Apedemak
Apedemaque | ||||||
---|---|---|---|---|---|---|
Fragmento de um monumento comemorativo ao rei cuxita Tanidamani, retratando Apedemaque, o deus de cabeça de leão, associado a guerra e a fertilidade. Apedemaque segura um feixe de sorgo e um cetro com um pequeno leão sentado. As inscrições na parte superior esquerda estão grafadas na escrita meroítica, e nomeiam o rei e o deus. | ||||||
Outro(s) nome(s) | Apademaque | |||||
Nome nativo |
| |||||
Local de culto | Naqa Meroé Muçauarate Sufra | |||||
Símbolo | Arco e flecha Cetro | |||||
Cônjuge(s) | Ísis (em relatos) Amesami (possivelmente) | |||||
Filho(s) | Hórus (em relatos) | |||||
Região | Núbia |
Apedemaque (Apedemak) ou Apademaque (Apademak) era, na mitologia núbia e na mitologia egípcia, o deus da guerra, da fertilidade e da proteção do faraó.[1][2][3] Os egípcios representavam seu nome como Pairmequi (Pa-ir-meki; traduzido como "aquele que protege", em hieróglifos).[1] Apedemaque foi uma divindade de grande influência na religião núbia, contudo, acredita-se que possuía pouca relevância entre os egípcios.[3]
Uma série de templos meroíticos dedicados ao deus são conhecidos da região de Butana, atual Sudão: Naqa, Meroé e Muçauarate Sufra, que aparentam ser seus principais locais de culto.[3] No templo de Naqa, construído pelos governantes de Meroé, Apedemaque era retratado como um deus com três cabeças de leão e com quatro braços, ou como uma cobra com cabeça de leão.[2][3] Contudo, era frequentemente retratado como um homem com uma cabeça de leão. Seu principal símbolo era o arco e a flecha, armas associadas a guerra.[2]
Em Naqa, as paredes também estão decoradas com imagens do deu com outras divindades egípcias, até mesmo formando uma tríade com Ísis, como sua consorte, e Hórus, como seu filho. Há também uma imagem de Apedemaque com a rainha Amanitore, seu marido Natacamani e seu filho, fazendo oferendas para Apedemaque. Ankhs também brotam das narinas de Apedemaque para todas as narinas da família real, em um gesto que assemelha-se a está expirar "a vida eterna" sobre eles.[3]
Há indícios de que em um período anterior na história da Núbia, existiu uma possível consorte de Apedemaque, chamada de Amesami, adorada somente na Núbia.[3] Era representada com uma coroa em forma de falcão, ou com uma Lua crescente sobre a cabeça de um falcão parado.[3] Os poucos resquícios indicam que Amesami era uma deusa protetora, pois a Lua crescente simbolizava proteção.[3]
Apedemaque foi o principal deus da dinastia de Meroé na Núbia, substituindo Amani (nome pelo qual os núbios adoravam Amom, um dos principais deuses egípcios).
Galeria[editar | editar código-fonte]
Relevo da rainha Amani-Xaquéto, juntamente com Apedemaque. século I a.C.-século I d.C.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Sacmis, deusa da vingança, da guerra e da medicina para os antigos egípcios;
- Set, deus do caos, da seca, da guerra, e do deserto para os antigos egípcios.