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Silvio Berlusconi: diferenças entre revisões

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==Biografia==
==Biografia==
=== Família ===É fã do ator Doc Shaw.Nascido em [[Milão]], em [[1936]] é o mais velho dos três filhos de uma família de classe média-baixa milanesa. O pai, Luigi Belusconi (n. [[1908]]- m. [[1989]]), era bancário e, a mãe, Rosa Bossi era dona-de-casa (n. [[1911]]- m. [[2008]]). Francesca Berlusconi (n. [[1943]]- m. [[2009]]) e, Paolo Berlusconi(n.[[1949]]) são os restantes filhos. Casou pela primeira vez em [[1965]] com Carla Elvira Dall'Oglio, de quém teve dois filhos: Marina (n. [[1966]]) e, Pier Sílvio (n. [[1968]]). Casou pela segunda vez em 1990, com Veronica Lario, de quem teve três filhos, porém ainda antes do casamento: Bárbara (n. [[1984]]), Eleonora (n. [[1986]]) e, Luígi (n. [[1988]]). Separou-se de Verónica em [[2009]].<ref name=sbf> [http://www.geneall.net/I/per_page.php?id=535489 Família no GeneAll]</ref>
=== Família ===
Nascido em [[Milão]], em [[1936]] é o mais velho dos três filhos de uma família de classe média-baixa milanesa. O pai, Luigi Belusconi (n. [[1908]]- m. [[1989]]), era bancário e, a mãe, Rosa Bossi era dona-de-casa (n. [[1911]]- m. [[2008]]). Francesca Berlusconi (n. [[1943]]- m. [[2009]]) e, Paolo Berlusconi(n.[[1949]]) são os restantes filhos. Casou pela primeira vez em [[1965]] com Carla Elvira Dall'Oglio, de quém teve dois filhos: Marina (n. [[1966]]) e, Pier Sílvio (n. [[1968]]). Casou pela segunda vez em 1990, com Veronica Lario, de quem teve três filhos, porém ainda antes do casamento: Bárbara (n. [[1984]]), Eleonora (n. [[1986]]) e, Luígi (n. [[1988]]). Separou-se de Verónica em [[2009]].<ref name=sbf> [http://www.geneall.net/I/per_page.php?id=535489 Família no GeneAll]</ref>


=== Vida política e profissional ===
=== Vida política e profissional ===

Revisão das 16h27min de 18 de novembro de 2011

Silvio Berlusconi
Silvio Berlusconi
Silvio Berlusconi
Período 1º - 10 de Maio de 1994
a 17 de Janeiro de 1995

2º - 11 de Junho de 2001
a 17 de maio de 2006
3º - 8 de maio de 2008
a 16 de novembro de 2011

Antecessor(a) 1º - Carlo Azeglio Ciampi

2º - Giuliano Amato
3º - Romano Prodi

Sucessor(a) 1º - Lamberto Dini

2º - Romano Prodi
3º - Mario Monti

Dados pessoais
Nascimento 29 de setembro de 1936 (87 anos)
Milão, Lombardia
 Itália
Partido O Povo da Liberdade
Profissão empresário e político
Assinatura Assinatura de Silvio Berlusconi

Silvio Berlusconi (Milão, 29 de setembro de 1936) é um empresário e político italiano. Foi presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro) da Itália, entre 1994 e 1995, de 2001 a 2006 e de 2008 a 2011. É também o atual presidente do Milan, uma das maiores equipes do futebol italiano.

Biografia

=== Família ===É fã do ator Doc Shaw.Nascido em Milão, em 1936 é o mais velho dos três filhos de uma família de classe média-baixa milanesa. O pai, Luigi Belusconi (n. 1908- m. 1989), era bancário e, a mãe, Rosa Bossi era dona-de-casa (n. 1911- m. 2008). Francesca Berlusconi (n. 1943- m. 2009) e, Paolo Berlusconi(n.1949) são os restantes filhos. Casou pela primeira vez em 1965 com Carla Elvira Dall'Oglio, de quém teve dois filhos: Marina (n. 1966) e, Pier Sílvio (n. 1968). Casou pela segunda vez em 1990, com Veronica Lario, de quem teve três filhos, porém ainda antes do casamento: Bárbara (n. 1984), Eleonora (n. 1986) e, Luígi (n. 1988). Separou-se de Verónica em 2009.[1]

Vida política e profissional

Berlusconi foi líder do partido político Força Itália, fundado por ele na sua entrada na vida política, é atualmente presidente do partido sucessor O Povo da Liberdade e o proprietário do império italiano de media Mediaset, além de ter controle dos principais meios de comunicação do país[2] e ser dono de bancos, empresas de entretenimento e presidente do AC Milan. A revista Forbes o cita como a segunda pessoa mais rica da Itália e 74º homem mais rico da Europa, com uma fortuna pessoal estimada em quase 9 bilhões de dólares.

Esteve quase sempre no poder desde 10 de Maio de 1994, chegando ao cargo de primeiro-ministro três vezes.

Tem sido acusado diversas vezes de corrupção e ligações com a Máfia, mas firmou a lei mais eficiente contra mais perigosos mafiosos, 41bis. Em muitos aspectos o seu último governo foi o mais eficiente contra a máfia depois de Mussolini.

Gerou grande polémica na Europa ao apoiar a Guerra dos EUA contra o Iraque, em 2003. Berlusconi disse que tentou dissuadir o seu amigo Bush de invadir o Iraque mas depois da entrada em guerra mandou o primeiro navio com ajudas humanitárias e apoiou os americanos contra uma grande oposição da esquerda italiana.

Silvio Berlusconi é também líder da coligação Casa das Liberdades e foi derrotado por Romano Prodi nas eleições legislativas de 2006 para a disputa da chefia do governo da Itália.

Entre 16 e 18 de novembro de 2007 Berlusconi organizou uma petição popular pela antecipação das eleições. Em 18 de novembro durante um comício na praça San Babila em Milão, Berlusconi anunciou a dissolução de Força Itália e a criação do Popolo della Libertà (Povo da Liberdade).

Em 14 de abril de 2008, a coligação formada pelo Popolo della Libertà, Liga Norte e Movimento per l'Autonomia, apoiando a candidatura de Silvio Berlusconi a Presidente do Conselho de Ministros, venceu as eleições com ampla maioria no Parlamento. conquistando 46,8% (340 cadeiras) na Câmara e 47,3% (168 cadeiras) no Senado, com quase nove pontos percentuais à frente dos adversários do Partido Democrático.

Em 11 de março de 2010, o Senado italiano aprovou uma lei que impede que ele compareça diante da Justiça para responder aos processos de corrupção e fraude, pelos quais é acusado[3][4].

O primeiro-ministro compara, entretanto, o Judiciário italiano ao Taleban e diz ser perseguido[5].

Em 8 de novembro de 2011, Silvio Berlusconi aceitou renunciar assim que as reformas econômicas entrassem em vigor.[6]

Em 12 de novembro de 2011, Berlusconi renunciou ao cargo de primeiro-ministro da Itália.[7]

Agressões

A 31 de Dezembro de 2004, em Roma, foi atacado por um homem que o golpeou na cabeça, com um tripé, o que causou uma ferida na face.

No dia 13 de dezembro de 2009, durante um comício em Milão, foi agredido por Massimo Tartaglia, com uma reprodução metálica da Catedral de Milão, que lhe fracturou o nariz e partiu-lhe dois dentes. O agressor, que se encontra em tratamento psiquiátrico desde 1999, foi imediatamente detido.[8]

Polêmicas e acusações

As controvérsias têm marcado nomeadamente os seus governos. A revolta suscitada pela Lei Alfano é um exemplo notável. Esta lei estabelece que os quatro principais líderes do estado, o Presidente da República, o Primeiro-ministro e os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado não podem ser julgados por qualquer delito alheios a sua posição, enquanto permanecerem no governo.[9] Assim mesmo, tem sido repetidamente acusado de manter relações com a máfia calabresa ('Ndrangheta).[10][11]

Para o escritor Paul Ginsborg, autor de Silvio Berlusconi; televisão, poder e riqueza,[12] a combinação do populismo antidemocrático e do poder midiático de Berlusconi faz dele uma grande ameaça para a democracia. No livro, uma biografia que inclui suas primeiras aventuras como um empresário e playboy até a criação de seu império empresarial Mediaset e a subsequente ascensão à presidência do Conselho de Ministros da Itália, analisa as relações comerciais, os interesses econômicos e os processos judiciais do Presidente da Itália, porém sem deixar de expor a caracterização da sociedade italiana ajudou e permitiu o triunfo de uma figura como a Silvio Berlusconi.[13][14][15]

Nos últimos dez anos Berlusconi, foi objeto de inúmeros processos legais, nenhum dos quais terminou com uma sentença definitiva de condenação; foi acusado de conluio com a máfia, lavagem de dinheiro, evasão fiscal, participação em homicídio, corrupção e suborno de policiais e juízes. Foi condenado duas vezes: na primeira, por financiamento ilegal de partidos e, na segunda, por corrupção de inspetores fiscais. Nos dois casos, foi absolvido pelo tribunal de recursos. Em outros quatro processos foi absolvido por prescrição do crime. Alguns destes casos foram registrados durante a fase de investigação, como resultado dos outros que foram iniciados um processo no qual Berlusconi foi absolvido. Em outros processos, enfim, foram entregues na primeira instância ou em sede de recurso, as penas por crimes como corrupção judicial, o financiamento ilegal dos partidos políticos e falsa contabilidade. Em alguns, Berlusconi se beneficiou da legislação aprovada pela maioria parlamentar liderada por ele mesmo: essas medidas, que têm atraído intensa controvérsia política, foram definidas por leis ad personam. Segundo Berlusconi e alguns dos seus defensores, desde que entrou em política, a justiça italiana utilizou mais de 1.000 magistrados para os seus processos e deve ter gasto do dinheiro dos contribuentes mais de 300 milhões de euros.

Desde 21 de dezembro de 2010, Berlusconi está sendo investigado pelo Caso Rubygate, por ter remunerado os serviços sexuais de uma menor de idade, a marroquina Karima El Mahrug, conhecida como Ruby, e por ter cometido abuso de poder ao obter a liberação da jovem após sua detenção por furto em maio. O escândalo ganhou notoriedade na imprensa italiana com a divulgação de dezenas de transcrições de conversas telefónicas entre várias jovens e os organizadores de festas com supostas orgias nas residências de Berlusconi.

Berlusconi, por diversas vezes fez declarações polêmicas. Em 13 de julho de 2011 numa escuta telefônica, disse que iria "embora deste país de merda", se referindo a Itália.[16] Pouco tempo depois, novamente através de uma escuta telefônica, ele ofendeu a chanceler da Alemanha Angela Merkel ao dizer que ela era uma gorda com quem não teria relações sexuais.[17] Depois, no Parlamento Italiano, ele propôs a mudança do nome da coligação governista de "Força Itália" para "Força Gnocca", sendo que Gnocca refere-se a mulheres atraentes ou ao órgão sexual feminino.[18] Com tantas declarações polêmicas sendo exibidas na mídia, ele propôs uma lei para ser discutida em outubro de 2011 no Parlamento Italiano, no qual impunha restrições aos jornais e páginas da internet, além de proibir a publicação de escutas telefônicas da polícia.[19][20][21][22]

Na cultura popular

No cinema

O filme Il Caimano (em Portugal "O Caimão"; no Brasil, "O crocodilo"), de Nanni Moretti, trata dos esforços de um produtor e uma argumentista para obter recursos destinados à realização de um filme sobre Berlusconi e das dificuldades para a empreitada.

Referências

  1. Família no GeneAll
  2. O lobisomem Berlusconi - O Estado de S.Paulo, 29 de novembro de 2009 (visitado em 12-3-2010)
  3. Senado aprova lei que autoriza Berlusconi a faltar audiências - G1, 10 de março de 2010 (visitado em 12-3-2010)
  4. Senado passa lei para inocentar Berlusconi - O Estado de S.Paulo, 12 de março de 2010 (visitado em 12-3-2010)
  5. Berlusconi compara Judiciário italiano ao Taleban e vê perseguição - Folha Online, 26 de fevereiro de 2010 (visitado em 12-3-2010)
  6. «Berlusconi irá renunciar assim que reformas forem aprovadas». BBC Brasil. 8 de novembro de 2011 
  7. «Silvio Berlusconi renuncia ao cargo de primeiro-ministro». G1 O portal de notícias da Globo. 12 de novembro de 2011 
  8. La Jornada - Agressão a Berlusconi (em castelhano).
  9. «El Gobierno italiano aprueba la ley que concede la inmunidad a Berlusconi». El Mundo 28.06.2008 (em español). 2008 
  10. «Berlusconi accused of mafia ties». World Press 28.01.2002 (em inglés). 2002 
  11. «La Mafia también hace campaña». El País 13.04.2008 (em español). 2008 
  12. Google livros.
  13. Silvio Berlusconi: televisión, poder y patrimonio, editorial Foca, en libreríaproteo
  14. Ficha del libro Así no podemos seguir, en Editorial los libros del lince
  15. Publicaciones de Ginsborg sobre Berlusconia, Italia y los patrimonios de los dictadores, en dialnet
  16. «'Vou embora deste país de merda', diz Berlusconi em ligação interceptada». O Globo. 1 de setembro de 2011. Consultado em 7 de outubro de 2011 
  17. «Berlusconi é acusado de chamar Angela Merkel de gorda em ligação interceptada». 16 de setembro de 2011. Consultado em 7 de outubro de 2011  Parâmetro desconhecido |publicada= ignorado (ajuda)
  18. «Primeiro-ministro italiano propôs nome erótico para o partido que o colocou no poder». SIC Notícias. 7 de outubro de 2011. Consultado em 7 de outubro de 2011 
  19. «Wikipédia pode acabar se projeto de Berlusconi virar lei». Conjur. 5 de outubro de 2011. Consultado em 7 de outubro de 2011 
  20. «Versão italiana da Wikipedia volta a funcionar». O Globo. 7 de outubro de 2011. Consultado em 7 de outubro de 2011 
  21. «Wikipedia fecha site italiano em protesto contra lei». O Globo. 5 de outubro de 2011. Consultado em 7 de outubro de 2011 
  22. «Italianos protestam contra projeto de lei que prevê multas de até 12 mil euros a blogs». O Globo. 28 de setembro de 2011. Consultado em 7 de outubro de 2011 

Ligações externas

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Precedido por
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2001 - 2006
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