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Megalópole: diferenças entre revisões

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São Paulo, o maior dos pólos, ocupa uma desconfortável primeira posição no ''ranking'' das cidades brasileiras com mais [[favela]]s (no total, abriga 2018 delas). O Rio de Janeiro também tem gravíssimos problemas sob esse aspecto, abrigando a maior favela do país e uma das maiores do mundo: a [[Rocinha]] (recentemente transformada em [[bairro]]). A criminalidade também assola a população de ambas as cidades, que possuem altíssimos e alarmantes números de [[seqüestro]]s, [[assassinato]]s e [[assalto]]s; os bandidos têm-se organizado e formado fortíssimas e temidas facções criminosas (como o [[Primeiro Comando da Capital]] — ''PCC'' — e o [[Comando Vermelho]] — ''CV'' —, por exemplo), muitas vezes sustentadas com o capital gerado pelos [[tráfico]]s [[tráfico de armas|de armas]] e [[tráfico de drogas|de drogas]]. Atualmente, existem projetos de urbanização em andamento nas [[cidade]]s.
São Paulo, o maior dos pólos, ocupa uma desconfortável primeira posição no ''ranking'' das cidades brasileiras com mais [[favela]]s (no total, abriga 2018 delas). O Rio de Janeiro também tem gravíssimos problemas sob esse aspecto, abrigando a maior favela do país e uma das maiores do mundo: a [[Rocinha]] (recentemente transformada em [[bairro]]). A criminalidade também assola a população de ambas as cidades, que possuem altíssimos e alarmantes números de [[seqüestro]]s, [[assassinato]]s e [[assalto]]s; os bandidos têm-se organizado e formado fortíssimas e temidas facções criminosas (como o [[Primeiro Comando da Capital]] — ''PCC'' — e o [[Comando Vermelho]] — ''CV'' —, por exemplo), muitas vezes sustentadas com o capital gerado pelos [[tráfico]]s [[tráfico de armas|de armas]] e [[tráfico de drogas|de drogas]]. Atualmente, existem projetos de urbanização em andamento nas [[cidade]]s.


O crescimento das cidades médias supracitado, deve-se, em parte, às dezenas de desvantagens que os pólos apresentam. Os quilométricos [[congestionamento]]s (popularmente conhecidos por ''engarrafamentos'') nas [[avenida]]s destes pólos é uma das desvantagens, sendo um problema altamente [[estresse|estressante]]. Ao passo que os motoristas vêem-se imobilizados e presos num [[trânsito]] infernal, uma grande quantidade de [[poluição]] é lançada à [[atmosfera]]. A poluição gerada por veículos somada à poluição gerada pelas milhares de [[fábrica]]s pode resultar em complicações [[Sistema respiratório|respiratórias]], que por sua vez lotam os [[hospital|hospitais]] da rede pública, onde freqüentemente a população sofre com as precárias condições de [[infraestrutura]] e falta de [[medicamento]]s.
O crescimento das cidades médias supracitado, deve-se, em parte, às dezenas de desvantagens que os pólos apresentam. Os quilométricos [[congestionamento]]s (popularmente conhecidos por ''engarrafamentos'') nas [[avenida]]s destes pólos é uma das desvantagens, sendo um problema altamente [[estresse|estressante]]. Ao passo que os motoristas vêem-se imobilizados e presos num [[trânsito]] infernal, uma grande quantidade de [[poluição]] é lançada à [[atmosfera]]. A poluição gerada por veículos somada à poluição gerada pelas milhares de [[fábrica]]s pode resultar em complicações [[Sistema respiratório|respiratórias]], que por sua vez lotam os [[hospital|hospitais]] da rede pública, onde freqüentemente a população sofre com as precárias condições de [[infraestrutura]] e falta de [[medicamento]]s.o campeão voltoo o campeão


== Níveis de urbanização ==
== Níveis de urbanização ==

Revisão das 14h00min de 4 de julho de 2013

Megalópole nordeste, Megalópole japonesa.

Uma megalópole é uma extensa região de pluri-polarizada por metrópoles conurbadas, ou em processo de conurbação. Correspondem às mais importantes e maiores aglomerações urbanas da atualidade.

São encontradas em regiões de intenso desenvolvimento urbano, e nelas as áreas rurais estão praticamente (senão totalmente) ausentes.

O conjunto da megalópole apresenta uma forte integração econômica e intensos fluxos de pessoas e mercadorias. Meios de transporte rápidos — trens expressos, autopistas e pontes aéreas — sustentam esses fluxos.

A megalópole representa, ao mesmo tempo, concentração e dispersão. Concentração, pois a imensa zona urbanizada forma um mercado consumidor de grandes dimensões, atraindo atividades econômicas diversificadas e de alta capitalização; Dispersão, visto que o espaço da megalópole, irrigado por meios de transportes e comunicação, oferece alternativas de localização para áreas residenciais e industriais fora dos congestionamentos e problemáticos núcleos metropolitanos. A megalópole não é apenas uma aglomeração de metrópoles, mas também uma coleção de subúrbios.

Origem das megalópoles

A concepção de Geddes

O termo foi idealizado nos primeiros anos do século XX pelo escocês Patrick Geddes — considerado o pai do planejamento regional — ao perceber o fabuloso ajuntamento urbano que cobria parte do nordeste estadunidense (Bos-Wash).

Geddes afirmou que as megalópoles têm um caráter "apocalíptico" e degenerativo deste desenvolvimento. Essas afirmações geraram certa polêmica e iniciou-se uma discussão pioneira quanto às aglomerações urbanas; especulou-se que as metrópoles, as megalópoles (as cidades, enfim) estariam fadadas à destruição, tornando-se necrópoles (cidades mortas).Pai! pai vamos cantar panaana mareicaion a senha do meu face é 7895652lo agora é so saber meu email!

A concepção mundial

A visão determinística e apocalítica deste gigantescos complexos urbanos terminaria consolidando-se em parte do imaginário popular. No entanto, com o forte movimento de "metropolização" ocorrido, nas cidades europeias e dos Estados Unidos, a partir da década de 1950, essa idéia enfraqueceu-se.

Contudo, nas últimas décadas do século passado até os dias atuais, as grandes metrópoles e também as megalópoles tornaram-se sinônimo de caos, estresse e violência, ainda que tenham adquirido contornos de modernidade e aspecto cosmopolita.

Atualmente, para uma interpretação sábia destes novos conceitos surgidos na área do urbanismo mundial, é necessária uma profunda análise de três fenômenos que se têm intensificado a partir da década de 1970: o Neoliberalismo, a Reestruturação Produtiva e a Globalização.[1]

Crescimento das megalópoles

Mapa mundial localizando os pontos com população superior a cinco milhões de habitantes. Compare com a legenda ao lado.

O êxodo rural, junto a outros fenômenos sociais, tem expandido as cidades do mundo inteiro em um ritmo cada vez mais veloz. Para se ter uma idéia dessa velocidade, em 1985, havia, no mundo inteiro, apenas nove megacidades, contra vinte e cinco em 2005.[2]

Essa tendência mundial nunca esteve tão forte, e também representa um grande problema social e ecológico, uma vez que se multiplicam as dimensões e a quantidade de favelas, e o crescimento das cidades comumente avança sobre o meio natural, destruindo-o.

Até as últimas décadas, o fenômeno das megalópoles e das megacidades estava restrito aos países desenvolvidos, especialmente na Europa e na América do Norte. Recentemente, cidades de países emergentes têm crescido de forma anormal, constituindo imensas e caóticas aglomerações urbanas, chegando às vezes, ao status de megalópole. Essas cidades localizam-se sobretudo na Ásia, embora existam exemplos na África, América Central e América do Sul.

Nos países desenvolvidos

Ficheiro:BosWash.gif
Crescimento de BosWash no decorrer dos decênios.

A cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, que na década de 1950 era a maior aglomeração do planeta[3] com 12 463 000 de habitantes. Atualmente, a cidade apresenta um ritmo de crescimento lento, quase nulo, com cerca de 16,6 milhões de habitantes.

Nova Iorque era seguida, em 1950, também por cidades de países desenvolvidos, como Londres, Paris e Tóquio.

Tóquio, a capital nipônica, junto a Yokohama e Kawasaki, soma hoje 34,2 milhões de habitantes — número comparável à população do Canadá, na América do Norte —, contra os 7 milhões do início da década de 1950.

Nos países emergentes

A cidade indiana de Bombaim, por exemplo, protagonizou um fabuloso e desordenado crescimento que a fez atingir a marca de 20 milhões de habitantes (na aglomeração urbana), sendo superada apenas por Tóquio, Cidade do México e Nova Iorque e Seul.[4] Estima-se que até 2020 irá ter uma população de 28,5 milhões de pessoas,sendo assim o segundo maior núcleo populacional do globo terrestre.[5]

Outra grande cidade, digna de ser citada, é a Cidade do México, a capital mexicana, atualmente a quarta maior do mundo, com cerca de 22,8 milhões de habitantes na região metropolitana.

No Brasil

Megalópole Rio-São Paulo.

As megalópoles brasileiras são São Paulo e Rio de Janeiro. Todo esse caos na informação ainda é expandido diante das obras que indicam a inexistência de tal megalópole, ou ainda, que acusam sua existência para então afirmar que de fato não há ligação entre as regiões metropolitanas, que a mesma ainda está em processo de formação, contradizendo-se, assim.[6] Na verdade, entre Rio de Janeiro e São Paulo não se verifica a existência de uma megalópole, mas de um complexo metropolitano.

Essa área é o lar de nada menos de 22% da população do Brasil, embora cubra apenas 0,5% de todo o território nacional. A região corresponde, ainda, a 60% de toda produção industrial brasileira.[7]

Naturalmente, esse complexo desempenha funções que o encaixam nesse grau de urbanização, tanto em aspectos culturais, quanto em aspectos financeiros; seus dois principais pólos estabelecem uma forte conexão entre as outras cidades brasileiras e com o restante do planeta.

Porém, pode-se afirmar que já há uma megalópole (ou macrometrópole, conforme a definição da EMPLASA) entre São Paulo e Campinas, a chamada macrometrópole Campinas-São Paulo, caraterizada por uma mancha urbana contínua e forte integração econômica e social. Esta enorme mancha urbana ameaça espalhar-se até pólos como Sorocaba e Baixada Santista. Pelo outro lado, está a atingir São José dos Campos e, daí, seguir sua trajetória até unir definitivamente São Paulo e Rio de Janeiro numa mancha urbana única. [8]

Crescimento

Podemos afirmar que a região continuará a crescer por vários anos, embora seus pólos passem por um momento de baixo aumento populacional. Isso por que algumas cidades médias que a compõem (em especial, as situadas na Baixada Fluminense) passaram a ter um explosivo crescimento de aproximadamente 5% ao ano.[9]

Problemas urbanos e sociais
Policial atuando em uma favela carioca, reflexo de uma região violenta.

Sendo um complexo metropolitano do terceiro mundo, é comum que ocorram grandes problemas sociais e urbanos em larga escala, como a favelização e a miséria, a criminalidade, a prostituição, os congestionamentos, etc.

São Paulo, o maior dos pólos, ocupa uma desconfortável primeira posição no ranking das cidades brasileiras com mais favelas (no total, abriga 2018 delas). O Rio de Janeiro também tem gravíssimos problemas sob esse aspecto, abrigando a maior favela do país e uma das maiores do mundo: a Rocinha (recentemente transformada em bairro). A criminalidade também assola a população de ambas as cidades, que possuem altíssimos e alarmantes números de seqüestros, assassinatos e assaltos; os bandidos têm-se organizado e formado fortíssimas e temidas facções criminosas (como o Primeiro Comando da CapitalPCC — e o Comando VermelhoCV —, por exemplo), muitas vezes sustentadas com o capital gerado pelos tráficos de armas e de drogas. Atualmente, existem projetos de urbanização em andamento nas cidades.

O crescimento das cidades médias supracitado, deve-se, em parte, às dezenas de desvantagens que os pólos apresentam. Os quilométricos congestionamentos (popularmente conhecidos por engarrafamentos) nas avenidas destes pólos é uma das desvantagens, sendo um problema altamente estressante. Ao passo que os motoristas vêem-se imobilizados e presos num trânsito infernal, uma grande quantidade de poluição é lançada à atmosfera. A poluição gerada por veículos somada à poluição gerada pelas milhares de fábricas pode resultar em complicações respiratórias, que por sua vez lotam os hospitais da rede pública, onde freqüentemente a população sofre com as precárias condições de infraestrutura e falta de medicamentos.o campeão voltoo o campeão

Níveis de urbanização

Abaixo estão listados termos comuns ao conceito de metropolização relacionados às megalópoles.

Principais megalópoles

Abaixo, encontram-se listadas as maiores megalópoles do globo.

Mapa da maior megalópole estadunidense, BosWash (em inglês). Essa megalópole vai de Boston até Washington, englobando as cidades de Baltimore, Filadélfia, Nova York, entre outras cidades.

Outras megalópoles

Banana Azul e Banana Dourada no mapa da Europa.
Deltas dos Rios das Pérolas, Azul e Amarelo (do sul para o norte) no mapa da China.

Referências

  1. BAIGENT, Elizabeth (2004). Patrick Geddes, Lewis Mumford, and Jean Gottmann: divisions over 'megalopolis'. Progress in Human Geography 1 ed. [S.l.: s.n.] ISBN 0309-1325  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda); Parâmetro desconhecido |Volume= ignorado (|volume=) sugerido (ajuda); Parâmetro desconhecido |Páginas= ignorado (|páginas=) sugerido (ajuda) (em inglês)
  2. City Population | Estatísticas populacionais (em alemão)
  3. Ranking das 10 maiores cidades de 1950 (em inglês)
  4. «World Gazetteer – Welt: Ballungsräume». Consultado em 30 de maio de 2008 
  5. BBC News | Faces da explosão populacional de Bombaim (em inglês)
  6. SIMIELLI, Maria Elena (2003). Geoatlas. [S.l.]: Ática. ISBN 34523432  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda); Parâmetro desconhecido |Páginas= ignorado (|páginas=) sugerido (ajuda)
  7. A Cidade e os Cidadãos
  8. Uma Macrometrópole de R$ 475 Bilhões
  9. Vários autores (2004). Almanaque Abril. A enciclopédia da atualidade 2004, ano 30 ed. [S.l.]: Abril. ean 7893614018201  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda); Parâmetro desconhecido |Páginas= ignorado (|páginas=) sugerido (ajuda) (em português)
  10. IPARDES, IBGE, IPEA, PNUD e Unicamp - A Realidade das Áreas Metropolitanas e seus desafios na Federação Brasileira Março de 2004
  11. «Desafios das Megacidades» (PDF). Siemens.com. Setembro de 2007. Consultado em 17 de junho de 2008 
  12. [1]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Megal%C3%B3pole_Rio-S%C3%A3o_Paulo

Ver também

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikcionário Definições no Wikcionário

Listas

Ligações externas