Açailândia
| |||
---|---|---|---|
Município do Brasil | |||
Margens da Rodovia BR-010 | |||
Símbolos | |||
| |||
Hino | |||
Lema | Ordem e progresso | ||
Gentílico | açailandense | ||
Localização | |||
Localização de Açailândia no Maranhão | |||
Localização de Açailândia no Brasil | |||
Mapa de Açailândia | |||
Coordenadas | 4° 56′ 49″ S, 47° 30′ 18″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Maranhão | ||
Municípios limítrofes | Cidelândia, São Francisco do Brejão, João Lisboa, Bom Jesus das Selvas, Bom Jesus das Selvas, Bom Jardim, Itinga do Maranhão e Rondon do Pará-PA. | ||
Distância até a capital | 600 km | ||
História | |||
Fundação | 6 de junho de 1981 | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Ildemar Gonçalves Dos Santos (PSDB, 2009–2012) | ||
Características geográficas | |||
Área total | 5,806,307 km² | ||
População total (est. IBGE/2009 [1]) | 101,130 hab. | ||
Densidade | 18,3 hab./km² | ||
Clima | equatorial | ||
Altitude | 240 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2000 [2]) | 0,666 — médio | ||
PIB (IBGE/2006) | R$ 1.410.298 mil | ||
• Posição | BR: 228º | ||
PIB per capita (IBGE/2006) | R$ 13 260,03 |
Açailândia é um município brasileiro do estado do Maranhão. É o oitavo município mais populoso do estado, com um total de 101.130 habitantes segundo estimativa do IBGE em 2009.
A cidade é um importante pólo agro-industrial, onde a exportação de ferro gusa gerada por cinco indústrias siderúrgicas instaladas no município se torna sua principal fonte de renda. Também conta com diversos estabelecimentos comerciais dos mais diversos ramos do comércio e serviços, e possui um dos maiores rebanhos de bovinos do estado.
História
O inicio de tudo
Com a abertura da rodovia Belém-Brasília em 1958 nas proximidades do Riacho Açailândia, ponto de apoio da Rodobrás (1962) desta região, cujos trabalhadores descobriam ali, uma terra fértil com água em abundância. Foi o bastante para que a notícia corresse e em pouco tempo a região foi inundada por pessoas dos quatro cantos do País e algumas nações estrangeiras, tanto é, que em 1975 foi elaborada o Projeto de Lei "Pró-Emancipação" 130/75, até então Vila, cujo Projeto foi sancionado e transformado na Lei 4.299/81 no dia 6 de junho de 1981, tornando assim o Município de direito com o plebiscito realizado no dia 14 de dezembro do mesmo ano o governo do Estado nomeou em maio do ano seguinte um interventor até a posse do primeiro prefeito eleito nas eleições de 15 de novembro de 1982. A posse do primeiro prefeito eleito, deu-se no dia 1 de fevereiro de 1983, onde Raimundo Telefres Sampaio se tornou o primeiro prefeito, e de lá para cá já foram 05 (cinco) administrações, até o momento.
Uma estrada para o progresso
No comando geral da missão da construção da estrada estava o estadista, Presidente Juscelino Kubitschek, o qual convidou Bernardo Sayão para a gerência de uma grande obra, que, mais tarde, iria beneficiar e proporcionar o maior surto desenvolvimentista do País. Com visão de estadista, o engenheiro "Sayão" apontava com a mão: "a direção é esta" - que se tornou um símbolo na construção da estrada.
Sob suas ordens, trabalhavam 11 construtoras e aproximadamente 1.200 homens, entre eles profissionais de todos os níveis culturais e sociais: topógrafos, engenheiros, médicos, motoristas, mecânicos e trabalhadores braçais, que eram popularmente conhecidos como "mateiros ou cassacos". Com facões, foices e machados nas mãos, aqueles heróis anônimos iniciaram, em Crixás(GO), a frente de serviço que deu início à construção de uma estrada, a qual foi chamada, na época, pelos detratores da obra e do progresso do Brasil, de "Caminho para Onça". Mesmo assim, Sayão não desistiu; com passos firmes comandava, no cerrado goiano, uma picada rumo ao Norte. Em março de 1958, chegava à cidade de Imperatriz, no Estado do Maranhão. A área da pré-amazônia, como a própria região amazônica, oferece uma infinidade de riachos a quantos a percorram. Portanto, os riachos, rios e igapós, estão intimamente ligados à história e surgimento de cidades da região. Tal como consta nas raízes da nossa história As linhas de frente (como eram chamados os trabalhadores) deram notícia da descoberta de um Riacho, não demorou muito para os trabalhadores fazerem às margens do Riacho, Barracos, cobertos com palha de açaizeiros.
Estes barracos foram as primeiras construções deste lugar, e os mesmos serviram de apoio aos trabalhadores da estrada, por muito tempo. O Riacho e os açaizais ali presente serviram e inspiração para a criação do nome Açailândia. Sabiamente, nossos descobridores soberam homenagear uma planta que Deus criou e que, ainda hoje, é uma dádiva para a população amazônica. Pronta a estrada, para Açailândia vieram muitos aventureiros e, junto com eles vieram, também, venturas e desventuras. Certamente, mais estas que aquelas.
Com o chamado progresso, o controle do ecossistema da região foi modificado, encontrando-se, hoje, totalmente alterado de suas características originais. Mesmo assim, açailândia se tornou um município robusto e promissor.
Migração
A principal porta de entrada para esta região, abriu-se a partir da construção da estrada Belém-Brasília, em 1958. A notícia correu por todo Brasil e outros países, dando conta de que, aqui, a terra era boa e os riachos permanentes. Contava-se, também, da fartura de madeiras de lei e de uma mata exuberante. Atraídos por esta notícia, trabalhadores e aventureiros de várias partes do Brasil, e de outros países amigos, vieram, com suas famílias, morar em Açailândia.
Até onde se tem registro, os primeiros a chegar foram os trabalhadores da linha de frente da rodovia Belém-Brasília, que, na sua maioria, eram oriundos das cidades de Barra do Corda, Pedreiras, Caxias e Imperatriz, todas no Maranhão. Os seguintes foram os missionários da Igreja Presbiteriana (de nacionalidade norte-americana), que vieram acompanhados de alguns coreanos, baianos, cearenses, capixabas, goianos, mineiros, pernambucanos, paraibanos, piauienses, etc. Em seguida chegaram os italianos, sírios, japoneses, libaneses, portugueses e ucranianos. Este universo de imigrantes aqui chegava diariamente, a pé, montado em lombo de burros e jumentos, ou em cima de caminhões pau-de-arara. Enfim, vinha gente de todos os lados do Brasil e do mundo. Talvez por isto, hoje, este município tenha uma população miscigenada; mesmo assim, todos têm boa índole, apesar dos costumes e culturas diferentes.
Etimologia
A grande quantidade de açaizeiros às margens do riacho encontrado pelos índios Curia e Cocranum deu origem ao nome do nosso município. De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa, açaí significa: fruto do açaizeiro, palmeira da Amazônia cujo nome científico é Euterpe oleracea. Do seu fruto é feita uma bebida do mesmo nome, muito apreciada no Estado do Pará. Alguns historiadores falam também que Açaí ou Assahy, de acordo com o linguajar indígena, teria o significado de: haste comprida que produz grãos miúdos. O '-lândia', é um radical de origem germânica, cognato com a palavra 'land' em inglês e alemão, que designa um país ou região. Daí, o nome Açailândia.
Economia
A análise dos últimos dados consolidados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o município de Açailândia vem crescendo ano a ano, e no período 2002/2003, o município de Açailândia atingiu a taxa de 23% de crescimento. Juntamente com Imperatriz, Caxias, Timon e a capital São Luís formam os maiores centros econômicos do Maranhão.
Os dados mais recentes são do ano de 2003 e confirmam a tendência de crescimento que se registra desde 1999. Açailândia saiu da classificação número 564ª entre 5.560 municípios, em 1999, e subiu para a 270ª posição – ou seja: em quatro anos, saltou 294 lugares. Portanto, o município, economicamente, está entre os 500 maiores do Brasil e consolidou-se com uma das mais importantes economias do estado. Em valores, o PIB de Açailândia em 2003 é de R$ 822,2 milhões, 22,8% maior do que o PIB de 2002, já ajustado pelo IBGE, que totalizou R$ 669,1 milhões.
A principal fonte de economia do município é a exportação de ferro gusa gerada por cinco indústrias siderúrgicas instaladas no distrito industrial do Pequiá, que se constituiu no maior polo guzeiro do Norte e Nordeste do País. Por este motivo, o município tornou-se no terceiro maior arrecadador de ICMS entre os 217 municípios maranhenses.
O município tem cerca de 750 estabelecimentos comerciais em todos os níveis, o comércio, indústria, agricultura e pecuária, também se destacam na economia, tanto que o município possui um dos maiores rebanhos bovinos do estado do Maranhão, um frigorífico instalado na cidade e a expectativa de instalação de outro grande frigorífico, além de uma fábrica de laticínios.
O município possui dezenas de Sindicatos de trabalhadores das mais diversas categorias profissionais, destacando entre estes, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Sindicato dos Metalúrgicos, Sindicato dos Comerciários, Sindicato dos Servidores Municipais, etc.
Lojas de reconhecimento nacional com filial em Açailândia: Farmácias Big Ben, Farmácias Extra Farma, Armazém Paraíba, Lojas Gabriella, Liliani, Mateus Supermercados, Oticas Diniz, entre outros.
É servida por seis agências bancárias, das quais quatro são Bancos Públicos Federais: Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Banco do Nordeste e Caixa Econômica Federal; e outras duas são representantes de Bancos Privados: Banco Bradesco e HSBC Bamerindus.
Geografia
O clima é quente e úmido em meados do ano e as chuvas costumam aparecer depois de setembro quando se aproxima o verão e vai até março quando ocorre a estiagem, o terreno arenoso facilita a criação de erosões com a água da chuva, como se nota na maiorias das regiões com o mesmo tipo de terreno.
Seu relevo é formado basicamente de planícies e em sua vegetação predominam florestas latifoliadas do tipo amazônico de terra firme e cerrados. Uma região de terreno arenoso e barrento, rica em barro amarelo, propício para produção de todos os tipos de verduras e cereais, como milho, arroz e feijão.
A hidrografia da região é formada por aproximadamente 30 riachos, sendo os mais importantes riacho Acailândia, Itinga, Cajuapara, Pequiá, e os rios Gurupi e Pindaré.
Apesar do elevado desmatamento pelas madeireiras, pecuaristas e carvoeiras, ainda é possível catalogar quase todos os tipos de animais, aves e insetos habitantes da pré-amazônia.
Subdivisão
Bairros
Barra Azul, Bom Jardim, Bom Jesus, Brasil Novo, Centro, Cikel, Cjr Morada Sol, Cjr Vale Prindaré, Cjr Vale do Rio Doce, Cohab, Entroncamento, Fátima, Getat, Jacu, Jardim Allah, Jardim América, Jardim Brasil, Jardim Glória, Jardim Tropical, Jardim Imperatriz, Laranjeiras, Maranhão Novo, Matadouro, Monte Sinai, Nova Açailândia, Novo Jacu, Novo Piquiá, Parati, Parque Açaí, Parque das Nações, Parque Industrial, Parque Planalto, Polo Moveleiro, Vila Bom Jardim, Vila Ildemar,Vila Capeloza, Vila Ipiranga, Vila Vila Progresso I, Vila Vila Progresso II, Vila São Francisco, Vila Sarney Filho e Vila Tancredo Neves.
Infra-estrutura
- Segurança Pública
A cidade possui Delegacia regional, sede da Defesa civil, Delegacia especial da mulher, Batalhão de Polícia Militar, Delegacia Regional do Trabalho e outros.
Saúde
- Estabelecimentos de saúde
Possui no um total de 43 Estabelecimentos de Saúde, sendo que 37 são vinculados ao SUS. A cidade dispõe de um Hospital Municipal de Médio Porte, 4 Hospitais particulares com 91 leitos para internação particulares e 47 no setor público.
Educação
- Instituições de Ensino
Na cidade há algumas instituições de ensino superior como o Campus Açailândia - Instituição de Educação Profissional, a Universidade Estadual do Maranhão - UEMA - Campus de Açailândia, o CEFET - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, o CETECMA - Centro de Capacitação Tecnológica do Maranhão, o SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial e o CAIC - Centro de Apoio Integrado a Criança.
Já na esfera Estadual, há diversas instituições com destaque para: CESG Maria Isabel Cafeteira, CEEFM Lourenço Antônio Gallet e CEEFM Profº Carlos Beckman.
Na rede municipal, destaque para as escolas Escola Rafael de Almeida, Escola Municipal Profª Joviana S. Farias, Escola Aulidia Goncalves dos Santos, Escola Fernando Rodrigues de Souza e Escola Municipal Tânia Leite.
Já na rede particular, destaque para as escolas de nivel fundamental e médio Colégio Frei César Gavazzi, Escola Divino Mestre, Escola Carrossel, Escola Pequeno Príncipe e Instituto Educacional Adonai-Objetivo.
Mídia
A cidade possui canais filiados as principais redes de televisão do país, como por exemplo: TV Mirante (Rede Globo), TV Cidade (Band), TV Difusora Sul (SBT), TV Tropical (Rede Record), TV Clube (Rede TV) e Rede Vida (Rede Vida).
Também diversos emissoras de rádios como: Cultura AM - 790 KHz, Marconi FM - 101,9 MHz, FM Esperança - 87,9 MHz e Clube 98 FM - 98,1 MHz.
Os Jornais impressos são o Jornal Rural, Açaí Folha e O Folhão.
Comunicação
A cidade dispõe de telefonia Fixa (Oi/Telemar) e Móvel (Oi, Vivo, Tim e Claro). Já a conexão com a Internet, a cidade conta com Conexão Discada (Oi), Conexão Banda Larga ADSL (Oi Velox 300 e 600 kbps), Conexão Via-Rádio inferior à 1MB (Júpter Internet).
Transporte
A cidade sede do município é privilegiada por sua localização no entroncamento da BR-010 (Belém-Brasília) com a BR-222 (que liga Açailândia com as demais regiões do Nordeste). É ainda o entroncamento da Ferrovia de Carajás com a Ferrovia Norte-Sul, constituindo-se no maior entroncamento rodo-ferroviário do Norte e Nordeste do Brasil.
Em Açailândia, o tráfego de passageiros na Ferrovia de Carajás foi aberto somente dois meses e meio depois da inauguração da Ferrovia: em 17 de março de 1986, um trem percorreu 540 km partindo de Pequiá, passando por Açailândia, até São Luís, inaugurando o transporte de passageiros na linha. Logo em seguida, o transporte foi estendido até Parauapebas, que não é o ponto final da linha, este sim no km 892. Daí para a frente, é feito somente o transporte de minério. O trem percorre a linha três vezes por semana, indo num dia e voltando no seguinte.
Cultura
Praças
- Praça do Patizal
Localizada na Vila Ildemar, a praça possui uma plantação única na cidade da palmeira "PATI".
- Praça da Bíblia
Inaugurada em 22 de dezembro de 2000 e cercada por uma ótima iluminação e lindos jardins ao centro, a praça recebe um grande fluxo de pessoas no final de tarde, pessoas que praticam exercícios, o tradicional cooper, "caminhada no final da tarde", e está se tornando o mais novo ponto de encontro de jovens e adultos da cidade.
- Praça do Pioneiro
Homenagem do povo de Açailândia ao governador João Castelo. Inaugurada em 22 de abril de 1981, a praça é cercada de árvores, muito verdes, o principal ponto de encontro dos jovens açailandenses. No centro da praça existe uma grande quantidade da palmeira "AÇAI", tornando-a bastante peculiar, trazendo o fruto que carrega consigo a história da cidade. É considerada "Patrimônio Municipal"..
Eventos e datas comemorativas
- Expoaçailândia – Feira Agropecuária Comercial e Industrial de Açailândia, realizada no mês de junho no Parque de Exposição José Egidio Quintal Filho. O evento, de caráter regional e nacional, visa mostrar as potencialidades para investimentos do município e buscar novas tecnologias e investimentos voltados para o desenvolvimento do Agronegócio da Região de Açailândia. É um dos maiores eventos da cidade atualmente.
- Açaí-Folia - A Micareta é um dos maiores atrativos da cidade, realizada em virtude da festa de aniversário do município, sempre no mês de junho. Porém por falta de incentivos e patrocinios deixou de ser realizada em 2009. Atualmente é o maior carnaval fora de época da região, atraindo turístas de todas as regiões do estado e de outros estados, aumentando a renda do município no período.
Feriados Municipais
- 6 de junho - Aniversário da cidade.
- 4 de outubro - Padroeiro da cidade (São Francisco de Assis).
Referências
- ↑ «Estimativas da população para 1º de julho de 2009» (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 16 de agosto de 2009
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008