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Morungaba

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Estância Climática de Morungaba
Município do Brasil
Hino
Gentílico morungabense
Localização
Localização da Estância Climática de Morungaba em São Paulo
Localização da Estância Climática de Morungaba em São Paulo
Localização da Estância Climática de Morungaba em São Paulo
Estância Climática de Morungaba está localizado em: Brasil
Estância Climática de Morungaba
Localização da Estância Climática de Morungaba no Brasil
Mapa
Mapa da Estância Climática de Morungaba
Coordenadas 22° 52′ 48″ S, 46° 47′ 31″ O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana Campinas
Municípios limítrofes Amparo, Bragança Paulista, Campinas, Itatiba, Pedreira, Tuiuti, Valinhos
Distância até a capital 108 km
História
Fundação 29 de junho de 1888 (137 anos)
Emancipação 28 de fevereiro de 1964 (61 anos)
Administração
Prefeito(a) Marco Antonio de Oliveira (PSD, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 146,752 km²
População total (Estimativa IBGE/2019) 13 622 hab.
Densidade 92,8 hab./km²
Clima tropical de altitude (Cwb)
Altitude 765 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[2]) 0,788 alto
PIB (IBGE/2008[3]) R$ 207 942,978 mil
PIB per capita (IBGE/2008[3]) R$ 15 996,84
Sítio www.morungaba.sp.gov.br/ (Prefeitura)
www.camaramorungaba.sp.gov.br/ (Câmara)
 Nota: Não confundir com Morungava.

Morungaba é um município brasileiro do estado de São Paulo, pertencente a Região Metropolitana de Campinas. Sua população estimada em 2016 era de 13.095 habitantes.[1]

Estância climática

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Morungaba é um dos 12 municípios paulistas considerados estâncias climáticas pelo Estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Climática, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.

Toponímia

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Morungaba, do tupi-guarani, colmeia de morungas, abelhas produtoras de dulcíssimo mel (Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo).

História

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Assentada nas colinas suaves de um vale ao pé da Serra de Cabras, o município é um convite à tranquilidade. Fundada em meados do século XIX com o nome de Conceição de Barra Mansa, mudado em 1919 para a denominação atual. Morungaba emancipou-se politicamente em 28 de fevereiro de 1964 e administrativamente em 1965, sendo elevada à condição de Estância Climática em 25 de julho de 1994.[4]

Em gleba de terreno ligeiramente acidentado e fertilíssimo onde corre o Ribeirão dos Mansos, surgiram as primeiras casas do Bairro dos Mansos (sobrenome de provável família pioneira), formando um núcleo ao redor de uma capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição. Era no tempo em que a lavoura cafeeira expandia-se pelo Estado. Com os cafezais, chegaram os imigrantes italianos que aqui se fixaram, primeiro na lavoura e, em seguida no comércio, solidificando o pequeno burgo.

Em meados do século XX, as primeiras indústrias se instalaram, o distrito transformou-se em município apresentando sinais de indiscutível progresso, evoluindo até tornar-se a cidade que hoje é, pequena porém agradável, pujante e movimentada. A lei nº, de 25 de julho de 1994, transformou o Município de Morungaba em estância climática. A cidade começa a estruturar-se para se transformar num ponto de atração turística. Potencial não lhe falta.

Geografia

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Localiza-se a uma latitude 22º52'48" sul e a uma longitude 46º47'30" oeste, estando a uma altitude de 765 metros.

Município Limítrofes

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Topografia

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Levemente acidentada.

Tropical de altitude. Temperatura Média: 18 a 26 graus, dentro de ótimo sistema ecológico.

Hidrografia

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Demografia

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População

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Crescimento populacional
Ano População Total
19705 032
19806 52829,7%
19918 21025,8%
20009 91120,7%
201011 76918,7%
202213 72016,6%
Est. 202414 081[5]2,6%
Fontes:[6][7][8][9]
Censos Demográficos IBGE e Estimativas SEADE

Dados demográficos

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Dados do Censo - 2000

População total: 9.911

  • Urbana: 7.786
  • Rural: 2.125
  • Homens: 5.015
  • Mulheres: 4.896

Densidade demográfica (hab./km²): 67,65

Mortalidade infantil até 1 ano (por mil): 16,80

Expectativa de vida (anos): 70,73

Taxa de fecundidade (filhos por mulher): 2,49

Taxa de alfabetização: 90,79%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,788

  • IDH-M Renda: 0,745
  • IDH-M Longevidade: 0,762
  • IDH-M Educação: 0,856

(Fonte: IPEADATA)

O município alcançou a primeira posição (com 73,4 pontos) no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades, lançado em 23 de março de 2021. O índice conferiu o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) atribuindo uma pontuação (o máximo possível é 100) a 770 cidades brasileiras, todas elas signatárias do Programa Cidades Sustentáveis. A avaliação do perfil de cidade sustentável não levou em conta impactos da pandemia de COVID-19 no Brasil.[10]

Infraestrutura

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Comunicações

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Estação terrena de satélites

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Estação terrena de satélites da Embratel em Morungaba.

Em 1986, entre as montanhas da cidade, num local ideal protegido de interferências eletromagnéticas, era inaugurada a estação terrena de satélites da Embratel. Anteriormente toda saída e entrada de dados eram feitos pela primeira estação da Embratel em Tanguá (RJ).[11][12]

Como São Paulo era o principal gerador de tráfego internacional do país, necessitava de um teleporto mais próximo. Assim logo após sua fundação a estação ficou responsável por aproximadamente 40% do tráfego de todo país. Por muitos anos a estação da Embratel foi orgulho para os moradores de Morungaba.[11]

Mas em dezembro de 2003 encerrou suas atividades, pois cabos de fibra-óptica submarina se tornavam populares, e aos poucos foram se tornando alternativas mais rápidas e confiáveis para transmissão de sinais em longas distâncias. Em contrapartida os sistemas de satélites sofriam, devido altos custos operacionais e condições adversas de clima como ruído solar da cintilação ionosférica, sem contar o delay (atraso) gerado em uma transmissão via satélite. E esses motivos e outros foram levados em conta para a permanente desativação desta estação.[11][12]

Telefonia

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O sistema de telefones automáticos foi inaugurado na cidade em 1977 pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que também implantou o sistema de discagem direta à distância (DDD) em 1984 com o código de área (011).[13][14]

Transportes

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Ônibus intermunicipais

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Convencional - Águas de Lindoia, Lindoia, Serra Negra, Amparo, Itatiba, Jundiaí, São Paulo (via Rodovia Anhanguera), Santos, São Vicente, Praia Grande, Mongaguá.

Um dos cartões postais da estância de Morungaba é o famoso “Túnel de Bambu” na Rodovia das Estâncias, que conta com iluminação noturna colorida.

Parque Ecológico Pedro Mineiro

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Além do turismo rural, a cidade conta com o Parque Ecológico Pedro Mineiro, situado a aproximadamente 800 metros de distância do centro da cidade, e localizado nos contrafortes da Serra das Cabras.[15][16]

O parque possui mananciais próprios, lagos, áreas de mata nativa, uma série de quedas d’água e relevo propício a caminhadas. Constitui-se em um  valioso patrimônio, com todas as possibilidades e potencialidades de se tornar o principal atrativo turístico da Estância de Morungaba. Lanchonete, playground infantil, minicampo de futebol e banheiros são algumas das estruturas e serviços à disposição dos visitantes.[16]

Do pátio de estacionamento à entrada do parque tem-se a visão panorâmica da cidade, assentada no vale do Ribeirão dos Mansos.[16]

Religião

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Religiões presentes na cidade:[17]

  • Católica Apostólica Romana (77.99%)
  • Evangélicas de Missão (1.32%)
  • Evangélicas de origem pentecostal (9.86%)
  • Evangélica não determinada (4.84%)
  • Espírita (0.77%)
  • Outras religiosidades (1.73%)
  • Sem religião (3.20%)

O Cristianismo se faz presente na cidade da seguinte forma:[18]

Igreja Católica

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Igrejas Evangélicas

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Ver também

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Referências

  1. a b «IBGE Cidades - Morungaba». IBGE. Consultado em 10 de janeiro de 2016 
  2. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  4. «Dados Demográficos | Prefeitura Municipal da Estância Climática de Morungaba». Prefeitura Municipal da Estância Climática de Morungaba. Consultado em 22 de novembro de 2017 
  5. «Estimativas da população residente para os municípios e para as unidades da federação (2024) | IBGE». www.ibge.gov.br 
  6. «Censos Demográficos (1991-2022) | IBGE». ibge.gov.br 
  7. «Censos Demográficos (1872-1980) | IBGE». biblioteca.ibge.gov.br 
  8. «Evolução da população segundo os municípios (1872-2010) | IBGE» (PDF). geoftp.ibge.gov.br 
  9. «Biblioteca Digital Seade | Fundação Seade». bibliotecadigital.seade.gov.br 
  10. Miranda, Cássia. «SP concentra cidades sustentáveis do País; tema foi ignorado por metade dos prefeitos eleitos». O Estado de São Paulo. MSN. Consultado em 24 de março de 2021 
  11. a b c pu2vlw (14 de janeiro de 2015). «Estação terrena de satélites desativada da Embratel – (Morungaba / SP)». PU2VLW - Vinicius Lenci. Consultado em 8 de abril de 2025 
  12. a b Vinicius (26 de julho de 2020). «Estação terrena de satélites da Embratel». Monolito Nimbus. Consultado em 8 de abril de 2025 
  13. «Área de operação da Telesp em São Paulo». www.telesp.com.br. Página oficial da Telecomunicações de São Paulo (arquivada). 14 de janeiro de 1998. Consultado em 26 de fevereiro de 2025 
  14. «Telesp - Código DDD e Prefixos». www.telesp.com.br. Página oficial da Telecomunicações de São Paulo (arquivada). 14 de janeiro de 1998. Consultado em 26 de fevereiro de 2025 
  15. «Visite o Parque Ecológico "Pedro Mineiro"». www.morungaba.sp.gov.br. 18 de janeiro de 2024. Consultado em 8 de abril de 2025 
  16. a b c «Turismo Paulista - Parque Ecológico Pedro Mineiro». www.turismopaulista.tur.br. Consultado em 8 de abril de 2025 
  17. https://www.estadosecidades.com.br/sp/morungaba-sp_religioes.html
  18. O termo "cristão" (em grego Χριστιανός, transl Christianós) foi usado pela primeira vez para se referir aos discípulos de Jesus Cristo na cidade de Antioquia (Atos cap. 11, vers. 26), por volta de 44 d.C., significando "seguidores de Cristo". O primeiro registro do uso do termo "cristianismo" (em grego Χριστιανισμός, Christianismós) foi feito por Inácio de Antioquia, por volta do ano 100. Tyndale Bible Dictionary, pp. 266, 828
  19. «Sul 1 Region of Brazil [Catholic-Hierarchy]». www.catholic-hierarchy.org. Consultado em 26 de março de 2025 
  20. «Campos Eclesiásticos». CONFRADESP. 10 de dezembro de 2018. Consultado em 26 de março de 2025 
  21. «Arquivos: Locais». Assembleia de Deus Belém – Sede. Consultado em 26 de março de 2025 
  22. «Localidade - Congregação Cristã no Brasil». congregacaocristanobrasil.org.br. Consultado em 26 de março de 2025 

Ligações externas

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