Iberdrola

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Grupo Iberdrola
Iberdrola
Iberdrola
Cimo da Torre Iberdrola, a sede da empresa em Bilbau
Razão social Iberdrola, S.A.[1]
Empresa de capital aberto
Cotação BMAD: IBE
Atividade Energia
Fundação 1992 (32 anos), com antecedentes de 1840
Sede Bilbau, Província de Biscaia, Comunidade Autónoma do País Basco, Espanha
Presidente José Ignacio Sánchez Galán
Vice-presidente Víctor de Urrutia Vallejo
Empregados 30,837 (média, 2016)
Produtos Distribuição de gás natural
Geração e distribuição de energia elétrica
Subsidiárias Iberdrola Portugal
Iberdrola México
Neoenergia
Iberdrola Engenharia
Iberdrola Imobiliária
Amara España
Fundação Iberdrola
Centro Nuclear de Cofrentes
Electro Paz
Avangrid
Scottish Power
Valor de mercado Aumento EUR 67,611 bilhões (agosto2023)[2]
Lucro Aumento EUR 20,199 bilhões (2023)[2]
LAJIR Aumento EUR 13,482 bilhões (2023)[2]
Faturamento Aumento EUR 53,949 bilhões (2016)[2]
Website oficial iberdrola.com

A Iberdrola é uma empresa espanhola, com sede em Bilbau, no País Basco, dedicada à geração, distribuição e comercialização de energia. Desde sua fundação em 1992, após a fusão da Iberduero e Hidroeléctrica Española, a empresa é um conglomerado energético líder especializado na geração, transmissão, distribuição e comercialização de gás natural e eletricidade. A companhia se consolidou como uma das principais empresas do setor elétrico do mundo e a segunda companhia de energia elétrica mais valiosa do mundo.[3]

A empresa opera há anos na Europa, Estados Unidos, Brasil, México e Austrália. Atualmente, também atua em mercados no Japão, Irlanda, Suécia e Polônia, fornecendo energia a cerca de 100 milhões de pessoas. A Iberdrola conta com mais de 40.000 colaboradores e ativos avaliados em mais de 150.000 milhões de euros.[4] Em março de 2024, os maiores acionistas da empresa eram o Qatar Investment Authority com uma participação de 8.69% e a BlackRock com uma participação de 5.29%.[5]

História[editar | editar código-fonte]

Após a fusão da Iberduero e da Hidroeléctrica Española, em 1 de novembro de 1992, foi criada a Iberdrola.[6]

Em 2001, a chegada de José Ignacio Sánchez Galán marcou um ponto de inflexão no mercado de energias renováveis.

Em 2002, a Iberdrola iniciou sua atividade comercial em Portugal, com seu primeiro fornecimento em janeiro de 2003. Em paralelo ao processo de liberalização do mercado energético no país, a companhia ingressou no segmento residencial e de pequenas empresas em 2013 e em 2017 começou a vender gás natural.

Desde sua entrada no mercado português, a Iberdrola também desenvolveu diversos projetos para construir plantas de energias renováveis em Portugal, com destaque para o complexo hidrelétrico do Tâmega.

A expansão global da Iberdrola também chegou ao mercado brasileiro. Em 2011, a empresa passou a controlar a Elektro, empresa de distribuição de energia de cidades nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.[7]

Em 2016, a Iberdrola realizou o processo de fusão da Elektro e do grupo Neoenergia, o que resultou na criação de uma empresa avaliada em 20 bilhões de euros.[8]

Em 2019, coloca em operação a usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu.[9] No mesmo ano, a Neoenergia estreou na Bolsa de Valores de São Paulo. E, em 2020, adquire o controle da empresa de distribuição de energia de Brasília, a CEB Distribuição S.A.

Em 2023, a Iberdrola alcança a marca de 41.246 MW de energia renovável instalada no mundo, consolidando sua posição de liderança para conduzir a transição global da matriz energética para um modelo mais sustentável e limpo.[10]

Direção[editar | editar código-fonte]

Presidentes da Iberdrola

Iberdrola em Portugal[editar | editar código-fonte]

A Iberdrola concretizou, em julho de 2004, a instalação da sua sede em Portugal, na cidade de Lisboa.

Além de operar no setor de comercialização de energia para os segmentos residenciais e comerciais em Portugal, Iberdrola também está presente no país por meio de suas plantas de energias hidrelétrica, solar e eólica.

Energia Hidrelétrica[editar | editar código-fonte]

No norte de Portugal, Iberdrola conta com o complexo hidrelétrico do Tâmega, que é formado por três usinas hidrelétricas: Gouvães, Daivões e Alto Tâmega. Todas estão construídas no Rio Tâmega afluente do rio Douro, próximo da cidade de Porto. O complexo é um dos maiores projetos hidrelétricos desenvolvidos na Europa nos últimos 25 anos.[11]

As três usinas hidrelétricas têm capacidade instalada de 11,58 MW, o que representa um aumento de 6% da capacidade energética total instalada no país. O empreendimento tem capacidade de armazenamento suficiente para abastecer a dois milhões de casas em Portugal durante um dia inteiro. O complexo hidrelétrico do Tâmega evitará a emissão de 1,2 milhão de toneladas de CO2 por ano e diversificará as fontes de geração de energia, evitando a importação de mais de 160.000 toneladas de petróleo por ano.[12]

Energia solar[editar | editar código-fonte]

A Iberdrola foi a maior vencedora, em número de lotes, no leilão solar de 2019 em Portugal, com um total de 7 projetos fotovoltaicos.[13]

Central fotovoltaica Algeruz II[editar | editar código-fonte]

Localizada no distrito de Setúbal e com capacidade instalada de 27,35 MW, a central fotovoltaica Algeruz II foi a primeira usina solar da Iberdrola em Portugal. A instalação terá capacidade de produzir energia limpa suficiente para abastecer mais de 11.000 casas e evitar a emissão de 13.400 toneladas de CO2 por ano.[13]

Central fotovoltaica de Fernando Pessoa[editar | editar código-fonte]

A usina fotovoltaica de Fernando Pessoa é o maior projeto fotovoltaico da Europa e o quinto maior do mundo. Com 1.200 MW de capacidade instalada, abastecerá 430.000 residências com energia renovável a partir de 2025, quando está prevista sua entrada em operação. O projeto está localizado no município de Santiago do Cacém, próximo a Sines, o centro logístico do sul da Europa.[14]

Iberdrola en Brasil[editar | editar código-fonte]

Em 2011, a Iberdrola adquiriu 99,7% das ações da Elektro, responsável pela concessão de energia de diversas cidades no interior de São Paulo e do Mato Grosso do Sul.[15]

Em 2017, após um acordo de fusão da Elektro com o grupo Neoenergia - empresa em que a Iberdrola detinha à época 39% do controle acionário, a companhia espanhola se tornou a principal acionista, com 52% do controle acionário, de uma empresa avaliada em 20 bilhões de euros e com operação nos setores de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia.[16]

Em fevereiro de 2019, a Iberdrola, por meio da Neoenergia, inaugurou a usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu. No mesmo ano, sua filial brasileira estreou na Bolsa de Valores de São Paulo,[17] com o melhor desempenho entre as empresas do setor energético desde 2004.[18]

Em dezembro de 2020, a Iberdrola adquiriu o controle da empresa de distribuição de eletricidade de Brasília, a CEB Distribuição (CEB-D). Sua filial brasileira, a Neoenergia, ganhou o leilão de privatização da empresa, que distribui energia para mais de 3 milhões de consumidores na capital do país, por 400 milhões de euros.[19][20]

Distribuição de energia[editar | editar código-fonte]

Com a aquisição da CEB, a Iberdrola se tornou uma das maiores empresas de distribuição de energia no Brasil. Responsável por gerir mais de 600 mil quilômetros de redes elétricas,[21] a empresa distribui energia para mais de 16 milhões de clientes, em seis estados brasileiros (Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Brasília).[22]

Energía eólica[editar | editar código-fonte]

Situado entre os estados do Piauí e da Bahia, no nordeste do Brasil, a empresa conta com o parque eólico Oitis, o maior da América Latina. O complexo eólico tem 12 parques eólicos com capacidade instalada de 566,5 MW. Entrou em operação em 2022.[23]

Energía hidrelétrica[editar | editar código-fonte]

Uma de suas principais instalações, em termos de capacidade instalada, é a usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu. O empreendimento, que entrou em operação em fevereiro de 2019, tem capacidade instalada de 350 MW, quantidade de energia suficiente para gerar energia limpa para mais de um milhão de pessoas.[24]

Patrocínios esportivos[editar | editar código-fonte]

A Iberdrola, por meio da Neoenergia, demonstra seu compromisso ao contribuir para o desenvolvimento e incentivo das áreas culturais e esportivas do Brasil e de Portugal.

Seleção Brasileira de Futebol Feminino:
A Iberdrola anunciou o fechamento de um contrato de patrocínio exclusivo com a Seleção Brasileira de futebol feminino. Válido até 2024, o acordo, que busca promover a igualdade de gênero por meio da prática esportiva, prevê ainda apoio à competição nacional de clubes.[25]

Seleção Portuguesa de Futebol Feminino:
Em abril de 2024, a Seleção Portuguesa de Futebol Feminino e a Iberdrola anunciaram um acordo de patrocínio, que será válido até 2027. A parceria inclui também competições nacionais de clubes organizadas pela Federação Portuguesa de Futebol. O objetivo do acordo é promover a igualdade de género no país e aumentar a visibilidade da modalidade.[26]

Embaixadoras do esporte feminino:
O apoio às atletas de diversas modalidades esportivas é outra ferramenta de apoio da Iberdrola para promover a igualdade de gênero por meio da prática esportiva no Brasil e em Portugal. Desde 2022, a empresa anunciou parcerias com diversas atletas brasileiras como a nadadora Ana Marcela Cunha, a ciclista Tota Magalhães, a kitesurfista Bruna Kajiya e a corredora Mirelle Leite.[27]

Rock in Rio e The Town:
O Rock in Rio e o The Town, dois dos maiores festivais de música do Brasil, firmaram um acordo de parceria, em julho de 2023, com a Iberdrola para tornar o evento mais sustentável e contribuir com o processo de descarbonização do planeta.[28]

Referências

  1. «Iberdrola Consultoria e Serviços do Brasil Ltda». CNPJ Info. Consultado em 15 de abril de 2022 
  2. a b c d https://br.financas.yahoo.com/quote/IBE.MC?p=IBE.MC&.tsrc=fin-srch
  3. Juan Carlos García Adán; Yolanda Diego Martín. «El archivo histórico de Iberdrola y la industria eléctrica en España» (PDF). Santiago de Compostela. Congreso de historia económica. Consultado em 16 de janeiro de 2012 
  4. «Neoenergia e Elektro fazem fusão e criam empresa de R$ 20 bi». Estadão. Consultado em 2 de maio de 2024 
  5. Iberdrola. «Iberdrola Shareholders». Consultado em 8 de março de 2023 
  6. Juan Carlos García Adán. Yolanda Diego Martín. « El archivo histórico de IBERDROLA y la industria eléctrica en España » (PDF). Consultado em 13 de outubro de 2011 
  7. «Iberdrola set to buy Brazil's Elektro». www.ft.com. Consultado em 2 de novembro de 2023 
  8. «Neoenergia e Elektro fazem fusão e criam empresa de R$ 20 bi». Estadão. Consultado em 8 de abril de 2023 
  9. Team, S. W. M. (27 de maio de 2019). «Iberdrola inaugurates the Baixo Iguaçu hydroelectric power plant in Brazil». Smart Water Magazine (em inglês). Consultado em 2 de novembro de 2023 
  10. «Iberdrola reaches 41,246 MW of solar and wind power | REVE News of the wind sector in Spain and in the world» (em inglês). 15 de julho de 2023. Consultado em 2 de novembro de 2023 
  11. «Barragens no Tâmega: como funciona o mega-investimento a que a Iberdrola chama "gigabateria"?». Expresso. Consultado em 2 de maio de 2024 
  12. «Iberdrola inicia enchimento da última barragem do Alto Tâmega». Observador. Consultado em 2 de maio de 2024 
  13. a b «Iberdrola põe em operação a sua primeira central solar em Portugal». Expresso. Consultado em 2 de maio de 2024 
  14. «Iberdrola e Prosolia conseguem luz verde ambiental para instalar maior parque solar da Europa em Santiago do Cacém». Observador. Consultado em 2 de maio de 2024 
  15. «Iberdrola compra distribuidora Elektro por US$2,4 bi». Exame.com. Consultado em 2 de maio de 2024 
  16. «Neoenergia vai incorporar Elektro; Iberdrola será majoritária no negócio». G1. Consultado em 2 de maio de 2024 
  17. «Neoenergia estreia na Bovespa com alta de 7,7%». G1. Consultado em 2 de maio de 2024 
  18. «IPO da Neoenergia é o maior do setor desde 2004, diz B3». Estado de Minas. 1 de julho de 2019. Consultado em 2 de maio de 2024 
  19. «Brasil: Iberdrola adquire distribuidora de energia de Brasília por 400 milhões de euros». Consultado em 2 de maio de 2024 
  20. «Neoenergia vence licitação e adquire 100% das ações da CEB Distribuição». Economia.uol.com. Consultado em 2 de maio de 2024 
  21. «Neoenergia cria ferramenta para monitorar redes e combater perdas – CanalEnergia». Canalenergia.com. Consultado em 2 de maio de 2024 
  22. «Neoenergia anuncia lucro de R$ 1,1 bi no 1º trimestre de 2024». Poder360. 24 de abril de 2024. Consultado em 2 de maio de 2024 
  23. «Brasil terá o maior parque eólico da América Latina através da Neoenergia». Portal Energias Renováveis. 30 de outubro de 2019. Consultado em 2 de maio de 2024 
  24. «Copel terá 30% de participação na usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu». Oeste e Sudoeste. 20 de junho de 2013. Consultado em 2 de maio de 2024 
  25. «Neoenergia vai patrocinar seleção brasileira feminina de futebol». Canalenergia.com. Consultado em 2 de maio de 2024 
  26. «Iberdrola é o novo patrocinador oficial das competições de futebol feminino sénior da FPF». O Jornal Económico. 5 de abril de 2024. Consultado em 2 de maio de 2024 
  27. «Ouro em Tóquio, Ana Marcela Cunha torna-se embaixadora da Neoenergia». Máquina do Esporte. 11 de janeiro de 2024. Consultado em 2 de maio de 2024 
  28. «Neoenergia anuncia parceria com festivais Rock in Rio e The Town focada na descarbonização». Folhape.com. Consultado em 2 de maio de 2024 
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