Michel Piccoli
Michel Piccoli | |
---|---|
Michel Piccoli no Festival de Cannes de 1993 | |
Nascimento | 27 de dezembro de 1925 (98 anos) Paris, Île-de-France França |
Ocupação | Ator, diretor |
Atividade | 1945-hoje |
Michel Piccoli (Paris, 27 de dezembro de 1925) é um ator francês.
Nascido em uma família musical, sua mãe era pianista e seu pai um violinista.
Casou-se três vezes, primeiro com Éléonore Hirt, depois permaneceu casado durante 11 anos com a cantora Juliette Gréco e finalmente com Ludivine Clerc. Tem uma filha de seu primeiro casamento, Anne-Cordélia.
Piccoli é filho de imigrantes italianos. Após o estudo de interpretação trabalhou em muitos palcos parisienses e foi por algum tempo diretor do Théâtre Babylone.
Fez parte da história do cinema com interpretações brilhantes em filmes como O Desprezo (1963, de Jean-Luc Godard), A Bela da Tarde (1967, de Luis Buñuel) ou A Comilança (1973).
Tornou-se o ator preferido de Claude Sautet, em "Les Choses de la vie" (Coisas da vida),"Max et les ferrailleurs" (Max e os ferros-velhos) e "Vincent, François, Paul et les autres" (Vincente, Francisco, Paulo e os outros), e de Luis Buñuel com quem manteve uma longa camaradagem. Participou de seis filmes realizados pelo cineasta espanhol, entre os quais importantes obras como Le journal d'une femme de chambre (O jornal de uma camareira), Belle de jour (A Bela de dia) Le Charme discret de la bourgeoisie (O charme discreto da burguesia). Paralelamente, consolidou a sua notoriedade no início dos anos de 1960, representando papéis na televisão: Les Joueurs (Os jogadores), Montserrat, Don Juan…
Engajamento político
Engajado numa linha política de esquerda, membro do Movimento pela Paz, ele sempre se destacou pelas suas posições contra o Front National (Frente Nacional), um partido político francês de extrema direita, militando também na Anistia Internacional.
Em março de 2007, assinou uma petição com 150 intelectuais pedindo para votar em Ségolène Royal, contra uma direita arrogante e pela esquerda da esperança. Ele continuou fiel ao Partido Socialista, após haver apoiado François Mitterrand em 1981.
Em maio de 2009 ele assinou com Juliette Gréco, Maxime Le Forestier e Pierre Arditi, uma carta aberta endereçada a Martine Aubry, primeira secretária do Partido Socialista, pedindo que os parlamentares socialistas adotassem a lei Criação e Internete.
Vida privada
Foi casado com a atriz Eléonore Hirt, que lhe deu uma filha, Anne-Cordélia; viveu em seguida durante onze anos com a cantora Juliette Gréco, antes de compartilhar sua vida com a cenarista Ludivine Clerc.
Filmografia
- French Cancan, de Jean Renoir (1954)
- La mort en ce jardin, de Luís Buñuel (1956)
- Le mépris (O Desprezo), de Jean-Luc Godard (1963)
- Diary of a Chambermaid (Segredos de Alcova), de Luis Buñuel (1964)
- La chance et l'amour, de Claude Berri, Charles L. Bitsch, Eric Schlumberger (1964)
- Dom Juan ou le Festin de Pierre, de Marcel Bluwal (1965)
- Is Paris Burning?, de René Clement (Paris Está em Chamas?) (1966)
- La curée, (O jogo perigoso do amor), de Roger Vadim (1966)
- La guerre est finie (A Guerra Acabou), de Alain Resnais (1966)
- Belle de jour (A Bela da Tarde), de Luis Buñuel (1967)
- Les Demoiselles de Rochefort (As Garotas Românticas), de Jacques Demy (1967)
- Diabolik, de Mario Bava (1968)
- La chamade (A Chamada do Amor), de Alain Cavalier (1968)
- Dillinger è morto, de Marco Ferreri (1969)
- La voie lactée, de Luís Buñuel (1969)
- Topaz (Topázio), de Alfred Hitchcock (1969)
- Les choses de la vie (As Coisas da Vida), de Claude Sautet (1970)
- Max et les ferrailleurs (Max e os Duelistas), de Claude Sautet (1971)
- La Poudre d'escampette (Aventuras na Estrada ao Sol), de Philippe de Broca (1971)
- La Décade prodigieuse (Dez Dias Fantásticos), de Claude Chabrol (1971)
- Le charme discret de la bourgeoisie (O Discreto Charme da Burguesia), de Luis Buñuel (1972)
- Themroc, de Claude Faraldo (1972)
- La grande bouffe (A Comilança), de Marco Ferreri (1973)
- Le fantôme de la liberté (O Fantasma da Liberdade), de Luís Buñuel (1974)
- Le trio infernal, de Francis Girod (1974)
- Vincent, Paul, François, et les autres, de Claude Sautet (1974)
- La dernière femme, de Marco Ferreri (1976)
- Mado, de Claude Sautet (1976)
- Des enfants gatés, de Bertrand Tarvenier (1977)
- That Obscure Object of Desire (Esse Obscuro Objeto do Desejo), de Luís Buñuel (1977)
- Atlantic City, de Louis Malle (1980)
- Espion Lève-toi, de Yves Boisset (1981)
- La fille prodigue, de Jacques Doillon (1981)
- La passante du Sans-Souci, de Jacques Rouffio (1982)
- La diagonale du fou, de Richard Dembo (1984)
- Le paltoquet, de Michel Deville (1986)
- La puritaine (A Puritana), de Jacques Doillon (1986)
- Milou en mai, de Louis Malle (1990)
- La belle noiseuse (A Bela Intrigante), de Jacques Rivette (1991)
- Le visionarium, de Michel Piccoli e Jeremy Irons (1992)
- The Timekeeper, de Mitch Albom (1992)
- Les cent et une nuits de Simon Cinéma, de Agnès Varda (As Cento e Uma Noites) (1995)
- Party, de Manoel de Oliveira (1996)
- Passion in the Desert (Uma Paixão no Deserto), de Lavinia Currier (1997)
- Je rentre à la maison (Vou para Casa), de Manoel de Oliveira (2001)
- Je t'aime… moi non plus, de Maria de Medeiros (2004)
- Espelho Mágico, de Manoel de Oliveira (2005)
- Belle Toujours (Sempre Bela), de Manoel de Oliveira (2006)
- Chacun son cinema (Cada um Com seu Cinema), segmento "Encontro Único" de Manoel de Oliveira (2007)
- Habemus Papam (Habemus Papam), de Nanni Moretti (2011)
- Vous n'avez encore rien vu (Vocês ainda não viram nada!), de Alain Resnais (2012)
- Holy Motors, de Leos Carax (2013)
- Les lignes de Wellington, de Raúl Ruiz e Valeria Sarmiento (2013)
Ligações externas
- «Michel Piccoli» (em inglês). no Internet Movie Database