Urubici
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Município do Brasil | |||
Igreja no centro da cidade | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Apelido(s) | "Terra das Hortaliças" | ||
Gentílico | urubiciense | ||
Localização | |||
Localização de Urubici em Santa Catarina | |||
Mapa de Urubici | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Santa Catarina | ||
Municípios limítrofes | Bom Retiro, Rio Rufino, Urupema, São Joaquim, Bom Jardim da Serra, Orleans, Grão-Pará, Rio Fortuna, Santa Rosa de Lima, Anitápolis | ||
Distância até a capital | 172 km | ||
História | |||
Fundação | 6 de dezembro de 1956 (64 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Antonio Zilli (PSL, 2017 – 2020) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 1 019,232 km² | ||
População total (est. IBGE/2019[2]) | 11 235 hab. | ||
Densidade | 11 hab./km² | ||
Clima | subtropical (Cfb) | ||
Altitude | 918 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000 [3]) | 0,785 — alto | ||
PIB (IBGE/2017[4]) | R$ 232 334,09 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2017[4]) | R$ 20 760,80 |
Urubici é um município do estado de Santa Catarina, no Brasil. Localiza-se a uma latitude 28º00'54" sul e a uma longitude 49º35'30" oeste, estando a uma altitude de 918 metros. Sua população estimada em 2019 era de 11 235 habitantes. Possui uma área de 1019,1 km². No cume do Morro da Igreja (1.822 metros), o ponto mais alto habitado do sul do Brasil, localizado no município, foi registrada, extra-oficialmente, a temperatura mais baixa do país: −17,8 °C, em 29 de junho de 1996. Urubici também é conhecida pelas suas diversas belezas naturais, estando incluída no Caminho das Neves.
Localizada no Vale do Rio Canoas, Urubici, a Terra das Hortaliças, é o maior produtor de hortifrutigranjeiros de Santa Catarina [carece de fontes] . Também se destaca pelo cultivo de maçã, especialmente com a variedade gala [carece de fontes] . Outro aspecto importante é o cultivo de erva-mate, produto básico do tradicional chimarrão, e apreciado nos países do Mercosul. Com paisagens muitas vezes comparada à Europa [carece de fontes] , Urubici está situada no ponto mais elevado de Santa Catarina [carece de fontes] , possuindo Inúmeras as cascatas [carece de fontes] . Um exemplo é a Cascata do Avencal, com água despencando em queda-livre a mais de 100 metros de altura [carece de fontes] .
Outro local de destaque é o Morro da Igreja, com 1 822 metros de altitude, que permite enxergar todo o Litoral Sul Catarinense [carece de fontes]. Nesse morro, encontra-se a Pedra Furada, uma escultura natural em forma de janela. Outros atrativos turísticos são as inscrições rupestres dos tempos das cavernas, na Serra do Corvo Branco [carece de fontes] , a Gruta Nossa Senhora de Lourdes e a Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens [carece de fontes] .
Etimologia[editar | editar código-fonte]
Existem várias hipóteses etimológicas para o topônimo "Urubici":
- deriva do termo da língua geral paulista urubysy, que significa "fileira de urubás" (uruba, urubá + ysy, fileira);[5]
- deriva do termo tupi urubuysy, que significa "fileira de urubus" (urubu, urubu + ysy, fileira).[5]
História[editar | editar código-fonte]
Por marcar a história de várias civilizações, Urubici exibe, até hoje, a passagem de seus primeiros habitantes [carece de fontes] . São sinais registrados em pedras há pelo menos 40 séculos, comparável às inscrições encontradas em alguns outros pontos do litoral catarinense. Segundo historiadores, o ano de 1711 é data base para Urubici, quando dom João V ordena que os jesuítas procurem minas e catequizem índios até o rio Caçadores. Com essa missão, os padres José Mascarenhas e Luís de Albuquerque traçam marcos na região - marcos do Maranhão até Laguna, a considerada "região do ouro". O primeiro marco foi colocado no Morro Pelado (comando indígena), o segundo no Morro da Mala (onde moravam os padres) e o terceiro no Morro do Panelão (onde ficavam as tropas que carregariam o ouro). Conta-se que grande porção do ouro foi enterrada nas rochas pelos jesuítas. Os índios, na maioria tupi-guarani, foram catequizados em grupos e já eram remanescentes de outras regiões [carece de fontes] .
Conta-se que existem mapas em originais e cópias, nunca vistos [carece de fontes] . Urubici registrava um pinheiral espantoso, um "mar de pinheiros", e em outras regiões, não em todas, alguns banhados, com sumidouros de animais e pessoas não orientadas [carece de fontes] . Alguns índios já conheciam missionários e orientavam jesuítas pelas andanças [carece de fontes] . Padre Luís relata que, ao fincar uma grande cruz no dia 1 março, ela mergulhou no pântano, mais de um metro, sem nenhuma força [carece de fontes] . Em cada marco, foi plantada uma cruz jesuítica, com ramos amarrados na altura de Cristo [carece de fontes] . Nos anais do livro 12 Jesuítas no Estado de Santa Catarina (Biblioteca dos Jesuítas do Rio de Janeiro), além desse relatório, existe o seguinte:
“ | Os jesuítas (que na opinião de muitos eram homens comuns com vestes de padres) levavam pessoas em cargueiros para acamparem e ficarem acampadas nas regiões por onde andavam. No planalto, acamparam doze homens com cavalos, fora os dois padres que comandavam a pesquisa. Balaios cheios de artefatos indígenas eram levados continuamente de volta à missão no Morro do Pelado de onde eram levados para o Rio. Com eles, ia um bugreiro, Samuel Kupll, que preparava o chão da missão e fazia o marco; Manuel Sampaio que era cuidador de tropas; os guapos que a cavalo iam pela região, com Liro Santo, Caetano Matoso e outros. | ” |
O município era habitado por índios xoclengues quando os primeiros colonizadores de origem europeia, vindos de Tubarão, São Joaquim e Bom Jesus, chegaram na região. Os novos habitantes logo expulsaram os índios, cujos vestígios ainda podem ser encontrados as e inscrições rupestres espalhadas por todo o território. De 1903 a 1911, imigrantes agricultores e madeireiros fixam-se na região.[6]
Em 1924, sabendo da fertilidade no solo do vale do rio Canoas, chegaram, à região, imigrantes italianos, alemães e letões, que tornaram, a agricultura e pecuária, as principais atividades econômicas da região.[6]
Geografia[editar | editar código-fonte]
As montanhas da Serra Catarinense, região com altitudes próximas aos 1 800 metros, registram as temperaturas mais baixas do Brasil [carece de fontes] . Foram os fazendeiros da região que criaram o turismo rural, adaptando suas fazendas centenárias para receber hóspedes.
A Serra Catarinense é a região mais fria do Brasil [carece de fontes] , sendo o único lugar do país onde neva todos os anos [carece de fontes] , mesmo que por poucos dias, durante o inverno. A paisagem de araucárias, campos e taipas (muros de pedra basalto) cobre-se inteiramente de branco e até as águas das cachoeiras podem congelar. Cascata do Avencal é um ponto turístico da cidade, possui queda de água de cem metros, é bastante utilizada para a prática do rapel. Fazendas centenárias, a cultura gaúcha, a culinária campeira, cavalgadas complementam o cenário da natureza agreste da Serra Catarinense.
Acessos[editar | editar código-fonte]
Acesso pelas rodovias SC-430 ligando o município à rodovia BR-282 em Bom Retiro. Pelo sul, há a SC-430, dando acesso a São Joaquim e Bom Jardim da Serra. Ao leste, a SC-439 desce a serra chegando ao município de Grão-Pará, ligação com a BR-101 em Tubarão. A oeste, SC-439 levando ao município de Rio Rufino.
Bairros e distritos[editar | editar código-fonte]
- Águas Brancas
- Baiano
- Brasília
- Canudo
- Centro
- Consolação
- Feti
- Santo Antônio
- Santa Catarina
- Santa Tereza
- São José
- São Pedro
- Traçado
- Vacas Gordas
- Campestre
- São Francisco
- Rio do Engano
- Rio dos Bugres
- Rio Vacarianos
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (28 de agosto de 2019). «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1º de julho de 2019». Consultado em 28 de agosto de 2019
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/urubici/pesquisa/38/46996 Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ a b NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 605.
- ↑ a b Que tal viajar? Disponível em [1] Acesso em 18 de março de 2014.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Lista de municípios de Santa Catarina por data de criação
- Lista de municípios de Santa Catarina por população