Taquicardia paroxística supraventricular

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Taquicardia paroxística supraventricular
Taquicardia paroxística supraventricular
Electrocardiograma em que se observa TPSV com ritmo cardíaco de aproximadamente 180
Sinónimos Taquicardia supraventricular, taquicardia paroxística auricular[1]
Especialidade Medicina de emergência, cardiologia
Sintomas Palpitações, sensação de desmaio, suores, falta de ar, dor no peito[2]
Início habitual Início e fim súbitos[3]
Causas Desconhecidas[3]
Fatores de risco Álcool, cafeína, nicotina, stresse psicológico, síndrome de Wolff-Parkinson-White[3]
Método de diagnóstico Eletrocardiograma[3]
Prevenção Ablação por cateter[3]
Tratamento Manobra de Valsalva, adenosina, bloqueadores dos canais de cálcio, cardioversão sincronizada[4]
Prognóstico Geralmente favorável[3]
Frequência 2,3 em cada 1000 pessoas[5]
Classificação e recursos externos
MedlinePlus 000183
eMedicine 156670
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Taquicardia paroxística supraventricular (TPSV) é um tipo de taquicardia supraventricular.[6] Em muitos casos as pessoas não manifestam sintomas.[1] Nos casos em que se manifestam, os sintomas mais comuns são palpitações, sensação de desmaio, suores, falta de ar e dor no peito.[2] Os episódios são de início e fim súbitos.[3]

Desconhecem-se as causas da doença.[3] Entre os fatores de risco estão o consumo de bebidas alcoólicas, cafeína e nicotina, o stresse psicológico e a síndrome de Wolff-Parkinson-White, a qual é geralmente herdada de um dos progenitores.[3] O mecanismo subjacente geralmente envolve a presença de uma via acessória no coração que causa reentrada dos impulsos elétricos.[3] O diagnóstico é geralmente confirmado com um eletrocardiograma, em que se observa complexo QRS estreito e um ritmo cardíaco acelerado, geralmente entre 150 e 240 batimentos por minuto.[3] A realização de uma ecografia ao coração permite despistar outros problemas cardíacos.[1]

No tratamento inicial são frequentemente usadas manobras vagais como a manobra de Valsalva.[4] Quando a manobra não é eficaz e a pressão arterial da pessoa é normal pode ser administrada adenosina.[4] Quando a adenosina não é eficaz podem ser tentados bloqueadores dos canais de cálcio ou betabloqueadores.[4] Nos restantes casos, o tratamento consiste em cardioversão sincronizada.[4] A ocorrência de novos episódios pode ser prevenida com ablação por cateter.[3]

A taquicardia paroxística supraventricular afeta cerca de 2,3 em cada 1000 pessoas.[5] Os problemas geralmente têm início entre os 12 e os 45 anos de idade.[3][5] A condição é mais comum entre mulheres do que entre homens.[3] Em pessoas sem outros problemas cardíacos, o prognóstico é geralmente favorável.[3]

Referências

  1. a b c Ferri, Fred F. (2012). Ferri's Clinical Advisor 2013,5 Books in 1, Expert Consult - Online and Print,1: Ferri's Clinical Advisor 2013 (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. p. 807. ISBN 978-0323083737. Cópia arquivada em 2 de outubro de 2016 
  2. a b «What Are the Signs and Symptoms of an Arrhythmia?». NHLBI. 1 de julho de 2011. Consultado em 27 de setembro de 2016. Cópia arquivada em 19 de fevereiro de 2015 
  3. a b c d e f g h i j k l m n o Al-Zaiti, SS; Magdic, KS (setembro de 2016). «Paroxysmal Supraventricular Tachycardia: Pathophysiology, Diagnosis, and Management.». Critical Care Nursing Clinics of North America. 28 (3): 309–16. PMID 27484659. doi:10.1016/j.cnc.2016.04.005 
  4. a b c d e Neumar, RW; Shuster, M; Callaway, CW; Gent, LM; Atkins, DL; Bhanji, F; Brooks, SC; de Caen, AR; Donnino, MW; Ferrer, JM; Kleinman, ME; Kronick, SL; Lavonas, EJ; Link, MS; Mancini, ME; Morrison, LJ; O'Connor, RE; Samson, RA; Schexnayder, SM; Singletary, EM; Sinz, EH; Travers, AH; Wyckoff, MH; Hazinski, MF (3 de novembro de 2015). «Part 1: Executive Summary: 2015 American Heart Association Guidelines Update for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care.». Circulation. 132 (18 Suppl 2): S315–67. PMID 26472989. doi:10.1161/cir.0000000000000252 
  5. a b c Katritsis, Demosthenes G.; Camm, A. John; Gersh, Bernard J. (2016). Clinical Cardiology: Current Practice Guidelines (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press. p. 538. ISBN 9780198733324. Cópia arquivada em 2 de outubro de 2016 
  6. «Types of Arrhythmia». NHLBI. 1 de julho de 2011. Cópia arquivada em 7 de junho de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]