Ilha da Queimada Grande: diferenças entre revisões

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Revisão das 17h37min de 26 de outubro de 2012

Ilha da Queimada Grande é uma ilha localizada a cerca de 35 quilômetros do litoral do estado de São Paulo. É desabitada e seu acesso é restrito a cientistas do Instituto Butantan e a analistas ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, órgão federal que administra as unidades de conservação do Brasil. Desde 31 de janeiro de 1984 a ilha é uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), criada pelo Decreto nº 89.336.

Há o interesse, por parte de cientistas, ONGs, mergulhadores e outros, de transformar a ARIE da Ilha da Queimada Grande em um Parque Nacional Marinho. A intenção é aumentar a proteção da parte marinha, numa faixa de 2 milhas náuticas no entorno da ilha, onde existem corais e espécies vulneráveis da fauna marinha, como tartarugas e peixes como a Caranha da ilha, que não faz parte do decreto de criação da ARIE. Há o registro da reprodução da Caranha no entorno da ilha, em 2003, por pesquisadores da Conservation International.

Em 2010, o site Listverse, especializado em listas diversas de melhores e piores sobre todos os assuntos, elegeu a ilha como o pior lugar do mundo para se visitar, à frente da zona contaminada de Chernobyl e dos vulcões de lama do Azerbaijão.[1]

Localização

Latitude: 24°29' S; Longitude: 46°40' W.

Condições insulares

A ilha está a 18 milhas náuticas (aproximadamente 30 km) da costa de Itanhaém e Peruibe.

Possui difíceis condições de desembarque e difíceis condições para fundeio de embarcações.

O desembarque não é aconselhado e até mesmo foi proibido pela Marinha do Brasil devido a grande quantidade de cobras, especialmente a Jararaca-ilhoa, espécie endêmica da ilha[2] e, segundo alguns cientistas, a cobra venenosa com a peçonha mais potente do mundo. Outro motivo para a inibição do desembarque é a preservação da Fauna e Flora da ilha.

Não possui praias, somente costões rochosos. Um farol automático está instalado na ilha, mantido e conservado pela Marinha. A ilha tem uma altitude máxima de 200m e a profundidade ao redor fica em torno dos 45m.

Pesca amadora

É comum a prática de pesca amadora de arremesso e de mergulho, apesar de restrita pelo IBAMA.

As águas da ilha contam com variadas espécies de peixes como:

Ao sul, no Parcel de Fora, em profundidades variando de três a trinta metros, existem espécies de maior porte.

Serpentário natural: Área de Relevante Interesse Ecológico

A ilha também é conhecida como Ilha das Cobras, não sendo aconselhado o desembarque devido ao elevado número de cobras da espécie Jararaca-ilhoa (Bothrops insularis) o desenvolvimento dessa espécie devido o isolamento geográfico submetido após a última glaciação ao final do Pleistoceno. Isolada numa ilha rochosa com a cadeia-alimentar[3] baseada em aves, a jararaca passou a subir em árvores, o que não é natural para as espécies do continente. Entretanto, estudos relacionando filogenia e hábitos alimentares demonstram que a Jararaca-ilhoa possui uma mudança em sua dieta, com os indivíduos jovens alimentando-se de anfíbios e lagartos e os adultos apenas de aves migratórias. Seu veneno tornou-se mais potente para garantir a morte imediata da presa que, se demorasse para morrer, poderia acabar no mar.

É considerada, no meio científico, como o maior serpentário natural do mundo,[4] e existem cerca de 5 cobras por metro quadrado na ilha.[5] Em 5 de novembro de 1985 foi tombada como Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) pelo Decreto Federal n° 91.887.

Naufrágios

Nas águas da face Oeste da ilha existem dois navios naufragados, próximo ao Saco das Bananas:

Até hoje pode-se ver o que sobrou dos navios, já que as águas no entorno da ilha são bastantes claras, possibilitando uma visibilidade de 30 a 40 metros de profundidade.

Referências

  1. «Top 10 Places You Don't Want To Visit» (em inglês). Listverse. Consultado em 12 de dezembro de 2011 
  2. Ciência Hoje
  3. Cadeia Alimentar
  4. TV Tribuna.com
  5. Galileu:10 lugares que você não deve visitar