Aquitânia

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 Nota: Se procura a província romana, veja Gália Aquitânia.
Aquitaine
Aquitânia
Bandeira
Brasão
Informações
Capital Bordéus
Arrondissements 18
Cantões 235
Comunas 2296
Sítio oficial aquitaine.fr
Dados Estatísticos
Área 41 309 km²
População 3 177 625 hab. (2008)
Densidade populacional 76,9 hab./km²
Dados políticos
Presidente do conselho regional Alain Rousset (PS)
(desde 2010)
Departamentos
Dordogne
Gironde
Landes
Lot-et-Garonne
Pyrénées-Atlantiques
Localização da Região de Aquitânia na França
Bordéus e o rio Garona

A Aquitânia (em francês: Aquitaine) foi até 2015 uma região administrativa do sudoeste de França, e que hoje integra a região da Nova Aquitânia. É limitada a oeste pelo Oceano Atlântico e a sul pela Espanha. Compreende os departamentos de Dordonha, Gironda, Landes, Lot e Garona e Pirenéus Atlânticos.[1] Os gentílicos desta região são aquitânico, aquitano e aquitanense.

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Gália Aquitânia

Provavelmente o primeiro homem que chegou à Aquitânia foi o homem de Cro-Magnon mais ou menos há 40 mil anos. No paleolítico superior, os Aquitanos deixaram vários vestígios entre eles pinturas nas cavernas Lascaux e um busto chamado Vênus de Brassempouy ou Dama de Brassempouy. Do período neolítico são achados vestígios humanos pela presença de dólmens (espécies de túmulos) e pelos menires (monumentos em pedra).

Durante a conquista romana da Gália por Júlio César, a população que lá residia era chamada de ibérica pelo imperador romano. Na verdade eram os vascões, prováveis antepassados dos bascos. Não se sabe ao certo em que época eles começaram a habitar a região. A Aquitânia foi conquistada pelos romanos em 56 a.C. por Marco Licínio Crasso a mando de Júlio César. Sob o Império Romano faziam parte da Aquitânia o sudoeste da Gália dos Pirenéus ao vale do rio Loire incluindo Auvérnia. Saintes e Bordéus foram capitais da Gália Aquitânia.

Os visigodos chegaram a região em 412-413 vindos de Provença e da Itália pouco antes do início da Idade Média. A região foi posteriormente conquistada pelos Francos e finalmente estruturada como um ducado independente, Ducado da Aquitânia. Em 671, a Aquitânia conseguiu sua independência liderada pelo duque Lupe. O Duque da Aquitânia, Eudes, vence uma batalha contra os Sarracenos que invadiam a Aquitânia. Entre 742 e 743, os filhos de Carlos Martel fazem campanhas contra a Aquitânia.

Em 781, Carlos Magno (rei franco) nomeia seu filho, Luís I o Piedoso (aos três anos de idade) Rei da Aquitânia. Com a morte de Carlos Magno, Luís passa seu trono a seu filho, Pepino. Com a morte de Pepino, Luís nomeou outro filho (Carlos II, o Calvo) como rei mas com sua morte surgiu uma guerra pela sucessão do trono entre o filho de Pepino (Pepino II) e Carlos, o Calvo. A disputa só terminou em 860.

Em 877, a Aquitânia se dividiu em dois ducados: Gasconha e Aquitânia. Em 1058, eles se uniram novamente.

No século XII, a Duquesa Leonor da Aquitânia casou-se com o rei Luís VII de França com quem teve duas filhas. O casamento foi anulado com a alegação de laços de consanguinidade, causa frequente quando a nobreza queria desfazer um casamento, porque Leonor queria se casar novamente mas com o rival de Luís VII, o rei inglês Henrique II. Com a morte de Henrique II, seu filho Ricardo Coração de Leão assumiu o trono e o título de Duque de Aquitânia sempre ameaçado pelo seu irmão, João I de Inglaterra - o João Sem Terra - que não poupou esforços na tentativa de usurpar o trono enquanto o irmão lutava contra Saladino na Terceira Cruzada.

Com a morte de Ricardo, atingido por uma flecha numa batalha sem nenhuma importância, João tornou-se o Rei da Inglaterra assumindo também o Ducado de Aquitânia, contra a vontade dos seus opositores, que preferiam seu sobrinho Artur, filho de seu irmão Godofredo com Constance de Bretanha.

Um século mais tarde a França e a Inglaterra se enfrentaram na Guerra dos Cem Anos (1337–1453), quando o rei inglês Eduardo III (descendente da Dinastia Plantageneta e do rei Henrique II) reivindicou o trono de França. Com o fim da guerra, a Aquitânia passou a fazer parte definitivamente de França.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Área: 41 400 km² (7.6 % da superfície total de França). População: 2 967 000 (4.97% da população total de França) (2002).

A região é banhada ao oeste pelo Oceano Atlântico (golfo da Biscaia ou da Gasconha) desde o estuário da Gironda até à desembocadura do rio Bidasoa (Costa da Prata). Ao sul, está atravessada pelos Pirenéus que a separa de Espanha (Aragão, Navarra e País Basco).

As cidades mais importantes da Aquitânia são: Bordéus (Bordeaux), Pau, Baiona (Bayonne), Agen, Mont-de-Marsan, Biarritz, Périgueux, Bergerac, Dax e Libourne.

Economia[editar | editar código-fonte]

  • Agricultura: cultivo de uvas é uma das principais produções da região.
  • Indústrias:
    • Petróleo e gás natural são encontrados e produzidos na região.
    • Produção de vinhos: a produção dos famosos vinhos de Bordéus.
    • Aeroespacial

Língua[editar | editar código-fonte]

Fala-se principalmente o francês. Alguns falam a língua Occitana (de origem românica), Gascão (língua própria da Aquitânia) e Euskera ou Língua basca.

Aquitanos famosos[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Aquitânia - France Guide». Consultado em 16 de maio de 2011. Arquivado do original em 27 de maio de 2011 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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