Superpopulação humana: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Tradução de introdução de artigo inglês adaptando com introdução já existente https://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Human_overpopulation&oldid=960831153
trecho de tradução de https://en.wikipedia.org/w/index.php?title=Human_overpopulation&oldid=960831153 localizado em https://pt.wikipedia.org/wiki/Usu%C3%A1rio(a):Overpop001/Superpopula%C3%A7%C3%A3o_humana
Etiquetas: Inserção de predefinição obsoleta Imagem externa Provável parcialidade Editor Visual
Linha 13: Linha 13:


Cientistas sugerem que o [[Antropogénico|impacto humano]] geral no meio ambiente, devido à superpopulação, [[consumo excessivo]], poluição e proliferação da tecnologia, levou o planeta a uma nova [[Época geológica|época]] geológica conhecida como [[Antropoceno]]. <ref>{{Citar web|url=https://phys.org/news/2015-03-coping-anthropocene.html|titulo=Coping with the Anthropocene|obra=[[Phys.org]]}}</ref> <ref>{{Citar web|url=https://www.theguardian.com/environment/2016/jan/07/human-impact-has-pushed-earth-into-the-anthropocene-scientists-say|titulo=Human impact has pushed Earth into the Anthropocene, scientists say|primeiro3=Adam|last=Vaughan|obra=[[The Guardian]]}}</ref> <ref>{{Citar web|url=http://news.nationalgeographic.com/news/2014/09/140920-population-11billion-demographics-anthropocene/|titulo=As World's Population Booms, Will Its Resources Be Enough for Us?|primeiro3=Dennis|last=Dimick|obra=[[National Geographic (magazine)|National Geographic]]}}</ref> <ref>{{Citar jornal|primeiro3=Meera|url=https://www.nature.com/articles/d41586-019-01641-5|titulo=Anthropocene now: influential panel votes to recognize Earth's new epoch|ano=2019|obra=[[Nature (journal)|Nature]] News|citação="Twenty-nine members of the AWG supported the Anthropocene designation and voted in favour of starting the new epoch in the mid-twentieth century, when a rapidly rising human population accelerated the pace of industrial production, the use of agricultural chemicals and other human activities."}}</ref>
Cientistas sugerem que o [[Antropogénico|impacto humano]] geral no meio ambiente, devido à superpopulação, [[consumo excessivo]], poluição e proliferação da tecnologia, levou o planeta a uma nova [[Época geológica|época]] geológica conhecida como [[Antropoceno]]. <ref>{{Citar web|url=https://phys.org/news/2015-03-coping-anthropocene.html|titulo=Coping with the Anthropocene|obra=[[Phys.org]]}}</ref> <ref>{{Citar web|url=https://www.theguardian.com/environment/2016/jan/07/human-impact-has-pushed-earth-into-the-anthropocene-scientists-say|titulo=Human impact has pushed Earth into the Anthropocene, scientists say|primeiro3=Adam|last=Vaughan|obra=[[The Guardian]]}}</ref> <ref>{{Citar web|url=http://news.nationalgeographic.com/news/2014/09/140920-population-11billion-demographics-anthropocene/|titulo=As World's Population Booms, Will Its Resources Be Enough for Us?|primeiro3=Dennis|last=Dimick|obra=[[National Geographic (magazine)|National Geographic]]}}</ref> <ref>{{Citar jornal|primeiro3=Meera|url=https://www.nature.com/articles/d41586-019-01641-5|titulo=Anthropocene now: influential panel votes to recognize Earth's new epoch|ano=2019|obra=[[Nature (journal)|Nature]] News|citação="Twenty-nine members of the AWG supported the Anthropocene designation and voted in favour of starting the new epoch in the mid-twentieth century, when a rapidly rising human population accelerated the pace of industrial production, the use of agricultural chemicals and other human activities."}}</ref>

<br />

== Dinâmica populacional atual e motivo de preocupação ==
Em 16 de junho de 2020, a população humana mundial é estimada em 7,796 bilhões.<ref>{{Cite web|url=https://www.worldometers.info/world-population/|title=World Population Clock: 7.7 Billion People (2019) - Worldometers|website=worldometers.info|access-date=28 June 2019}}</ref> Ou 7.622.106.064 em 14 de maio de 2018 e o Departamento de Censo dos Estados Unidos calcula 7.472.985.269 para a mesma data<ref name="USCBcite2">{{cite web|url=https://www.census.gov/popclock|title=U.S. and World Population Clock|accessdate=5 March 2016}}</ref> e mais de 7 bilhões pelas Nações Unidas.<ref name="UN7bn2">{{cite news|url=https://www.bbc.co.uk/news/world-15459643|title=Population seven billion: UN sets out challenges|date=26 October 2011|publisher=BBC|accessdate=27 October 2011}}</ref><ref>{{cite news|url=https://www.theguardian.com/world/2011/oct/31/seven-billionth-baby-born-philippines?intcmp=122|title=World's 'seven billionth baby' is born|date=31 October 2011|work=The Guardian|accessdate=31 October 2011|location=London|first=Jasmine|last=Coleman}}</ref><ref>{{Cite web|url=https://www.upi.com/Top_News/US/2011/10/31/7-billion-people-is-a-serious-challenge/73301320046200/|title=7 billion people is a 'serious challenge'|agency=United Press International}}</ref>

No entanto, o rápido aumento recente da população humana preocupou algumas pessoas. A população deverá atingir entre 8 e 10,5 bilhões entre os anos de 2040 <ref>{{Citar web|url=http://www.worldometers.info/population/|titulo=World Population Clock – Worldometers|publicação=Worldometers.info}}</ref> <ref>{{Citar web|url=https://www.census.gov/ipc/www/idb/worldpopinfo.php|titulo=International Data Base (IDB) – World Population|publicação=Census.gov|archiveurl=https://web.archive.org/web/20100707175239/http://www.census.gov/ipc/www/idb/worldpopinfo.php|archivedate=7 July 2010}}</ref> e 2050. <ref name="UN2">{{Citar web|url=https://www.un.org/esa/population/publications/popnews/Newsltr_87.pdf|titulo=World Population Prospects:The 2008 Revision|publicação=[[Population Division of the Department of Economic and Social Affairs of the United Nations Secretariat]]}}</ref> Em 2017, as Nações Unidas aumentaram as projeções de variantes médias <ref>{{Citar web|titulo=Definition of projection variants|url=https://population.un.org/wpp/DefinitionOfProjectionVariants|obra=United Nation Population Division|publicação=United Nations}}</ref> para 9,8 bilhões em 2050 e 11,2 bilhões em 2100. <ref>{{Citar web|url=https://www.un.org/development/desa/en/news/population/world-population-prospects-2017.html|titulo=World population projected to reach 9.8 billion in 2050, and 11.2 billion in 2100|publicação=[[Population Division of the Department of Economic and Social Affairs of the United Nations Secretariat]]}}</ref>

Como apontado por [[Hans Rosling]], o fator crítico é que a população não está "apenas crescendo", mas que a taxa de crescimento atingiu seu pico e a população total agora está crescendo muito mais lentamente. <ref>{{Citar livro|título=Factfulness: Ten Reasons We're Wrong About the World – and Why Things Are Better Than You Think|ultimo=Rosling|primeiro=Hans|ano=2018|isbn=9781473637467|publicação=Sceptre}}</ref> A previsão da população da ONU para 2017 previa "quase o fim da alta fertilidade" globalmente e antecipava que até 2030 mais de ⅔ da população mundial estará vivendo em países com fertilidade abaixo do [[Desnatalidade|nível de reposição]] <ref>{{Citar web|url=https://population.un.org/wpp/Publications/Files/PopFacts_2017-3_The-end-of-high-fertility.pdf|titulo=The end of high fertility is near|publicação=United Nations}}</ref> e que a população mundial total se estabilize entre 10 e 12 bilhões de pessoas até o ano 2100. <ref>{{Citar web|url=https://population.un.org/wpp/Publications/Files/WPP2017_KeyFindings.pdf|titulo=World Population Prospects|publicação=United Nations}}</ref>

O rápido aumento da população mundial nos últimos três séculos suscitou preocupações entre algumas pessoas de que o planeta talvez não seja capaz de sustentar o número futuro ou mesmo presente de seus habitantes. A [https://en.wikipedia.org/wiki/IAP_statement_on_population_growth][[Declaração do PIA sobre crescimento populacional|InterAcademy Panel Statement on Population Growth]], por volta de 1994, afirmou que muitos problemas ambientais, como níveis crescentes de [[Dióxido de carbono|dióxido de carbono atmosférico]], [[aquecimento global]] e [[poluição]], são agravados pela expansão da população. <ref>{{Citar web|titulo=joint statement by fifty-eight of the world's scientific academies|url=http://www.interacademies.net/?id=3547}}</ref>

Territórios ricos, mas densamente povoados, como a [[Grã-Bretanha|Grã-Bretanha,]] dependem de importações de alimentos do exterior. <ref>{{Citar web|titulo=Britain's food self-sufficiency at risk from reliance on overseas imports of fruit and vegetables that could be produced at home|url=https://www.independent.co.uk/news/uk/politics/britains-food-selfsufficiency-at-risk-from-reliance-on-overseas-imports-of-fruit-and-vegetables-that-could-be-produced-at-home-9574238.html|obra=The Independent}}</ref> Isso foi severamente sentido durante as [[Guerra mundial|Guerras Mundiais]], quando, apesar das iniciativas de eficiência alimentar como "[[Cavar para a vitória|dig for victory]]" e o [[Racionamento no Reino Unido|racionamento de alimentos]], a Grã-Bretanha precisava [[Batalha do Atlântico|lutar para garantir rotas de importação]] . No entanto, muitos acreditam que o desperdício e o excesso de consumo, especialmente pelas nações ricas, estão colocando mais pressão sobre o meio ambiente do que a própria superpopulação. <ref>{{Citar web|url=http://e360.yale.edu/feature/consumption_dwarfs_population_as_main_environmental_threat/2140/|titulo=Consumption Dwarfs Population as Main Environmental Threat|autor=Fred Pearce|publicação=Yale University}}</ref>
[[Ficheiro:Population_2017_test.png|ligação=https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Population_2017_test.png|centro|miniaturadaimagem|Mapa da densidade populacional por país, por quilômetro quadrado. (Veja ''[[Lista de países por densidade populacional]] .'' ) ]]
<br />

== História ==
[[Ficheiro:Population_density.png|ligação=https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Population_density.png|miniaturadaimagem|Áreas de alta densidade populacional, calculadas em 1994]]
[[Ficheiro:UN_population_estimates_and_projection_1950-2011.png|ligação=https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:UN_population_estimates_and_projection_1950-2011.png|miniaturadaimagem|Estimativas da população da ONU e projeção 1950-2100]]
[[Ficheiro:Fertility_rate_world_map_2.png|ligação=https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Fertility_rate_world_map_2.png|miniaturadaimagem|Mapa de países e territórios por [[Taxa de fecundidade|taxa de fertilidade]] (consulte ''[[Lista de Estados soberanos e territórios dependentes por taxa de fecundidade|Lista de países e territórios por taxa de fertilidade]] .'' )]]
[[Ficheiro:Population_growth_rate_world_2018.svg|ligação=https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Population_growth_rate_world_2018.svg|miniaturadaimagem|Taxa de crescimento da população humana em porcentagem, com as variáveis nascimentos, mortes, imigração e emigração - 2018]]
[[População mundial|A população mundial]] tem aumentado continuamente desde o final da [[Peste Negra]], por volta do ano 1350, <ref>{{Citar web|url=http://www.abc.net.au/science/articles/2008/01/29/2149185.htm|titulo=Black death 'discriminated' between victims}}</ref>

Devido ao seu impacto dramático na capacidade humana de cultivar alimentos, o [[Síntese de Haber-Bosch|processo Haber]] serviu como "detonador da [[Superpopulação|explosão populacional]] ", permitindo que a [[População mundial|população global]] aumentasse de 1,6 bilhão em 1900 para 7,7 bilhões até novembro de 2018.<ref name="Smil 19992">{{Citar periódico|ano=1999|titulo=Detonator of the population explosion|url=http://www.vaclavsmil.com/wp-content/uploads/docs/smil-article-1999-nature7.pdf|jornal=Nature|volume=400|bibcode=1999Natur.400..415S|doi=10.1038/22672}}</ref>

A taxa de crescimento populacional vem diminuindo desde os anos 80, enquanto o número total absoluto ainda está aumentando. As [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]] expressaram preocupações com o crescimento contínuo da população [[África subsariana|na África Subsaariana]]. <ref name="bbc.co.uk3">{{Citar jornal|url=https://www.bbc.co.uk/news/world-15459643|titulo=Population seven billion: UN sets out challenges|publicação=BBC}}</ref> Pesquisas recentes demonstraram que essas preocupações estão bem fundamentadas. <ref>Cassils, J. Anthony. "Overpopulation, sustainable development, and security: Developing an integrated strategy." Population and Environment 25.3 (2004): 171-194.</ref> <ref>Moseley, William G. "Reflecting on National Geographic Magazine and academic geography: The September 2005 special issue on Africa." African Geographical Review 24.1 (2005): 93-100.</ref> <ref>Asongu, Simplice, and Brian Jingwa. "Population growth and forest sustainability in Africa." International Journal of Green Economics 6.2 (2012): 145-166.</ref>

=== História de preocupação ===
A preocupação com a superpopulação é um tópico antigo. [[Tertuliano]] era morador da cidade de [[Cartago]] no século II [[Era Comum|dC]], quando a população do mundo era de cerca de 190 milhões (apenas 3 a 4% do que é hoje). Ele disse notavelmente: "O que mais frequentemente atende à nossa opinião (e ocasiona reclamação) é a nossa população fervilhante. Nossos números são onerosos para o mundo, o que dificilmente pode nos apoiar... Pestilência, fome e guerras e terremotos devem ser considerados como remédio para as nações, como meio de podar a luxúria da raça humana ". Antes disso, [[Platão]], [[Aristóteles]] e outros também abordaram o assunto. <ref>Roberts, R.E. (1924). [http://www.tertullian.org/articles/roberts_theology/roberts_05.htm The Theology of Tertullian, Chapter 5 (pp. 79–119)] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20160303212931/http://www.tertullian.org/articles/roberts_theology/roberts_05.htm|date=3 March 2016}}. Tertullian.org (14 July 2001). Retrieved 2012-08-29.</ref>

Ao longo da história registrada, o crescimento da população geralmente tem sido lento, apesar das altas [[Taxa de natalidade|taxas de natalidade]], devido a guerras, [[Peste|pragas]] e outras doenças e alta [[mortalidade infantil]]. Durante os 750 anos antes da [[Revolução Industrial]], a população mundial aumentou muito lentamente, permanecendo abaixo de 250 milhões.<ref>[[George Moffet]], ''Critical Masses: The Global Population Challenge'' (1994): "[the world's population remained] capped by birth rates and death rates locked in seemingly permanent equilibrium."</ref>

No início do século XIX, a população mundial havia crescido para um bilhão de indivíduos, e intelectuais como [[Thomas Malthus]] previram que a humanidade superaria seus recursos disponíveis, porque uma quantidade finita de terra seria incapaz de sustentar uma população com potencial ilimitado de aumento. . <ref>{{Citar livro|título=An Essay on the Principle of Population|data=1798|localização=London|capitulo=VII, paragraph 10, lines 8–10|citação=The power of population is so superior to the power in the earth to produce subsistence for man, that premature death must in some shape or other visit the human race|publicação=J. Johnson}}</ref> [[Mercantilismo|Os mercantilistas]] argumentavam que uma grande população era uma forma de riqueza, o que tornava possível a criação de mercados e exércitos maiores. Os ricos sempre souberam que o valor real de sua fortuna é "quanto de trabalho será comprado?" Isso porque quase todas as coisas que os humanos valorizam são apenas trabalho congelado. Portanto, quanto mais numerosa e pobre a população, menos esses trabalhadores podem cobrar pelo seu trabalho.

Durante o século 19, o trabalho de Malthus era frequentemente interpretado de uma maneira que culpava os pobres sozinhos por sua condição e dizia-se que ajudá-los a piorar as condições a longo prazo. <ref name="Claeys2">Gregory Claeys: The "Survival of the Fittest" and the Origins of Social Darwinism, in Journal of the History of Ideas, Vol. 61, No. 2, 2002, p. 223–240</ref> Isso resultou, por exemplo, nas [[Poor Laws|más leis inglesas]] de 1834 <ref name="Claeys2" /> e em uma resposta hesitante à [[Grande fome de 1845–1849 na Irlanda|grande fome irlandesa]] de 1845 a 1852. <ref>Cormac Ó Gráda: Famine. A Short History, Princeton University Press 2009, {{ISBN|978-0-691-12237-3}} (pp. 20, 203–206)</ref>

A publicação da ONU 'World population prospects' (2017) projeta que a população mundial chegará a 9,8 bilhões em 2050 e 11,2 bilhões em 2100. Prevê-se que a população humana se estabilize logo em seguida.

Um estudo de 2014 publicado na ''[[Science]]'' afirma que o crescimento da população continuará no próximo século. <ref>{{Citar web|autor=Carrington, Damien|url=https://www.theguardian.com/environment/2014/sep/18/world-population-new-study-11bn-2100|titulo=World population to hit 11bn in 2100 – with 70% chance of continuous rise|obra=The Guardian}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ultimo7=Alkema|titulo=World population stabilization unlikely this century|jornal=Science|volume=346|páginas=234–7|bibcode=2014Sci...346..234G|doi=10.1126/science.1257469|issn=1095-9203|pmc=4230924|pmid=25301627}}</ref> Adrian Raftery, professor de estatística e sociologia [[Universidade de Washington|da Universidade de Washington]] e um dos colaboradores do estudo, diz: "O consenso nos últimos 20 anos foi que a população mundial, atualmente em torno de 7 bilhões, chegaria a 9 bilhões e nivelar ou provavelmente diminuir. Descobrimos que há uma probabilidade de 70% de que a população mundial não se estabilize neste século. A população, que meio que caiu na agenda mundial, continua sendo uma questão muito importante ". <ref>[http://www.washington.edu/news/2014/09/18/world-population-to-keep-growing-this-century-hit-11-billion-by-2100/ World population to keep growing this century, hit 11 billion by 2100] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20161204155734/http://www.washington.edu/news/2014/09/18/world-population-to-keep-growing-this-century-hit-11-billion-by-2100/|date=4 December 2016}}. UWToday. 18 September 2014</ref> As projeções da ONU a partir de 2011 sugerem que a população poderá crescer para 15 bilhões em 2100. <ref name="15billion2">{{Citar web|url=https://www.theguardian.com/world/2011/oct/22/population-world-15bn-2100|titulo=Population of world 'could grow to 15bn by 2100'|primeiro3=Paul|last=Harris|obra=[[The Guardian]]}}</ref>

Em 2017, mais de um terço dos 50 cientistas premiados com o Nobel pesquisados pelo ''[[Times Higher Education]]'' nas reuniões do [[Reuniões do Prêmio Nobel de Lindau|Lauru Nobel Lindau Meetings]] disse que a superpopulação humana e a degradação ambiental são as duas maiores ameaças que a humanidade enfrenta.<ref>{{Citar jornal|primeiro3=Oliver|titulo=Overpopulation is the biggest threat to mankind, Nobel laureates say|url=https://www.thetimes.co.uk/article/overpopulation-is-the-biggest-threat-to-mankind-nobel-laureates-say-zxdnv2bcv|obra=[[The Times]]}}</ref> Em novembro do mesmo ano, uma [[Aviso dos cientistas mundiais à humanidade|declaração]] de 15.364 cientistas de 184 países indicou que o rápido crescimento da população humana é o "principal fator por trás de muitas ameaças ecológicas e até sociais". <ref>{{Citar periódico|numero-autores=Ripple WJ, Wolf C, Newsome TM, Galetti M, Alamgir M, Crist E, Mahmoud MI, Laurance WF|titulo=World Scientists' Warning to Humanity: A Second Notice|url=http://scientistswarning.forestry.oregonstate.edu/sites/sw/files/Warning_article_with_supp_11-13-17.pdf|jornal=[[BioScience]]|volume=67|páginas=1026–1028|doi=10.1093/biosci/bix125}}</ref>

Apesar das preocupações com a superpopulação, generalizada nos países desenvolvidos, o número de pessoas que vivem em extrema pobreza em todo o mundo mostra um declínio estável (isso foi contestado por alguns especialistas <ref>[[Jason Hickel]] (29 January 2019). [https://www.theguardian.com/commentisfree/2019/jan/29/bill-gates-davos-global-poverty-infographic-neoliberal Bill Gates says poverty is decreasing. He couldn't be more wrong]. ''[[The Guardian]].'' Retrieved 30 January 2019.</ref> <ref>{{Citar livro|título=For Business Ethics|ultimo=Jones|primeiro=Campbell|ultimo2=Parker|primeiro2=Martin|ultimo3=Ten Bos|primeiro3=Rene|data=2005|isbn=978-0415311359|citação=Critics of neoliberalism have therefore looked at the evidence that documents the results of this great experiment of the past 30 years, in which many markets have been set free. Looking at the evidence, we can see that the total amount of global trade has increased significantly, but that global poverty has increased, with more today living in abject poverty than before neoliberalism.|publicação=[[Routledge]]}}</ref> <ref>{{Citar livro|url=https://www.routledge.com/The-Routledge-Handbook-of-Poverty-in-the-United-States/Haymes-Vidal-de-Haymes-Miller/p/book/9780415673440|título=The Routledge Handbook of Poverty in the United States|ano=2015|editor-sobrenome=Haymes|localização=London and New York|páginas=[https://books.google.com/books?id=qnHfBQAAQBAJ&lpg=PP1&vq=microcredit&pg=PA1#v=onepage&q&f=false 1 & 2]|isbn=978-0-41-567344-0|editor-sobrenome2=de Haymes|editor-sobrenome3=Miller|publicação=[[Routledge]]}}</ref>), mesmo que a população tenha crescido sete vezes nos últimos 200 anos. A mortalidade infantil diminuiu, o que, por sua vez, levou a taxas de natalidade reduzidas, retardando o crescimento geral da população. <ref name=":02">{{Citar web|url=https://ourworldindata.org/a-history-of-global-living-conditions-in-5-charts|titulo=The short history of global living conditions and why it matters that we know it|obra=Our World in Data}}</ref> O número global de mortes relacionadas à fome diminuiu e o suprimento de alimentos por pessoa aumentou com o crescimento da população. <ref name=":12">{{Citar web|url=https://ourworldindata.org/population-growth-and-famines|titulo=Does population growth lead to hunger and famine?|obra=Our World in Data}}</ref>

Em 2019, um aviso sobre mudança climática assinado por 11.000 cientistas de 153 nações disse que o crescimento da população humana adiciona 80 milhões de seres humanos anualmente e "a população mundial deve ser estabilizada - e, idealmente, gradualmente reduzida - dentro de uma estrutura que garanta a integridade social". reduzir o impacto do "crescimento populacional nas emissões de GEE e na perda de biodiversidade". <ref>{{Citar periódico|titulo=World Scientists' Warning of a Climate Emergency|url=https://academic.oup.com/bioscience/advance-article/doi/10.1093/biosci/biz088/5610806|jornal=[[BioScience]]|doi=10.1093/biosci/biz088}}</ref> <ref>{{Citar jornal|primeiro3=Damian|titulo=Climate crisis: 11,000 scientists warn of 'untold suffering'|url=https://www.theguardian.com/environment/2019/nov/05/climate-crisis-11000-scientists-warn-of-untold-suffering|obra=[[The Guardian]]}}</ref>

=== História do crescimento populacional ===
{| class="wikitable" style="float:right;"
! colspan="4" style="text-align:center; background:#cfb;" |População <ref name="bbc.co.uk">{{Citar jornal|url=https://www.bbc.co.uk/news/world-15459643|titulo=Population seven billion: UN sets out challenges|publicação=BBC}}</ref>
|-
! style="background:#cfb;" |Ano
! style="background:#cfb;" |Bilhão
|-
| style="text-align:left;" |1804
| style="text-align:right;" |1
|-
| style="text-align:left;" |1927
| style="text-align:right;" |2
|-
| style="text-align:left;" |1959
| style="text-align:right;" |3
|-
| style="text-align:left;" |1974
| style="text-align:right;" |4
|-
| style="text-align:left;" |1987
| style="text-align:right;" |5
|-
| style="text-align:left;" |1999
| style="text-align:right;" |6
|-
| style="text-align:left;" |2011
| style="text-align:right;" |7
|-
| style="text-align:left;" |2020
| style="text-align:right;" |7,7 (estimativa) <ref>{{Citar web|url=http://www.worldometers.info/world-population/|titulo=Current World Population|publicação=Worldometers}}</ref>
|}
[[Ficheiro:Poulation-since-10000BC.jpg|ligação=https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Poulation-since-10000BC.jpg|direita|miniaturadaimagem|Dados da [[população mundial]] .]]
A população mundial passou por vários períodos de crescimento desde o início da [[civilização]] no período [[Holoceno]], por volta de 10.000 aC. O início da civilização coincide aproximadamente com o recuo do [[Geleira|gelo glacial]] após o final do [[último período glacial]].<ref>{{Citar web|url=http://muller.lbl.gov/pages/iceagebook/history_of_climate.html|titulo=A Brief Introduction to the History of Climate|publicação=Lawrence Berkeley National Laboratories}}</ref> Estima-se que entre 1 e 5 milhões de pessoas, subsistindo na caça e [[forrageamento]], [[Forrageamento|tenham]] habitado a Terra no período anterior à [[Revolução neolítica|Revolução Neolítica]], quando a atividade humana se afastou da [[Caçador-coletor|coleta]] de [[Caçador-coletor|caçadores]] e passou para [[Revolução neolítica|uma agricultura muito primitiva]] . <ref>{{Citar web|url=http://msh.councilforeconed.org/documents/978-1-56183-758-8-activity-lesson-03.pdf|titulo=The Neolithic Agricultural Revolution|publicação=Council For Economic Education}}</ref>

Por volta de 8000 aC, no [[Agricultura|início da agricultura]], a população humana do mundo era de aproximadamente 5 milhões. <ref name="worldometer2">"What was the population of the world in the past?", [http://www.worldometers.info/population/ World-o-meters]</ref> Nos próximos milênios, houve um aumento constante na população, com um crescimento muito rápido começando em 1000 aC e um pico entre 200 e 300 milhões de pessoas em 1 aC.

A [[praga de Justiniano]] fez com que [[Demografia medieval|a população da Europa]] caísse em cerca de 50% entre 541 e 8º século. <ref>{{Citar web|url=http://science.nationalgeographic.com/science/health-and-human-body/human-diseases/plague-article.html|titulo=Plague, Plague Information, Black Death Facts, News, Photos|obra=National Geographic}}</ref> O crescimento constante foi retomado em 800 CE. <ref>"''[https://books.google.com/books?id=GyE8Qt-kS1kC&pg=PA46&dq&hl=en#v=onepage&q=&f=false Epidemics and pandemics: their impacts on human history]''". J. N. Hays (2005). p.46. {{ISBN|1-85109-658-2}}</ref> No entanto, o crescimento foi novamente interrompido por [[Peste|pragas]] frequentes; mais notavelmente, a [[Peste Negra|peste negra]] durante o século XIV. Pensa-se que os efeitos da Peste Negra tenham reduzido a população mundial, então estimada em 450 milhões, para entre 350 e 375 milhões em 1400. <ref>{{Citar web|url=https://www.census.gov/ipc/www/worldhis.html|titulo=Historical Estimates of World Population|publicação=Census.gov}}</ref> A população da Europa ultrapassou os 70 milhões em 1340; <ref>"[http://www.britannica.com/EBchecked/topic/195896/history-of-Europe/276190/Demographic-and-agricultural-growth#ref=ref994290 History of Europe – Demographic and agricultural growth]". ''Encyclopædia Britannica''.</ref> esses níveis não retornaram até 200 anos depois. <ref>"[http://www.time.com/time/europe/magazine/2000/0717/peter.html Europe's Black Death is a history lesson in human tragedy – and economic renewal]". TIME Europe. 17 July 2000, VOL. 156 NO. 3</ref> A população da Inglaterra atingiu cerca de 5,6 milhões em 1650, acima dos 2,6 milhões estimados em 1500. <ref>"[http://www.britannica.com/EBchecked/topic/195896/history-of-Europe/58335/Demographics#ref=ref310375 History of Europe – Demographics]". ''Encyclopædia Britannica''.</ref> Novas culturas das Américas, através dos colonizadores espanhóis no século XVI, contribuíram para o crescimento da população. <ref>"[http://afe.easia.columbia.edu/china/geog/population.htm China's Population: Readings and Maps]". Columbia University, East Asian Curriculum Project.</ref>

Em outras partes do globo, a população da China durante a fundação da [[Dinastia Ming]] em 1368 estava próxima de 60 milhões, se aproximando de 150 milhões ao final da dinastia em 1644.<ref>{{Citar web|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761580643/ming_dynasty.html|titulo=Ming Dynasty: Microsoft Encarta Online Encyclopedia 2009}}</ref><ref>"[http://afe.easia.columbia.edu/special/china_1750_demographic.htm Qing China's Internal Crisis: Land Shortage, Famine, Rural Poverty]". Asia for Educators, Columbia University.</ref> A população das Américas em 1500 era estimada em torno de 50 a 100 milhões .<ref>J. N. Hays (1998). "''[https://books.google.com/books?id=iMHmn9c38QgC&pg=PA72&dq&hl=en#v=onepage&q=&f=false The burdens of disease: epidemics and human response in western history.]''". p 72. {{ISBN|0-8135-2528-4}}</ref>

Encontros entre exploradores europeus e populações no resto do mundo freqüentemente introduziam [[Lista de epidemias|epidemias]] locais de virulência extraordinária. Evidências arqueológicas indicam que a morte de cerca de 90% da [[História demográfica dos povos indígenas das Américas|população nativa americana]] do [[Novo Mundo]] foi causada por doenças [[Velho Mundo|do Velho Mundo]], como [[varíola]], [[sarampo]] e [[gripe]] . <ref>"[https://www.pbs.org/gunsgermssteel/variables/smallpox.html The Story Of... Smallpox – and other Deadly Eurasian Germs]". Public Broadcasting Service (PBS).</ref> Os europeus introduziram doenças alheias aos povos indígenas, portanto não tinham imunidade a essas doenças estrangeiras. <ref>"[http://www.millersville.edu/~columbus/papers/goodling.html Stacy Goodling, "Effects of European Diseases on the Inhabitants of the New World"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20080510163413/http://www.millersville.edu/~columbus/papers/goodling.html|date=10 May 2008}}"</ref>

Após o início da [[Revolução Industrial]], durante o século XVIII, a taxa de crescimento populacional começou a aumentar. No final do século, a população mundial era estimada em pouco menos de 1 bilhão. <ref name="censushistorical">{{Citar web|titulo=International Programs|url=https://www.census.gov/ipc/www/worldhis.html|obra=census.gov}}</ref> Na virada do século 20, a população mundial era de aproximadamente 1,6 bilhão.<ref name="censushistorical" /> Em 1940, esse número havia aumentado para 2,3 bilhões.<ref>{{Citar web|titulo=modelling exponential growth|url=http://www.esrl.noaa.gov/gmd/infodata/lesson_plans/Modeling%20Exponential%20Growth.pdf|obra=esrl.noaa.gov}}</ref> Cada adição subsequente de um bilhão de seres humanos levava cada vez menos tempo: 33 anos para atingir três bilhões em 1960, 14 anos para quatro bilhões em 1974, 13 anos para cinco bilhões em 1987 e 12 anos para seis bilhões em 1999. <ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/betternevertohav0000bena/page/167|título=Better Never to Have Been: The Harm of Coming into Existence|ultimo=Benatar|primeiro=David|data=2008|isbn=978-0199549269|publicação=[[Oxford University Press]]}}</ref>

O crescimento dramático iniciado em 1950 (acima de 1,8% ao ano) coincidiu com o aumento da produção de alimentos como resultado da industrialização da agricultura provocada pela [[Revolução verde|Revolução Verde]] . <ref name="The limits of a Green Revolution">"[http://news.bbc.co.uk/2/hi/in_depth/6496585.stm The limits of a Green Revolution?]". BBC News. 29 March 2007.</ref> A taxa de crescimento da população humana atingiu o pico em 1964, cerca de 2,1% ao ano. <ref>{{Citar web|url=http://esa.un.org/unpd/wpp/Analytical-Figures/htm/fig_6.htm|titulo=United Nations, United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2011): World Population Prospects: The 2010 Revision}}</ref> Por exemplo, a população da [[Indonésia]] cresceu de 97 milhões em 1961 para 237,6 milhões em 2010, <ref>{{Citar jornal|autor=Widjojo Nitisastro|url=https://books.google.com/books?id=RQbd3-G6riUC&pg=&dq&hl=en#v=onepage&q=&f=false|titulo=Population Trends in Indonesia|publicação=Equinox Publishing|ano=2006|isbn=979-3780-43-6}}</ref> <ref>{{Citar web|url=http://www.bps.go.id/65tahun/SP2010_agregat_data_perProvinsi.pdf|titulo=Central Bureau of Statistics: ''Census 2010''|publicação=Badan Pusat Statistik|lingua=id}}</ref> um aumento de 145% em 49 anos. Na [[Índia]], a população cresceu de 361,1 milhões de pessoas em 1951 para pouco mais de 1,2 bilhão em 2011, <ref>{{Citar web|url=http://indiabudget.nic.in/es2006-07/chapt2007/tab97.pdf|titulo=Census Population|obra=Census of India|publicação=Ministry of Finance India|archiveurl=https://web.archive.org/web/20081219073658/http://indiabudget.nic.in/es2006-07/chapt2007/tab97.pdf|archivedate=19 December 2008}}</ref> <ref>{{Citar periódico|ano=2011|titulo=Provisional Population Totals – Census 2011|url=http://www.censusindia.gov.in/2011-prov-results/indiaatglance.html|jornal=Office of the Registrar General and Census Commissioner|ref={{Sfnref|Ministry of Home Affairs|2011}}}}</ref> um aumento de 235% em 60 anos.
{| class="wikitable" style="float:right;"
!Continente
!População de 1900 <ref>"[http://www.prb.org/Source/ACFFF4.pdf Transitions in World Population] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20130509065808/http://www.prb.org/Source/ACFFF4.pdf|date=9 May 2013}}" (PDF). Population Reference Bureau (PRB).</ref>
|-
|África
|133 milhões
|-
|Ásia
|904 milhões
|-
|Europa
|408 milhões
|-
|América Latina e Caribe
|74 milhões
|-
|América do Norte
|82 milhões
|}





Há uma preocupação com o aumento acentuado da população em muitos países, especialmente na [[África subsariana|África Subsaariana]], que ocorreu nas últimas décadas e que está criando problemas com o gerenciamento da terra, os recursos naturais e o acesso ao abastecimento de água. <ref>{{Citar web|url=http://web.mit.edu/africantech/www/articles/EnvChall.htm|titulo=The Environmental Challenges in Sub Saharan Africa|autor=Akin L. Mabogunje|publicação=African Technology Forum}}</ref>

A população do [[Chade]] cresceu, por exemplo, de 6.279.921 em 1993 para 10.329.208 em 2009. <ref name="cia">{{Citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/fk.html|titulo=Falkland Islands (Islas Malvinas)|publicação=CIA}}</ref> [[Níger]], [[Uganda]], [[Nigéria]], [[Tanzânia]], [[Etiópia]] e [[República Democrática do Congo|RDC]] estão testemunhando um crescimento semelhante na população. A situação é mais aguda na África Ocidental, Central e Oriental. <ref name="cliodynamics.ru">Zinkina J., [[Andrey Korotayev|Korotayev A.]] [https://www.academia.edu/6823642/EXPLOSIVE_POPULATION_GROWTH_IN_TROPICAL_AFRICA_CRUCIAL_OMISSION_IN_DEVELOPMENT_FORECASTS_EMERGING_RISKS_AND_WAY_OUT Explosive Population Growth in Tropical Africa: Crucial Omission in Development Forecasts (Emerging Risks and Way Out). ''World Futures'' 70/2 (2014): 120–139] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20160823153527/http://cliodynamics.ru/index.php?option=com_content&task=view&id=360&Itemid=1|date=23 August 2016}}.</ref> Refugiados de lugares como o [[Sudão]] esgotaram ainda mais os recursos de estados vizinhos, como Chade e Egito. O Chade também abriga cerca de 255.000 [[Refugiado|refugiados]] da região de [[Darfur]], no [[Darfur|Sudão]], e cerca de 77.000 refugiados da [[República Centro-Africana]], enquanto aproximadamente 188.000 chadianos foram deslocados por sua própria guerra civil e fome, ou fugiram para o Sudão, o Níger ou, mais recentemente, a [[Líbia]].<ref>{{Citar web|url=http://www.wfp.org/content/protracted-relief-and-recovery-operation-chad|titulo=Protracted Relief and Recovery Operation – Chad|publicação=World Food Program}}</ref>

Segundo dados da ONU, existem em média 250 bebês nascidos a cada minuto, ou mais de 130 milhões por ano.<ref>{{Citar jornal|primeiro3=Lucy|titulo=With 250 babies born each minute, how many people can the Earth sustain?|url=https://www.theguardian.com/global-development/2018/apr/23/population-how-many-people-can-the-earth-sustain-lucy-lamble|obra=The Guardian}}</ref> Dados da ONU de 2019 mostram que a população humana cresce 100 milhões a cada 14 meses.<ref>{{Citar jornal|primeiro3=Robin|titulo=Global population of eight billion and growing: we can't go on like this|url=https://www.theguardian.com/world/2019/jul/07/africa-birth-control-global-population-crisis|obra=The Guardian}}</ref>

=== Causas ===
De uma perspectiva histórica, [[Revolução tecnológica|as revoluções tecnológicas]] coincidiram com a expansão populacional. Houve três grandes revoluções tecnológicas - a revolução na fabricação de ferramentas, a [[Revolução neolítica|revolução agrícola]] e a [[Revolução Industrial|revolução industrial]] - que permitiram aos seres humanos mais acesso à comida, resultando em explosões populacionais subsequentes. <ref>Penfound, William T. "The Problems of Overpopulation". Bios, vol. 39, no. 2, 1968, pp. 56–62. JSTOR, www.jstor.org/stable/4606831. Retrieved 31 January 2020.</ref> Por exemplo, o uso de ferramentas, como arco e flecha, permitiu aos caçadores primitivos maior acesso a alimentos mais energéticos (por exemplo, carne de animal). Da mesma forma, a transição para a agricultura, cerca de 10.000 anos atrás, aumentou muito o suprimento geral de alimentos, que foi usado para apoiar mais pessoas. A produção de alimentos aumentou ainda mais com a [[Revolução Industrial|revolução industrial, à]] medida que máquinas, [[Fertilizante|fertilizantes]], [[Herbicida|herbicidas]] e [[Pesticida|pesticidas]] eram usados para aumentar a terra sob cultivo, bem como o rendimento das culturas. Hoje, a fome é causada por forças econômicas e políticas, e não pela falta de meios para produzir alimentos.<ref>Huesemann, M.H., and J.A. Huesemann (2011). [http://www.newtechnologyandsociety.org ''Technofix: Why Technology Won't Save Us or the Environment''], "Unintended Consequences of Industrial Agriculture", New Society Publishers, Gabriola Island, Canada, pp. 23–25.</ref><ref>{{Citar livro|título=Techno-Fix: Why Technology Won't Save Us Or the Environment By Michael Huesemann, Joyce Huesemann|citação=despite the fact that hunger and starvation may not be due to food shortages but rather the result of various economic and political factors|publicação=New Society Publishers}}</ref>
[[Ficheiro:Kathmandu_street.jpg|ligação=https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Kathmandu_street.jpg|miniaturadaimagem|Uma rua movimentada em [[Catmandu|Katmandu]]]]





Aumentos significativos na população humana ocorrem sempre que a [[taxa de natalidade]] excede a [[Taxa de mortalidade|taxa]] de [[Taxa de mortalidade|mortalidade]] por longos períodos de tempo. Tradicionalmente, a taxa de fertilidade é fortemente influenciada por normas culturais e sociais bastante estáveis e, portanto, lentas para se adaptar às mudanças nas condições sociais, tecnológicas ou ambientais. Por exemplo, quando as taxas de mortalidade caíram durante os séculos XIX e XX - como resultado de melhorias no saneamento, imunizações infantis e outros avanços na medicina - permitindo que mais recém-nascidos sobrevivam, a taxa de fertilidade não se ajustou para baixo, resultando em um crescimento populacional significativo. Até a década de 1700, sete em cada dez crianças morreram antes de atingir a idade reprodutiva. <ref>McKeown, T. (1988). ''The Origins of Human Disease'', Basil Blackwell, Oxford, UK, pp.60.</ref>

[[Donella Meadows]] argumentou uma correlação entre superpopulação e pobreza. <ref>{{Citar web|url=http://donellameadows.org/archives/poverty-causes-population-growth-causes-poverty/|titulo=Poverty Causes Population Growth Causes Poverty – The Donella Meadows Project|obra=donellameadows.org}}</ref> Em contraste, a invenção da [[Pílula contraceptiva oral combinada|pílula anticoncepcional]] e outros métodos modernos de contracepção resultaram em um declínio dramático no número de filhos por família em todos os países, exceto nos mais pobres.<ref>{{Citar web|url=http://www.un.org/en/development/desa/population/publications/pdf/family/trendsContraceptiveUse2015Report.pdf|titulo=Trends in Contraceptive Use Worldwide 2015}}</ref>

[[Agricultura|A agricultura]] sustentou o crescimento da população humana e tem sido o principal fator por trás disso. Com mais oferta de alimentos, a população cresce com ela. Isso ocorre principalmente em regiões férteis e capazes de aumentar a produção de alimentos, em contraste com regiões áridas, incapazes de apoiar a produção agrícola em escalas maiores ou em qualquer escala. Isso remonta aos tempos pré-históricos, quando os métodos agrícolas foram desenvolvidos e continuam até os dias atuais, com fertilizantes, agroquímicos, mecanização em larga escala, manipulação genética e outras tecnologias. <ref>Cite Warren, Stephen G. "Did agriculture cause the population explosion?." Nature 397.6715 (1999): 101.</ref> <ref>{{Citar web|url=http://www.ecorazzi.com/2014/02/19/morgan-freeman-on-the-tyranny-of-agriculture-and-the-doomed-human-race/|titulo=Morgan Freeman on the 'Tyranny of Agriculture' and the Doomed Human Race|publicação=ecorazzi}}</ref> <ref>{{Citar periódico|primeiro6=George J.|titulo=The origins of agriculture: Population growth during a period of declining health|jornal=Population and Environment|volume=13|páginas=9–22|doi=10.1007/BF01256568|issn=1573-7810|last=Armelagos}}</ref> <ref>{{Citar web|url=http://www.ck12.org/earth-science/Agriculture-and-Human-Population-Growth/|titulo=Agriculture and Human Population Growth|publicação=CK-12}}</ref>

Os seres humanos historicamente [[Explotação de recursos naturais|exploraram o ambiente]] usando os recursos mais fáceis e acessíveis primeiro. As terras mais ricas foram aradas e o minério mineral mais rico foi extraído primeiro. [[Anne Ehrlich]], Gerardo Ceballos e Paul Ehrlich observam que a superpopulação está exigindo o uso de meios cada vez mais criativos, caros e / ou ambientalmente destrutivos para explorar cada vez mais difícil acesso e / ou recursos naturais de qualidade mais baixa para satisfazer os consumidores.<ref>Ceballos, G.; Ehrlich, A. H.; Ehrlich, P. R. (2015). ''The Annihilation of Nature: Human Extinction of Birds and Mammals''. Baltimore, Maryland: Johns Hopkins University Press. pp. 146 {{ISBN|1421417189}}</ref>

==== População em função da disponibilidade de alimentos ====
Muitas pessoas de uma ampla variedade de campos acadêmicos e formação política - incluindo o [[Agronomia|engenheiro agrônomo]] [[David Pimentel]], <ref name="Hopfenberg and Pimentel">Hopfenberg, Russell and Pimentel, David, "Human Population Numbers as a Function of Food Supply", ''Environment, Development and Sustainability'', vol. 3, no. 1, March 2001, pp. 1–15</ref> cientista comportamental Russell Hopfenberg, <ref>{{Citar periódico|ano=2003|titulo=Human Carrying Capacity is Determined by Food Availability|url=https://www.semanticscholar.org/paper/6b505214172dbbff72644eea5fbddb51d973237b|jornal=Population and Environment|volume=25|páginas=109–117|doi=10.1023/B:POEN.0000015560.69479.c1}}</ref> antropóloga de direita [[Virginia Abernethy]], <ref>Abernathy, Virginia, ''Population Politics'' {{ISBN|0-7658-0603-7}}</ref> ecologista [[Garrett Hardin]], <ref>{{Citar periódico|ano=1974|titulo=Lifeboat Ethics: the Case Against Helping the Poor|jornal=Psychology Today|volume=8|páginas=38–43}}</ref> escritor e antropólogo de ciências [[Peter Farb]], biólogo ambiental Alan D. Thornhill, <ref>''Food Production & Population Growth'', video with Daniel Quinn and Alan Thornhill</ref> crítico e escritor cultural [[Daniel Quinn]], <ref>Quinn, Daniel, ''[[Ismael (livro)|Ishmael]]'' Bantam/Turner, 1995, {{ISBN|0613080939}}</ref> propõem que, como todas as outras populações de animais, as populações humanas previsivelmente crescem e diminuem de acordo com o suprimento de alimentos disponível, crescendo durante uma abundância de alimentos e diminuindo em tempos de escassez.

Os defensores dessa teoria argumentam que toda vez que a produção de alimentos aumenta, a população cresce. A maioria das populações humanas ao longo da história valida essa teoria, assim como a população global atual em geral. As populações de [[Caçador-coletor|caçadores-coletores]] flutuam de acordo com a quantidade de comida disponível. A população humana mundial começou a aumentar após a [[Revolução neolítica|Revolução Neolítica]] e seu aumento na oferta de alimentos. <ref>GJ Armelagos, AH Goodman, KH Jacobs Population and environment - 1991 link.springer.com</ref> Isso foi posterior à [[Revolução verde|Revolução Verde]], seguida por um crescimento populacional ainda mais severamente acelerado, que continua até hoje. Freqüentemente, os países mais ricos enviam seus excedentes recursos alimentares para ajudar as comunidades famintas; no entanto, os defensores dessa teoria argumentam que essa noção aparentemente benéfica apenas resulta em mais danos a essas comunidades a longo prazo. Peter Farb, por exemplo, comentou o paradoxo de que "a intensificação da produção para alimentar um aumento da população leva a um aumento ainda maior da população". <ref>Farb, Peter: 1978, ''Humankind''. Boston, Houghton Mifflin.</ref> Daniel Quinn também se concentrou nesse fenômeno, que ele chama de " [[Corrida de Alimentos|Corrida dos Alimentos]] " (comparável, em termos de escalada e possível catástrofe, à [[Corrida nuclear|corrida às armas nucleares]]).

Os críticos dessa teoria apontam que, na era moderna, as taxas de natalidade são mais baixas nos [[País desenvolvido|países desenvolvidos]], que também têm o maior acesso a alimentos. De fato, alguns países desenvolvidos têm uma população decrescente e um suprimento abundante de alimentos. As Nações Unidas projetam que a população de 51 países ou áreas, incluindo Alemanha, Itália, Japão e a maioria dos estados da antiga União Soviética, seja menor em 2050 do que em 2005. <ref>Rosa, Daniele (2019). "[http://www.affaritaliani.it/nel-2050-gli-italiani-saranno-20-milioni-meno-secondo-l-onu-612218.html Nel 2050 gli italiani saranno 20 milioni meno secondo l'Onu &#x5B;Translation: ''In 2050 the Italians will be 20 million less, according to the UN''&#x5D;]". ''Affaritaliani''. Uomini & Affari Srl.</ref> Isso mostra que, limitadas ao escopo da população que vive dentro de um único limite político, populações humanas específicas nem sempre crescem para corresponder ao suprimento de comida disponível. No entanto, a população global como um todo ainda cresce de acordo com o suprimento total de alimentos e muitos desses países mais ricos são grandes ''exportadores'' de alimentos para populações mais pobres, de modo que "é através das exportações de áreas ricas em alimentos para áreas pobres ( Allaby, 1984; Pimentel et al., 1999), que o crescimento populacional nessas áreas pobres em alimentos é ainda mais alimentado. <ref>{{Citar web|url=http://www.bioinfo.rpi.edu/bystrc/pub/pimentel.pdf|titulo=Human population numbers as a function of food supply|obra=Russel Hopfenburg, David Pimentel, Duke University, Durham, NC, USA;2Cornell University, Ithaca, NY, USA}}</ref>

Independentemente das críticas contra a teoria de que a população é uma função da disponibilidade de alimentos, a [[População mundial|população humana]] está, em escala global, aumentando inegavelmente <ref>[[Daniel Quinn]] (1996). ''[[História de B|The Story of B]]'', pp. 304–305, Random House Publishing Group, {{ISBN|0553379011}}.</ref> como a quantidade líquida de alimento humano produzido - um padrão que é verdadeiro para cerca de 10.000 anos, desde o desenvolvimento humano da agricultura. O fato de alguns países ricos demonstrarem crescimento populacional negativo falha em desacreditar a teoria como um todo, já que o mundo se tornou um [[Globalização|sistema globalizado,]] com alimentos passando pelas fronteiras nacionais de áreas em abundância para áreas de escassez. As conclusões de Hopfenberg e Pimentel apóiam isso <ref name="Hopfenberg and Pimentel2">Hopfenberg, Russell and Pimentel, David, "Human Population Numbers as a Function of Food Supply", ''Environment, Development and Sustainability'', vol. 3, no. 1, March 2001, pp. 1–15</ref> e a acusação direta de Quinn de que "os agricultores do Primeiro Mundo estão alimentando a explosão populacional do Terceiro Mundo". <ref>Quinn, Daniel: "The Question (ID Number 122)". Retrieved October 2014 from {{Citar web|url=http://www.ishmael.org/Interaction/QandA/Detail.CFM?Record%3D122|titulo=Archived copy}}.</ref>


== População mundial ==
== População mundial ==

Revisão das 01h02min de 19 de junho de 2020

Gráfico da população humana de 10000 aC a 2000 dC . Mostra o aumento exponencial da população mundial que ocorre desde o final do século XVII.
População mundial

Superpopulação humana é quando o número de pessoas excede a capacidade de carga de um território ou meio para sustentar a vida(com comida, água potável, ar respirável, etc.) danificando o meio ambiente mais rapidamente do que este pode ser reparado pela natureza, potencialmente levando a um colapso ecológico e social.[1]

A superpopulação pode ainda ser vista numa perspectiva ampla e de longo prazo, visto que a humanidade pode sofrer dado ao rápido esgotamento dos recursos não renováveis e a degradação da capacidade do ambiente de dar suporte ao crescimento demográfico.

O termo "superpopulação" frequentemente refere-se à relação entre toda a população humana e seu ambiente: a Terra, ou para áreas geográficas menores, como países. A superpopulação pode resultar do aumento de nascimentos, do declínio nas taxas de mortalidade, do aumento da imigração, ou de um bioma insustentável e o esgotamento de recursos naturais.[2]

É possível que uma região pouco povoada possa ser superpovoado se a localidade tem uma capacidade escassa ou inexistente de sustentar a vida (como desertos, por exemplo). Defensores da moderação da população citam questões como exceder a capacidade de carga da Terra, aquecimento global, colapso ecológico potencial ou iminente, impacto na qualidade de vida e risco de fome em massa ou mesmo extinção como base para argumentar a favor de o declínio da população.

Uma definição mais controversa de superpopulação, como defendida por Paul Ehrlich, é uma situação em que uma população está no processo de esgotar recursos não renováveis. Segundo essa definição, mudanças no estilo de vida podem fazer com que uma área superpovoada não seja mais superpovoada sem redução da população ou vice-versa. [3] [4] [5]

Cientistas sugerem que o impacto humano geral no meio ambiente, devido à superpopulação, consumo excessivo, poluição e proliferação da tecnologia, levou o planeta a uma nova época geológica conhecida como Antropoceno. [6] [7] [8] [9]


Dinâmica populacional atual e motivo de preocupação

Em 16 de junho de 2020, a população humana mundial é estimada em 7,796 bilhões.[10] Ou 7.622.106.064 em 14 de maio de 2018 e o Departamento de Censo dos Estados Unidos calcula 7.472.985.269 para a mesma data[11] e mais de 7 bilhões pelas Nações Unidas.[12][13][14]

No entanto, o rápido aumento recente da população humana preocupou algumas pessoas. A população deverá atingir entre 8 e 10,5 bilhões entre os anos de 2040 [15] [16] e 2050. [17] Em 2017, as Nações Unidas aumentaram as projeções de variantes médias [18] para 9,8 bilhões em 2050 e 11,2 bilhões em 2100. [19]

Como apontado por Hans Rosling, o fator crítico é que a população não está "apenas crescendo", mas que a taxa de crescimento atingiu seu pico e a população total agora está crescendo muito mais lentamente. [20] A previsão da população da ONU para 2017 previa "quase o fim da alta fertilidade" globalmente e antecipava que até 2030 mais de ⅔ da população mundial estará vivendo em países com fertilidade abaixo do nível de reposição [21] e que a população mundial total se estabilize entre 10 e 12 bilhões de pessoas até o ano 2100. [22]

O rápido aumento da população mundial nos últimos três séculos suscitou preocupações entre algumas pessoas de que o planeta talvez não seja capaz de sustentar o número futuro ou mesmo presente de seus habitantes. A [1]InterAcademy Panel Statement on Population Growth, por volta de 1994, afirmou que muitos problemas ambientais, como níveis crescentes de dióxido de carbono atmosférico, aquecimento global e poluição, são agravados pela expansão da população. [23]

Territórios ricos, mas densamente povoados, como a Grã-Bretanha, dependem de importações de alimentos do exterior. [24] Isso foi severamente sentido durante as Guerras Mundiais, quando, apesar das iniciativas de eficiência alimentar como "dig for victory" e o racionamento de alimentos, a Grã-Bretanha precisava lutar para garantir rotas de importação . No entanto, muitos acreditam que o desperdício e o excesso de consumo, especialmente pelas nações ricas, estão colocando mais pressão sobre o meio ambiente do que a própria superpopulação. [25]

Mapa da densidade populacional por país, por quilômetro quadrado. (Veja Lista de países por densidade populacional . )


História

Áreas de alta densidade populacional, calculadas em 1994
Estimativas da população da ONU e projeção 1950-2100
Mapa de países e territórios por taxa de fertilidade (consulte Lista de países e territórios por taxa de fertilidade . )
Taxa de crescimento da população humana em porcentagem, com as variáveis nascimentos, mortes, imigração e emigração - 2018

A população mundial tem aumentado continuamente desde o final da Peste Negra, por volta do ano 1350, [26]

Devido ao seu impacto dramático na capacidade humana de cultivar alimentos, o processo Haber serviu como "detonador da explosão populacional ", permitindo que a população global aumentasse de 1,6 bilhão em 1900 para 7,7 bilhões até novembro de 2018.[27]

A taxa de crescimento populacional vem diminuindo desde os anos 80, enquanto o número total absoluto ainda está aumentando. As Nações Unidas expressaram preocupações com o crescimento contínuo da população na África Subsaariana. [28] Pesquisas recentes demonstraram que essas preocupações estão bem fundamentadas. [29] [30] [31]

História de preocupação

A preocupação com a superpopulação é um tópico antigo. Tertuliano era morador da cidade de Cartago no século II dC, quando a população do mundo era de cerca de 190 milhões (apenas 3 a 4% do que é hoje). Ele disse notavelmente: "O que mais frequentemente atende à nossa opinião (e ocasiona reclamação) é a nossa população fervilhante. Nossos números são onerosos para o mundo, o que dificilmente pode nos apoiar... Pestilência, fome e guerras e terremotos devem ser considerados como remédio para as nações, como meio de podar a luxúria da raça humana ". Antes disso, Platão, Aristóteles e outros também abordaram o assunto. [32]

Ao longo da história registrada, o crescimento da população geralmente tem sido lento, apesar das altas taxas de natalidade, devido a guerras, pragas e outras doenças e alta mortalidade infantil. Durante os 750 anos antes da Revolução Industrial, a população mundial aumentou muito lentamente, permanecendo abaixo de 250 milhões.[33]

No início do século XIX, a população mundial havia crescido para um bilhão de indivíduos, e intelectuais como Thomas Malthus previram que a humanidade superaria seus recursos disponíveis, porque uma quantidade finita de terra seria incapaz de sustentar uma população com potencial ilimitado de aumento. . [34] Os mercantilistas argumentavam que uma grande população era uma forma de riqueza, o que tornava possível a criação de mercados e exércitos maiores. Os ricos sempre souberam que o valor real de sua fortuna é "quanto de trabalho será comprado?" Isso porque quase todas as coisas que os humanos valorizam são apenas trabalho congelado. Portanto, quanto mais numerosa e pobre a população, menos esses trabalhadores podem cobrar pelo seu trabalho.

Durante o século 19, o trabalho de Malthus era frequentemente interpretado de uma maneira que culpava os pobres sozinhos por sua condição e dizia-se que ajudá-los a piorar as condições a longo prazo. [35] Isso resultou, por exemplo, nas más leis inglesas de 1834 [35] e em uma resposta hesitante à grande fome irlandesa de 1845 a 1852. [36]

A publicação da ONU 'World population prospects' (2017) projeta que a população mundial chegará a 9,8 bilhões em 2050 e 11,2 bilhões em 2100. Prevê-se que a população humana se estabilize logo em seguida.

Um estudo de 2014 publicado na Science afirma que o crescimento da população continuará no próximo século. [37] [38] Adrian Raftery, professor de estatística e sociologia da Universidade de Washington e um dos colaboradores do estudo, diz: "O consenso nos últimos 20 anos foi que a população mundial, atualmente em torno de 7 bilhões, chegaria a 9 bilhões e nivelar ou provavelmente diminuir. Descobrimos que há uma probabilidade de 70% de que a população mundial não se estabilize neste século. A população, que meio que caiu na agenda mundial, continua sendo uma questão muito importante ". [39] As projeções da ONU a partir de 2011 sugerem que a população poderá crescer para 15 bilhões em 2100. [40]

Em 2017, mais de um terço dos 50 cientistas premiados com o Nobel pesquisados pelo Times Higher Education nas reuniões do Lauru Nobel Lindau Meetings disse que a superpopulação humana e a degradação ambiental são as duas maiores ameaças que a humanidade enfrenta.[41] Em novembro do mesmo ano, uma declaração de 15.364 cientistas de 184 países indicou que o rápido crescimento da população humana é o "principal fator por trás de muitas ameaças ecológicas e até sociais". [42]

Apesar das preocupações com a superpopulação, generalizada nos países desenvolvidos, o número de pessoas que vivem em extrema pobreza em todo o mundo mostra um declínio estável (isso foi contestado por alguns especialistas [43] [44] [45]), mesmo que a população tenha crescido sete vezes nos últimos 200 anos. A mortalidade infantil diminuiu, o que, por sua vez, levou a taxas de natalidade reduzidas, retardando o crescimento geral da população. [46] O número global de mortes relacionadas à fome diminuiu e o suprimento de alimentos por pessoa aumentou com o crescimento da população. [47]

Em 2019, um aviso sobre mudança climática assinado por 11.000 cientistas de 153 nações disse que o crescimento da população humana adiciona 80 milhões de seres humanos anualmente e "a população mundial deve ser estabilizada - e, idealmente, gradualmente reduzida - dentro de uma estrutura que garanta a integridade social". reduzir o impacto do "crescimento populacional nas emissões de GEE e na perda de biodiversidade". [48] [49]

História do crescimento populacional

População [50]
Ano Bilhão
1804 1
1927 2
1959 3
1974 4
1987 5
1999 6
2011 7
2020 7,7 (estimativa) [51]
Dados da população mundial .

A população mundial passou por vários períodos de crescimento desde o início da civilização no período Holoceno, por volta de 10.000 aC. O início da civilização coincide aproximadamente com o recuo do gelo glacial após o final do último período glacial.[52] Estima-se que entre 1 e 5 milhões de pessoas, subsistindo na caça e forrageamento, tenham habitado a Terra no período anterior à Revolução Neolítica, quando a atividade humana se afastou da coleta de caçadores e passou para uma agricultura muito primitiva . [53]

Por volta de 8000 aC, no início da agricultura, a população humana do mundo era de aproximadamente 5 milhões. [54] Nos próximos milênios, houve um aumento constante na população, com um crescimento muito rápido começando em 1000 aC e um pico entre 200 e 300 milhões de pessoas em 1 aC.

A praga de Justiniano fez com que a população da Europa caísse em cerca de 50% entre 541 e 8º século. [55] O crescimento constante foi retomado em 800 CE. [56] No entanto, o crescimento foi novamente interrompido por pragas frequentes; mais notavelmente, a peste negra durante o século XIV. Pensa-se que os efeitos da Peste Negra tenham reduzido a população mundial, então estimada em 450 milhões, para entre 350 e 375 milhões em 1400. [57] A população da Europa ultrapassou os 70 milhões em 1340; [58] esses níveis não retornaram até 200 anos depois. [59] A população da Inglaterra atingiu cerca de 5,6 milhões em 1650, acima dos 2,6 milhões estimados em 1500. [60] Novas culturas das Américas, através dos colonizadores espanhóis no século XVI, contribuíram para o crescimento da população. [61]

Em outras partes do globo, a população da China durante a fundação da Dinastia Ming em 1368 estava próxima de 60 milhões, se aproximando de 150 milhões ao final da dinastia em 1644.[62][63] A população das Américas em 1500 era estimada em torno de 50 a 100 milhões .[64]

Encontros entre exploradores europeus e populações no resto do mundo freqüentemente introduziam epidemias locais de virulência extraordinária. Evidências arqueológicas indicam que a morte de cerca de 90% da população nativa americana do Novo Mundo foi causada por doenças do Velho Mundo, como varíola, sarampo e gripe . [65] Os europeus introduziram doenças alheias aos povos indígenas, portanto não tinham imunidade a essas doenças estrangeiras. [66]

Após o início da Revolução Industrial, durante o século XVIII, a taxa de crescimento populacional começou a aumentar. No final do século, a população mundial era estimada em pouco menos de 1 bilhão. [67] Na virada do século 20, a população mundial era de aproximadamente 1,6 bilhão.[67] Em 1940, esse número havia aumentado para 2,3 bilhões.[68] Cada adição subsequente de um bilhão de seres humanos levava cada vez menos tempo: 33 anos para atingir três bilhões em 1960, 14 anos para quatro bilhões em 1974, 13 anos para cinco bilhões em 1987 e 12 anos para seis bilhões em 1999. [69]

O crescimento dramático iniciado em 1950 (acima de 1,8% ao ano) coincidiu com o aumento da produção de alimentos como resultado da industrialização da agricultura provocada pela Revolução Verde . [70] A taxa de crescimento da população humana atingiu o pico em 1964, cerca de 2,1% ao ano. [71] Por exemplo, a população da Indonésia cresceu de 97 milhões em 1961 para 237,6 milhões em 2010, [72] [73] um aumento de 145% em 49 anos. Na Índia, a população cresceu de 361,1 milhões de pessoas em 1951 para pouco mais de 1,2 bilhão em 2011, [74] [75] um aumento de 235% em 60 anos.

Continente População de 1900 [76]
África 133 milhões
Ásia 904 milhões
Europa 408 milhões
América Latina e Caribe 74 milhões
América do Norte 82 milhões



Há uma preocupação com o aumento acentuado da população em muitos países, especialmente na África Subsaariana, que ocorreu nas últimas décadas e que está criando problemas com o gerenciamento da terra, os recursos naturais e o acesso ao abastecimento de água. [77]

A população do Chade cresceu, por exemplo, de 6.279.921 em 1993 para 10.329.208 em 2009. [78] Níger, Uganda, Nigéria, Tanzânia, Etiópia e RDC estão testemunhando um crescimento semelhante na população. A situação é mais aguda na África Ocidental, Central e Oriental. [79] Refugiados de lugares como o Sudão esgotaram ainda mais os recursos de estados vizinhos, como Chade e Egito. O Chade também abriga cerca de 255.000 refugiados da região de Darfur, no Sudão, e cerca de 77.000 refugiados da República Centro-Africana, enquanto aproximadamente 188.000 chadianos foram deslocados por sua própria guerra civil e fome, ou fugiram para o Sudão, o Níger ou, mais recentemente, a Líbia.[80]

Segundo dados da ONU, existem em média 250 bebês nascidos a cada minuto, ou mais de 130 milhões por ano.[81] Dados da ONU de 2019 mostram que a população humana cresce 100 milhões a cada 14 meses.[82]

Causas

De uma perspectiva histórica, as revoluções tecnológicas coincidiram com a expansão populacional. Houve três grandes revoluções tecnológicas - a revolução na fabricação de ferramentas, a revolução agrícola e a revolução industrial - que permitiram aos seres humanos mais acesso à comida, resultando em explosões populacionais subsequentes. [83] Por exemplo, o uso de ferramentas, como arco e flecha, permitiu aos caçadores primitivos maior acesso a alimentos mais energéticos (por exemplo, carne de animal). Da mesma forma, a transição para a agricultura, cerca de 10.000 anos atrás, aumentou muito o suprimento geral de alimentos, que foi usado para apoiar mais pessoas. A produção de alimentos aumentou ainda mais com a revolução industrial, à medida que máquinas, fertilizantes, herbicidas e pesticidas eram usados para aumentar a terra sob cultivo, bem como o rendimento das culturas. Hoje, a fome é causada por forças econômicas e políticas, e não pela falta de meios para produzir alimentos.[84][85]

Uma rua movimentada em Katmandu



Aumentos significativos na população humana ocorrem sempre que a taxa de natalidade excede a taxa de mortalidade por longos períodos de tempo. Tradicionalmente, a taxa de fertilidade é fortemente influenciada por normas culturais e sociais bastante estáveis e, portanto, lentas para se adaptar às mudanças nas condições sociais, tecnológicas ou ambientais. Por exemplo, quando as taxas de mortalidade caíram durante os séculos XIX e XX - como resultado de melhorias no saneamento, imunizações infantis e outros avanços na medicina - permitindo que mais recém-nascidos sobrevivam, a taxa de fertilidade não se ajustou para baixo, resultando em um crescimento populacional significativo. Até a década de 1700, sete em cada dez crianças morreram antes de atingir a idade reprodutiva. [86]

Donella Meadows argumentou uma correlação entre superpopulação e pobreza. [87] Em contraste, a invenção da pílula anticoncepcional e outros métodos modernos de contracepção resultaram em um declínio dramático no número de filhos por família em todos os países, exceto nos mais pobres.[88]

A agricultura sustentou o crescimento da população humana e tem sido o principal fator por trás disso. Com mais oferta de alimentos, a população cresce com ela. Isso ocorre principalmente em regiões férteis e capazes de aumentar a produção de alimentos, em contraste com regiões áridas, incapazes de apoiar a produção agrícola em escalas maiores ou em qualquer escala. Isso remonta aos tempos pré-históricos, quando os métodos agrícolas foram desenvolvidos e continuam até os dias atuais, com fertilizantes, agroquímicos, mecanização em larga escala, manipulação genética e outras tecnologias. [89] [90] [91] [92]

Os seres humanos historicamente exploraram o ambiente usando os recursos mais fáceis e acessíveis primeiro. As terras mais ricas foram aradas e o minério mineral mais rico foi extraído primeiro. Anne Ehrlich, Gerardo Ceballos e Paul Ehrlich observam que a superpopulação está exigindo o uso de meios cada vez mais criativos, caros e / ou ambientalmente destrutivos para explorar cada vez mais difícil acesso e / ou recursos naturais de qualidade mais baixa para satisfazer os consumidores.[93]

População em função da disponibilidade de alimentos

Muitas pessoas de uma ampla variedade de campos acadêmicos e formação política - incluindo o engenheiro agrônomo David Pimentel, [94] cientista comportamental Russell Hopfenberg, [95] antropóloga de direita Virginia Abernethy, [96] ecologista Garrett Hardin, [97] escritor e antropólogo de ciências Peter Farb, biólogo ambiental Alan D. Thornhill, [98] crítico e escritor cultural Daniel Quinn, [99] propõem que, como todas as outras populações de animais, as populações humanas previsivelmente crescem e diminuem de acordo com o suprimento de alimentos disponível, crescendo durante uma abundância de alimentos e diminuindo em tempos de escassez.

Os defensores dessa teoria argumentam que toda vez que a produção de alimentos aumenta, a população cresce. A maioria das populações humanas ao longo da história valida essa teoria, assim como a população global atual em geral. As populações de caçadores-coletores flutuam de acordo com a quantidade de comida disponível. A população humana mundial começou a aumentar após a Revolução Neolítica e seu aumento na oferta de alimentos. [100] Isso foi posterior à Revolução Verde, seguida por um crescimento populacional ainda mais severamente acelerado, que continua até hoje. Freqüentemente, os países mais ricos enviam seus excedentes recursos alimentares para ajudar as comunidades famintas; no entanto, os defensores dessa teoria argumentam que essa noção aparentemente benéfica apenas resulta em mais danos a essas comunidades a longo prazo. Peter Farb, por exemplo, comentou o paradoxo de que "a intensificação da produção para alimentar um aumento da população leva a um aumento ainda maior da população". [101] Daniel Quinn também se concentrou nesse fenômeno, que ele chama de " Corrida dos Alimentos " (comparável, em termos de escalada e possível catástrofe, à corrida às armas nucleares).

Os críticos dessa teoria apontam que, na era moderna, as taxas de natalidade são mais baixas nos países desenvolvidos, que também têm o maior acesso a alimentos. De fato, alguns países desenvolvidos têm uma população decrescente e um suprimento abundante de alimentos. As Nações Unidas projetam que a população de 51 países ou áreas, incluindo Alemanha, Itália, Japão e a maioria dos estados da antiga União Soviética, seja menor em 2050 do que em 2005. [102] Isso mostra que, limitadas ao escopo da população que vive dentro de um único limite político, populações humanas específicas nem sempre crescem para corresponder ao suprimento de comida disponível. No entanto, a população global como um todo ainda cresce de acordo com o suprimento total de alimentos e muitos desses países mais ricos são grandes exportadores de alimentos para populações mais pobres, de modo que "é através das exportações de áreas ricas em alimentos para áreas pobres ( Allaby, 1984; Pimentel et al., 1999), que o crescimento populacional nessas áreas pobres em alimentos é ainda mais alimentado. [103]

Independentemente das críticas contra a teoria de que a população é uma função da disponibilidade de alimentos, a população humana está, em escala global, aumentando inegavelmente [104] como a quantidade líquida de alimento humano produzido - um padrão que é verdadeiro para cerca de 10.000 anos, desde o desenvolvimento humano da agricultura. O fato de alguns países ricos demonstrarem crescimento populacional negativo falha em desacreditar a teoria como um todo, já que o mundo se tornou um sistema globalizado, com alimentos passando pelas fronteiras nacionais de áreas em abundância para áreas de escassez. As conclusões de Hopfenberg e Pimentel apóiam isso [105] e a acusação direta de Quinn de que "os agricultores do Primeiro Mundo estão alimentando a explosão populacional do Terceiro Mundo". [106]

População mundial

População por região mostrando sua percentagem na população mundial (17502005)

A seguir são mostradas estimativas de quando a marca de cada mil milhões (bilhão) de pessoas foi atingida:

Crescimento da população mundial
População Ano Tempo para o próximo bilhão (em anos)
1 bilhão 1802 126
2 bilhões 1928 33
3 bilhões 1961 13
4 bilhões 1974 13
5 bilhões 1987 12
6 bilhões 1999 11
7 bilhões 2011 15
8 bilhões* 2026 24
9 bilhões* 2050 20
10 bilhões* 2070 26
11 bilhões* 2096 não calculado

(*) estimativa

Estimativa da população mundial: Cerca de 7944 milhões de pessoas (7.944 bilhões).[107]

Teoria Malthusiana

Ver artigo principal: Teoria Populacional Malthusiana

Thomas Malthus já havia observado em sua Teoria Populacional Malthusiana que, "A população, quando não controlada, cresce numa progressão geométrica. Os meios de subsistência crescem apenas numa progressão aritmética"[108] e desta forma concluiu que não seria possível alimentar toda a superpopulação.[carece de fontes?]

Ver também

Referências

  1. Ehrlich, Paul R. Ehrlich & Anne H. (1990). The population explosion. London: Hutchinson. pp. 39–40. ISBN 0091745519. Consultado em 20 de julho de 2014 
  2. "Global food crisis looms as climate change and population growth strip fertile land". Guardian.co.uk (2007-08-31).
  3. Ehrlich, Paul R. Ehrlich & Anne H. (1990). The population explosion. Hutchinson. London: [s.n.] pp. 39–40. ISBN 978-0091745516. When is an area overpopulated? When its population cannot be maintained without rapidly depleting nonrenewable resources [39] (or converting renewable resources into nonrenewable ones) and without decreasing the capacity of the environment to support the population. In short, if the long-term carrying capacity of an area is clearly being degraded by its current human occupants, that area is overpopulated. 
  4. Ehrlich, Paul R; Ehrlich, Anne H (2004), One with Nineveh: Politics, Consumption, and the Human Future, Island Press/Shearwater Books, pp. 76–180, 256 
  5. Ehrlich, Paul R; Ehrlich, Anne H (1991), Healing the Planet: Strategies for Resolving the Environmental Crisis, Addison-Wesley Books, pp. 6–8, 12, 75, 96, 241 
  6. «Coping with the Anthropocene». Phys.org 
  7. Vaughan. «Human impact has pushed Earth into the Anthropocene, scientists say». The Guardian  |nome3= sem |sobrenome3= em Authors list (ajuda)
  8. Dimick. «As World's Population Booms, Will Its Resources Be Enough for Us?». National Geographic  |nome3= sem |sobrenome3= em Authors list (ajuda)
  9. «Anthropocene now: influential panel votes to recognize Earth's new epoch». Nature News. 2019. Twenty-nine members of the AWG supported the Anthropocene designation and voted in favour of starting the new epoch in the mid-twentieth century, when a rapidly rising human population accelerated the pace of industrial production, the use of agricultural chemicals and other human activities. 
  10. «World Population Clock: 7.7 Billion People (2019) - Worldometers». worldometers.info. Consultado em 28 June 2019  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  11. «U.S. and World Population Clock». Consultado em 5 March 2016  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  12. «Population seven billion: UN sets out challenges». BBC. 26 October 2011. Consultado em 27 October 2011  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  13. Coleman, Jasmine (31 October 2011). «World's 'seven billionth baby' is born». The Guardian. London. Consultado em 31 October 2011  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  14. «7 billion people is a 'serious challenge'». United Press International 
  15. «World Population Clock – Worldometers». Worldometers.info 
  16. «International Data Base (IDB) – World Population». Census.gov. Cópia arquivada em 7 July 2010  Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)
  17. «World Population Prospects:The 2008 Revision» (PDF). Population Division of the Department of Economic and Social Affairs of the United Nations Secretariat 
  18. «Definition of projection variants». United Nations  |obra= e |publicação= redundantes (ajuda)
  19. «World population projected to reach 9.8 billion in 2050, and 11.2 billion in 2100». Population Division of the Department of Economic and Social Affairs of the United Nations Secretariat 
  20. Rosling, Hans (2018). Factfulness: Ten Reasons We're Wrong About the World – and Why Things Are Better Than You Think. Sceptre. [S.l.: s.n.] ISBN 9781473637467 
  21. «The end of high fertility is near» (PDF). United Nations 
  22. «World Population Prospects» (PDF). United Nations 
  23. «joint statement by fifty-eight of the world's scientific academies» 
  24. «Britain's food self-sufficiency at risk from reliance on overseas imports of fruit and vegetables that could be produced at home». The Independent 
  25. Fred Pearce. «Consumption Dwarfs Population as Main Environmental Threat». Yale University 
  26. «Black death 'discriminated' between victims» 
  27. «Detonator of the population explosion» (PDF). Nature. 400. 1999. Bibcode:1999Natur.400..415S. doi:10.1038/22672 
  28. «Population seven billion: UN sets out challenges». BBC 
  29. Cassils, J. Anthony. "Overpopulation, sustainable development, and security: Developing an integrated strategy." Population and Environment 25.3 (2004): 171-194.
  30. Moseley, William G. "Reflecting on National Geographic Magazine and academic geography: The September 2005 special issue on Africa." African Geographical Review 24.1 (2005): 93-100.
  31. Asongu, Simplice, and Brian Jingwa. "Population growth and forest sustainability in Africa." International Journal of Green Economics 6.2 (2012): 145-166.
  32. Roberts, R.E. (1924). The Theology of Tertullian, Chapter 5 (pp. 79–119) Arquivado em 3 março 2016 no Wayback Machine. Tertullian.org (14 July 2001). Retrieved 2012-08-29.
  33. George Moffet, Critical Masses: The Global Population Challenge (1994): "[the world's population remained] capped by birth rates and death rates locked in seemingly permanent equilibrium."
  34. «VII, paragraph 10, lines 8–10». An Essay on the Principle of Population. J. Johnson. London: [s.n.] 1798. The power of population is so superior to the power in the earth to produce subsistence for man, that premature death must in some shape or other visit the human race 
  35. a b Gregory Claeys: The "Survival of the Fittest" and the Origins of Social Darwinism, in Journal of the History of Ideas, Vol. 61, No. 2, 2002, p. 223–240
  36. Cormac Ó Gráda: Famine. A Short History, Princeton University Press 2009, ISBN 978-0-691-12237-3 (pp. 20, 203–206)
  37. Carrington, Damien. «World population to hit 11bn in 2100 – with 70% chance of continuous rise». The Guardian 
  38. «World population stabilization unlikely this century». Science. 346: 234–7. Bibcode:2014Sci...346..234G. ISSN 1095-9203. PMC 4230924Acessível livremente. PMID 25301627. doi:10.1126/science.1257469 
  39. World population to keep growing this century, hit 11 billion by 2100 Arquivado em 4 dezembro 2016 no Wayback Machine. UWToday. 18 September 2014
  40. Harris. «Population of world 'could grow to 15bn by 2100'». The Guardian  |nome3= sem |sobrenome3= em Authors list (ajuda)
  41. «Overpopulation is the biggest threat to mankind, Nobel laureates say». The Times 
  42. «World Scientists' Warning to Humanity: A Second Notice» (PDF). BioScience. 67: 1026–1028. doi:10.1093/biosci/bix125  Verifique o valor de |display-authors=Ripple WJ, Wolf C, Newsome TM, Galetti M, Alamgir M, Crist E, Mahmoud MI, Laurance WF (ajuda)
  43. Jason Hickel (29 January 2019). Bill Gates says poverty is decreasing. He couldn't be more wrong. The Guardian. Retrieved 30 January 2019.
  44. Jones, Campbell; Parker, Martin; Ten Bos, Rene (2005). For Business Ethics. Routledge. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0415311359. Critics of neoliberalism have therefore looked at the evidence that documents the results of this great experiment of the past 30 years, in which many markets have been set free. Looking at the evidence, we can see that the total amount of global trade has increased significantly, but that global poverty has increased, with more today living in abject poverty than before neoliberalism. 
  45. Haymes; de Haymes; Miller, eds. (2015). The Routledge Handbook of Poverty in the United States. Routledge. London and New York: [s.n.] pp. 1 & 2. ISBN 978-0-41-567344-0 
  46. «The short history of global living conditions and why it matters that we know it». Our World in Data 
  47. «Does population growth lead to hunger and famine?». Our World in Data 
  48. «World Scientists' Warning of a Climate Emergency». BioScience. doi:10.1093/biosci/biz088 
  49. «Climate crisis: 11,000 scientists warn of 'untold suffering'». The Guardian 
  50. «Population seven billion: UN sets out challenges». BBC 
  51. «Current World Population». Worldometers 
  52. «A Brief Introduction to the History of Climate». Lawrence Berkeley National Laboratories 
  53. «The Neolithic Agricultural Revolution» (PDF). Council For Economic Education 
  54. "What was the population of the world in the past?", World-o-meters
  55. «Plague, Plague Information, Black Death Facts, News, Photos». National Geographic 
  56. "Epidemics and pandemics: their impacts on human history". J. N. Hays (2005). p.46. ISBN 1-85109-658-2
  57. «Historical Estimates of World Population». Census.gov 
  58. "History of Europe – Demographic and agricultural growth". Encyclopædia Britannica.
  59. "Europe's Black Death is a history lesson in human tragedy – and economic renewal". TIME Europe. 17 July 2000, VOL. 156 NO. 3
  60. "History of Europe – Demographics". Encyclopædia Britannica.
  61. "China's Population: Readings and Maps". Columbia University, East Asian Curriculum Project.
  62. «Ming Dynasty: Microsoft Encarta Online Encyclopedia 2009» 
  63. "Qing China's Internal Crisis: Land Shortage, Famine, Rural Poverty". Asia for Educators, Columbia University.
  64. J. N. Hays (1998). "The burdens of disease: epidemics and human response in western history.". p 72. ISBN 0-8135-2528-4
  65. "The Story Of... Smallpox – and other Deadly Eurasian Germs". Public Broadcasting Service (PBS).
  66. "Stacy Goodling, "Effects of European Diseases on the Inhabitants of the New World" Arquivado em 10 maio 2008 no Wayback Machine"
  67. a b «International Programs». census.gov 
  68. «modelling exponential growth» (PDF). esrl.noaa.gov 
  69. Benatar, David (2008). Better Never to Have Been: The Harm of Coming into Existence. Oxford University Press. [S.l.: s.n.] ISBN 978-0199549269 
  70. "The limits of a Green Revolution?". BBC News. 29 March 2007.
  71. «United Nations, United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2011): World Population Prospects: The 2010 Revision» 
  72. Widjojo Nitisastro (2006). «Population Trends in Indonesia». Equinox Publishing. ISBN 979-3780-43-6 
  73. «Central Bureau of Statistics: Census 2010» (PDF). Badan Pusat Statistik (em indonésio) 
  74. «Census Population» (PDF). Ministry of Finance India. Cópia arquivada (PDF) em 19 December 2008  |obra= e |publicação= redundantes (ajuda); Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)
  75. «Provisional Population Totals – Census 2011». Office of the Registrar General and Census Commissioner. 2011 
  76. "Transitions in World Population Arquivado em 9 maio 2013 no Wayback Machine" (PDF). Population Reference Bureau (PRB).
  77. Akin L. Mabogunje. «The Environmental Challenges in Sub Saharan Africa». African Technology Forum 
  78. «Falkland Islands (Islas Malvinas)». CIA 
  79. Zinkina J., Korotayev A. Explosive Population Growth in Tropical Africa: Crucial Omission in Development Forecasts (Emerging Risks and Way Out). World Futures 70/2 (2014): 120–139 Arquivado em 23 agosto 2016 no Wayback Machine.
  80. «Protracted Relief and Recovery Operation – Chad». World Food Program 
  81. «With 250 babies born each minute, how many people can the Earth sustain?». The Guardian 
  82. «Global population of eight billion and growing: we can't go on like this». The Guardian 
  83. Penfound, William T. "The Problems of Overpopulation". Bios, vol. 39, no. 2, 1968, pp. 56–62. JSTOR, www.jstor.org/stable/4606831. Retrieved 31 January 2020.
  84. Huesemann, M.H., and J.A. Huesemann (2011). Technofix: Why Technology Won't Save Us or the Environment, "Unintended Consequences of Industrial Agriculture", New Society Publishers, Gabriola Island, Canada, pp. 23–25.
  85. Techno-Fix: Why Technology Won't Save Us Or the Environment By Michael Huesemann, Joyce Huesemann. New Society Publishers. [S.l.: s.n.] despite the fact that hunger and starvation may not be due to food shortages but rather the result of various economic and political factors 
  86. McKeown, T. (1988). The Origins of Human Disease, Basil Blackwell, Oxford, UK, pp.60.
  87. «Poverty Causes Population Growth Causes Poverty – The Donella Meadows Project». donellameadows.org 
  88. «Trends in Contraceptive Use Worldwide 2015» (PDF) 
  89. Cite Warren, Stephen G. "Did agriculture cause the population explosion?." Nature 397.6715 (1999): 101.
  90. «Morgan Freeman on the 'Tyranny of Agriculture' and the Doomed Human Race». ecorazzi 
  91. Armelagos. «The origins of agriculture: Population growth during a period of declining health». Population and Environment. 13: 9–22. ISSN 1573-7810. doi:10.1007/BF01256568 
  92. «Agriculture and Human Population Growth». CK-12 
  93. Ceballos, G.; Ehrlich, A. H.; Ehrlich, P. R. (2015). The Annihilation of Nature: Human Extinction of Birds and Mammals. Baltimore, Maryland: Johns Hopkins University Press. pp. 146 ISBN 1421417189
  94. Hopfenberg, Russell and Pimentel, David, "Human Population Numbers as a Function of Food Supply", Environment, Development and Sustainability, vol. 3, no. 1, March 2001, pp. 1–15
  95. «Human Carrying Capacity is Determined by Food Availability». Population and Environment. 25: 109–117. 2003. doi:10.1023/B:POEN.0000015560.69479.c1 
  96. Abernathy, Virginia, Population Politics ISBN 0-7658-0603-7
  97. «Lifeboat Ethics: the Case Against Helping the Poor». Psychology Today. 8: 38–43. 1974 
  98. Food Production & Population Growth, video with Daniel Quinn and Alan Thornhill
  99. Quinn, Daniel, Ishmael Bantam/Turner, 1995, ISBN 0613080939
  100. GJ Armelagos, AH Goodman, KH Jacobs Population and environment - 1991 link.springer.com
  101. Farb, Peter: 1978, Humankind. Boston, Houghton Mifflin.
  102. Rosa, Daniele (2019). "Nel 2050 gli italiani saranno 20 milioni meno secondo l'Onu [Translation: In 2050 the Italians will be 20 million less, according to the UN]". Affaritaliani. Uomini & Affari Srl.
  103. «Human population numbers as a function of food supply» (PDF). Russel Hopfenburg, David Pimentel, Duke University, Durham, NC, USA;2Cornell University, Ithaca, NY, USA 
  104. Daniel Quinn (1996). The Story of B, pp. 304–305, Random House Publishing Group, ISBN 0553379011.
  105. Hopfenberg, Russell and Pimentel, David, "Human Population Numbers as a Function of Food Supply", Environment, Development and Sustainability, vol. 3, no. 1, March 2001, pp. 1–15
  106. Quinn, Daniel: "The Question (ID Number 122)". Retrieved October 2014 from «Archived copy» .
  107. «World Population Clock - Worldometers». www.worldometers.info. Consultado em 21 de julho de 2009 
  108. MALTHUS, Thomas Robert (2017). Ensaio sobre a População. São Paulo: Nova Cultural Ltda. p. 246 

Ligações externas