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Linha Sul da Fepasa

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(Redirecionado de Ramal de Jurubatuba)
     Linha Sul da Fepasa

Estação Cidade Universitária, construída para a Linha Sul em 1981.
Dados gerais
Tipo Trem metropolitano
Local de operação Osasco e São Paulo
Brasil
Terminais Início: Estação Osasco
Fim: Estação Evangelista de Souza
(a partir de 1957)
Estação Jurubatuba
(a partir de 1979)
Estação Varginha
(a partir de 1992)
Estações 11
Operação
Proprietário Governo do Estado de São Paulo
Operador FEPASA (1971-1996)
Material circulante Série 5000 e Série 5500
TUE Série 4800 (Jurubatuba-Varginha)
Histórico
Abertura oficial 4 de abril de 1981 (43 anos)
Encerramento 1996 (28 anos)
Dados técnicos
Comprimento da linha 36,3 km (22,6 mi)
Bitola Bitola irlandesa 1 600 mm (5,25 ft)
Bitola antiga Bitola métrica 1 000 mm (3,28 ft)
Velocidade de operação 80 km/h (49,7 mph)


Mapa da linha (1976)
Júlio Prestes
Barra Funda
Lapa
Domingos de Moraes
Imperatriz Leopoldina
Presidente Altino
para Presidente Epitácio
Parada Jaguaré
Parada Universidade
Parada Sears
Parada Cidade Universitária
Pinheiros
Parada Cidade Jardim
Parada Traição
Morumbi
Parada Brooklyn
Parada Monark
Santo Amaro
Parada Penha
Socorro
Jurubatuba
Cidade Dutra
Parada São Bernardo
Interlagos
Casa Grande
Colônia
Barragem
para Mairinque
Evangelista de Souza
para Santos (EFS)

Legenda

Linha Principal
Trem Turístico da Fepasa
Mapa da linha feito pela FEPASA em meados década de 1970, que ainda estava na Estação Presidente Altino em 2003, já sob a gestão da CPTM.

A Linha Sul da Fepasa, também conhecida como Ramal de Pinheiros ou Ramal de Jurubatuba, foi uma linha ferroviária criada no início dos anos 1970, no lugar do antigo Ramal Sul da Estrada de Ferro Sorocabana. Em 1996, a Linha Sul foi incorporada pela CPTM, tendo sido rebatizada como Linha C–Celeste.

O ramal foi projetado pela Sorocabana, para encurtar a distância entre o centro de São Paulo e Santos, tendo sido construído entre 1952 e 1957, interligado ao ramal Mairinque-Santos. Originalmente, os trens que atendiam a Linha Sul saíam da Estação Júlio Prestes, no centro de São Paulo, e iam até o extremo sul na Estação Evangelista de Souza, no entroncamento com a Mairinque-Santos. O ramal continha diversas paradas intermediárias, muitas desativadas ao longo dos anos 1970.

Mapa das linhas do trem metropolitano da Fepasa na década de 1970.

Com a criação da Fepasa, em 1971, o governo do estado de São Paulo iniciou um programa de remodelação do sistema de trens de subúrbio da antiga Sorocabana, por meio da criação da divisão Fepasa-DRM. O ramal entrou em obras de remodelação a partir de 1974, e os serviços de subúrbio da linha foram interrompidos em 1979, sendo retomados em 4 de abril de 1981, com a reforma de algumas das estações da linha.[1] Essa reforma ocorreu com atraso de um ano e meio, pois estava prevista para ser entregue em novembro de 1979, mas foi adiada para a Fepasa dar prioridade à reformulação da Linha Oeste.[1] A partir de então, o início do ramal passou a ser a Estação Osasco, ao invés da Júlio Prestes. O ramal reformulado atendia apenas as estações Osasco, Presidente Altino, Ceasa, Jaguaré, Cidade Universitária e Pinheiros. A partir de Pinheiros, apenas o transporte de carga seguia sendo feito em direção a Evangelista de Souza.[2]

Para a nova operação foram disponibilizados novos trens com doze vagões cada, que circulariam em 42 horários das 4h30 às 22h30, sendo três composições por hora nos horários de pico e duas por hora em outros horários.[1] A Fepasa previa utilizar um sistema automatizado de controle no trecho, mas no início ele foi operado com sistema de licenciamento, baseado em bastões de staff, daí a baixa frequência dos trens.[1] A bitola do trecho foi alargada para 1,6 metro,[3] e a linha foi duplicada — por causa disso todas as estações originais, à exceção de Jurubatuba, foram demolidas. O custo total da reformulação foi de 1,3 bilhão de cruzeiros.[3]

Com poucas estações no percurso, a linha apresentava inicialmente baixo movimento: mais de um ano após a reinauguração, diariamente cerca de dez mil passageiros usavam a linha, contra 190 mil na Linha Oeste, que ia de Júlio Prestes a Amador Bueno.[4] Na época da reinauguração da linha a Fepasa já demonstrava desconhecer a demanda do trecho,[3] segundo um porta-voz da empresa entrevistado pelo jornal Folha de S. Paulo em março de 1981: "Não podemos falar da demanda, mas, certamente, esses trens de subúrbio serão usados pelos estudantes da Cidade Universitária e pelo pessoal que mora na região oeste da área metropolitana e trabalha próximo ao Ceagesp ou ao Jaguaré.[1]

Apesar de a Fepasa ter anunciado que o restante da linha, até a Estação Jurubatuba, seria entregue até 1985,[1] apenas em 25 de janeiro de 1986 foi incorporada ao sistema a Estação Largo 13, hoje rebatizada de Santo Amaro. Jurubatuba, só seria reinaugurada em 14 de março de 1987, depois de ficar desativada por quase uma década.

Quando a Fepasa colocou os mapas nas estações reformadas, eles continham diversas estações que só seriam construídas depois que a linha foi incorporada pela CPTM, em 1996. Entre Pinheiros e Largo 13 (que já constava no mapa desde bem antes de sua inauguração) havia Cidade Jardim, Monções, Morumbi, Granja Julieta e Santo Amaro. Algumas delas seriam construídas pela CPTM, outras nunca saíram do papel. A Fepasa também previa nessa época que o início do ramal fosse na Estação Carapicuíba, com a construção de uma linha paralela ao ramal oeste,[2] algo que também nunca ocorreu.

Estação Município Observações
Osasco Osasco Reconstruídas e reinauguradas em 25 de janeiro de 1979
Presidente Altino
Estação Universidade São Paulo Desativada e demolida em 1979
Ceasa Inaugurada em 4 de abril de 1981
Parada Jaguaré Desativada em 17 de julho de 1976
Jaguaré Inaugurada em 4 de abril de 1981
Parada Sears Desativada em 17 de julho de 1976
Parada Cidade Universitária Desativada e demolida nos anos 1970
Cidade Universitária Inaugurada em 4 de abril de 1981
Pinheiros Reconstruída e reinaugurada em 4 de abril de 1981; fim do ramal até 1986
Parada Traição Desativadas em 17 de julho de 1976
Morumbi
Parada Brooklyn
Parada Monark Desativada nos anos 1970
Santo Amaro Demolida na segunda metade dos anos 1970
Parada Penha Também conhecida como Penhinha, foi desativada em 17 de julho de 1976
Socorro Desativada em 17 de julho de 1976
Jurubatuba Desativada nos anos 1970, foi reinaugurada em 14 de março de 1987
Cidade Dutra Desativada na segunda metade dos anos 1970; é a única estação do ramal original que continua de pé
Parada São Bernardo Desativada em 17 de novembro de 1976
Interlagos Desativada na segunda metade dos anos 1970
Casa Grande Desativada nos anos 1970
Colônia Desativada na segunda metade dos anos 1970
Barragem Demolida na segunda metade dos anos 1970
Evangelista de Souza Final do ramal até ser desativada, na segunda metade dos anos 1970

Referências

  1. a b c d e f «Fepasa termina primeiro trecho do seu Eixo Sul». Folha de S. Paulo. S.A. O Estado de S. Paulo. 31 de março de 1981. 13 páginas 
  2. a b «Trens circulam ociosos no ramal de Pinheiros». Folha de S. Paulo. Empresa Folha da Manhã. 30 de abril de 1982. 10 páginas 
  3. a b c «Fepasa entrega hoje linha de subúrbio até Pinheiros». Folha de S. Paulo. Empresa Folha da Manhã. 4 de abril de 1981. 10 páginas 
  4. «Ramal de Pinheiros da Fepasa, incompleto, tem demanda reduzida». Folha de S. Paulo. Empresa Folha da Manhã. 3 de agosto de 1982. 9 páginas