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Chevrolet Série 20: diferenças entre revisões

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Em 1990 foi lançada uma esperada versão das pickups com [[tração nas 4 rodas]]. Desenvolvido pela QT Engenharia de [[São Paulo]], era um sistema com suspensão independente na dianteira, por barras de torção em lugar das molas helicoidais, [[rodas-livres]] e acionamento mecânico por alavanca. Entretanto essa versão, em virtude da baixa confiabilidade do sistema, foi descontinuada pela GM para que não viesse a afetar a boa imagem da linha no mercado.
Em 1988 foi lançada uma esperada versão das pickups com [[tração nas 4 rodas]]. Desenvolvido pela QT Engenharia de [[São Paulo]], era um sistema com suspensão independente na dianteira, por barras de torção em lugar das molas helicoidais, [[rodas-livres]] à vácuo e acionamento mecânico por alavanca. Entretanto essa versão, em virtude da baixa confiabilidade do sistema, foi descontinuada pela GM em 1990 para que não viesse a afetar a boa imagem da linha no mercado.


== Legado ==
== Legado ==

Revisão das 06h46min de 16 de fevereiro de 2012

Chevrolet D-20, A-20, C-20
Visão geral
Produção Chevrolet
Fabricante Chevrolet, grupo General Motors
Modelo
Classe Pickup full-size
Carroceria Pickup
Ficha técnica
Motor D-20
Perkins Q20B4, Maxion S4/S4T/S4T-Plus (todos de 4 cilindros em linha)
A-20 e C-20
4,1 L, 6 cilindros em linha
Transmissão Manual de 4 ou 5 marchas
Modelos relacionados Chevrolet Bonanza,
Chevrolet Veraneio
Ford F-1000
Dimensões
Comprimento Cab. simples: 4.820 mm
Cab. dupla: 5.340 mm
Largura 2.000 sem espelhos
Altura 1.880
Peso 2.040 a 2.290 kg
Cronologia
Chevrolet D10
Chevrolet Silverado

A Série 20 foi uma linha de veículos utilitários de grande porte produzidas pela General Motors do Brasil no período de 1985 a 1997, sob a marca Chevrolet. A linha era composta por versões pickup, de cabine simples ou dupla, com caçamba longa ou curta, e dois SUV de 3 (Chevrolet Bonanza) ou 5 portas (Chevrolet Veraneio).

História

A Série 20 foi a remodelagem da Série 10, que a antecedeu. O mercado de utilitários era acirradamente disputado entre a Ford e a Chevrolet, e a Série 10 já demonstrava sinais de cansaço perante sua concorrente, a série de utilitários "F" da Ford.


Em 1985 são lançadas as pickups e em 1989, os utilitários. O grande destaque da nova série era o moderno desenho, típico dos veículos da década de 80, com linhas retas e cantos arredondados, faróis quadrados do Opala, grade frontal moldada em plástico, assim como a ponteira dos para-choques dianteiros. As dimensões da carroceria aumentaram em 100mm na altura e na largura, em relação a Série 10. Comprimento, entre-eixos e as bitolas dianteiras e traseiras foram mantidas, pois o chassi era o mesmo da versão anterior.


A nomenclatura das pickups era de acordo com o combustível utilizado: D-20 para as versões a diesel, A-20 para as versões a álcool e C-20 para as versões a gasolina.


Em 1993, ocorreu uma nova reformulação no visual, com o emprego de faróis no formato trapezoidal, uma nova grade dianteira e um novo painel frontal. Neste mesmo ano vieram inovações mecânicas como a direção hidráulica progressiva Servotronic (opcional), embreagem com acionamento hidráulico, melhorias na suspensão, novo tanque de combustível plástico com capacidade de 126 litros, novo posicionamento do filtro de ar priorizando a captação do ar externo, entre outras modificações.


Em 1995, a linha de montagem, que anteriormente ficava em São Caetano do Sul, passou para a fábrica de Cordoba, na Argentina, sob o regime CKD. Sem fôlego para enfrentar a concorrência dos SUVs importados, os utilitários Chevrolet Bonanza e Chevrolet Veraneio foram descontinuados. No mesmo ano o fornecedor dos diferenciais mudou do tradicional Rockwell-Braseixos para o Dana.


Nesta ocasião a versão a Álcool A-20 também foi descontinuada, por causa da baixa demanda por veiculos com esse combustivel. A versão a gasolina, entretanto, ganhou o renovado motor 4.1 com injeção multi-ponto, derivado do Omega, ajustado para render 138 cv e um generoso torque em baixa rotação.


Em 1997, as pickups são descontinuadas, para ceder o lugar à Silverado, de desenho mais moderno e acabamento mais luxuoso, que nunca viria a repetir o sucesso de suas antecessoras.

Mecânica e Motorização

Em todos os modelos, eram empregados a mesma mecânica simples, resultando na fama de robustez desses veículos. Seu chassi era composto por duas vigas de aço estampado em formato de "U", unidas por travessas.


A suspensão dianteira era independente, com o uso de bandejas superiores e inferiores, molas helicoidais e amortecedores telescópicos de dupla ação. Na traseira, era utilizado um clássico sistema com eixo diferencial rígido, feixes de molas e amortecedores hidráulicos de dupla ação.


O sistema de freios era composto por dois circuitos hidráulicos, com discos na dianteira, e tambores na traseira. O sistema possuia uma válvula proporcionadora traseira, destinada a equalizar a pressão exercida sobre os tambores traseiros de acordo com a carga do veículo. Em 1995, as pickups ganharam um sistema RWAL (Rear Wheel Anti-Lock) para aumentar a eficácia dos freios traseiros. Para fins de marketing, esse sistema foi denominado ABS-T.


Em suas versões a álcool e gasolina, os motores empregados foram os famosos 4.1 litros (250 pol. cúbicas) de 6 cilindros em linha, adotados no Opala. Possuiam baixa potência específica, mas tinham como característica principal o torque em baixas rotações, além da reconhecida fama de duráveis. Em 1995, uma evolução desse motor, preparado pela Lotus inglesa para o Omega, passou a equipar as pickups, mas somente na versão a gasolina. Utilizava um moderno sistema de injeção sequencial multiponto Bosch Motronic, trazendo maiores valores de torque e potencia com um consumo de combustível mais contido, e menor emissão de poluentes.


As versões a diesel empregaram inicialmente o Perkins Q20B4, um motor naturalmente aspirado de 3.9L de 87cv e 4 cilindros, uma evolução do Perkins 4236 utilizado na Série 10, sua antecessora. Ao fim de 1991, esse motor cedeu lugar ao Maxion S4, também de 4 cilindros, mas com 4 litros, nas versões aspirada, com 90cv e a partir da linha 1992 na nova versão Turbo S4T, de 125cv, para concorrer com a Ford F-1000 Turbo. Em 1995, a Maxion reformulou a versão turbo, com novos bicos injetores, cabeçote e turbocompressor valvulado (waste gate) para enquadrá-lo à norma Euro-II de emissões, em razão de suas exportações para o mercado Europeu. O novo motor passou a se chamar S4T-Plus, agora com 150cv.


As caixas de mudanças eram fornecidas pela Clark (atual Eaton), inicialmente com 4 marchas com opção à uma caixa de 5 marchas como opcional e 5 marchas de série a partir da linha 1992, com a caixa Clark 2615-B, conhecida por sua resistência. As versões equipadas com turbocompressor, S4T e S4T Plus utilizaram um outro modelo de caixa de mudanças, a ZF S5-42, de 5 velocidades com sobremarcha.


Podia se adquirir como opcional aos diferenciais convencionais (negativos) os diferenciais positivos, ou de tração equalizada, nomeados pela GM como Positraction, que serviam para obter melhor tração em terrenos onde uma das rodas perde aderência, mandando (por atrito) mais força à roda com mais contato ao solo.


Em 1988 foi lançada uma esperada versão das pickups com tração nas 4 rodas. Desenvolvido pela QT Engenharia de São Paulo, era um sistema com suspensão independente na dianteira, por barras de torção em lugar das molas helicoidais, rodas-livres à vácuo e acionamento mecânico por alavanca. Entretanto essa versão, em virtude da baixa confiabilidade do sistema, foi descontinuada pela GM em 1990 para que não viesse a afetar a boa imagem da linha no mercado.

Legado

O fim da Série 20 marca o fim da acirrada disputa entre a Ford e a Chevrolet pelo mercado brasileiro de utilitários. Meses após o final de sua produção, a Ford também substituiria a F-1000, outro ícone dessa época, pela F-250.


O nome D20 ainda seria reutilizado pela Chevrolet na Silverado, numa tentativa de alavancar as vendas desse modelo.

Ligações externas

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