Filho de pai alemão, Wolf alistou-se em Curitiba, aos 18 anos, no 15º Batalhão de Caçadores (unidade extinta cujas instalações são hoje ocupadas pelo 20º Batalhão de Infantaria Blindado Sargento Max Wolf Filho - 20º BIB), em Curitiba. Na década de 1930 mudou-se com a família para a cidade do Rio de Janeiro, então capital federal (DF), e ingressou em sua Polícia Militar na qual permaneceu por uma década.[1] Wolf participou da Revolução de 1930 e da Revolução Constitucionalista de 1932, ao lado das tropas federais.[2]
No ano de 1944, alistou-se voluntariamente[3] na Força Expedicionária Brasileira, compondo os quadros da então 1ª Companhia do 11º Regimento de Infantaria (11º RI), em São João del-Rei (MG).
No dia 12 de abril de 1945, o 11º RI recebeu a missão de reconhecimento em Monteforte e Riva di Biscia (na região de Montese),[4] a denominada "terra de ninguém". O sargento Wolf foi voluntário para comandar a patrulha de reconhecimento, que foi constituída por 19 militares que haviam se destacado por competência e bravura em outros combates. Nessa missão, foi fatalmente atingido por uma rajada de metralhadora alemã, que o atingiu na altura do peito.
Neste dia e por causa do fogo inimigo, não foi possível recuperar o seu corpo e quando foi possível retornar ao local, seus restos mortais não estavam mais lá, portanto, seu corpo nunca foi recuperado. Supostamente, foi enterrado numa vala comum pelo inimigo.[2]
Em 2010, foi criada a medalha Sargento Max Wolff Filho, pelo Decreto nº 7118.[6] Tal medalha é conferida a subtenentes e sargentos do Exército brasileiro, em reconhecimento à dedicação e interesse pelo aprimoramento profissional, que efetivamente se tenham destacado no seu desempenho profissional, evidenciando características e atitudes inerentes ao 2º Sargento Max Wolf Filho.
Em São Paulo, a Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Max Wolf Filho, Sgt.[7][8] também leva o seu nome.[nota 1]
O 20º Batalhão de Infantaria Blindado (20º BIB), em Curitiba-PR, tem a denominação histórica de "Batalhão Sargento Max Wolf Filho".
O sargento mantinha uma série disciplina e competência militar destacando-se por liderar patrulhas de reconhecimento e por não deixar para trás os feridos,[3] além de ser muito popular entre colegas da FEB e do V Exército dos Estados Unidos. Por estes ações na Segunda Guerra Mundial, ganhou múltiplas condecorações de guerra.[10]
↑BRASIL. Decreto nº 7.118, de 25 de fevereiro de 2010. Cria a Medalha "Sargento Max Wolff Filho" e dá outras providências. Presidência da República Federativa do Brasil: Brasília, 2007. Acesso em 4 de junho de 2011.