Entre Douro e Minho

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Entre-Douro-e-Minho, uma das seis províncias portuguesas durante a Idade Média

O Entre-Douro-e-Minho foi uma província do Norte Atlântico de Portugal, composta pelos atuais distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto e parte dos distritos de Aveiro, Viseu e Vila Real, no tempo da monarquia portuguesa. Sua capital, segundo Zwölfter Theil (1824), era Braga. Esta província nunca foi oficialmente administrada, foi simplesmente uma nomenclatura usada por alguns demógrafos, para referir o Noroeste de Portugal (Minho e Douro Litoral). Suas principais cidades eram Porto e Braga, sendo Braga a capital. Facto documentado por vários atlas e mapas da época, entre os quais, Geografia histórica de todos os estados soberanos de Europa de 1736, Atlas Historique de A. Lesage de 1809 ou o Geographical and Statistical Map of Spain And Portugal de 1821.

Composição

Distrito de Aveiro: Arouca, Castelo de Paiva, Espinho, Santa Maria da Feira.

Distrito de Braga: Amares, Barcelos, Braga, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Esposende, Fafe, Guimarães, Póvoa de Lanhoso, Terras do Bouro, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão, Vila Verde.

Distrito do Porto: Amarante, Baião, Felgueiras, Gondomar, Lousada, Maia, Marco de Canaveses, Matosinhos, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Porto, Póvoa de Varzim, Santo Tirso, Valongo, Vila do Conde, Vila Nova de Gaia.

Distrito de Viana do Castelo: Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte do Lima, Valença, Viana do Castelo, Vila Nova de Cerveira.

Distrito de Vila Real: parte do atual concelho de Montalegre, outrora pertencente ao extinto concelho de Ruivães.

Distrito de Viseu: Cinfães, Resende.

Municípios recentemente formados: Vizela (no distrito de Braga) e Trofa (no distrito do Porto).

História

Foi Regedor de justiça Real nesta Comarca Vasco Martins de Resende, que era do conselho do rei Afonso IV de Portugal e que foi, também, senhor da terra de Resende.

É Entre Douro e Minho, gene da nacionalidade portuguesa, que se situa o Porto, com muitas tradições culturais entre as quais destacamos uma que lhe é reconhecida como importante e geradora de interesse para quem nos visita - a gastronomia.

Quando se fala do Porto é imperativo falar de alguns pratos tradicionais entre os quais se destacam, pela sua história, as Tripas à moda do Porto, prato que dá o nome aos habitantes da urbe - Tripeiros - , aqueles que comem tripas.

Este prato, celebrizado não tanto pela confecção (dobrada de vitela com enchidos e feijão branco) mas mais pela atitude de dádiva das gentes do Porto que, em altura de crise, se disponibilizaram a dar toda a carne para as embarcações que partiam à conquista das praças do norte de África, ficando apenas com as tripas dos animais para seu sustento, é hoje o ex-líbris da gastronomia portuense.

Mais que uma receita, este prato representa uma atitude bem presente no espírito das gentes do Norte: dádiva, sacrifício, disponibilidade e hospitalidade.

Do Porto destacamos os pratos de bacalhau e de carne e uma doçaria secular de grande sabor e riqueza. Comer à moda do Porto é comer em abundância, qualidade e com grande requinte, sempre em mesas bem decoradas onde imperam as pratas dos nossos ourives, sobre toalhas de linho bordadas.

  As receitas que se seguem são apenas alguns exemplos de como no Porto se aliaram as            receitas medievais no encontro de culturas com as orientais, africanas e do Brasil.

Foi da conjugação entre as diferentes gastronomias, com a vinda das especiarias e novos produtos em mistura de paladares com o que já existia, que nasceu uma cozinha cuidada e da qual hoje nos orgulhamos.

É esta a motivação dos chefes de cozinha dos restaurantes do Porto: criar pratos em que se preservem os sabores e tradições culinárias da cidade, numa continuada

descoberta de novos paladares.

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