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Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia

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A emenda 78 em que o Congresso nacional do Brasil oficializa indenizar os soldados da borracha como ficaram conhecidos os recrutados pelo SEMTA.

Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia (SEMTA) foi um órgão brasileiro criado em 1943, como parte dos Acordos de Washington, tinha como finalidade principal o alistamento compulsório, treinamento e transporte de nordestinos para a extração da borracha na Amazônia, como intuito de fornecer matéria-prima para os aliados da II Guerra Mundial.[1][2]

O diretor do Semta foi Paulo de Assis Ribeiro. O cartunista de toda essa campanha foi Jean-Pierre Chabloz.

Departamento Nacional de Imigração

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O Semta fazia parte do Departamento Nacional de Imigração (DNI), do governo de Getúlio Vargas. Era financiado por um fundo especial da Rubber Development Corporation, um fundo criado com o selamento dos Acordos de Washington.

Tinha como objetivo principal o recrutamento, encaminhamento, colocação e à assistência de trabalhadores (e famílias destes) nos seringais da região Amazônica.

Palácio do Comércio

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Sediado no nordeste, em Fortaleza, funcionou no Palácio do Comércio a sua sede administrativa. Já os campos de alojamento ficavam no Prado (atualmente Benfica) e no Alagadiço (atualmente São Gerardo). Já para as mulheres e famílias dos homens casados, existia um alojamento que ficava no Porangabussu (hoje Hospital das Clínicas).

O Ceará foi escolhido como centro operacional deste serviço por diversas razões, Entre elas:

  • A safra agrícola cearense de 1942/43 estava perdida devida a seca de 1942/43.
  • O governo Vargas e o governo estadual temiam manifestações em massa da população do interior cearense, como a Invasão de Flagelados na seca de 1915, ou o movimento político-social-religioso do Caldeirão de Santa Cruz do Deserto da década de 30, bem como a reimplantação da trágica estratégia dos Campos de Concentração no Ceará (mais conhecidos como "Os Currais do Governo") de 1932/1933.
  • Os cearenses se adaptariam melhor com a população local do Norte e com os índios, pelo fato de um grande contingente de cearenses já havia imigrado para a Amazônia no "Primeiro Ciclo Econômico da Borracha" (final do século XIX e começo do século XX), e o fato de que a população cearense teve quase nada da influência da cultura da escravidão (diga-se, racialismo integralista que via nos mamelucos do interior cearense maiores similaridades com os mamelucos e nativos da amazônia ocidental, ao contrario de outros lugares do Nordeste e mesmo do Sudeste também).

Segundo ciclo econômico da borracha

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Entre 1943 e 1945, o Semta recrutou e enviou cerca de 60.000 pessoas para assim agilizar o Segundo Ciclo da Borracha. Com final da Segunda Guerra Mundial o Semta foi extinto e este contingente de imigrantes (Soldados da Borracha) ficou entregue a própria sorte.[3]

Referências

  1. «DECRETO-LEI Nº 5.813 - DE 14 DE SETEMBRO DE 1943 - PUB. CLBR 1943». web.archive.org. 1 de março de 2009. Consultado em 24 de dezembro de 2021 
  2. Neves, Frederico de Castro (2001). «Getúlio e a seca: políticas emergenciais na era Vargas». Revista Brasileira de História: 107–129. ISSN 0102-0188. doi:10.1590/S0102-01882001000100006. Consultado em 24 de dezembro de 2021 
  3. «Época - NOTÍCIAS - Exército da borracha». revistaepoca.globo.com. Consultado em 24 de dezembro de 2021 

Ligações externas

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