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Nuno Crato: diferenças entre revisões

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As primeiras medidas que tomou foi acabar com as áreas curriculares não disciplinares de [[Estudo acompanhado]] e [[Área de projeto]].
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A disciplina de Educação Visual e Tecnológica que sempre foi lecionada com dois professores por turma passou a ser lecionada por apenas um, criando sérias dificuldades na implementação das atividades na sala de aula<ref>{{citar web|URL=http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/educacao-professores-evt-nuno-crato-escolas-tvi24/1294356-4071.html|título=Professores de EVT «procuram» salvação|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref>.
No 2º ciclo, extinguiu a disciplina de Educação Visual e Tecnológica, que sempre foi lecionada com dois professores por turma, desdobrando-a em duas disciplinas distintas, a Educação Tecnológica e a Educação Visual, cada qual lecionada apenas por um professor.

No 3º ciclo, extinguiu a disciplina de Educação Tecnológica. Este fato, cria sérios constrangimentos às descobertas vocacionais nas áreas técnicas e sérias lacunas no desenvolvimento de competências psicomotrizes dos jovens que frequentam o sistema de ensino em Portugal.


Em 2013, revogou o programa de Matemática em todos os níveis de ensino, que só estava em vigor desde 2007<ref>{{citar web|URL=http://www.publico.pt/sociedade/noticia/novo-programa-de-matematica-constitui-um-serio-retrocesso-acusam-professores-1596216|título=Professores alertam para "sério retrocesso" com novo programa de Matemática|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref> e o programa [[Novas Oportunidades]].
Em 2013, revogou o programa de Matemática em todos os níveis de ensino, que só estava em vigor desde 2007<ref>{{citar web|URL=http://www.publico.pt/sociedade/noticia/novo-programa-de-matematica-constitui-um-serio-retrocesso-acusam-professores-1596216|título=Professores alertam para "sério retrocesso" com novo programa de Matemática|autor=|data=|publicado=|acessodata=}}</ref> e o programa [[Novas Oportunidades]].

Revisão das 00h04min de 26 de junho de 2013

Nuno Crato
Nuno Crato
Nuno Crato
Ministro(a) de Portugal Portugal
Período XIX Governo Constitucional
Antecessor(a) Isabel Alçada (Ministra da Educação)
José Mariano Gago (Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior)
Sucessor(a) -
Dados pessoais
Nascimento 9 de março de 1952 (72 anos)
Lisboa
Partido Independente
Profissão Professor, matematico

Nuno Paulo de Sousa Arrobas Crato ComIH (Lisboa, São Jorge de Arroios, 9 de Março de 1952) conhecido apenas por Nuno Crato é um conhecido matemático e estatístico português que tem tido uma extensa actividade de divulgação científica. Em 21 de Junho de 2011 tomou posse como Ministro da Educação e Ciência do XIX Governo Constitucional de Portugal.

Tornou-se mais conhecido do grande público com crónicas que escreveu regularmente na imprensa desde 1996, com vários livros de divulgação científica muito lidos e com a sua intervenção regular em programas de televisão, nomeadamente como comentador do "Plano Inclinado" na SIC Notícias.

Vida

Filho de Paulo António Arrobas Crato (Lisboa, Santa Isabel) e de sua mulher Maria de Lourdes Machado de Sousa,[1] ambos professores de Matemática. Viveu em Lisboa, nos Açores e nos Estados Unidos da América.

Licenciou-se em Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa onde depois obteve o grau de Mestre em Métodos Matemáticos para Gestão de Empresas. Doutorou-se em 1992, em Matemática Aplicada na Universidade de Delaware, Estados Unidos. Foi professor na Escola Secundária Rainha Dona Leonor, no Instituto Superior de Economia, na Universidade dos Açores, no Stevens Institute of Technology e no New Jersey Institute of Technology. É desde 2000 professor no Instituto Superior de Economia e Gestão, onde é catedrático de Matemática e Estatística.[2] Foi também Pró-Reitor da Universidade Técnica de Lisboa.[3]

A 6 de Junho de 2008 foi agraciado pelo Presidente da República com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.[4]

Em Junho de 2010 foi nomeado presidente executivo da Taguspark.[5]

No dia 17 de Junho de 2011 foi anunciado como Ministro da Educação e Ciência do XIX Governo Constitucional de Portugal, sendo um dos quatro ministros independentes a ingressar neste governo.

O seu pensamento educativo rompe com a tradição construtivista e socio-construtivista que foi muito disseminada na Europa e nos Estados Unidos, sobretudo entre os anos 1980 e 2000. É a favor de uma maior liberdade de escolha das famílias, de uma grande autonomia das escolas e, sobretudo, de um ensino mais organizado, rigoroso, centrado nos conteúdos curriculares e não na noção de "competências", que tem acusado de ser uma noção vaga e que secundariza o conhecimento em favor da capacidade de fazer. Tem reforçado o ensino do que considera serem matérias fundamentais, nomeadamente Português, Matemática, História, Geografia, Ciências e Inglês. Introduziu mais avaliação externa no ensino e promoveu a elaboração de Metas Curriculares, rompendo com a tradição anterior contrária a exames e a objectivos cognitivos claros. Cita frequentemente educadores e filósofos da educação Eric Hanushek, E.D. Hirsch, John Anderson e Stanislas Dehaene, que parecem ser as suas referências fundamentais.

Tem também desenvolvido o ensino profissional e vocacional e defendido um reforço da sua vertente dual, isto é, da aliança entre a formação académica e a realizada em ambiente de trabalho, nas empresas. No campo externo, nomeadamente nos CPLP, tem ajudado a cooperação com diversos países, promovendo, por exemplo, a ida de professores para Timor Leste e a vinda de estudantes brasileiros para as universidades portuguesas.

No que se refere ao ensino superior, tem pugnado por uma mais clara distinção entre os papéis das universidades e os dos politécnicos e por uma maior competitividade nos fundos dedicados à investigação científica.

Ministro da educação

Desempenha funções de Ministro da Educação e Ciência do XIX Governo Constitucional de Portugal.

As primeiras medidas que tomou foi acabar com as áreas curriculares não disciplinares de Estudo acompanhado e Área de projeto.

No 2º ciclo, extinguiu a disciplina de Educação Visual e Tecnológica, que sempre foi lecionada com dois professores por turma, desdobrando-a em duas disciplinas distintas, a Educação Tecnológica e a Educação Visual, cada qual lecionada apenas por um professor.

No 3º ciclo, extinguiu a disciplina de Educação Tecnológica. Este fato, cria sérios constrangimentos às descobertas vocacionais nas áreas técnicas e sérias lacunas no desenvolvimento de competências psicomotrizes dos jovens que frequentam o sistema de ensino em Portugal.

Em 2013, revogou o programa de Matemática em todos os níveis de ensino, que só estava em vigor desde 2007[6] e o programa Novas Oportunidades.

Obra

O seu trabalho de investigação incide sobre processos estocásticos e séries temporais com aplicações várias, nomeadamente climáticas e financeiras. Foi presidente e coordenador científico do centro de investigação CEMAPRE [7] do ISEG.

Foi presidente do International Symposium on Forecasting em 2000. Foi presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática entre 2004 e 2010 e é membro dos corpos gerentes do Fórum Internacional de Investigadores Portugueses (FIIP).

É co-autor de Eclipses (Gradiva, 1999), autor de Zodíaco: Constelações e Mitos (Gradiva, 2001), co-autor de Trânsitos de Vénus (Gradiva, 2004), A Espiral Dourada, Coelhos de Fibonacci, Pentagramas, Cifras e Outros Mistérios Matemáticos d’ O Código Da Vinci (Gradiva, 2006), de Relógios de Sol (CTT, 2007), de Passeio Aleatório (Gradiva, 2007), de A Matemática das Coisas (SPM/Gradiva, 2008) e de outras obras de divulgação. A Sociedade Europeia de Matemática (European Mathematical Society) atribuiu-lhe em 2003 o Primeiro Prémio do concurso Public Awareness of Mathematics pelo seu trabalho de divulgação. A União Europeia atribuiu-lhe em 2008 um European Science Award na categoria de Science Communicator of the Year.

Intervindo no debate sobre o ensino, publicou O Eduquês em Discurso Directo: Uma Crítica da Pedagogia Romântica e Construtivista (Gradiva, 2006), coordenou Desastre no Ensino da Matemática: Como Recuperar o Tempo Perdido (SPM/Gradiva, 2006), organizou a colectânea Ser Professor, de textos de Rómulo de Carvalho (Gradiva, 2006) e organizou Ensino da Matemática: Questões e Soluções (Gulbenkian, 2011).

Foi um dos membros do painel permanente do programa Plano Inclinado no canal de televisão português SIC Notícias[8].

Casamento e descendência

Casou em Lisboa, Alvalade, a 19 de Junho de 1985 com Luísa Paula de Sousa Lobo Borges de Araújo (Lisboa, Alvalade, 20 de Maio de 1965), filha de Carlos Magro Borges de Araújo (Marco de Canaveses, Tuias, 11 de Janeiro de 1933) e de sua mulher (Ourém, Fátima, Santuário de Fátima, 28 de Julho de 1957) Maria Luísa Thedim de Sousa Lobo (Palmela, Palmela, 20 de Outubro de 1935), de quem tem um filho Nuno Borges de Araújo Crato (São Miguel, Ponta Delgada, 30 de Janeiro de 1987), e uma filha Inês Borges de Araújo Crato.[9]

Referências

  1. "Genealogias do Alto Alentejo", António Luís Cardoso Perestrelo, Cultideias, 2011, p. 107
  2. "Genealogias do Alto Alentejo", António Luís Cardoso Perestrelo, Cultideias, 2011, p. 107
  3. «Sessão de Entrega dos Prémios aos Melhores Estudantes da UTL». 15 de Dezembro de 2008. Consultado em 9 de maio de 2010 
  4. http://www.ordens.presidencia.pt/
  5. «Nuno Crato, Professor Catedrático do ISEG, nomeado Presidente do Taguspark». ISEG. 9 de Junho de 2010. Consultado em 9 de junho de 2010 
  6. «Professores alertam para "sério retrocesso" com novo programa de Matemática» 
  7. «CEMAPRE» 
  8. «Plano Inclinado». 1 de Março de 2010. Consultado em 13 de março de 2010 
  9. "Genealogias do Alto Alentejo", António Luís Cardoso Perestrelo, Cultideias, 2011, p. 107

Ligações externas

Precedido por
Isabel Alçada (Educação)
Mariano Gago (Ciência e Ensino Superior)
Ministro da Educação e Ciência
XIX Governo Constitucional de Portugal
Sucedido por
Incumbente