Realismo neoclássico

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Realismo Neoclássico é uma teoria nas relações internacionais. É uma combinação das teorias do realismo com o neorrealismo (particularmente realismo defensivo).

O Realismo Neoclássico sustenta que as ações de um Estado no sistema internacional podem ser explicados por variáveis sistêmicas (como distribuição de recursos de poder entre outros Estados), bem como variáveis cognitivas (como a percepção e percepção equivocada de pressões sistêmicas, as intenções ou ameaças de outros Estados) e váriaveis domésticas (como as instituições do Estado, as elites e os atores sociais dentro da sociedade), que afetam o poder e a liberdade de ação dos tomadores de decisão na política externa. Enquanto mantém o fiel conceito neorrealista de equilíbrio de poder, o realismo neoclássico ainda acrescenta que os Estados "desconfiam e são incapazes de perceber as intenções de outros Estados", incapacidade de mobilizar o poder do Estado, e o apoio público pode resultar em subexpansão ou comportamento em equilíbrio, levando à desiquilíbrios no sistema internacional, a ascensão e queda de grandes potências, e a guerra:

  • Equilíbrio adequado ocorre quando um Estado corretamente percebe as intenções do outro Estado e os resultados em conformidade.
  • Equilíbrio inadequado ou sobrecarregado ocorre quando um Estado incorretamente percebe o outro Estado como uma ameaça, e utiliza muitos recursos para equilibrar. Isto provoca um desiquilíbrio.
  • Underbalancing ocorre quando um Estado percebe incorretamente o outro Estado como uma ameaça, e utiliza muitos recursos para estabelecer um equilíbrio. Isto provoca um desequilíbrio.
  • Nonbalancing ocorre quando um Estado atinge o equilíbrio e evita "passar a bola" ou aliança como formas de fuga. Um Estado pode optar por fazer isso por uma série de razões, inclusive uma incapacidade de equilíbrio.[1]

Pessoas[editar | editar código-fonte]

Alguns que são considerados realistas neoclássicos:[2]

Referências

  1. THOMAS CHRISTENSEN, "Useful Adversaries: Grand Strategy, Domestic Mobilization, and Sino-American Conflict, 1947-1958" (Princeton: University Press, 1996); RANDALL SCHWELLER, "Unanswered Threats: A Neoclassical Realist Theory of Underbalancing," International Security, 29(2), (Fall 2004), pp.159-201; RANDALL SCHWELLER, "Unanswered Threats: Political Constraints on the Balance of Power (Princeton: University Press, 2006); WILLIAM WOHLFORTH, "The Elusive Balance: Power and Perceptions during the Cold War" (Ithaca: Cornell University Press, 1993); FAREED ZAKARIA, "From Wealth to Power: The Unusual Origins of America's World Role (Princeton: University Press, 1998). FOR AN EXCELLENT OVERVIEW, see STEVEN E. LOBELL, NORIN M. RIPSMAN, JEFFREY W. TALIAFERRO (Eds.), "Neoclassical Realism, the State, and Foreign Policy" (Cambridge: University Press, 2009); ASLE TOJE/MICHAEL AGNER (Eds.), "Neoclassical Realism in Europe: Bringing Power Back In" (Manchester: University Press, forthcoming); GIDEON ROSE, "Neoclassical Realism and Theories of Foreign Policy," World Politics, 51 (October 1998), pp.144-172; ALEXANDER REICHWEIN, "The Tradition of Neoclassical Realism," in Asle Toje and Michael Agner (eds), Neoclassical Realism in Europe: Bringing Power Back In". Manchester: University Press.
  2. Baylis, John, Steve Smith og Patricia Owens (4e)(2008): The globalization of world politics: an introduction to international relations. Oxford: Oxford University Press. Page 231