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Pólipo nasal: diferenças entre revisões

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'''Pólipo nasal''', também chamado '''polipose nasossinusal''' ('''PN''') e '''pseudotumor nasossinusal''', são formações [[Pólipo (medicina)|polipóides]] [[benignidade|não neoplásicas]], pedunculadas e edematosas observadas nas [[cavidade nasal|cavidades nasais]] e [[seio paranasal|seios paranasais]] em decorrência de um processo inflamatório crônico da [[mucosa nasal]].{{sfn|Newton, Ah-See|2008|p=507-512}}{{sfn|Santos ''et al''|2008|p=71-77}}{{sfn|Souza ''et al''|2003|p=318-325}}{{sfn|Abritta ''et al''|2004|p=156-162}} Geralmente de ocorrência bilateral, seus sintomas incluem obstrução nasal constante com dificuldade para respirar pelo nariz, [[anosmia|perda do olfato]], diminuição do paladar e [[coriza|secreção nasal]] anterior e posterior. [[Cefaleia]] e dor facial podem ocorrer, mas são são frequentes.{{sfn|Newton, Ah-See|2008|p=507-512}}{{sfn|Santos ''et al''|2008|p=71-77}} Entre as complicações geradas por essa patologia, uma das principais é a [[sinusite]].{{sfn|Frazier, Drzymkowski|2013|p=432}}
'''Pólipos nasais''' são massas [[pólipo (medicina)|polipóides]] que surgem principalmente das [[membranas mucosas]] do [[nariz]] e [[seios paranasais]].<ref>[http://medico.uol.com.br/br/topic/polipos-nasais Pólipos nasais]</ref>

A etiologia é ainda obscura, mas supõe-se que a ocorrência de uma inflamação local persistente seja essencial para o desenvolvimento de pólipos nasais.{{sfn|Abritta ''et al''|2004|p=156-162}} Todavia, as causas ainda são motivo de controvérsia e existem inúmeras teorias sobre o assunto descritas na literatura.{{sfn|Santos ''et al''|2008|p=71-77}} Sabe-se que ocorrem mais comumente entre as pessoas que sofrem de [[alergia]]s, [[fibrose cística]], sensibilidade ao [[ácido acetilsalicílico]] ou certas infecções.{{sfn|Rouvier, Peynegre|2000|p=287-296}} O diagnóstico pode ser feito por rinoscopia anterior ou endoscopia nasal. Para avaliação da extensão da doença e sua anatomia, é recomendado a realização de [[tomografia computadorizada]].{{sfn|Newton, Ah-See|2008|p=507-512}}{{sfn|Santos ''et al''|2008|p=71-77}}

O tratamento preconizado para os pólipos nasais é inicialmente medicamentoso, com a utilização de [[corticoide]]s tópicos ou sistêmicos, que podem reduzir o tamanho da formação, melhorar a respiração nasal e o olfato.{{sfn|Santos ''et al''|2008|p=71-77}} A persistência dos sintomas é geralmente indicativo da necessidade de tratamento cirúrgico. Entretanto, como a cirurgia não trata o componente inflamatório da mucosa, pode haver recidiva do quadro, sendo necessário um tratamento clínico complementar. O uso de anti-histamínicos só proporciona a melhora dos sintomas relacionados à [[rinite alérgica]], sem efeito sobre a dimensão dos pólipos nasais.{{sfn|Santos ''et al''|2008|p=71-77}}

Estima-se que as poliposes nasais afetem cerca de 4% da população mundial e que outros 40% irão desenvolver a doença em algum momento da vida, sendo mais propensos os homens com mais de 20 anos de idade.{{sfn|Newton, Ah-See|2008|p=507-512}}


{{Referências}}
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==Bibliografia==
*{{Citar periódico |ultimo=Abritta |primeiro=D. |autorlink= |coautores=Coraçari, A.R.; Maniglia, J.V |ano=2004 |mes=março/abril |titulo=Microcirurgia na polipose nasal: análise evolutiva clínica e cirúrgica |jornal=Revista Brasileira de Otorrinolaringologia |volume=70 |numero=2 |paginas=318-325 |formato=PDF |url=http://www.scielo.br/pdf/rboto/v70n2/a03v70n2.pdf |issn=0034-7299 |idioma=português |acessadoem=6 de setembro de 2016}}
*{{citar livro |ultimo1=Frazier |primeiro1=M.S. |ultimo2=Drzymkowski |primeiro2=J. |ultimo3= |primeiro3= |editor-sobrenome1= |editor-nome1= |editor-sobrenome2= |editor-nome2= |ano=2013 |titulo=Essentials of Human Diseases and Conditions |lingua=inglês |capitulo=Capítulo 9: Diseases and Conditions of the Respiratory System: Nasal polyps |urlcapitulo=https://books.google.com.br/books?id=z8_sAwAAQBAJ&pg=PA432&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false |volume= |numero= |edicao=5ª |local=St. Louis |editora=Elsevier |data-publicacao= |pagina= |paginas=432 |isbn=978-1-4377-2408-0 |formato= |acessodata=6 de setembro de 2016 }}
*{{Citar periódico |ultimo=Newton |primeiro=J.R. |autorlink= |coautores=Ah-See, K.W |ano=2008 |mes=abril |titulo=A review of nasal polyposis |jornal=Therapeutics and Clinical Risk Management |volume=4 |numero=2 |paginas=507-512 |formato= |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2504067/ |issn=1176-6336 |idioma=inglês |acessadoem=6 de setembro de 2016}}
*{{citar livro |ultimo1=Rouvier |primeiro1=P. |ultimo2=Peynegre |primeiro2=R. |ultimo3= |primeiro3= |editor-sobrenome1=Stamm |editor-nome1=A.C. |editor-sobrenome2=Draf |editor-nome2=W. |ano=2000 |titulo=Micro-endoscopic Surgery of the Paranasal Sinuses and the Skull Base |lingua=inglês |capitulo=Capítulo 22: Recurrence of Polyposis: Risk Factors, Prevention, Treatment and Follow-Up |urlcapitulo=https://books.google.com.br/books?id=ieTtCAAAQBAJ&pg=PA287&dq=polyposis+chapter+22&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjdzITywPvOAhVJI5AKHZ-_AeUQ6AEIHjAA#v=onepage&q=polyposis%20chapter%2022&f=false |volume= |numero= |edicao= |local=Heidelberg |editora=Springer-Verlag |data-publicacao= |pagina= |paginas=287-296 |isbn=3-540-66629-X |formato= |acessodata=6 de setembro de 2016 }}
*{{Citar periódico |ultimo=Santos |primeiro=R.P. |autorlink= |coautores=Nakao, L.H.; Kosugi, E.M |ano=2008 |mes=outubro |titulo=Polipose nasossinusal: diagnóstico e tratamento |jornal=Revista Brasileira de Medicina - Otorrinolaringologia |volume= |numero=3 |paginas=71-77 |formato= |url=http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4201 |issn=0034-7264 |idioma=português |acessadoem=6 de setembro de 2016}}
*{{Citar periódico |ultimo=Souza |primeiro=B.B. |autorlink= |coautores=Serra, M.F.; Dorgam, J.V.; Sarreta, S.M.C.; Melo, V.R.; Anselmo-Lima, W.T |ano=2003 |mes=maio/junho |titulo=Polipose nasossinusal: doença inflamatória crônica evolutiva? |jornal=Revista Brasileira de Otorrinolaringologia |volume=69 |numero=3 |paginas=318-325 |formato=PDF |url=http://www.scielo.br/pdf/rboto/v69n3/v69n3a04.pdf |issn=0034-7299 |idioma=português |acessadoem=6 de setembro de 2016}}


{{Patologias respiratórias}}
{{Patologias respiratórias}}

Revisão das 20h15min de 6 de setembro de 2016

Pólipos nasais
Pólipo nasal
Pólipo nasal em imagem captada por nasofibroscopia.
Especialidade pneumologia, otorrinolaringologia
Classificação e recursos externos
CID-10 J33
CID-9 471
CID-11 137754914
MedlinePlus 001641
eMedicine ent/334 ent/335
MeSH D009298
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Pólipo nasal, também chamado polipose nasossinusal (PN) e pseudotumor nasossinusal, são formações polipóides não neoplásicas, pedunculadas e edematosas observadas nas cavidades nasais e seios paranasais em decorrência de um processo inflamatório crônico da mucosa nasal.[1][2][3][4] Geralmente de ocorrência bilateral, seus sintomas incluem obstrução nasal constante com dificuldade para respirar pelo nariz, perda do olfato, diminuição do paladar e secreção nasal anterior e posterior. Cefaleia e dor facial podem ocorrer, mas são são frequentes.[1][2] Entre as complicações geradas por essa patologia, uma das principais é a sinusite.[5]

A etiologia é ainda obscura, mas supõe-se que a ocorrência de uma inflamação local persistente seja essencial para o desenvolvimento de pólipos nasais.[4] Todavia, as causas ainda são motivo de controvérsia e existem inúmeras teorias sobre o assunto descritas na literatura.[2] Sabe-se que ocorrem mais comumente entre as pessoas que sofrem de alergias, fibrose cística, sensibilidade ao ácido acetilsalicílico ou certas infecções.[6] O diagnóstico pode ser feito por rinoscopia anterior ou endoscopia nasal. Para avaliação da extensão da doença e sua anatomia, é recomendado a realização de tomografia computadorizada.[1][2]

O tratamento preconizado para os pólipos nasais é inicialmente medicamentoso, com a utilização de corticoides tópicos ou sistêmicos, que podem reduzir o tamanho da formação, melhorar a respiração nasal e o olfato.[2] A persistência dos sintomas é geralmente indicativo da necessidade de tratamento cirúrgico. Entretanto, como a cirurgia não trata o componente inflamatório da mucosa, pode haver recidiva do quadro, sendo necessário um tratamento clínico complementar. O uso de anti-histamínicos só proporciona a melhora dos sintomas relacionados à rinite alérgica, sem efeito sobre a dimensão dos pólipos nasais.[2]

Estima-se que as poliposes nasais afetem cerca de 4% da população mundial e que outros 40% irão desenvolver a doença em algum momento da vida, sendo mais propensos os homens com mais de 20 anos de idade.[1]

Referências

  1. a b c d Newton, Ah-See 2008, p. 507-512.
  2. a b c d e f Santos et al 2008, p. 71-77.
  3. Souza et al 2003, p. 318-325.
  4. a b Abritta et al 2004, p. 156-162.
  5. Frazier, Drzymkowski 2013, p. 432.
  6. Rouvier, Peynegre 2000, p. 287-296.

Bibliografia

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