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:::::::::::::::: Fernando Pessoa, ''Correspondência 1905-1915'' (1998),
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:::::::::::::::: ed. Manuela Parreira da Silva, Lisboa: Assírio & Alvim, p. 150.
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== Obras ==
== Obras ==

Revisão das 01h18min de 23 de abril de 2011

Ronald de Carvalho (Rio de Janeiro, 16 de maio de 1893 — Rio de Janeiro, 15 de fevereiro de 1935), foi um poeta e político brasileiro.

Vida

Filho do capitão-tenente e engenheiro naval Artur Augusto de Carvalho e de Alice Paula e Silva Figueiredo de Carvalho, fez o curso secundário no Colégio Abílio.

Entrou na Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais, atual Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, fazendo bacharelado em 1912. Desde 1910 trabalhava como jornalista, no Diário de Notícias, cujo diretor era Ruy Barbosa.

Em 1915, juntamente com Luís de Montalvor, foi director e colaborador do primeiro número de Orpheu - Revista Trimestral de Literatura, que lançou o movimento modernista em Portugal. Foi nesta célebre e influente revista literária, editada em Lisboa, que publicou «Poemas», na qual figuravam também grandes nomes das letras portuguesas, como Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro.

Em sua ida para a Europa, cursou Filosofia e Sociologia em Paris. Ao voltar para o Brasil, entrou para o Itamaraty. Em 1922, participou da Semana de Arte Moderna, em São Paulo, movimento determinante do Modernismo brasileiro.

Em 1924, dirigiu a Seção dos Negócios Políticos e Diplomáticos na Europa. Durante a gestão de Félix Pacheco, esteve no México, como hóspede de honra daquele governo. Em 1926, foi oficial de gabinete do ministro Otávio Mangabeira. Exerceu cargos diplomáticos de relevância, servindo na Embaixada de Paris, com o embaixador Sousa Dantas, por dois anos, e depois em Haia (Países Baixos). Retornou a Paris, de onde, em 1933, foi removido para o Rio de Janeiro.

Foi secretário da Presidência da República, cargo que ocupava quando morreu. Em concurso realizado pelo Diário de Notícias, em 1935, foi eleito Príncipe dos Prosadores Brasileiros, em substituição a Coelho Neto. Colaborou, com destaque, em O Jornal. Casou com Leilah Accioly de Carvalho, com quem teve quatro filhos.

Faleceu no Rio de Janeiro vítima de acidente automobilístico.

Crítica

Ronald de Carvalho enviou a Fernando Pessoa, por intermédio de Luís de Montalvor, o seu livro de poesia Luz Gloriosa. Sobre este livro, escreveu Frenando Pessoa uma crítica, em carta datada de 29 de fevereiro de 1915, dirigida ao autor :

« O seu Livro é dos mais belos que recentemente tenho lido. Digo-lhe isto para que,
não me conhecendo, me não julgue posto a severidade sem atenção às belezas do seu Livro.
Há em si o com que os grandes poetas se fazem. De vez em quando, a mão do escultor faz falar
as curvas irreais da sua Matéria. E então é o seu poema sobre o Cais e a sua impressão
do Outono, e este e aquele verso, caído dos deuses como o que é azul no céu, nos intervalos
da tormenta. Exija de si o que sabe que não poderá fazer. Não é outro o caminho da Beleza. »
Fernando Pessoa, Correspondência 1905-1915 (1998),
ed. Manuela Parreira da Silva, Lisboa: Assírio & Alvim, p.150.

Obras

  • Luz Gloriosa (1913)
  • Pequena História da Literatura Brasileira (1919)
  • Poemas e Sonetos (1919)
  • Epigramas Irônicos e Sentimentais (1922)
  • Toda a América (1926)


Precedido por
Gregório da Fonseca
Secretário da Presidência da República
19341935
Sucedido por
Artur Guimarães de Araújo Jorge