Dossiê do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral: diferenças entre revisões
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A pesquisa foi realizada pelo juiz [[Marlon Reis]], presidente da Associação Brasileira de Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais e integrante do Comitê Nacional do MCCE, com o objetivo de suprir a demanda por um método de acompanhamento estatístico, uma vez que a Justiça Eleitoral não conta com um sistema semelhante. A pesquisa foi feita a partir dos dados processuais de cada caso, com base em informações disponibilizadas virtualmente pelos [[Tribunal Regional Eleitoral|Tribunais Regionais Eleitorais]] e pelo [[Tribunal Superior Eleitoral]]. Outros dados foram obtidos através de consulta direta a tribunais e zonas eleitorais. Notícias veiculadas pela imprensa também serviram para a descoberta de cassações, sendo posteriormente cruzadas com os dados provenientes da Justiça Eleitoral.<ref name="Revista SIM"/> |
A pesquisa foi realizada pelo juiz [[Marlon Reis]], presidente da Associação Brasileira de Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais e integrante do Comitê Nacional do MCCE, com o objetivo de suprir a demanda por um método de acompanhamento estatístico, uma vez que a Justiça Eleitoral não conta com um sistema semelhante. A pesquisa foi feita a partir dos dados processuais de cada caso, com base em informações disponibilizadas virtualmente pelos [[Tribunal Regional Eleitoral|Tribunais Regionais Eleitorais]] e pelo [[Tribunal Superior Eleitoral]]. Outros dados foram obtidos através de consulta direta a tribunais e zonas eleitorais. Notícias veiculadas pela imprensa também serviram para a descoberta de cassações, sendo posteriormente cruzadas com os dados provenientes da Justiça Eleitoral.<ref name="Revista SIM"/> |
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Foram categorizados como "cassados" todos os políticos condenados pela Justiça Eleitoral à perda do mandato, mesmo aqueles que por força de [[liminar]] ainda estivessem ocupando cargos eletivos. Todas as cassações se referem a utilização de bens e vantagens de origem pública ou privada para captação ilícita de votos ou fortalecimento ilícito de campanhas.<ref name="Revista SIM"/> |
Foram categorizados como "cassados" todos os políticos condenados pela Justiça Eleitoral à perda do mandato, mesmo aqueles que por força de [[liminar]] ainda estivessem ocupando cargos eletivos. Todas as cassações se referem a utilização de bens e vantagens de origem pública ou privada para captação ilícita de votos ou fortalecimento ilícito de campanhas.<ref name="Revista SIM"/> TATA |
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== Políticos cassados por cargo == |
== Políticos cassados por cargo == |
Revisão das 04h38min de 22 de junho de 2013
O dossiê "Políticos cassados por corrupção eleitoral" é um levantamento produzido pelo Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral a partir de informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral, relatando estatísticas sobre a corrupção política no Brasil a partir da aprovação da Lei n° 9.840 de 28 de setembro de 1999. O balanço foi divulgado pela primeira vez em 4 de outubro de 2007.[1]
Segundo o dossiê, entre 2000 e 2007, 623 políticos brasileiros tiveram seus mandatos cassados após a instalação de processos para averiguar denúncias de corrupção. As práticas abusivas incluem captação ilícita de sufrágio, condutas vedadas aos agentes públicos e abuso de poder. O balanço refere-se exclusivamente às cassações promovidas pela Justiça Eleitoral, não incluindo políticos cassados em virtude de condenações criminais.[1][2]
Metodologia
A pesquisa foi realizada pelo juiz Marlon Reis, presidente da Associação Brasileira de Magistrados, Procuradores e Promotores Eleitorais e integrante do Comitê Nacional do MCCE, com o objetivo de suprir a demanda por um método de acompanhamento estatístico, uma vez que a Justiça Eleitoral não conta com um sistema semelhante. A pesquisa foi feita a partir dos dados processuais de cada caso, com base em informações disponibilizadas virtualmente pelos Tribunais Regionais Eleitorais e pelo Tribunal Superior Eleitoral. Outros dados foram obtidos através de consulta direta a tribunais e zonas eleitorais. Notícias veiculadas pela imprensa também serviram para a descoberta de cassações, sendo posteriormente cruzadas com os dados provenientes da Justiça Eleitoral.[1]
Foram categorizados como "cassados" todos os políticos condenados pela Justiça Eleitoral à perda do mandato, mesmo aqueles que por força de liminar ainda estivessem ocupando cargos eletivos. Todas as cassações se referem a utilização de bens e vantagens de origem pública ou privada para captação ilícita de votos ou fortalecimento ilícito de campanhas.[1] TATA
Políticos cassados por cargo
Dos 623 políticos listados, dois eram governadores e foram cassados juntos com seus respectivos vice-governadores: Cássio Cunha Lima, da Paraíba (PSDB), mantido no cargo por força de liminar, e Francisco Flamarion Portela, de Roraima (eleito pelo PSL e posteriormente filiado ao PT).[2] O governador Mão Santa, do Piauí, eleito pelo PMDB e cassado em 2001, não foi incluído na pesquisa por ter sido eleito em 1998, antes da Lei n° 9.840 entrar em vigor.[1]
Cargo | Nº. de políticos cassados |
---|---|
governadores e vice-governadores | 4 |
senadores e suplentes | 6 |
deputados federais | 8 |
deputados estaduais/distritais | 13 |
prefeitos e vice-prefeitos | 508 |
vereadores | 84 |
Políticos cassados por unidade federativa
Abaixo, encontram-se elencados em ordem decrescente os números de políticos cassados por unidade federativa e o respectivo percentual que representam do total de 623 cassações.[1]
Posição - Unidade Federativa | Nº. de políticos cassados | Percentual |
---|---|---|
1º - Minas Gerais | 71 | 11,39% |
2º - Rio Grande do Norte | 60 | 9,63% |
3º - São Paulo | 55 | 8,82% |
4º - Bahia | 54 | 8,66% |
5º - Rio Grande do Sul | 49 | 7,86% |
6º - Ceará | 37 | 5,93% |
7º - Paraíba | 36 | 5,77% |
8º - Goiás | 33 | 5,29% |
9º - Santa Catarina | 25 | 4,01% |
10º - Piauí | 22 | 3,53% |
11º - Mato Grosso | 20 | 3,21% |
12º - Rio de Janeiro | 18 | 2,88% |
12º - Mato Grosso do Sul | 18 | 2,88% |
13º - Roraima | 17 | 2,72% |
14º - Paraná | 16 | 2,56% |
15º - Pernambuco | 14 | 2,24% |
15º - Pará | 14 | 2,24% |
15º - Maranhão | 14 | 2,24% |
16º - Rondônia | 13 | 2,08% |
17º - Sergipe | 10 | 1,6% |
18º - Amapá | 9 | 1,44% |
19º - Espírito Santo | 7 | 1,12% |
20º - Alagoas | 4 | 0,64% |
21º - Tocantins | 3 | 0,48% |
22º - Amazonas | 2 | 0,32% |
23º - Distrito Federal | ^1 | 0.16% |
23º - Acre | 1 | 0,16% |
Políticos cassados por partido
Ao todo, 21 partidos políticos distintos tiveram membros cassados por corrupção eleitoral. Na metodologia empregada pelo estudo, considerou-se apenas os partidos políticos dos "cabeças de chapa" (isso é, desconsiderou-se os partidos dos vices e suplentes) no caso das eleições majoritárias (para o poder executivo e para o senado).[1]
Ver também
Referências
- ↑ a b c d e f g «Dossiê "Políticos cassados por corrupção eleitoral» (PDF). Comissão Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral. Consultado em 1 de outubro de 2010
- ↑ a b «Desde 2000, 623 políticos foram cassados. DEM lidera ranking» (PDF). O Globo. Consultado em 1 de outubro de 2010