Família Borghese

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Casa de Borghese)
Escudo da Família Borghese.

Os Borghese são uma família nobre italiana originária de Siena, que teve durante muitos séculos uma grande importância na história política e religiosa de Itália.

História dos Borghese (ou Borghesi) de Siena[editar | editar código-fonte]

O fundador da dinastia foi um mercador sienense de que viveu no século XIII, Tiezzo da Monticiano, cujo neto Borghese deu depois nome à dinastia. Entre outros importantes membros, além do Papa Paulo V e diversos cardeais, destacam-se:

Os Borghese de Roma[editar | editar código-fonte]

Camillo Borghese, o papa Paulo V.

Em 1541 Marcantonio I mudou-se para Roma. A ascensão da família sienense na sociedade romana foi rápida. Em 1605, Camillo, filho de Marcantonio, foi eleito papa (Paulo V).

Paulo V fez nomear o seu irmão Francesco (1556-1620), duque de Rignano, general do exército pontifício; o seu outro irmão Giambattista (1554-1609), governador de Borgo e castelejo do Castelo de Santo Ângelo; e o seu sobrinho Scipione (1576-1633), filho da sua irmã Ortensia, cardeal-sobrinho.

Scipione foi adoptado pelo seu tio Paulo V e foi então quando adoptou o nome de Scipione Borghese. Foi um grande mecenas das artes, protector de Bernini e artífice da construção da Villa Borghese e da colecção de obras que constituem a origem de uma importante pinacoteca que hoje preenche a chamada Galeria Borghese.

Marcantonio II (1598-1658), filho de Giambattista, graças à influência do seu tio Paulo V foi nomeado pelo rei Filipe III de Espanha, príncipe de Sulmona e grande de Espanha. Este casou em 1619 com Camilla Orsini convertendo-se em herdeiro universal da família. O seu filho Paolo (1624-1646) casou com Olimpia Aldobrandini, princesa de Rossano, que transmitiu o título a seu filho Marcantonio III (1660-1729), que foi vice-rei de Nápoles.

Camillo Filippo Ludovico Borghese.

Marcantonio IV (1730-1800), príncipe de Sulmona e de Rossano, foi senador da República Romana. O seu filho Camillo Filippo Ludovico (1775-1832) entrou para o exército napoleónico, no qual se tornou general. Este casou em 1803 com a irmã de Napoleão Bonaparte, Paulina Bonaparte, que tinha ficado viúva do general Leclerc. Camillo foi nomeado duque de Guastalla em 1806, e governador do Piemonte (1807-1814). Depois da queda de Napoleão, separou-se da mulher e retirou-se da vida pública para Florença.

O segundogénito de Marcantonio IV, Francesco Aldobrandini (1776-1839), foi também um general napoleónico, e herdou o património de Camillo já que este não teve filhos.

O príncipe Scipione Borghese (1871-1927) foi um industrial e desportista, lembrado por ter feito em 1907 o rally automobilístico rally Pequim-Paris com o jornalista Luigi Barzini e com o seu motorista de confiança e mecânico Ettore Guizzardi (1881-1963).

Junio Valerio Borghese (1906-1974), oficial da marinha, condecorado com a medalha de ouro de valor militar, fundou em 1967 a organização de extrema direita Fronte Nazionale. Refugiou-se em Espanha em 1970 depois das acusações de ter tentado um golpe de estado.

Os ramos da família Borghese são hoje:

  • Borghese
  • Borghese-Aldobrandini.
  • Borghese-Salviati
  • Borghese-Torlonia
  • Burghesi - (o registro do descendente João Luciano Borghese foi alterado durante a imigração da família ao Brasil, na segunda guerra mundial)

e descendem respectivamente dos três filhos de Francesco: Marcantonio V, Camillo e Scipione, e do neto de Giulio (1847-1914) que se casou com Anna Maria Torlonia.

Cardeais[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]