Saltar para o conteúdo

Pré-modernismo: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
bot: revertidas edições de 187.52.128.108 ( modificação suspeita : -34), para a edição 38518315 de DARIO SEVERI
Linha 5: Linha 5:
==Contexto histórico==
==Contexto histórico==
[[Imagem:Brasil19-20 conflitos.svg|thumb|Pontos de conflito no Brasil pré-modernista.]]
[[Imagem:Brasil19-20 conflitos.svg|thumb|Pontos de conflito no Brasil pré-modernista.]]
Para os autores o MC GUI é
Para os autores, o momento histórico brasileiro interferiu na produção literária, marcando a transição dos valores éticos do século XIX para uma nova realidade que se desenhava, essencialmente pautado por uma série de conflitos como o fanatismo religioso do [[Padre Cícero]] e de [[Antônio Conselheiro]] e o [[cangaço]], no [[Nordeste do Brasil|Nordeste]], as revoltas [[Revolta da Vacina|da Vacina]] e da [[Revolta da Chibata|Chibata]], no [[Rio de Janeiro]], as greves operárias em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] e a [[Guerra do Contestado]] (na [[fronteira]] entre [[Paraná]] e [[Santa Catarina]]); além disso a política seguia marcadamente dirigida pela [[política do café-com-leite|oligarquia rural]], o nascimento da [[burguesia]] urbana, a industrialização, segregação dos negros pós-[[abolição da escravatura|abolição]], o surgimento do [[proletariado]] e: finalmente, a imigração europeia. <ref name="LL">FARACO, Carlos e MOURA, Francisco. Língua e Literatura, terceiro volume, Ática, São Paulo, 2ª ed., 1983</ref>
, o momento histórico brasileiro interferiu na produção literária, marcando a transição dos valores éticos do século XIX para uma nova realidade que se desenhava, essencialmente pautado por uma série de conflitos como o fanatismo religioso do [[Padre Cícero]] e de [[Antônio Conselheiro]] e o [[cangaço]], no [[Nordeste do Brasil|Nordeste]], as revoltas [[Revolta da Vacina|da Vacina]] e da [[Revolta da Chibata|Chibata]], no [[Rio de Janeiro]], as greves operárias em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] e a [[Guerra do Contestado]] (na [[fronteira]] entre [[Paraná]] e [[Santa Catarina]]); além disso a política seguia marcadamente dirigida pela [[política do café-com-leite|oligarquia rural]], o nascimento da [[burguesia]] urbana, a industrialização, segregação dos negros pós-[[abolição da escravatura|abolição]], o surgimento do [[proletariado]] e: finalmente, a imigração europeia. <ref name="LL">FARACO, Carlos e MOURA, Francisco. Língua e Literatura, terceiro volume, Ática, São Paulo, 2ª ed., 1983</ref>


Além desses fatos somam-se as lutas políticas constantes pelo [[coronelismo]], e disputas provincianas como as existentes no [[Rio Grande do Sul]] entre [[maragatos]] e republicanos.<ref>[http://educaterra.terra.com.br/literatura/premodernismo/premodernismo_1.htm Literatura], Terra, ''Pré-modernismo - origens''. Página consultada em 5 de abril de 2008</ref>
Além desses fatos somam-se as lutas políticas constantes pelo [[coronelismo]], e disputas provincianas como as existentes no [[Rio Grande do Sul]] entre [[maragatos]] e republicanos.<ref>[http://educaterra.terra.com.br/literatura/premodernismo/premodernismo_1.htm Literatura], Terra, ''Pré-modernismo - origens''. Página consultada em 5 de abril de 2008</ref>

Revisão das 14h38min de 4 de abril de 2014

O pré-modernismo (ou ainda estética impressionista[1]) foi um período literário brasileiro[2], que marca a transição entre o simbolismo e o movimento modernista. Em Portugal, o pré-modernismo configura o movimento denominado saudosismo [3].

O termo pré-modernismo parece ter sido criado por Tristão de Athayde, para designar os "escritores contemporâneos do neo-parnasianismo, entre 1910 e 1920", no dizer de Joaquim Francisco Coelho[4]

Contexto histórico

Pontos de conflito no Brasil pré-modernista.

Para os autores o MC GUI é , o momento histórico brasileiro interferiu na produção literária, marcando a transição dos valores éticos do século XIX para uma nova realidade que se desenhava, essencialmente pautado por uma série de conflitos como o fanatismo religioso do Padre Cícero e de Antônio Conselheiro e o cangaço, no Nordeste, as revoltas da Vacina e da Chibata, no Rio de Janeiro, as greves operárias em São Paulo e a Guerra do Contestado (na fronteira entre Paraná e Santa Catarina); além disso a política seguia marcadamente dirigida pela oligarquia rural, o nascimento da burguesia urbana, a industrialização, segregação dos negros pós-abolição, o surgimento do proletariado e: finalmente, a imigração europeia. [5]

Além desses fatos somam-se as lutas políticas constantes pelo coronelismo, e disputas provincianas como as existentes no Rio Grande do Sul entre maragatos e republicanos.[6]

Outras manifestações artísticas

A música assistiu, desde o lançamento da primeira gravação feita no país por Xisto Bahia, a uma penetração nas camadas mais elevadas de manifestações até então restritos às camadas mais populares – ritmos tais como o maxixe, toada, modinha e serenata. É o tempo em que a capital do país, então o Rio de Janeiro, assiste ao crescimento do carnaval, ao sucesso de compositores como Chiquinha Gonzaga e o nascimento do samba em sua versão recente. [5]

Na música erudita, o nome representativo foi o de Alberto Nepomuceno, de composições de “intenção nacionalista”. [5]

Na pintura, tendo como principal foco a Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, vigorava o academicismo, passando despercebida a exposição feita em 1913 pelo lituano Lasar Segall. Apenas em 1917 uma forte reação à exposição de Anita Malfatti expõe o confronto que redundaria na Semana de Arte Moderna de 1922. [5] (vide, mais abaixo, texto de Monteiro Lobato sobre essa exposição).

Ambiente literário e outras informações

Para além dos fatos circundantes, registra-se que ainda estão ativos autores parnasianos, como Olavo Bilac, Raimundo Correia e Francisca Júlia da Silva, e neo-parnasianos como Martins Fontes e Goulart de Andrade, dominando o cenário da Academia Brasileira de Letras. Além deles, longe da Academia, simbolistas como Emiliano Perneta e Pereira da Silva, convivem com os escritores pré-modernistas.[7]

Caracterização

Embora vários autores sejam classificados como pré-modernistas, este não se constituiu num estilo ou escola literária, dado a forte individualidade de suas obras[3], mas essencialmente eram marcados por duas características comuns:

  1. conservadorismo - traziam na sua estética os valores naturalistas;
  2. renovação - demonstravam íntima relação com a realidade brasileira e as tensões vividas pela sociedade do período[5]

Embora tenham rompido com a temática dos períodos anteriores, esses autores não avançaram o bastante para ser considerados modernos[3] - notando-se, até, alguns casos, resistência às novas estéticas.[5]

Excerto

Num artigo publicado em 1917, Monteiro Lobato reagiu assim à exposição de Anita Malfatti, no jornal O Estado de São Paulo:

"Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem normalmente as coisas e em consequência fazem arte pura. (...) A outra espécie é formada dos que vêem anormalmente a natureza e a interpretam à luz das teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. São produtos do cansaço e do sadismo de todos os períodos da decadência do simbolismo.(...)"[5]

Autores e suas obras

Os principais pré-modernistas no Brasil foram:

Galeria

Bibliografia

  • BOSI, Alfredo. A Literatura Brasileira: vol. V - O Pré-Modernismo, 4ª ed., São Paulo: Cultrix, 1973.

Referências

  1. MATTOS, Geraldo, Teoria e Prática de Língua e Literatura, vol. 3, FTD, São Paulo, s/d
  2. E-Dicionário de literatura, página pesquisada em 4 de abril de 2008
  3. a b c d Análise, sítio pesquisado em 21 de março de 2008.
  4. COELHO, Joaquim Francisco. Manuel Bandeira pré-modernista, Instituto Nacional do Livro, 1982
  5. a b c d e f g h i j k l FARACO, Carlos e MOURA, Francisco. Língua e Literatura, terceiro volume, Ática, São Paulo, 2ª ed., 1983
  6. Literatura, Terra, Pré-modernismo - origens. Página consultada em 5 de abril de 2008
  7. a b c ESCHER, xota no pau véio esta foi uma obra no qual marcou o pré-modernismo porem ser muito pornográfica , Língua e Literatura, vol. 3, Ática, São Paulo, 1979
  8. CUNHA, Euclides da. Os Sertões
  9. Literatura, Terra, Pré-modernismo - outros autores. Página pesquisada em 5 de abril de 2008.