Alexandre Ramagem

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Alexandre Ramagem
ComMM
Alexandre Ramagem
Deputado federal pelo Rio de Janeiro
Período 1º de fevereiro de 2023
até a atualidade
Legislatura 57ª (2023–2027)
Diretor-Geral da
Agência Brasileira de Inteligência
Período 11 de julho de 2019
até 30 de abril de 2022
Presidente Jair Bolsonaro
Dados pessoais
Nome completo Alexandre Ramagem Rodrigues
Nascimento 08 de maio de 1972 (51 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
Prêmio(s)
Cônjuge Rebeca Teixeira Ramagem Rodrigues
Partido PL (2022-presente)
Ocupação delegado de polícia

Alexandre Ramagem Rodrigues ComMM (Rio de Janeiro, 8 de maio de 1972) é um delegado de polícia e político brasileiro, filiado ao Partido Liberal (PL). Foi diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) durante o governo Jair Bolsonaro e atualmente é deputado federal pelo Rio de Janeiro.

Ramagem foi nomeado diretor-geral da Polícia Federal pelo presidente Bolsonaro, mas, após decisão do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a nomeação, esta e a exoneração do cargo na ABIN foram tornadas sem efeito.[3][4][5]

Nas eleições de 2022, foi eleito deputado federal, com 59 170 votos.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), ingressou no Departamento de Polícia Federal em 2005,[6] onde comandou as divisões de Administração de Recursos Humanos e de Estudos, Legislações e Pareceres (2016 e 2017). Com larga experiência em investigações contra o tráfico de drogas, atuou na área de coordenação de eventos como a Copa do Mundo de 2014, a Olimpíada de 2016 e a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente [7] e fez parte da equipe da Lava-Jato no Rio de Janeiro.[8]

Em outubro de 2007, o delegado Alexandre comandou a Operação Metástase, que prendeu 32 pessoas suspeitas de fraudar licitações públicas da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Em entrevista, o delegado explicou que foram diversas as formas de fraude praticadas, desde editais que não eram devidamente publicizados, passando por preços acima do mercado e até acordos por fora para definir o vencedor da licitação (que repartia o lucro com o resto da organização criminosa).[9] As fraudes englobavam contratos da Funasa nas áreas da saúde indígena, saneamento básico, compras de medicamentos e transporte aéreo.[10] A PF descobriu que o dinheiro desviado pelas fraudes vinha de emendas orçamentárias da bancada de Roraima no Congresso; segundo Ramagem, no entanto, não havia evidências que os parlamentares soubessem dos crimes.[11]

Alexandre foi o delegado coordenador das eleições de 2010 em Roraima. Segundo entrevista à Folha de S.Paulo, mais de cem crimes eleitorais foram denunciados naquela eleição, incluindo duas pessoas apreendidas por compra de voto com santinhos de candidatos e dinheiro vivo.[12] Depois da eleição, a Folha também denunciou uma espécie de feira aberta para a compra de votos que acontecia na periferia de Boa Vista. Ramagem explicou que, sendo o colégio eleitoral de Roraima o menor do país, "a parte financeira faz realmente a diferença".[13]

Em novembro de 2017, a PF deflagrou a Operação Cadeia Velha, uma ramificação da operação Lava Jato no estado do Rio de Janeiro. A operação investigava uma organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral. Comentando a operação, Alexandre declarou: "Constata-se que o Poder Executivo, o Legislativo e o Tribunal de Contas, que deveriam ser autônomos, com dever de fiscalização recíproca, na realidade estão estruturados em flagrante organização criminosa com o fim de garantir contínuo desvio de recursos públicos e lavagem de capitais".[14]

Ramagem chefiou a equipe de segurança do presidente Jair Bolsonaro após a vitória do candidato no 2º turno das eleição presidencial de 2018, sendo nomeado somente após a apuração final das eleições, que declarou Bolsonaro vitorioso na disputa.[15] Em março de 2019, foi nomeado assessor da Secretaria de Governo, função na qual permaneceu até junho de 2019.[16]

ABIN[editar | editar código-fonte]

Em julho de 2019, o delegado Ramagem foi nomeado Diretor-Geral da Agência Brasileira de Inteligência.[17] No cargo, entre outras atribuições, Alexandre era responsável por coordenar as atividades de inteligência no âmbito do Sistema Brasileiro de Inteligência e assistir o Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, ao qual a agência é vinculada.[18]

Na sua liderança da Abin, a agência assinou um acordo de cooperação com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A autarquia se comprometia a ajudar o tribunal a criar um "Núcleo de Inteligência", além de disponibilizar seus cursos aos juízes e servidores; em troca, o tribunal disponibilizaria seu banco de dados de processos judiciais com a agência, com exceção dos processos em segredo de justiça.[19]

Indicação a Diretoria da PF[editar | editar código-fonte]

Em 24 de abril de 2020, o presidente Bolsonaro resolveu demitir o diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, decisão que gerou uma crise no governo.[20] Sergio Moro, o então ministro da Justiça, viu-se surpreso com a demissão e pediu exoneração do cargo.[21] Ao sair, Moro denunciou à imprensa que a troca se deu por preocupação de Bolsonaro com inquéritos da PF.[22] No domingo, dia 26, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) mandou uma carta aberta ao presidente revelando preocupação com o futuro da organização. Os delegados denunciavam a "crise de confiança" causada pelos eventos recentes, tanto para a sociedade quanto para a própria polícia, e que impunham ao próximo diretor o desafio de mostrar independência.[23]

A chamada "ala ideológica" do governo já era favorável a indicação de Ramagem.[24] Bolsonaro oficialmente o nomeou para o cargo em 24 de abril.[25]

Sua nomeação foi bem recebida pelos delegados. Ainda na terça, a ADPF publicou nota reconhecendo a "qualificação técnica para o exercício do cargo" do novo chefe e desejando-o "uma administração profícua". "Certamente, o novo diretor-geral poderá contar com o apoio dos seus pares e da Associação em tudo que fortalecer e proteger o órgão", garantiam os delegados na nota.[26]

Decisão liminar do Supremo Tribunal Federal no caso Ramagem, suspendendo a nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria da Polícia Federal.

O Partido Democrático Trabalhista (PDT) ajuizou um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão liminar da nomeação, já que o presidente Bolsonaro teria agido com abuso de poder por desvio de finalidade. O partido baseou-se nas denúncias de Moro, acusando o presidente de promover um "aparelhamento particular" no órgão com a nomeação.[27] O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) também havia entrando com um processo na Justiça. Em ação popular, o partido argumentava que a nomeação feria o princípio da moralidade administrativa, já que Ramagem era amigo de Carlos Bolsonaro, investigado pela PF por um suposto esquema de fake news, e que potencialmente atrapalharia as investigações.[27] A ação do PSOL seria posteriormente extinta sem julgamento do mérito.[28] Além, o partido Rede Sustentabilidade também ajuizou uma ação, uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF). O ministro Marco Aurélio posteriormente negaria essa ação, entendendo que a ADPF não se adequava para esse tipo de caso.[29]

No dia 29 de abril, data em que estava marcada a posse de Ramagem, o STF aceitou o pedido liminar do PDT e suspendeu a nomeação. Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes reconheceu os amplos poderes da presidência e que não cabia ao poder judiciário "moldar subjetivamente a Administração Pública", mas entendeu também que "a constitucionalização das normas básicas do Direito Administrativo permite ao Judiciário impedir que o Executivo molde a Administração Pública em discordância a seus princípios e preceitos constitucionais básicos".[30]

Moraes citou uma coletiva de imprensa no dia em que Moro se demitiu, na qual Bolsonaro reclama da falta de acesso à PF e disse precisar "todo dia ter um relatório do que aconteceu, em especial nas últimas vinte e quatro horas".[31] O ministro ressaltou então que "a Polícia Federal não é órgão de inteligência da Presidência da República".[30]

Em primeiro momento, a Advocacia-Geral da União (AGU) acatou a decisão, mas Bolsonaro os desautorizou e ordenou que recorressem do julgado: "Quem manda sou eu e eu quero o Ramagem lá", disse o presidente.[32] Como a decisão era monocrática, a AGU podia recorrer com Moraes ou levar o caso ao Plenário do Supremo; haviam dúvidas também se a decisão já não estava "prejudicada" com a revogação do decreto, já que o objeto em controvérsia não era mais válido.[32]

Em 4 de maio, o presidente Bolsonaro nomeou Rolando Alexandre de Souza para o cargo de diretor-geral.[33] Rolando era secretário de Planejamento da Abin e "braço direito" de Ramagem, que o havia indicado em 2019.[34]

A volta de Alexandre Ramagem para a Abin ainda seria contestada. Os deputados federais Alessandro Molon (Partido Socialista Brasileiro-RJ), Camilo Capiberibe (PSB-AP) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entraram com outra ação no STF, questionando a recondução de Ramagem sem uma nova sabatina do Senado.[35] Julgado em 6 de julho, também pelo ministro Alexandre de Moraes, o STF permitiu a recondução e negou o pedido. Segundo o ministro, o ato questionado (que tornou sem efeito a nomeação para a PF e ao mesmo invalidou a exoneração da Abin) estava perfeitamente dentro do poder de autotutela do presidente da República.[36]

Candidatura a deputado[editar | editar código-fonte]

Histórico eleitoral
Ano Partido Cargo Votos % Resultado Ref
2022 PL Deputado federal 59 170 0,68% Eleito [37]

Alexandre Ramagem se manteve na direção da ABIN até 30 de abril de 2022, quando se exonerou para se candidatar, pela primeira vez, a um cargo legislativo.[38]

Em 2 de outubro de 2022, Ramagem foi eleito deputado federal, pelo Partido Liberal (PL) para representar o Estado do Rio de Janeiro, com 59 170 votos.[39]

ABIN Paralela[editar | editar código-fonte]

Já em dezembro de 2019 a então deputada Joice afirmou ter ouvido falar sobre uma "Abin paralela". Segundo seu depoimento à CPMI das Fake News, foi Carlos Bolsonaro quem teria tomado a iniciativa para criar a estrutura paralela, e também que teria sido ele quem havia indicado Ramagem para a chefia da Abin.[40]

Em 2024, a Procuradoria-Geral da República viu indícios de que Alexandre Ramagem, enquanto diretor da Abin, teria se corrompido para evitar a divulgação de informações sobre o uso do software de espionagem First Mile durante sua gestão no órgão,[41] passando a ser investigado pela Operação Última Milha, da Polícia Federal.[42][43] No dia 25 de janeiro foi deflagrada a Operação Vigilância Aproximada, como desdobramento da Última Milha, tendo Alexandre Ramagem como um dos alvos de busca e apreensão.[44]

Paulo Gonet, o procurador-geral, apontou o indício de pelo menos dez crimes cometidos durante a gestão de Ramagem. [45]

Um relatório encontrado pela PF buscava encontrar vínculos entre o ministro Alexandre e o ministro Gilmar Mendes com o Primeiro Comando da Capital.[46]

Após as operações da PF, Ramagem foi excluído do grupo de Whatsapp da oposição e do PL no Congresso.[47] Mesmo com as investigações, Ramagem continua sendo o principal candidato do PL à prefeitura do Rio de Janeiro na eleição de 2024.[48]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Alexandre Ramagem é casado com Rebeca Teixeira Ramagem Rodrigues, nascida em Fortaleza (CE), ex-delegada civil de Roraima e atual procuradora.[49][50][51]

Referências

  1. «Boletim do Exército do Brasil de março de 2020». Secretaria Geral do Exército do Brasil (pdf). Consultado em 11 de setembro de 2020 
  2. «DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO - Seção 1 | Nº 197, quarta-feira, 14 de outubro de 2020». Imprensa Nacional. 14 de outubro de 2020. p. 9. Consultado em 14 de fevereiro de 2024 
  3. «Diário Oficial da União: Decretos de 27 de abril de 2020». Imprensa Nacional. 28 de abril de 2020. Consultado em 28 de abril de 2020 
  4. «Diário Oficial da União: Decretos de 29 de abril de 2020». Imprensa Nacional. 29 de abril de 2020. Consultado em 29 de abril de 2020 
  5. Mazui, Guilherme; Klava, Nilson (29 de abril de 2020). «Após decisão de Moraes, governo desiste de nomear Ramagem e procura outro diretor para a PF». G1. Consultado em 29 de abril de 2020 
  6. «Diretor-geral». Abin. Consultado em 28 de abril de 2020 
  7. «Novo diretor-geral da PF, Alexandre Ramagem está na corporação desde 2005 e é amigo da família Bolsonaro; veja perfil». G1. 28 de abril de 2020. Consultado em 28 de abril de 2020 
  8. «Conheça Alexandre Ramagem, o ex-coordenador da segurança de Bolsonaro que pode assumir a PF». O Globo. 25 de abril de 2020. Consultado em 11 de maio de 2023 
  9. José Eduardo Rondon; Kátia Brasil (26 de outubro de 2007). «PF prende 32 funcionários da Funasa suspeitos de fraude». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  10. Kátia Brasil (27 de outubro de 2007). «PF diz que dinheiro desviado na Funasa veio de emendas». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  11. «Dinheiro de fraudes em licitações na Funasa veio de emendas, diz PF». Folha de S.Paulo. 27 de outubro de 2007. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  12. «PF de Roraima recebe mais de 100 denúncias de compra de votos». Folha de S.Paulo. 3 de outubro de 2010. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  13. Rodrigo Vargas (31 de outubro de 2010). «Periferia de Boa Vista tem mercado aberto de voto». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  14. Marco Aurélio Canônico (23 de novembro de 2017). «Preso, Garotinho foi vítima da 'faxina' que anunciou». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  15. Serapião, Fabio (29 de outubro de 2018). «PF eleva nível de segurança de Bolsonaro e escala dois delegados para coordenação». Estadão. Consultado em 28 de abril de 2020 
  16. Dantas, Claudio (8 de março de 2019). «Ex-chefe de segurança de Bolsonaro vai comandar 'núcleo de inteligência' na Presidência». O Antagonista. Consultado em 28 de abril de 2020 
  17. Rubens Valente (8 de maio de 2019). «Bolsonaro põe no comando da Abin delegado da PF que atuou em sua segurança». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  18. José Benedito da Silva (26 de junho de 2019). «Chefe da segurança de Bolsonaro na campanha será o novo diretor da Abin». VEJA. Consultado em 28 de abril de 2020 
  19. «TJ de Minas Gerais assina acordo de cooperação com a Abin». Consultor Jurídico. 9 de fevereiro de 2020. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  20. Leandro Colon (24 de abril de 2020). «Bolsonaro exonera diretor da PF e empurra Moro para fora do governo; ministro fala às 11h». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  21. «Moro pede demissão do governo: "Foi prometida carta branca"». ISTOÉ Independente. 24 de abril de 2020. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  22. Fernanda Valente (24 de abril de 2020). «Moro deixa Ministério da Justiça após exoneração do diretor da PF». Consultor Jurídico. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  23. «Delegados pedem a Bolsonaro providências para evitar crises na PF». Consultor Jurídico. 26 de abril de 2020. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  24. «Painel: Meu guri». Folha de S.Paulo. 9 de setembro de 2019. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  25. Julia Chaib; Gustavo Uribe; Renato Onofre (24 de abril de 2020). «Bolsonaro escolhe diretor da Abin para comandar a Polícia Federal». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  26. Tiago Angelo (28 de abril de 2020). «Ramagem conta com apoio dos seus pares, dizem delegados da PF». Consultor Jurídico. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  27. a b Sérgio Rodas (28 de abril de 2020). «Partidos questionam nomeação de Ramagem para chefia da PF». Consultor Jurídico. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  28. «STF extingue processo contra nomeação de Ramagem à PF». Consultor Jurídico. 8 de maio de 2020. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  29. Sérgio Rodas (29 de abril de 2020). «Não cabe ADPF contra nomeação para chefe da PF, diz Marco Aurélio». Consultor Jurídico. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  30. a b Luiza Calegari; Fernanda Valente (29 de abril de 2020). «Alexandre suspende nomeação de Ramagem para chefia da PF». Consultor Jurídico. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  31. Mariana Schreiber (29 abril 2020). «STF abusou de seu poder ao barrar diretor da PF escolhido por Bolsonaro?». BBC News Brasil. Consultado em 26 de janeiro de 2024. O ministro argumento que o próprio Bolsonaro reconheceu que buscava ter acesso a informações da Polícia Federal, citando essa declaração do presidente em pronunciamento na sexta-feira: "Sempre falei para ele: Moro, não tenho informações da Polícia Federal. Eu tenho que todo dia ter um relatório do que aconteceu, em especial nas últimas vinte e quatro horas, para poder bem decidir o futuro dessa nação'". 
  32. a b «Bolsonaro desautoriza AGU e quer recorrer de nomeação já revogada». Consultor Jurídico. 29 de abril de 2020. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  33. «Bolsonaro nomeia Rolando de Souza como novo diretor-geral da PF». Consultor Jurídico. 4 de maio de 2020. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  34. «Quem é Rolando Alexandre, o novo diretor-geral da PF». CNN Brasil. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  35. Paulo Roberto Netto (5 de maio de 2020). «Alexandre dá dez dias para Bolsonaro explicar recondução de Ramagem para Abin». Estadão. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  36. ConJur, Redação (6 de julho de 2020). «STF indefere pedido contra recondução de Ramagem à direção da Abin». Consultor Jurídico. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  37. «Rio de Janeiro: Delegado Ramagem (PL) é eleito deputado federal; veja votos». UOL. 3 de outubro de 2022. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  38. «Bolsonaro exonera Alexandre Ramagem da Abin». G1. 31 de março de 2022. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  39. Naira Trindade (3 de outubro de 2022). «Candidato de Carluxo, Ramagem se elege deputado federal». O Globo. Consultado em 10 de outubro de 2022 
  40. Angela Boldrini (4 de dezembro de 2019). «Joice vai a CPI e diz ter ouvido algo sobre 'Abin paralela' no Planalto». Folha de S.Paulo. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  41. autor, Luana Lisboa, Sem (3 de janeiro de 2024). «PGR vê indícios de corrupção de Alexandre Ramagem no comando da Abin». Consultor Jurídico. Consultado em 24 de janeiro de 2024 
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  43. «PF investiga uso indevido de GPS por servidores da Abin». Agência Brasil. 20 de outubro de 2023. Consultado em 24 de janeiro de 2024 
  44. Ribbeiro, Leonardo. «Operação contra Ramagem é desdobramento de investigação iniciada em 2023; entenda». CNN Brasil. Consultado em 25 de janeiro de 2024 
  45. Johanns Eller; Rafael Moraes Moura (25 de janeiro de 2024). «Caso Abin: Gonet aponta dez possíveis crimes em investigação contra Ramagem». O Globo. Consultado em 27 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 27 de janeiro de 2024 
  46. Natália Portinari (25 de janeiro de 2024). «Abin espionou Gilmar e Moraes e buscou elo de ministros com PCC, diz PF». UOL. Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  47. Julia Noia (25 de janeiro de 2024). «Ramagem é excluído de grupos da oposição e do PL após operação da PF». O Globo. Consultado em 27 de janeiro de 2024. Cópia arquivada em 26 de janeiro de 2024 
  48. Bruna Lima (27 de janeiro de 2024). «PL dobra a aposta e quer lançar Ramagem candidato após o Carnaval | Metrópoles». Metrópoles. Consultado em 31 de janeiro de 2024 
  49. «Apontado como novo diretor da PF é casado com cearense e foi nomeado superintendente no Ceará». O Povo Online. 25 de abril de 2020. Consultado em 29 de abril de 2020 
  50. «Outro lado: Governo nega favorecimento em nomeação». Folha de S.Paulo. 24 de dezembro de 2010. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  51. «Investigado, Anchieta Jr. emprega filho de delegado da PF -». Folha de S.Paulo. 24 de dezembro de 2010. Consultado em 27 de janeiro de 2024. Já Rebeca Gomes Teixeira-mulher de Alexandre Ramagem, segundo na hierarquia da PF em Roraima-se beneficiou de um erro jurídico do governo para ter o direito a R$ 660 mil do Estado.