Pop operático: diferenças entre revisões

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'''Pop operático''' ou '''popera''' é um subgênero da [[música pop]] que é executado em um estilo de canto [[Ópera|operístico]] ou uma música, tema ou motivo da música clássica estilizada como pop. O subgênero é frequentemente executado por cantores e atos [[Crossover (música)|clássicos de crossover]], embora esse campo seja muito mais amplo nos tipos de música que abrange. As apresentações de "Popera", como as dos [[Os Três Tenores|Três Tenores]], atingiram um público maior e geraram maiores lucros do que o típico da música operística.<ref name="Handbook">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=LOFvBAAAQBAJ&q=%22popera%22+pavarotti&pg=PA674|título=The Oxford Handbook of Opera|data=2014|editora=Oxford University Press|editor-sobrenome=Greenwald|páginas=674–5|isbn=9780195335538|acessodata=2020-11-02|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201117003430/https://books.google.com/books?id=LOFvBAAAQBAJ&q=%22popera%22+pavarotti&pg=PA674|arquivodata=2020-11-17}}</ref>
'''Crossover clássico''', '''popera''' ou '''pop operático''' é um [[gênero musical]] que mistura elementos de estilo [[Música clássica|clássico]] com [[música pop]].

O termo "''classical crossover''", em inglês, foi cunhado por gravadoras na década de 1980.<ref name="Classical Crossover">{{citar web|url=http://es.artdancemovies.com/music/music-genres/1008035810.html|título=Música Classical Crossover|editor=artdancemovies.com|data=24-08-2015|idioma=es|acessodata=2015-08-26|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150925105512/http://es.artdancemovies.com/music/music-genres/1008035810.html|arquivodata=2015-09-25|urlmorta=yes}}</ref>

Definido como um gênero, ganhou popularidade desde a década de 1990 e adquiriu a sua própria lista da Billboard.<ref name="Classical Crossover" />

[[Il Divo]], [[Andrea Bocelli]] e [[Sarah Brightman]] são os mais famosos na interpretação deste gênero.


==História==
==História==
Segundo os historiadores da música, as canções pop operísticas tornaram-se mais prevalentes com a ascensão dos músicos do [[Tin Pan Alley]] durante o início dos anos 1900.<ref name="Hamberlin">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=GjdqQK1Dus8C&q="operatic+pop"&pg=PA9|título=Tin Pan Opera: Operatic Novelty Songs in the Ragtime Era|ultimo=Hamberlin|primeiro=Larry|data=21 de janeiro de 2011|editora=Oxford University Press|capitulo=Introduction|isbn=9780195338928|acessodata=4 de outubro de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201122225758/https://books.google.com/books?id=GjdqQK1Dus8C&q=%22operatic+pop%22&pg=PA9|arquivodata=22 de novembro de 2020|edição=1º}}</ref> Uma influência foi o grande fluxo de imigrantes italianos para os Estados Unidos que popularizaram cantores como [[Enrico Caruso]] e inspiraram a criação de "canções inovadoras" usando o dialeto italiano. As canções costumavam usar repertório operístico "para fazer um ponto satírico ou tópico".<ref name="Hamberlin" /> Popularizado pelo [[vaudeville]] americano, comédias musicais, jazz e operetas, exemplos incluem ''That Opera Rag'', de [[Irving Berlin]], ''My Cousin Caruso'', de [[Bill Murray|Billy Murray]], e os riffs de ''[[Rigoletto]]'' e ''[[Pagliacci]]'', de [[Louis Armstrong]].<ref name="Hamberlin" /> O subgênero subsequentemente diminuiu após a década de 1920, mas reviveu durante a era da [[Rock|música rock]] com álbuns como [[The Who]] 's ''[[Tommy (álbum)|Tommy]]'' e [[Queen]] 's ''[[A Night at the Opera (álbum de Queen)|A Night at The Opera]]''.<ref name="Hamberlin" />
Em 1975, a banda [[Queen]] atingiu o estrelato com o álbum [[A Night at the Opera]], que trouxe a canção "[[Bohemian Rhapsody]]", um grande clássico na qual [[Freddie Mercury]] fundiu o rock and roll com a ópera e criou aquela que é, até hoje, considerada uma das maiores gravações musicais da história. Mais tarde, o termo "crossing over" seria criado por Scott Paul-Young, agente do teatro britânico, para descrever melhor a música que estava sendo criado pelo produtor Malcolm Middleton e performado pela girl band de ópera de Milão, pela primeira vez no Hipódromo, Leicester Square, [[Londres]], no dia 9 de agosto de 2001. Malcolm Middleton criou a ideia de uma banda misturar ópera tradicional com música pop e dance no início de 2000. Este estilo exclusivo de uma ''boy band'' e ''girl band'' pop cantando num estilo ópera mais tarde inspirou artistas como [[Il Divo]] e Amici Forever. Romina Arena também é considerado uma das primeiras artistas de popera em 1994 trazendo a fusão de pop e clássica, para a [[Austrália]] a partir da [[Itália]].


Em 1986, o tenor operático [[Luciano Pavarotti]] fez sucesso com a canção "[[Caruso (canção)|Caruso]]" de [[Lucio Dalla]], que ajudou a desencadear um recente florescimento do pop operístico.<ref name="Caruso">{{Citar livro|título=Caruso: Lucio Dalla e Sorrento, il rock e i tenori|ultimo=Autunnali|primeiro=Melisanda Massei|data=2011|editora=Donzelli|localização=Rome|páginas=4–5, 137|língua=it|isbn=978-8860365637}}</ref> Outros cantores, incluindo [[Andrea Bocelli]], [[Josh Groban]], e [[Katherine Jenkins]], também gravaram o número.<ref name="Caruso" /> Bocelli, em particular, logo se tornou um dos principais representantes do subgênero enquanto sua [[Con te Partirò|famosa parceira de dueto]],<ref name="Caruso" /><ref>{{Citar web|url=https://www.smh.com.au/entertainment/art-and-design/the-king-of-popera-20040828-gdjmr9.html|titulo=The king of popera|data=2004-08-28|acessodata=2023-06-21|website=The Sydney Morning Herald|lingua=en}}</ref> a soprano britânica [[Sarah Brightman]], também gravitou consideravelmente em torno dessa combinação de ópera e música pop.<ref>{{Citar web|url=https://www.stubhub.co.uk/sarah-brightman-tickets/performer/205/|titulo=Sarah Brightman Tickets|acessodata=1 de dezembro de 2020|website=StubHub}}</ref> Nos anos 2000, cantores e grupos de canto dedicados principalmente ao pop operístico construíram esse sucesso renovado. Grupos como [[Il Divo]] e Amici Forever alcançaram popularidade com a mistura de "pop contemporâneo com estilo operístico" característico do pop operístico.<ref name="kiss">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=rzKwAgAAQBAJ&q=%22operatic+pop%22&pg=PA111|título=The history of the kiss!: the birth of popular culture|ultimo=Danesi|primeiro=Marcel|data=2013|editora=Palgrave Macmillan|localização=Basingstoke|isbn=978-1137376855|acessodata=2020-11-02|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201117003434/https://books.google.com/books?id=rzKwAgAAQBAJ&q=%22operatic+pop%22&pg=PA111|arquivodata=2020-11-17}}</ref>{{Referências}}
O [[tenor]] pop italiano [[Andrea Bocelli]], que é a cantor que mais vendeu na história da música clássica,<ref>{{citar jornal|url=http://www.theage.com.au/articles/2003/02/25/1046064026608.html |título=Operation Bocelli: the making of a superstar |data=26 de fevereiro de 2003 |publicado=[[The Age]] |local=Melbourne}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.timeoutdubai.com/art/features/6754-andrea-bocelli-in-abu-dhabi |título= Andrea Bocelli in Abu Dhabi |data=2 de março de 2009 }}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.liverpooldailypost.co.uk/liverpool-news/regional-news/2009/11/07/review-classical-music-star-andrea-bocelli-at-liverpool-arena-92534-25114619 |título=REVIEW: Classical music star Andrea Bocelli at Liverpool arena |data=7 de novembro de 2009 |publicado=[[Liverpool Daily Post]] }}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.allgigs.co.uk/view/article/2263/Andrea_Bocelli_Announces_November_2010_UK_Arena_Dates.html |título=Andrea Bocelli Announces November 2010 UK Arena Dates }}</ref> às vezes é descrito como o Rei do pop operático.<ref name="SMH001">{{citar jornal|título= Andrea Bocelli: The king of Operatic pop |publicado= [[Sydney Morning Herald]] |data= 2004-08-28 | url = http://www.smh.com.au/articles/2004/08/27/1093518069667.html |acessodata= 2008-01-19}}</ref><ref>[http://www.npr.org/templates/player/mediaPlayer.html?action=1&t=1&islist=false&id=97289203&m=97327740 Domingo And Bocelli: Keeping Opera Relevant], [[National Public Radio]] [[radio]] interview, November 21, 2008.</ref>
Outros artistas que fazem parte do gênero: Josh Groban, Russell Watson, Paul Potts, Jackie Evancho, All Angels, Libera, Era, Il Volo, Celtic Woman, The Ten Tenors, Celtic Thunder, Teatro. No Brasil ainda existem poucos artistas que se arriscam no gênero por não ser muito difundido, mesmo assim o grupo Bravoz ainda recebeu um expressivo reconhecimento. Thiago Arancan também foi outro artista que fez algum sucesso pelas terras brasileiras. O grupo I Molinari Camerata Musici, de [[Belo Horizonte]], é outro bom exemplo do gênero.<ref>{{Citar web|titulo=Concerto na Casa da Cultura|url=https://www.otempo.com.br/o-tempo-betim/concerto-na-casa-da-cultura-1.18003|obra=O Tempo Betim|data=2013-04-19|acessodata=2020-06-07|lingua=pt-BR|primeiro=O.|ultimo=TEMPO}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Zás - Grupo i Molinari Camerata Musici|url=https://www.almg.gov.br/almg_cultural/programacao/eventos/2013/05/zas_i_molinari_camerata_musici.html|obra=Assembleia de Minas|acessodata=2020-06-07|lingua=pt-br|primeiro=Assembleia de Minas-Poder e Voz do|ultimo=Cidadão}}</ref>
{{Referências}}


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[[Categoria:Gêneros de música pop]]
[[Categoria:Gêneros de música pop]]
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Edição atual tal como às 20h18min de 21 de junho de 2023

Pop operático ou popera é um subgênero da música pop que é executado em um estilo de canto operístico ou uma música, tema ou motivo da música clássica estilizada como pop. O subgênero é frequentemente executado por cantores e atos clássicos de crossover, embora esse campo seja muito mais amplo nos tipos de música que abrange. As apresentações de "Popera", como as dos Três Tenores, atingiram um público maior e geraram maiores lucros do que o típico da música operística.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Segundo os historiadores da música, as canções pop operísticas tornaram-se mais prevalentes com a ascensão dos músicos do Tin Pan Alley durante o início dos anos 1900.[2] Uma influência foi o grande fluxo de imigrantes italianos para os Estados Unidos que popularizaram cantores como Enrico Caruso e inspiraram a criação de "canções inovadoras" usando o dialeto italiano. As canções costumavam usar repertório operístico "para fazer um ponto satírico ou tópico".[2] Popularizado pelo vaudeville americano, comédias musicais, jazz e operetas, exemplos incluem That Opera Rag, de Irving Berlin, My Cousin Caruso, de Billy Murray, e os riffs de Rigoletto e Pagliacci, de Louis Armstrong.[2] O subgênero subsequentemente diminuiu após a década de 1920, mas reviveu durante a era da música rock com álbuns como The Who 's Tommy e Queen 's A Night at The Opera.[2]

Em 1986, o tenor operático Luciano Pavarotti fez sucesso com a canção "Caruso" de Lucio Dalla, que ajudou a desencadear um recente florescimento do pop operístico.[3] Outros cantores, incluindo Andrea Bocelli, Josh Groban, e Katherine Jenkins, também gravaram o número.[3] Bocelli, em particular, logo se tornou um dos principais representantes do subgênero enquanto sua famosa parceira de dueto,[3][4] a soprano britânica Sarah Brightman, também gravitou consideravelmente em torno dessa combinação de ópera e música pop.[5] Nos anos 2000, cantores e grupos de canto dedicados principalmente ao pop operístico construíram esse sucesso renovado. Grupos como Il Divo e Amici Forever alcançaram popularidade com a mistura de "pop contemporâneo com estilo operístico" característico do pop operístico.[6]

Referências

  1. Greenwald, ed. (2014). The Oxford Handbook of Opera. [S.l.]: Oxford University Press. pp. 674–5. ISBN 9780195335538. Consultado em 2 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 17 de novembro de 2020 
  2. a b c d Hamberlin, Larry (21 de janeiro de 2011). «Introduction». "operatic+pop"&pg=PA9 Tin Pan Opera: Operatic Novelty Songs in the Ragtime Era 1º ed. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 9780195338928. Consultado em 4 de outubro de 2013. Cópia arquivada em 22 de novembro de 2020 
  3. a b c Autunnali, Melisanda Massei (2011). Caruso: Lucio Dalla e Sorrento, il rock e i tenori (em italiano). Rome: Donzelli. pp. 4–5, 137. ISBN 978-8860365637 
  4. «The king of popera». The Sydney Morning Herald (em inglês). 28 de agosto de 2004. Consultado em 21 de junho de 2023 
  5. «Sarah Brightman Tickets». StubHub. Consultado em 1 de dezembro de 2020 
  6. Danesi, Marcel (2013). The history of the kiss!: the birth of popular culture. Basingstoke: Palgrave Macmillan. ISBN 978-1137376855. Consultado em 2 de novembro de 2020. Cópia arquivada em 17 de novembro de 2020 
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