérito Industrial
Mérito Comercial
Serviços relevantes em prol da agricultura, indústria ou comércio.

Graus

O Presidente da República é por inerência Grão-Mestre de todas as Ordens Honoríficas Portuguesas. Os Presidentes da República, aquando do final do mandato, recebem ex officio (isto é sem necessidade de acto de agraciamento) o grau de Grande-Colar da Ordem Militar da Torre e Espada.[2]

As Ordens Honoríficas Portuguesas têm duas categorias de membros:

  • Titulares;
  • Honorários.

São titulares os cidadãos portugueses agraciados com as Ordens, sendo honorários os cidadãos estrangeiros e as instituições e localidades nacionais ou estrangeiras condecoradas.[3]

A Ordens incluem seis graus, em ordem decrescente de preeminência:

  • Grande-Colar (grau especial)
  • Grã-Cruz
  • Grande-Oficial
  • Comendador
  • Oficial
  • Cavaleiro / Dama ou Medalha

O Grande-Colar é um grau especial existente somente nas Ordens da Torre e Espada, de Sant'Iago da Espada, do Infante D. Henrique e da Liberdade, sendo tradicionalmente reservado a Chefes de Estado, salvo raras excepções que traduzem uma especial distinção.

O grau de Cavaleiro ou Dama existe somente nas Antigas Ordens Militares e nas Ordens Nacionais, sendo substituído pela Medalha nas Ordens de Mérito Civil.

Quando a condecoração se destine a galardoar feitos heróicos em campanha militar é concedida com palma.[4]

O título de Membro-Honorário pode ser atribuído a instituições e localidades.[5]

Para além dos cidadãos nacionais também os cidadãos estrangeiros podem ser agraciados com as Ordens Honoríficas Portuguesas.[6][7]

Insígnias

Constituem insígnias das Ordens Honoríficas Portuguesas o grande-colar, o colar, a banda, a fita, a placa, a medalha e o laço. São ainda insígnias das Ordens a miniatura e a roseta.[8]

Grande-Colar

O grande-colar, constituído por um colar de ouro esmaltado de grandes dimensões, é reservado ao grau de Grande-Colar, grau máximo existente somente nas Ordens da Torre e Espada, de Sant'Iago da Espada, do Infante D. Henrique e da Liberdade.

Colar

Aos graus de Grã-Cruz, Grande-Oficial, Comendador e Oficial das Ordens da Torre e Espada e de Sant'Iago da Espada cabe um colar de ouro esmaltado.

Aos Cavaleiros e Damas das mesmas Ordens cabe um colar de prata esmaltada, no restante idêntico aos colares dos graus de Grã-Cruz a Oficial.

Banda

A banda, posta a tiracolo da direita para a esquerda, é reservada aos graus de Grande-Colar e Grã-Cruz.

Fita

Os Grandes-Oficiais e Comendadores usam uma fita, pendente do pescoço, idêntica para ambos os graus. A diferença das insígnias encontra-se na placa, sendo de ouro esmaltado para Grande-Oficial e de prata esmaltada para Comendador.

As senhoras agraciadas usam laço em vez de fita.

Nas Ordens da Torre e Espada e de Sant'Iago da Espada a fita e o laço são substituídos pelo respectivo colar.

Placa

Aos graus de Grande-Colar a Comendador cabe uma placa, sendo de ouro esmaltado para Grande-Colar, Grã-Cruz e Grande-Oficial, e de prata esmaltada para Comendador.

Medalha

Os Oficiais e Cavaleiros usam uma medalha, com fivela dourada. No caso dos Oficiais dispõe de uma roseta da cor da fita sobre a fivela.

As senhoras agraciadas usam laço pequeno em vez de medalha. O laço dispõe de roseta no nó para o grau de Oficial, sendo simples para as Damas.

Miniatura e roseta

São ainda insígnias das Ordens a miniatura e a roseta.

A miniatura, idêntica para todos os graus, consta do distintivo em miniatura suspenso de uma pequena fita da cor da Ordem.

A roseta, da cor da Ordem, tem as seguintes diferenças: roseta filetada interiormente de ouro para Grande-Colar, roseta com galão de ouro para Grã-Cruz, roseta com galão de ouro e prata para Grande-Oficial, roseta com galão de prata para Comendador, roseta singela para Oficial e uma pequena fita (sem roseta) para Cavaleiro, Dama ou Medalha.

Laço

Ao grau de Membro-Honorário cabe o laço previsto como insígnia para as instituições e localidades.

Abreviaturas

Graus:

  • GCol: Grande-Colar
  • GC: Grã-Cruz
  • GO: Grande-Oficial
  • Com: Comendador
  • O: Oficial
  • Cav: Cavaleiro
  • Dam: Dama
  • Med: Medalha
  • MedO: Medalha Ouro
  • MedP: Medalha Prata
  • MH: Membro Honorário

Ordens:

  • TE: Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito
  • C: Cristo
  • A: Avis
  • SE: Santiago da Espada
  • IH: Infante D. Henrique
  • L: Liberdade
  • M: Mérito
  • IP: Instrução Pública
  • MA: Mérito Empresarial (Classe Mérito Agrícola)
  • MC: Mérito Empresarial (Classe Mérito Comercial)
  • MI: Mérito Empresarial (Classe Mérito Industrial)

Bandas:

Ordens extintas:

  • B: Benemerência (antiga designação da Ordem do Mérito)
  • IC: Império Colonial (antiga designação da Ordem do Império)
  • I: Império

Ordem de precedência

Insignias das Ordens Honoríficas

As insígnias das condecorações nacionais precedem as estrangeiras pela seguinte ordem de precedência.[9]

Regulamento da Medalha Militar

De acordo com a actualização legislativa do Regulamento da Medalha Militar - Decreto-lei n.º 316/2002, de 27 de Dezembro de 2002, a ordem de precedência das condecorações individuais (usadas no lado esquerdo do peito) é a seguinte:

Nota: A Ordem do Império, a medalha de serviços distintos ou relevantes no ultramar e a medalha da vitória mantêm para os possuidores destes galardões as posições de precedência previstas no Regulamento revogado[10] (Artigo 2.º do Decreto-lei n.º 316/2002, de 27 de Dezembro de 2002).[11]

Conselhos das Ordens

Existem três Conselhos na Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas. Cada Conselho é composto por um Chanceler, que preside, e por 8 Vogais. Todos os membros são nomeados por Decreto do Presidente da República. No mandato do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa (desde 2016) são os seguintes:[12]

Conselho das Antigas Ordens Militares

Chanceler:

Vogais:

Conselho das Ordens Nacionais

Chanceler:

Vogais:

Conselho das Ordens de Mérito Civil

Chanceler:

  • Prof.ª Doutora Helena Nazaré GCIP

Vogais:

Ver também

Notas

Referências

  1. Lei n.º 5/2011 de 2 de Março de 2011
  2. Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas. «Grão-Mestre» 
  3. Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas. «Membros das Ordens» 
  4. http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=163&idi=604 Artigo 3.º, nº 2 da Lei das Ordens Honoríficas Portuguesas.
  5. «Membros Honorários». Sítio oficial da Presidência da República Portuguesa. Consultado em 13 de Agosto de 2011 
  6. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado das buscas dos nomes indicados depois de seleccionada "Liberdade" na opção "Ordem". Sítio oficial da Presidência da República Portuguesa. Consultado em 23 de maio de 2014 
  7. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado das buscas dos nomes indicados depois de seleccionada "Liberdade" na opção "Ordem". Sítio oficial da Presidência da República Portuguesa. Consultado em 5 de maio de 2014 
  8. Chancelaria das Ordens Honoríficas Portuguesas. «Distintivo e Insígnias da Ordem Militar da Torre e Espada» 
  9. Lei n.º 5/2011 de 2 de Março de 2011
  10. «Decreto n.º 566/71» (PDF). Diário da República. 20 de dezembro de 1971. Consultado em 13 de agosto de 2012 
  11. «Decreto-lei n.º 316/2002» (PDF). Diário da República. 27 de dezembro de 2002. Consultado em 13 de agosto de 2012 
  12. Alvarás 26, 27 e 28/2016, de 6 de junho

Ligações externas