Adderall: diferenças entre revisões

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}}|Section5=|fundo=fármaco|Name=[[Anfetamina]]/[[dextroanfetamina]]<br/>em forma de [[Sal (química)|sais]] (1:1)}}
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'''Adderall'''<ref name=":14">{{Citar periódico |titulo=Adderall® produces increased striatal dopamine release and a prolonged time course compared to amphetamine isomers |url=https://doi.org/10.1007/s00213-006-0550-9 |jornal=Psychopharmacology |data=2007-04-01 |issn=1432-2072 |paginas=669–677 |numero=3 |acessodata=2020-10-02 |doi=10.1007/s00213-006-0550-9 |lingua=en |primeiro=B. Matthew |ultimo=Joyce |primeiro2=Paul E. A. |ultimo2=Glaser |primeiro3=Greg A. |ultimo3=Gerhardt}}</ref> e '''Mydayis'''<ref name="Shire">{{Citar web |ultimo=Sagonowsky |primeiro=Eric |url=https://www.fiercepharma.com/marketing/shire-launches-new-adhd-drug-mydayis-as-it-weighs-a-neuroscience-exit |titulo=Shire launches new ADHD drug Mydayis as it weighs a neuroscience exit |data= |acessodata=2020-10-02 |website=FiercePharma |publicado= |lingua=en}}</ref> são [[Nome comercial|nomes comerciais]]{{Nota de rodapé|O termo "Adderall" é usado ao longo deste artigo principalmente porque a composição do medicamento, que contém quatro sais, torna seu nome não comercial (sulfato de dextroanfetamina 25%, sacarato de dextroanfetamina 25%, sulfato de anfetamina 25% e aspartato de anfetamina 25%) excessivamente longo.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://www.accessdata.fda.gov/scripts/cder/ndc/results.cfm?beginrow=1&numberperpage=160&searchfield=amphetamine&searchtype=ActiveIngredient&OrderBy=ProprietaryName |titulo=National Drug Code Directory |data=16/12/2013 |acessodata=05/10/2020 |publicado=United States Food and Drug Administration |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131216080856/http://www.accessdata.fda.gov/scripts/cder/ndc/results.cfm?beginrow=1&numberperpage=160&searchfield=amphetamine&searchtype=ActiveIngredient&OrderBy=ProprietaryName |arquivodata=16/12/2013}}</ref> Mydayis também é um nome comercial, porém mais recente e que não é muito usado para se referir à mistura.<ref name="Shire" />}} de uma [[associação medicamentosa]] composta por quatro [[Sal (química)|sais]] de [[anfetamina]]. Essa associação é formada por partes iguais de anfetamina e [[dextroanfetamina]] em suas [[Mistura racémica|formas racêmicas]].<ref>{{Citar periódico |titulo=Amphetamine, past and present – a pharmacological and clinical perspective |doi=10.1177/0269881113482532 |primeiro4=David J |ultimo3=Gosden |primeiro3=Jane |ultimo2=Smith |primeiro2=Sharon L |ultimo=Heal |primeiro=David J |acessodata=2020-10-02 |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3666194/ |numero=6 |pmid=23539642 |pmc=3666194 |paginas=479–496 |issn=0269-8811 |data=2013-6 |jornal=Journal of Psychopharmacology (Oxford, England) |ultimo4=Nutt}}</ref><ref name=":14" /> A combinação resulta em um medicamento final composto por 75% de dextroanfetamina e por 25% de [[levanfetamina]], que são dois [[Enantiômero|enantiômeros]] da anfetamina. Esses enantiômeros agem como [[Estimulante|estimulantes]], mas possuem um mecanismo de ação único, o que confere ao Adderall um [[Farmacologia|perfil farmacológico]] distinto de outros medicamentos estimulantes, como os que são compostos apenas por anfetamina ou por dextroanfetamina em suas misturas racêmicas, que são comercializadas, respectivamente, sob os nomes comerciais de Evekeo e Dexedrina/Zenzedi.<ref>{{Citar web |url=https://www.evekeo.com/hcp/evekeo-pharmacology |titulo=Evekeo CII (amphetamine sulfate) HCP {{!}} Pharmacology |acessodata=2020-10-02 |website=www.evekeo.com}}</ref> Adderall é utilizado no tratamento do [[Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade|transtorno de déficit de atenção e hiperatividade]] (TDAH) e da [[narcolepsia]]. Ele também é utilizado como [[Atletismo|intensificador do desempenho atlético]], [[Nootrópico|intensificador cognitivo]] e [[Anorexígeno|inibidor de apetite]]. Adderall é um estimulante do [[sistema nervoso central]] (SNC) que pertence à classe das [[Feniletilamina|feniletilaminas]].<ref name="Shire" />
'''Adderall'''<ref name=":14">{{Citar periódico |titulo=Adderall® produces increased striatal dopamine release and a prolonged time course compared to amphetamine isomers |url=https://doi.org/10.1007/s00213-006-0550-9 |jornal=Psychopharmacology |data=2007-04-01 |issn=1432-2072 |paginas=669–677 |numero=3 |acessodata=2020-10-02 |doi=10.1007/s00213-006-0550-9 |lingua=en |primeiro=B. Matthew |ultimo=Joyce |primeiro2=Paul E. A. |ultimo2=Glaser |primeiro3=Greg A. |ultimo3=Gerhardt}}</ref> e '''Mydayis'''<ref name="Shire">{{Citar web |ultimo=Sagonowsky |primeiro=Eric |url=https://www.fiercepharma.com/marketing/shire-launches-new-adhd-drug-mydayis-as-it-weighs-a-neuroscience-exit |titulo=Shire launches new ADHD drug Mydayis as it weighs a neuroscience exit |data= |acessodata=2020-10-02 |website=FiercePharma |publicado= |lingua=en}}</ref> são [[Nome comercial|nomes comerciais]]{{Nota de rodapé|O termo "Adderall" é usado ao longo deste artigo principalmente porque a composição do medicamento, que contém quatro sais, torna seu nome não comercial (sulfato de dextroanfetamina 25%, sacarato de dextroanfetamina 25%, sulfato de anfetamina 25% e aspartato de anfetamina 25%) excessivamente longo.<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://www.accessdata.fda.gov/scripts/cder/ndc/results.cfm?beginrow=1&numberperpage=160&searchfield=amphetamine&searchtype=ActiveIngredient&OrderBy=ProprietaryName |titulo=National Drug Code Directory |data=16/12/2013 |acessodata=05/10/2020 |publicado=United States Food and Drug Administration |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131216080856/http://www.accessdata.fda.gov/scripts/cder/ndc/results.cfm?beginrow=1&numberperpage=160&searchfield=amphetamine&searchtype=ActiveIngredient&OrderBy=ProprietaryName |arquivodata=16/12/2013}}</ref> Mydayis também é um nome comercial, porém mais recente e que não é muito usado para se referir à mistura.<ref name="Shire" />}} de uma [[associação medicamentosa]] composta por quatro [[Sal (química)|sais]] de [[anfetamina]]. Essa associação é formada por partes iguais de anfetamina e [[dextroanfetamina]] em suas [[Mistura racémica|formas racêmicas]].<ref name=":14" /><ref>{{Citar periódico |titulo=Amphetamine, past and present – a pharmacological and clinical perspective |doi=10.1177/0269881113482532 |primeiro4=David J |ultimo3=Gosden |primeiro3=Jane |ultimo2=Smith |primeiro2=Sharon L |ultimo=Heal |primeiro=David J |acessodata=2020-10-02 |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3666194/ |numero=6 |pmid=23539642 |pmc=3666194 |paginas=479–496 |issn=0269-8811 |data=2013-6 |jornal=Journal of Psychopharmacology (Oxford, England) |ultimo4=Nutt}}</ref> O medicamento final é composto por 75% de dextroanfetamina e por 25% de [[levanfetamina]], que são dois [[Enantiômero|enantiômeros]] da anfetamina. Esses enantiômeros agem como [[Estimulante|estimulantes]], mas possuem um mecanismo de ação único, o que confere ao Adderall um [[Farmacologia|perfil farmacológico]] distinto de outros medicamentos estimulantes, como os que são compostos apenas por anfetamina ou por dextroanfetamina em suas misturas racêmicas, que são comercializados, respectivamente, sob os nomes comerciais de Evekeo e Dexedrina/Zenzedi.<ref>{{Citar web |url=https://www.evekeo.com/hcp/evekeo-pharmacology |titulo=Evekeo CII (amphetamine sulfate) HCP {{!}} Pharmacology |acessodata=2020-10-02 |website=www.evekeo.com}}</ref> Adderall é utilizado no tratamento do [[Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade|transtorno de déficit de atenção e hiperatividade]] (TDAH) e da [[narcolepsia]]. Ele também é utilizado como [[Atletismo|intensificador do desempenho atlético]], [[Nootrópico|intensificador cognitivo]] e [[Anorexígeno|inibidor de apetite]]. Adderall é um estimulante do [[sistema nervoso central]] (SNC) que pertence à classe das [[Feniletilamina|feniletilaminas]].<ref name="Shire" />


Geralmente, o Adderall é eficaz e bem tolerado no tratamento dos sintomas do TDAH e narcolepsia. Em doses terapêuticas, o Adderall induz efeitos emocionais e cognitivos, como [[euforia]], alterações na [[libido]], aumento no estado de [[vigília]] e aprimoramento do [[controle cognitivo]].<ref>{{Citar periódico |titulo=Sexual Desire Disorders |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2695750/ |jornal=Psychiatry (Edgmont) |data=2008-6 |issn=1550-5952 |paginas=50–55 |pmc=2695750 |pmid=19727285 |numero=6 |acessodata=2020-10-05 |primeiro=Keith A. |ultimo=Montgomery}}</ref> Nessas doses, também induz efeitos físicos, como aceleração do tempo de reação, resistência à fadiga e aumento da força muscular. Por outro lado, doses elevadas de Adderall podem prejudicar o controle cognitivo, causar [[Rabdomiólise|rápida degradação muscular]] ou induzir sintomas de [[psicose]] (por exemplo, [[Delírio|delírios]] e [[paranoia]]).<ref>{{Citar periódico |titulo=Treatment for amphetamine psychosis |primeiro=Steven J |publicado= |ultimo3=Ling |primeiro3=Walter |ultimo2=Kao |primeiro2=Uyen |ultimo=Shoptaw |doi=10.1002/14651858.cd003026.pub3 |url=https://doi.org/10.1002/14651858.CD003026.pub3 |acessodata=2020-10-06 |pmid=19160215 |pmc=7004251 |issn=1465-1858 |data=2009-01-21 |jornal=Cochrane Database of Systematic Reviews |citacao=Uma minoria de indivíduos que usam anfetaminas desenvolve psicose, exigindo atendimento em departamentos de emergência ou hospitais psiquiátricos. Nesses casos, os sintomas de psicose anfetamínica comumente incluem delírios paranoicos e persecutórios, bem como alucinações auditivas e visuais na presença de agitação extrema. No entanto, o mais comum (cerca de 18%) é que usuários frequentes de anfetaminas relatem sintomas psicóticos que são subclínicos e que não requerem intervenção de alta intensidade [...] Cerca de 5 a 15% dos usuários que desenvolvem psicose por anfetamina não conseguem se recuperar completamente (Hofmann 1983) [...] Os resultados de um estudo indicam que o uso de medicamentos antipsicóticos resolve efetivamente os sintomas da psicose aguda induzida por anfetamina.}}</ref> Os efeitos colaterais do Adderall variam bastante entre os indivíduos, mas os mais comuns são [[insônia]], [[Xerostomia|boca seca]] e [[Anorexia (sintoma)|perda de apetite]]. O risco de desenvolvimento de [[toxicodependência]] é insignificante quando o Adderall é usado conforme prescrito e em doses terapêuticas, como as que são utilizadas para tratar TDAH.<ref>{{Citar periódico |titulo=A qualitative review of issues arising in the use of psycho­stimulant medications |url=https://doi.org/10.1185/030079908X280707 |data=2008-05-01 |issn=0300-7995 |paginas=1345–1357 |pmid=18384709 |numero=5 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1185/030079908X280707 |primeiro=Scott H. |ultimo=Kollins |citacao=Em pacientes com TDAH, quando as formulações orais de psicoestimulantes são usadas nas doses e frequências recomendadas, é improvável que produzam efeitos consistentes compo o tencial de abuso. |publicado=Current Medical Research and Opinion}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Monoamine transporters and psychostimulant addiction |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0006295207005382 |jornal=Biochemical Pharmacology |data=2008-01-01 |issn=0006-2952 |paginas=196–217 |numero=1 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1016/j.bcp.2007.08.003 |lingua=en}}</ref> No entanto, quando o Adderall é usado em doses diárias elevadas, há um risco significativo de desenvolvimento de toxicodependência que se deve, particularmente, aos [[Reforço|estímulos reforçadores]] e ao desenvolvimento de [[tolerância medicamentosa]].<ref name=":10">{{citar livro|título=Molecular Neuropharmacology: A Foundation for Clinical Neuroscience|ultimo=Malenka RC, Nestler EJ, Hyman SE|primeiro=|ultimo2=|editora=McGraw-Hill Medical|ano=2009|edicao=2ª ed.|local=New York, USA|páginas=154-157|titulotrad=Neurofarmacologia molecular: fundamentos de neurosciência clínica|capitulo=Chapter 6: Widely Projecting Systems: Monoamines, Acetylcholine, and Orexin|trad-capitulo=Capítulo 6: Sistemas de ampla projeção: Monoaminas, Acetilcolina e Orexina|isbn=9780071481274|citacao=Doses terapêuticas (relativamente baixas) de psicoestimulantes, como metilfenidato e anfetamina, melhoram o desempenho em tarefas de memória de trabalho tanto em indivíduos normais quanto naqueles com TDAH [...] os estimulantes atuam não apenas na função da memória de trabalho, mas também nos níveis gerais de excitação e, dentro do núcleo accumbens, melhoram a execução das tarefas. Assim, os estimulantes melhoram o desempenho em tarefas difíceis, porém tediosas [...] por meio da estimulação indireta dos receptores de dopamina e noradrenalina. [...] Além desses efeitos, a dopamina (atuando através dos receptores D1) e a noradrenalina (atuando em vários receptores) podem, em níveis ideais, melhorar a memória de trabalho e outros aspectos da atenção.}}</ref><ref>{{citar periódico |url=http://www.acha.org/prof_dev/ADHD_docs/ADHD_PDprogram_Article2.pdf |titulo=Stimulant Misuse: Strategies to Manage a Growing Problem |data=11/2013 |acessodata=05/10/2020 |publicado=American College Health Association |ultimo= |lingua=en |urlmorta= |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131103155156/http://www.acha.org/prof_dev/ADHD_docs/ADHD_PDprogram_Article2.pdf |arquivodata=03/11/2013 |autor=Donald E. Greydanus |primeiro=}}</ref> Ainda, o uso recreativo de anfetamina envolve, geralmente, dosagens significativamente maiores do que as [[Índice terapêutico|doses terapêuticas]], o que também aumenta a incidência de efeitos colaterais graves.<ref name=":0" /><ref>{{Citar periódico |titulo=Nutritional Supplements and Ergogenic Aids |url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0095454313000249 |jornal=Primary Care: Clinics in Office Practice |data=2013-06-01 |issn=0095-4543 |paginas=487–505 |series=Sports Medicine |numero=2 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1016/j.pop.2013.02.009 |lingua=en |primeiro=David G. |ultimo=Liddle |primeiro2=Douglas J. |ultimo2=Connor |publicado= |citacao=As anfetaminas e a cafeína são estimulantes que aumentam o estado de alerta, melhoram o foco, diminuem o tempo de reação e a fadiga, permitindo um aumento da intensidade e duração do treinamento físico. Efeitos fisiológicos e de desempenho: 1) As anfetaminas aumentam a liberação de dopamina e noradrenalina e inibem sua recaptação, levando à estimulação do sistema nervoso central (SNC); 2) As anfetaminas parecem melhorar o desempenho atlético em certas condições anaeróbicas; 3) Melhor tempo de reação ; 4) Aumento da força muscular e retardo da fadiga muscular; 5) Maior aceleração; 6) Maior alerta e atenção à tarefa}}</ref><ref name=":11">{{citar livro|título=Molecular Neuropharmacology: A Foundation for Clinical Neuroscience|ultimo=Malenka RC, Nestler EJ, Hyman SE|primeiro=|ultimo2=|editora=McGraw-Hill Medical|ano=2015|edicao=3ª ed.|local=New York, USA|páginas=154-157|titulotrad=Neurofarmacologia molecular: fundamentos de neurosciência clínica|capitulo=Chapter 16: Reinforcement and Addictive Disorders|isbn=9780071827706|citacao=Esses agentes também têm utilizações terapêuticas importantes; a cocaína, por exemplo, é usada como anestésico tópico (Capítulo 2), e as anfetaminas e o metilfenidato são usados em doses baixas para tratar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e em doses mais altas para tratar a narcolepsia (Capítulo 12). Apesar de seus usos clínicos, essas drogas são fortemente reforçadoras, e seu uso a longo prazo em altas doses está associado a um potencial vício, especialmente quando são administradas rapidamente ou quando são administradas em doses de alta potência.}}</ref><ref>{{citar livro|título=Encyclopedia of Psychopharmacology|ultimo=Stolerman IP|primeiro=|editora=Springer|ano=2010|local=Londres|página=78|páginas=|isbn=9783540686989}}</ref>
Geralmente, o Adderall é eficaz e bem tolerado no tratamento dos sintomas do TDAH e narcolepsia. Em doses terapêuticas, o Adderall induz efeitos emocionais e cognitivos, como [[euforia]], alterações na [[libido]], aumento no estado de [[vigília]] e aprimoramento do [[controle cognitivo]].<ref>{{Citar periódico |titulo=Sexual Desire Disorders |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2695750/ |jornal=Psychiatry (Edgmont) |data=2008-6 |issn=1550-5952 |paginas=50–55 |pmc=2695750 |pmid=19727285 |numero=6 |acessodata=2020-10-05 |primeiro=Keith A. |ultimo=Montgomery}}</ref> Nessas doses, também induz efeitos físicos, como aceleração do tempo de reação, resistência à fadiga e aumento da força muscular. Por outro lado, doses elevadas de Adderall podem prejudicar o controle cognitivo, causar [[Rabdomiólise|rápida degradação muscular]] ou induzir sintomas de [[psicose]] (por exemplo, [[Delírio|delírios]] e [[paranoia]]).<ref>{{Citar periódico |titulo=Treatment for amphetamine psychosis |primeiro=Steven J |publicado= |ultimo3=Ling |primeiro3=Walter |ultimo2=Kao |primeiro2=Uyen |ultimo=Shoptaw |doi=10.1002/14651858.cd003026.pub3 |url=https://doi.org/10.1002/14651858.CD003026.pub3 |acessodata=2020-10-06 |pmid=19160215 |pmc=7004251 |issn=1465-1858 |data=2009-01-21 |jornal=Cochrane Database of Systematic Reviews |citacao=Uma minoria de indivíduos que usam anfetaminas desenvolve psicose, exigindo atendimento em departamentos de emergência ou hospitais psiquiátricos. Nesses casos, os sintomas de psicose anfetamínica comumente incluem delírios paranoicos e persecutórios, bem como alucinações auditivas e visuais na presença de agitação extrema. No entanto, o mais comum (cerca de 18%) é que usuários frequentes de anfetaminas relatem sintomas psicóticos que são subclínicos e que não requerem intervenção de alta intensidade [...] Cerca de 5 a 15% dos usuários que desenvolvem psicose por anfetamina não conseguem se recuperar completamente (Hofmann 1983) [...] Os resultados de um estudo indicam que o uso de medicamentos antipsicóticos resolve efetivamente os sintomas da psicose aguda induzida por anfetamina.}}</ref> Os efeitos colaterais do Adderall variam bastante entre os indivíduos, mas os mais comuns são [[insônia]], [[Xerostomia|boca seca]] e [[Anorexia (sintoma)|perda de apetite]]. O risco de desenvolvimento de [[toxicodependência]] é insignificante quando o Adderall é usado conforme prescrito e em doses terapêuticas, como as que são utilizadas para tratar TDAH.<ref>{{Citar periódico |titulo=A qualitative review of issues arising in the use of psycho-stimulant medications in patients with ADHD and co-morbid substance use disorders |url=https://doi.org/10.1185/030079908X280707 |data=2008-05-01 |issn=0300-7995 |paginas=1345–1357 |pmid=18384709 |numero=5 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1185/030079908X280707 |primeiro=Scott H. |ultimo=Kollins |citacao=Em pacientes com TDAH, quando as formulações orais de psicoestimulantes são usadas nas doses e frequências recomendadas, é improvável que produzam efeitos consistentes compo o tencial de abuso. |publicado=Current Medical Research and Opinion}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Monoamine transporters and psychostimulant addiction |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0006295207005382 |jornal=Biochemical Pharmacology |data=2008-01-01 |issn=0006-2952 |paginas=196–217 |numero=1 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1016/j.bcp.2007.08.003 |lingua=en}}</ref> No entanto, quando o Adderall é usado diariamente em doses elevadas, há um risco significativo de desenvolvimento de toxicodependência que se deve, particularmente, aos [[Reforço|estímulos reforçadores]] e ao desenvolvimento de [[tolerância medicamentosa]].<ref name=":10">{{citar livro|título=Molecular Neuropharmacology: A Foundation for Clinical Neuroscience|ultimo=Malenka RC, Nestler EJ, Hyman SE|primeiro=|ultimo2=|editora=McGraw-Hill Medical|ano=2009|edicao=2ª ed.|local=New York, USA|páginas=154-157|titulotrad=Neurofarmacologia molecular: fundamentos de neurosciência clínica|capitulo=Chapter 6: Widely Projecting Systems: Monoamines, Acetylcholine, and Orexin|trad-capitulo=Capítulo 6: Sistemas de ampla projeção: Monoaminas, Acetilcolina e Orexina|isbn=9780071481274|citacao=Doses terapêuticas (relativamente baixas) de psicoestimulantes, como metilfenidato e anfetamina, melhoram o desempenho em tarefas de memória de trabalho tanto em indivíduos normais quanto naqueles com TDAH [...] os estimulantes atuam não apenas na função da memória de trabalho, mas também nos níveis gerais de excitação e, dentro do núcleo accumbens, melhoram a execução das tarefas. Assim, os estimulantes melhoram o desempenho em tarefas difíceis, porém tediosas [...] por meio da estimulação indireta dos receptores de dopamina e noradrenalina. [...] Além desses efeitos, a dopamina (atuando através dos receptores D1) e a noradrenalina (atuando em vários receptores) podem, em níveis ideais, melhorar a memória de trabalho e outros aspectos da atenção.}}</ref><ref>{{citar periódico |url=http://www.acha.org/prof_dev/ADHD_docs/ADHD_PDprogram_Article2.pdf |titulo=Stimulant Misuse: Strategies to Manage a Growing Problem |data=11/2013 |acessodata=05/10/2020 |publicado=American College Health Association |ultimo= |lingua=en |urlmorta= |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131103155156/http://www.acha.org/prof_dev/ADHD_docs/ADHD_PDprogram_Article2.pdf |arquivodata=03/11/2013 |autor=Donald E. 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Efeitos fisiológicos e de desempenho: 1) As anfetaminas aumentam a liberação de dopamina e noradrenalina e inibem sua recaptação, levando à estimulação do sistema nervoso central (SNC); 2) As anfetaminas parecem melhorar o desempenho atlético em certas condições anaeróbicas; 3) Melhor tempo de reação ; 4) Aumento da força muscular e retardo da fadiga muscular; 5) Maior aceleração; 6) Maior alerta e atenção à tarefa}}</ref><ref name=":11">{{citar livro|título=Molecular Neuropharmacology: A Foundation for Clinical Neuroscience|ultimo=Malenka RC, Nestler EJ, Hyman SE|primeiro=|ultimo2=|editora=McGraw-Hill Medical|ano=2015|edicao=3ª ed.|local=New York, USA|páginas=154-157|titulotrad=Neurofarmacologia molecular: fundamentos de neurosciência clínica|capitulo=Chapter 16: Reinforcement and Addictive Disorders|isbn=9780071827706|citacao=Esses agentes também têm utilizações terapêuticas importantes; a cocaína, por exemplo, é usada como anestésico tópico (Capítulo 2), e as anfetaminas e o metilfenidato são usados em doses baixas para tratar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade e em doses mais altas para tratar a narcolepsia (Capítulo 12). Apesar de seus usos clínicos, essas drogas são fortemente reforçadoras, e seu uso a longo prazo em altas doses está associado a um potencial vício, especialmente quando são administradas rapidamente ou quando são administradas em doses de alta potência.}}</ref><ref>{{citar livro|título=Encyclopedia of Psychopharmacology|ultimo=Stolerman IP|primeiro=|editora=Springer|ano=2010|local=Londres|página=78|páginas=|isbn=9783540686989}}</ref>


Os dois enantiomêros de anfetamina que compõem o Adderall, levoanfetamina e dextroamfetamina, aliviam os sintomas do TDAH e da narcolepsia porque aumentam a atividade dos [[Neurotransmissor|neurotransmissores]] [[noradrenalina]] e [[dopamina]] no [[Cérebro humano|cérebro]]. Em parte, esse efeito é resultado das interações dos princípios ativos com o [[receptor 1 associado a aminas traço]] (TAAR1) e com o [[transportador 2 de monoamina vesicular]] (VMAT2) nos [[Neurónio|neurônios]].<ref name=":12" /><ref>{{Citar periódico |titulo=VMAT2: a dynamic regulator of brain monoaminergic neuronal function interacting with drugs of abuse |doi=10.1111/j.1749-6632.2010.05906.x |publicado=Annals of the New York Academy of Sciences |ultimo2=Weihe |primeiro2=Eberhard |ultimo=Eiden |primeiro=Lee E. |lingua=en |acessodata=2020-10-06 |url=https://nyaspubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1749-6632.2010.05906.x |numero=1 |pmid=21272013 |pmc=4183197 |paginas=86–98 |issn=1749-6632 |data=2011 |citacao=VMAT2 é o transportador vesicular do SNC não apenas para as aminas biogênicas (AB) dopamina (DA), noradrenalina (NE), adrenalina (EPI), serotonina (5-HT) e histamina (HIS), mas provavelmente também para os traços de aminas TYR, PEA e tironamina (THYR).}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=The vascular effects of trace amines and amphetamines |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0163725809002174 |jornal=Pharmacology & Therapeutics |data=2010-03-01 |issn=0163-7258 |paginas=363–375 |numero=3 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1016/j.pharmthera.2009.11.005 |lingua=en |publicado= |ultimo= |primeiro= |autor=Broadley KJ}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Trace amine-associated receptor 1 is a stereoselective binding site for compounds in the amphetamine class |lingua=en |ultimo3=Gilmour |primeiro3=Brian |ultimo2=Miller |primeiro2=Gregory M. |ultimo=Lewin |primeiro=Anita H. |doi=10.1016/j.bmc.2011.10.007 |url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0968089611008157 |acessodata=2020-10-06 |numero=23 |pmid=22037049 |pmc=3236098 |paginas=7044–7048 |issn=0968-0896 |data=2011-12-01 |publicado=Bioorganic & Medicinal Chemistry}}</ref> Em comparação com a levoanfetamina, a dextroanfetamina é um estimulante mais potente, mas a levoanfetamina possui efeitos cardiovasculares e periféricos ligeiramente mais fortes e uma [[meia-vida de eliminação]] mais longa, permanecendo no corpo por mais tempo do que a dextroanfetamina.<ref name=":13">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/498979404|título=Goodman & Gilman's pharmacological basis of therapeutics.|ultimo=Goodman, Louis S.|primeiro=|ultimo2=Brunton, Laurence L.|ultimo3=Chabner, Bruce.|ultimo4=Knollmann, Björn C.|editora=McGraw-Hill|ano=2010|edicao=12ª|local=New York|página=|páginas=|capitulo=Miscellaneous Sympathomimetic Agonists (Westfall DP, Westfall TC)|isbn=9780071624428|oclc=498979404}}</ref> A anfetamina, [[princípio ativo]] do Adderall, compartilha muitas propriedades químicas e farmacológicas com as [[Amina traço|aminas traço]], particularmente com a [[Feniletilamina|fenetilamina]] e com a [[N-metilfenetilamina]] (NMPEA), um isômero posicional de anfetamina.<ref name=":10" /><ref name=":13" /><ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/643611126|título=Explorations in child psychiatry|ultimo=Anthony, E.|primeiro=|editora=Plenum Press|ano=2013|local=New York|página=|páginas=93-94|oclc=643611126}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Methyiphenidate vs. amphetamine: Comparative review: |url=https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/108705470000300403 |jornal=Journal of Attention Disorders |data=2016-07-26 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1177/108705470000300403 |lingua=en |primeiro=L. E. |ultimo=Arnold}}</ref> Em 2017, Adderall foi a 27ª medicação mais prescrita nos Estados Unidos, contabilizando mais de 24 milhões de prescrições médicas.<ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://clincalc.com/DrugStats/Top300Drugs.aspx |titulo=The Top 300 of 2020 |data= |acessodata=2020-10-06 |website=clincalc.com |publicado=ClinCalc DrugStats Database}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://clincalc.com/DrugStats/Drugs/DextroamphetamineDextroamphetamineSaccharateAmphetamineAmphetamineAspartate |titulo=Drug Usage Statistics, United States, 2007 – 2017: Dextroamphetamine; Dextroamphetamine Saccharate; Amphetamine; Amphetamine Aspartate |data= |acessodata=2020-10-06 |website=clincalc.com |publicado=ClinCalc DrugStats Database}}</ref>
Os dois enantiomêros de anfetamina que compõem o Adderall, levoanfetamina e dextroamfetamina, aliviam os sintomas do TDAH e da narcolepsia porque aumentam a atividade dos [[Neurotransmissor|neurotransmissores]] [[noradrenalina]] e [[dopamina]] no [[Cérebro humano|cérebro]]. Em parte, esse efeito é resultado das interações dos princípios ativos com o [[receptor 1 associado a aminas traço]] (TAAR1) e com o [[transportador 2 de monoamina vesicular]] (VMAT2) nos [[Neurónio|neurônios]].<ref name=":12" /><ref>{{Citar periódico |titulo=VMAT2: a dynamic regulator of brain monoaminergic neuronal function interacting with drugs of abuse |doi=10.1111/j.1749-6632.2010.05906.x |publicado=Annals of the New York Academy of Sciences |ultimo2=Weihe |primeiro2=Eberhard |ultimo=Eiden |primeiro=Lee E. |lingua=en |acessodata=2020-10-06 |url=https://nyaspubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1749-6632.2010.05906.x |numero=1 |pmid=21272013 |pmc=4183197 |paginas=86–98 |issn=1749-6632 |data=2011 |citacao=VMAT2 é o transportador vesicular do SNC não apenas para as aminas biogênicas (AB) dopamina (DA), noradrenalina (NE), adrenalina (EPI), serotonina (5-HT) e histamina (HIS), mas provavelmente também para os traços de aminas TYR, PEA e tironamina (THYR).}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=The vascular effects of trace amines and amphetamines |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0163725809002174 |jornal=Pharmacology & Therapeutics |data=2010-03-01 |issn=0163-7258 |paginas=363–375 |numero=3 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1016/j.pharmthera.2009.11.005 |lingua=en |publicado= |ultimo= |primeiro= |autor=Broadley KJ}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Trace amine-associated receptor 1 is a stereoselective binding site for compounds in the amphetamine class |lingua=en |ultimo3=Gilmour |primeiro3=Brian |ultimo2=Miller |primeiro2=Gregory M. |ultimo=Lewin |primeiro=Anita H. |doi=10.1016/j.bmc.2011.10.007 |url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0968089611008157 |acessodata=2020-10-06 |numero=23 |pmid=22037049 |pmc=3236098 |paginas=7044–7048 |issn=0968-0896 |data=2011-12-01 |publicado=Bioorganic & Medicinal Chemistry}}</ref> Em comparação com a levoanfetamina, a dextroanfetamina é um estimulante mais potente, mas a levoanfetamina possui efeitos cardiovasculares e periféricos ligeiramente mais fortes e uma [[meia-vida de eliminação]] mais longa, permanecendo no corpo por mais tempo do que a dextroanfetamina.<ref name=":13">{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/498979404|título=Goodman & Gilman's pharmacological basis of therapeutics.|ultimo=Goodman, Louis S.|primeiro=|ultimo2=Brunton, Laurence L.|ultimo3=Chabner, Bruce.|ultimo4=Knollmann, Björn C.|editora=McGraw-Hill|ano=2010|edicao=12ª|local=New York|página=|páginas=|capitulo=Miscellaneous Sympathomimetic Agonists (Westfall DP, Westfall TC)|isbn=9780071624428|oclc=498979404}}</ref> A anfetamina, [[princípio ativo]] do Adderall, compartilha muitas propriedades químicas e farmacológicas com as [[Amina traço|aminas traço]], particularmente com a [[Feniletilamina|fenetilamina]] e com a [[N-metilfenetilamina]] (NMPEA), um isômero posicional de anfetamina.<ref name=":10" /><ref name=":13" /><ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/643611126|título=Explorations in child psychiatry|ultimo=Anthony, E.|primeiro=|editora=Plenum Press|ano=2013|local=New York|página=|páginas=93-94|oclc=643611126}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Methyiphenidate vs. amphetamine: Comparative review: |url=https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/108705470000300403 |jornal=Journal of Attention Disorders |data=2016-07-26 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1177/108705470000300403 |lingua=en |primeiro=L. E. |ultimo=Arnold}}</ref> Em 2017, Adderall foi a 27ª medicação mais prescrita nos Estados Unidos, contabilizando mais de 24 milhões de prescrições médicas.<ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://clincalc.com/DrugStats/Top300Drugs.aspx |titulo=The Top 300 of 2020 |data= |acessodata=2020-10-06 |website=clincalc.com |publicado=ClinCalc DrugStats Database}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://clincalc.com/DrugStats/Drugs/DextroamphetamineDextroamphetamineSaccharateAmphetamineAmphetamineAspartate |titulo=Drug Usage Statistics, United States, 2007 – 2017: Dextroamphetamine; Dextroamphetamine Saccharate; Amphetamine; Amphetamine Aspartate |data= |acessodata=2020-10-06 |website=clincalc.com |publicado=ClinCalc DrugStats Database}}</ref>
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Revisões de [[Ensaio clínico|ensaios clínicos]] sobre estimulantes estabeleceram a segurança e eficácia do uso contínuo de anfetaminas a longo prazo no tratamento do TDAH.<ref name=":3">{{Citar periódico |titulo=Long-Term Outcomes with Medications for Attention-Deficit Hyperactivity Disorder |url=https://doi.org/10.2165/11589380-000000000-00000 |jornal=CNS Drugs |data=2011-07-01 |issn=1179-1934 |paginas=539–554 |numero=7 |acessodata=2020-10-02 |doi=10.2165/11589380-000000000-00000 |lingua=en |primeiro=Yu-Shu |ultimo=Huang |primeiro2=Ming-Horng |ultimo2=Tsai}}</ref><ref name=":4">{{Citar periódico |titulo=Effect of Treatment Modality on Long-Term Outcomes in Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder: A Systematic Review |ultimo=Arnold |primeiro5=Susan |ultimo4=Kahle |primeiro4=Jennifer |ultimo3=Caci |primeiro3=Hervé |ultimo2=Hodgkins |primeiro2=Paul |primeiro=L. Eugene |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4340791/ |doi=10.1371/journal.pone.0116407 |acessodata=2020-10-02 |numero=2 |pmid=25714373 |pmc=4340791 |issn=1932-6203 |data=2015-02-25 |jornal=PLoS ONE |ultimo5=Young}}</ref> Ensaios clínicos controlados e randomizados de terapia contínua, com duração de dois anos, avaliaram que o uso terapêutico de estimulantes em indivíduos com TDAH demonstraram eficácia e segurança.<ref name=":3" /> Duas revisões indicaram que a terapia com estimulantes contínua e de longo prazo, em indivíduos com TDAH, é eficaz na redução de seus principais sintomas (ou seja, [[hiperatividade]], [[desatenção]] e [[impulsividade]]), consequentemente aumentando a [[qualidade de vida]] e produzindo melhorias em um grande número de funções desempenhadas pelo paciente, como em [[Atividade acadêmica|atividades escolares e acadêmicas]], [[comportamento antissocial]], [[Condução (meio de transporte)|condução de veículos]], redução do consumo de [[drogas ilegais]], tratamento de [[obesidade]], melhoria na [[autoestima]] e outras funções sociais.<ref name=":3" /><ref name=":4" /> Uma revisão destacou um ensaio controlado e randomizado de nove meses sobre o tratamento com estimulantes em [[Criança|crianças]] com TDAH , que observou um aumento contínuo da atenção e diminuição de [[Comportamento divergente|comportamentos divergentes]] e/ou [[Hiperatividade|hiperativos]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=5ASgDAEACAAJ&dq=isbn:9781441913968&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiuxuOXmpbsAhW9IrkGHfnsA7oQ6AEwAHoECAAQAg|título=Attention Deficit Hyperactivity Disorder Handbook: A Physician's Guide to ADHD|ultimo=Millichap|primeiro=J. Gordon|data=2009-12-10|editora=Springer New York|lingua=en}}</ref> Outra revisão indicou que, com base nos ensaios clínicos de acompanhamento mais longos realizados até o momento, a terapia com estimulantes que se inicia ainda durante a [[infância]] é continuamente eficaz no controle dos sintomas do TDAH e na redução do risco de desenvolvimento de um [[Adicção|transtorno de uso de substâncias]] quando [[adulto]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=5ASgDAEACAAJ&dq=isbn:9781441913968&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiuxuOXmpbsAhW9IrkGHfnsA7oQ6AEwAHoECAAQAg|título=Attention Deficit Hyperactivity Disorder Handbook: A Physician's Guide to ADHD|ultimo=Millichap|primeiro=J. Gordon|data=2009-12-10|editora=Springer New York|lingua=en}}</ref>
Revisões de [[Ensaio clínico|ensaios clínicos]] sobre estimulantes estabeleceram a segurança e eficácia do uso contínuo de anfetaminas a longo prazo no tratamento do TDAH.<ref name=":3">{{Citar periódico |titulo=Long-Term Outcomes with Medications for Attention-Deficit Hyperactivity Disorder |url=https://doi.org/10.2165/11589380-000000000-00000 |jornal=CNS Drugs |data=2011-07-01 |issn=1179-1934 |paginas=539–554 |numero=7 |acessodata=2020-10-02 |doi=10.2165/11589380-000000000-00000 |lingua=en |primeiro=Yu-Shu |ultimo=Huang |primeiro2=Ming-Horng |ultimo2=Tsai}}</ref><ref name=":4">{{Citar periódico |titulo=Effect of Treatment Modality on Long-Term Outcomes in Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder: A Systematic Review |ultimo=Arnold |primeiro5=Susan |ultimo4=Kahle |primeiro4=Jennifer |ultimo3=Caci |primeiro3=Hervé |ultimo2=Hodgkins |primeiro2=Paul |primeiro=L. Eugene |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4340791/ |doi=10.1371/journal.pone.0116407 |acessodata=2020-10-02 |numero=2 |pmid=25714373 |pmc=4340791 |issn=1932-6203 |data=2015-02-25 |jornal=PLoS ONE |ultimo5=Young}}</ref> Ensaios clínicos controlados e randomizados de terapia contínua, com duração de dois anos, avaliaram que o uso terapêutico de estimulantes em indivíduos com TDAH demonstraram eficácia e segurança.<ref name=":3" /> Duas revisões indicaram que a terapia com estimulantes contínua e de longo prazo, em indivíduos com TDAH, é eficaz na redução de seus principais sintomas (ou seja, [[hiperatividade]], [[desatenção]] e [[impulsividade]]), consequentemente aumentando a [[qualidade de vida]] e produzindo melhorias em um grande número de funções desempenhadas pelo paciente, como em [[Atividade acadêmica|atividades escolares e acadêmicas]], [[comportamento antissocial]], [[Condução (meio de transporte)|condução de veículos]], redução do consumo de [[drogas ilegais]], tratamento de [[obesidade]], melhoria na [[autoestima]] e outras funções sociais.<ref name=":3" /><ref name=":4" /> Uma revisão destacou um ensaio controlado e randomizado de nove meses sobre o tratamento com estimulantes em [[Criança|crianças]] com TDAH , que observou um aumento contínuo da atenção e diminuição de [[Comportamento divergente|comportamentos divergentes]] e/ou [[Hiperatividade|hiperativos]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=5ASgDAEACAAJ&dq=isbn:9781441913968&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiuxuOXmpbsAhW9IrkGHfnsA7oQ6AEwAHoECAAQAg|título=Attention Deficit Hyperactivity Disorder Handbook: A Physician's Guide to ADHD|ultimo=Millichap|primeiro=J. Gordon|data=2009-12-10|editora=Springer New York|lingua=en}}</ref> Outra revisão indicou que, com base nos ensaios clínicos de acompanhamento mais longos realizados até o momento, a terapia com estimulantes que se inicia ainda durante a [[infância]] é continuamente eficaz no controle dos sintomas do TDAH e na redução do risco de desenvolvimento de um [[Adicção|transtorno de uso de substâncias]] quando [[adulto]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=5ASgDAEACAAJ&dq=isbn:9781441913968&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwiuxuOXmpbsAhW9IrkGHfnsA7oQ6AEwAHoECAAQAg|título=Attention Deficit Hyperactivity Disorder Handbook: A Physician's Guide to ADHD|ultimo=Millichap|primeiro=J. Gordon|data=2009-12-10|editora=Springer New York|lingua=en}}</ref>


Os modelos clínicos atuais sobre o TDAH sugerem que a patologia está associada a deficiências funcionais que afetam alguns dos [[Neurotransmissor|sistemas de neurotransmissores]] do cérebro.<ref name=":10" /> Por sua vez, essas deficiências funcionais estão ligadas tanto à neurotransmissão [[Dopaminérgico|dopaminérgica]] debilitada na [[via mesolímbica]], como também à neurotransmissão de [[noradrenalina]] nas projeções noradrenérgicas do [[cerúleo]] para o [[córtex pré-frontal]].<ref name=":10" /> Substâncias psicoestimulantes, como [[metilfenidato]] e anfetamina, são eficazes no tratamento do TDAH porque aumentam a atividade dos neurotransmissores nessas regiões do cérebro.<ref name=":10" /><ref name=":11" /><ref>{{Citar periódico |titulo=Cognitive enhancers for the treatment of ADHD |doi=10.1016/j.pbb.2011.05.002 |ultimo3=Kollins |primeiro3=Scott H. |ultimo2=McClernon |primeiro2=F. Joseph |ultimo=Bidwell |primeiro=L. Cinnamon |lingua=en |acessodata=2020-10-06 |url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0091305711001353 |numero=2 |pmid=21596055 |pmc=3353150 |paginas=262–274 |issn=0091-3057 |data=2011-08-01 |jornal=Pharmacology Biochemistry and Behavior |publicado=}}</ref> Melhorias nos sintomas do TDAH foram observadas em aproximadamente 80% dos pacientes tratados com estimulantes.<ref>{{Citar web |ultimo=Parker |primeiro=Jack |ultimo2=Wales |primeiro2=Gill |url=https://www.dovepress.com/the-long-term-outcomes-of-interventions-for-the-management-of-attentio-peer-reviewed-article-PRBM |titulo=The long-term outcomes of interventions for the management of attention-deficit hyperactivity disorder in children and adolescents: a systematic review of randomized controlled trials |data=2013-09-17 |acessodata=2020-10-06 |publicado=Psychology Research and Behavior Management |lingua=en |doi=10.2147/prbm.s49114 |pmc=3785407 |pmid=24082796 |citacao=Apenas um artigo, que examinou resultados por mais de 36 meses, atendeu aos critérios de revisão. [...] Há evidências de alto nível sugerindo que o tratamento farmacológico pode ter um grande efeito benéfico sobre os principais sintomas do TDAH (hiperatividade, desatenção e impulsividade) em aproximadamente 80% dos casos, em comparação com placebo, em curto prazo. |ultimo3=Chalhoub |primeiro3=Nevyne |ultimo4=Harpin |primeiro4=Val}}</ref> De modo geral, crianças com TDAH que são tratadas com medicamentos estimulantes são menos distraídas e impulsivas, apresentam melhores relacionamentos com colegas e familiares, possuem melhor desempenho na escola e uma maior capacidade de concentração.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/663097994|título=Attention deficit hyperactivity disorder handbook : a physician's guide to ADHD|ultimo=Millichap, J. Gordon.|primeiro=|data=2010|editora=Springer|ano=|edicao=2nd ed|local=New York|página=|páginas=111-113|lingua=en|capitulo=Chapter 9: Medications for ADHD|oclc=663097994}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://www.webmd.com/add-adhd/adhd-medication-chart |titulo=ADHD Medications & Side Effects |data=11/2013 |acessodata=2020-10-06 |website=WebMD |publicado=http://www.webmd.com/add-adhd/childhood-adhd/stimulants-for-attention-deficit-hyperactivity-disorder |lingua=en}}</ref> Revisões sistemáticas, realizadas pela [[Colaboração Cochrane]],{{Nota de rodapé|As revisões Cochrane são revisões sistemáticas meta-analíticas de alta qualidade de ensaios clínicos randomizados.<ref>{{Citar periódico |titulo=The Cochrane Collaboration |url=https://www.nature.com/articles/1602188 |jornal=European Journal of Clinical Nutrition |data=2005-08 |issn=1476-5640 |paginas=S147–S149 |numero=1 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1038/sj.ejcn.1602188 |lingua=en |primeiro=R. J. P. M. |ultimo=Scholten |primeiro2=M. |ultimo2=Clarke |primeiro3=J. |ultimo3=Hetherington}}</ref>}} sobre o tratamento com anfetaminas em crianças, adolescentes e adultos com TDAH concluíram que estudos de curto prazo demonstram que psicoestimulantes diminuem a gravidade dos sintomas, mas possuem taxas de descontinuação mais altas do que em tratamentos com medicamentos não estimulantes, devido aos [[Efeitos Colaterais|efeitos colaterais]].<ref>{{Citar periódico |titulo=Amphetamines for attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) in adults |url=https://doi.org/10.1002/14651858.CD007813.pub3 |jornal=Cochrane Database of Systematic Reviews |data=2018-08-09 |issn=1465-1858 |pmc=6513464 |pmid=30091808 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1002/14651858.cd007813.pub3 |primeiro=Xavier |ultimo=Castells |primeiro2=Lídia |ultimo2=Blanco-Silvente |primeiro3=Ruth |ultimo3=Cunill |publicado=}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Amphetamines for attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) in children and adolescents |primeiro3=Lisa |primeiro7=Sunita |ultimo6=Nikles |primeiro6=Jane |ultimo5=Vandermeer |primeiro5=Ben |ultimo4=Urichuk |primeiro4=Liana |ultimo3=Hartling |ultimo2=Shamseer |url=https://doi.org/10.1002/14651858.CD009996.pub2 |primeiro2=Larissa |ultimo=Punja |primeiro=Salima |doi=10.1002/14651858.cd009996.pub2 |acessodata=2020-10-06 |issn=1465-1858 |data=2016-02-04 |jornal=Cochrane Database of Systematic Reviews |ultimo7=Vohra}}</ref> Uma revisão da Cochrane sobre o tratamento de TDAH em crianças com transtornos de [[Tique|tiques]], como a [[síndrome de Tourette]], indicou que psicoestimulantes não costumam piorar os tiques, mas altas doses de dextroanfetamina podem exacerbar os tiques em alguns indivíduos.<ref>{{Citar periódico |titulo=Pharmacological treatment for attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) in children with comorbid tic disorders |url=https://doi.org/10.1002/14651858.CD007990.pub3 |jornal=Cochrane Database of Systematic Reviews |data=2018-06-26 |issn=1465-1858 |pmc=6513283 |pmid=29944175 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1002/14651858.cd007990.pub3 |primeiro=Sydney T |ultimo=Osland |primeiro2=Thomas DL |ultimo2=Steeves |primeiro3=Tamara |ultimo3=Pringsheim |publicado=}}</ref>
Os modelos clínicos atuais sobre o TDAH sugerem que a patologia está associada a deficiências funcionais que afetam alguns dos [[Neurotransmissor|sistemas de neurotransmissores]] do cérebro.<ref name=":10" /> Por sua vez, essas deficiências funcionais estão ligadas tanto à neurotransmissão [[Dopaminérgico|dopaminérgica]] debilitada na [[via mesolímbica]], como também à neurotransmissão de [[noradrenalina]] nas projeções noradrenérgicas do [[cerúleo]] para o [[córtex pré-frontal]].<ref name=":10" /> Substâncias psicoestimulantes, como [[metilfenidato]] e anfetamina, são eficazes no tratamento do TDAH porque aumentam a atividade dos neurotransmissores nessas regiões do cérebro.<ref name=":10" /><ref name=":11" /><ref>{{Citar periódico |titulo=Cognitive enhancers for the treatment of ADHD |doi=10.1016/j.pbb.2011.05.002 |ultimo3=Kollins |primeiro3=Scott H. |ultimo2=McClernon |primeiro2=F. Joseph |ultimo=Bidwell |primeiro=L. Cinnamon |lingua=en |acessodata=2020-10-06 |url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0091305711001353 |numero=2 |pmid=21596055 |pmc=3353150 |paginas=262–274 |issn=0091-3057 |data=2011-08-01 |jornal=Pharmacology Biochemistry and Behavior |publicado=}}</ref> Melhorias nos sintomas do TDAH foram observadas em aproximadamente 80% dos pacientes tratados com estimulantes.<ref>{{Citar web |ultimo=Parker |primeiro=Jack |ultimo2=Wales |primeiro2=Gill |url=https://www.dovepress.com/the-long-term-outcomes-of-interventions-for-the-management-of-attentio-peer-reviewed-article-PRBM |titulo=The long-term outcomes of interventions for the management of attention-deficit hyperactivity disorder in children and adolescents: a systematic review of randomized controlled trials |data=2013-09-17 |acessodata=2020-10-06 |publicado=Psychology Research and Behavior Management |lingua=en |doi=10.2147/prbm.s49114 |pmc=3785407 |pmid=24082796 |citacao=Apenas um artigo, que examinou resultados por mais de 36 meses, atendeu aos critérios de revisão. [...] Há evidências de alto nível sugerindo que o tratamento farmacológico pode ter um grande efeito benéfico sobre os principais sintomas do TDAH (hiperatividade, desatenção e impulsividade) em aproximadamente 80% dos casos, em comparação com placebo, em curto prazo. |ultimo3=Chalhoub |primeiro3=Nevyne |ultimo4=Harpin |primeiro4=Val}}</ref> De modo geral, crianças com TDAH que são tratadas com medicamentos estimulantes são menos distraídas e impulsivas, apresentam melhores relacionamentos com colegas e familiares, possuem melhor desempenho na escola e uma maior capacidade de concentração.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/663097994|título=Attention deficit hyperactivity disorder handbook : a physician's guide to ADHD|ultimo=Millichap, J. Gordon.|primeiro=|data=2010|editora=Springer|ano=|edicao=2nd ed|local=New York|página=|páginas=111-113|lingua=en|capitulo=Chapter 9: Medications for ADHD|oclc=663097994}}</ref><ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://www.webmd.com/add-adhd/adhd-medication-chart |titulo=ADHD Medications & Side Effects |data=11/2013 |acessodata=2020-10-06 |website=WebMD |publicado=http://www.webmd.com/add-adhd/childhood-adhd/stimulants-for-attention-deficit-hyperactivity-disorder |lingua=en}}</ref> Revisões sistemáticas, realizadas pela [[Colaboração Cochrane]],{{Nota de rodapé|Os estudos da Colaboração Cochrane são revisões sistemáticas metanalíticas de ensaios clínicos randomizados de alta qualidade.<ref>{{Citar periódico |titulo=The Cochrane Collaboration |url=https://www.nature.com/articles/1602188 |jornal=European Journal of Clinical Nutrition |data=2005-08 |issn=1476-5640 |paginas=S147–S149 |numero=1 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1038/sj.ejcn.1602188 |lingua=en |primeiro=R. J. P. M. |ultimo=Scholten |primeiro2=M. |ultimo2=Clarke |primeiro3=J. |ultimo3=Hetherington}}</ref>}} sobre o tratamento com anfetaminas em crianças, adolescentes e adultos com TDAH concluíram que estudos de curto prazo demonstram que psicoestimulantes diminuem a gravidade dos sintomas, mas possuem taxas de descontinuação mais altas do que em tratamentos com medicamentos não estimulantes, devido aos [[Efeitos Colaterais|efeitos colaterais]].<ref>{{Citar periódico |titulo=Amphetamines for attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) in adults |url=https://doi.org/10.1002/14651858.CD007813.pub3 |jornal=Cochrane Database of Systematic Reviews |data=2018-08-09 |issn=1465-1858 |pmc=6513464 |pmid=30091808 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1002/14651858.cd007813.pub3 |primeiro=Xavier |ultimo=Castells |primeiro2=Lídia |ultimo2=Blanco-Silvente |primeiro3=Ruth |ultimo3=Cunill |publicado=}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Amphetamines for attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) in children and adolescents |primeiro3=Lisa |primeiro7=Sunita |ultimo6=Nikles |primeiro6=Jane |ultimo5=Vandermeer |primeiro5=Ben |ultimo4=Urichuk |primeiro4=Liana |ultimo3=Hartling |ultimo2=Shamseer |url=https://doi.org/10.1002/14651858.CD009996.pub2 |primeiro2=Larissa |ultimo=Punja |primeiro=Salima |doi=10.1002/14651858.cd009996.pub2 |acessodata=2020-10-06 |issn=1465-1858 |data=2016-02-04 |jornal=Cochrane Database of Systematic Reviews |ultimo7=Vohra}}</ref> Uma revisão da Cochrane sobre o tratamento de TDAH em crianças com transtornos de [[Tique|tiques]], como a [[síndrome de Tourette]], indicou que psicoestimulantes não costumam piorar os tiques, mas altas doses de dextroanfetamina podem exacerbar os tiques em alguns indivíduos.<ref>{{Citar periódico |titulo=Pharmacological treatment for attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) in children with comorbid tic disorders |url=https://doi.org/10.1002/14651858.CD007990.pub3 |jornal=Cochrane Database of Systematic Reviews |data=2018-06-26 |issn=1465-1858 |pmc=6513283 |pmid=29944175 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1002/14651858.cd007990.pub3 |primeiro=Sydney T |ultimo=Osland |primeiro2=Thomas DL |ultimo2=Steeves |primeiro3=Tamara |ultimo3=Pringsheim |publicado=}}</ref>


==== Formas disponíveis ====
===== Formas disponíveis =====
Adderall está disponível em [[Forma farmacêutica|formas farmacêuticas]] de [[Comprimido|comprimidos]] de liberação imediata (IR), e em duas formulações diferentes de liberação estendida (XR).<ref name=":0" /> Normalmente, as formulações de liberação estendida são tomadas durante a manhã.<ref>{{Citar web |url=https://www.baptistjax.com/health-library/drugnotes/amphetamine/dextroamphetamine-by-mouth |titulo=Amphetamine/dextroamphetamine (By mouth) |acessodata=2020-10-02 |website=www.baptistjax.com}}</ref> Uma formulação de liberação estendida mais curta está disponível sob a marca Adderall XR, com efeito de aproximadamente 12 horas, e que foi projetada para fornecer um efeito terapêutico e concentrações plasmáticas semelhantes a tomar duas doses do medicamento, na forma de liberação imediata, com um intervalo de 4 horas entre as administrações.<ref name=":5">{{Citar web |url=https://www.drugs.com/availability/generic-adderall.html |titulo=Generic Adderall Availability |acessodata=2020-10-02 |website=Drugs.com |lingua=en}}</ref> Uma formulação de liberação estendida mais longa, com efeito que se estende por aproximadamente 16 horas, também está disponível.<ref name=":5" />
Adderall está disponível em [[Forma farmacêutica|formas farmacêuticas]] de [[Comprimido|comprimidos]] de liberação imediata (IR), e em duas formulações diferentes de liberação estendida (XR).<ref name=":0" /> Normalmente, as formulações de liberação estendida são tomadas durante a manhã.<ref>{{Citar web |url=https://www.baptistjax.com/health-library/drugnotes/amphetamine/dextroamphetamine-by-mouth |titulo=Amphetamine/dextroamphetamine (By mouth) |acessodata=2020-10-02 |website=www.baptistjax.com}}</ref> Uma formulação de liberação estendida mais curta está disponível sob a marca Adderall XR, com efeito de aproximadamente 12 horas, e que foi projetada para fornecer um efeito terapêutico e concentrações plasmáticas semelhantes a tomar duas doses do medicamento, na forma de liberação imediata, com um intervalo de 4 horas entre as administrações.<ref name=":5">{{Citar web |url=https://www.drugs.com/availability/generic-adderall.html |titulo=Generic Adderall Availability |acessodata=2020-10-02 |website=Drugs.com |lingua=en}}</ref> Uma formulação de liberação estendida mais longa, com efeito que se estende por aproximadamente 16 horas, também está disponível.<ref name=":5" />

=== Potencializador de desempenho ===

===== Desempenho cognitivo =====
Uma [[revisão sistemática]] e uma [[metanálise]] de [[Ensaio clínico|ensaios clínicos]] de alta qualidade descobriram que, quando utilizada em doses baixas e terapêuticas, a anfetamina produz melhorias modestas, mas clinicamente relevantes, no [[controle cognitivo]] de adultos saudáveis, o que inclui [[memória de trabalho]], [[memória episódica]] e em alguns aspectos da [[atenção]].<ref name=":16">{{Citar periódico |titulo=The Cognition-Enhancing Effects of Psychostimulants Involve Direct Action in the Prefrontal Cortex |doi=10.1016/j.biopsych.2014.09.013 |publicado= |ultimo3=Berridge |primeiro3=Craig W. |ultimo2=Devilbiss |primeiro2=David M. |ultimo=Spencer |primeiro=Robert C. |acessodata=2020-10-06 |url=https://doi.org/10.1016/j.biopsych.2014.09.013 |numero=11 |pmid=25499957 |pmc=4377121 |paginas=940–950 |issn=0006-3223 |data=2015-06 |jornal=Biological Psychiatry |citacao=As ações cognitivas benéficas dos psicoestimulantes estão associadas apenas a baixas doses. Apesar de quase 80 anos de uso clínico, a neurobiologia das ações cognitivas de psicoestimulantes só foi sistematicamente investigada recentemente. Os resultados desta pesquisa demonstram, inequivocamente, que os efeitos de aumento da cognição dos psicoestimulantes envolvem a elevação preferencial das catecolaminas no córtex pré-frontal e a ativação dos receptores adrenérgicos α2 e de dopamina D1. [...] Essa evidência indica que, em doses baixas e clinicamente relevantes, os psicoestimulantes são desprovidos das ações comportamentais e neuroquímicas que definem esta classe de drogas e, em vez disso, agem amplamente como intensificadores cognitivos [...] Particularmente, em animais e humanos, doses mais baixas melhoram ao máximo o desempenho em testes de memória de trabalho e inibição de resposta.}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Prescription Stimulants' Effects on Healthy Inhibitory Control, Working Memory, and Episodic Memory: A Meta-analysis |primeiro=Irena P. |publicado= |ultimo3=Farah |primeiro3=Martha J. |ultimo2=Hook |primeiro2=Cayce J. |ultimo=Ilieva |doi=10.1162/jocn_a_00776 |url=https://doi.org/10.1162/jocn_a_00776 |acessodata=2020-10-06 |numero=6 |paginas=1069–1089 |issn=0898-929X |data=2015-01-15 |jornal=Journal of Cognitive Neuroscience |citacao=Especificamente, em um conjunto de experimentos que selecionou projetos de alta qualidade, encontramos um aprimoramento significativo de várias habilidades cognitivas. [...] Os resultados desta meta-análise confirmam a realidade dos efeitos de aprimoramento cognitivo para adultos normais e saudáveis, ao mesmo tempo que indicam que esses efeitos são modestos em tamanho.}}</ref> Os efeitos de aumento da cognição ocasionados pela anfetamina são parcialmente mediados pela ativação indireta do [[Receptor de dopamina D1|receptor de dopamina D<sub>1</sub>]] e do [[Receptor adrenérgico alfa 2|receptor adrenérgico α<sub>2</sub>]] no [[córtex pré-frontal]].<ref name=":11" /><ref name=":16" /> Uma revisão sistemática, publicada em 2014, descobriu que baixas doses de anfetamina também melhoram a [[consolidação da memória]] que, por sua vez, aumenta a capacidade da [[memória]] em recordar informações.<ref>{{Citar periódico |titulo=Efficacy of stimulants for cognitive enhancement in non-attention deficit hyperactivity disorder youth: a systematic review |acessodata=2020-10-06 |publicado= |ultimo2=Kaminer |primeiro2=Yifrah |ultimo=Bagot |primeiro=Kara Simone |doi=10.1111/add.12460 |numero=4 |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24749160/ |pmid=24749160 |pmc=4471173 |paginas=547–557 |issn=1360-0443 |data=2014-04 |jornal=Addiction (Abingdon, England) |citacao=Demonstrou-se que a anfetamina melhora a consolidação da memória (0,02 ≥ P ≤ 0,05), levando a uma melhor recordação.}}</ref> Doses terapêuticas de anfetamina também aumentam a eficiência da rede cortical, efeito que media o aprimoramento da memória de trabalho dos indivíduos.<ref name=":11" /><ref>{{Citar periódico |titulo=Regional cerebral blood flow response to oral amphetamine challenge in healthy volunteers |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11337538/ |jornal=Journal of Nuclear Medicine: Official Publication, Society of Nuclear Medicine |data=2001-04 |issn=0161-5505 |paginas=535–542 |pmid=11337538 |numero=4 |acessodata=2020-10-06 |primeiro=M. D. |ultimo=Devous |primeiro2=M. H. |ultimo2=Trivedi |primeiro3=A. J. |ultimo3=Rush}}</ref> A anfetamina, bem como outros estimulantes usados no tratamento do TDAH, também aumentam o estado de vigília e a saliência de incentivo (ou seja, motivação e desejo) para a realização de tarefas, aperfeiçoando o comportamento direcionado a atingir metas.<ref name=":11" /><ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/273018757|título=Molecular neuropharmacology : a foundation for clinical neuroscience|ultimo=Nestler, Eric J.|primeiro=|ultimo2=Malenka, Robert C.|data=2009|editora=McGraw-Hill Medical|ano=2009|edicao=2nd ed|local=New York|página=266|páginas=|oclc=273018757|citacao=A dopamina atua no núcleo accumbens, aumentando o significado motivacional dos estímulos associados à recompensa.}}</ref><ref name=":17">{{Citar periódico |titulo=Psychostimulants and Cognition: A Continuum of Behavioral and Cognitive Activation |doi=10.1124/pr.112.007054 |primeiro4=Stephan G. |ultimo3=Shuman |primeiro3=Tristan |ultimo2=Sage |primeiro2=Jennifer R. |ultimo=Wood |primeiro=Suzanne |acessodata=2020-10-06 |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3880463/ |numero=1 |pmid=24344115 |pmc=3880463 |paginas=193–221 |issn=0031-6997 |data=2014-1 |jornal=Pharmacological Reviews |ultimo4=Anagnostaras}}</ref> Estimulantes, como a anfetamina, podem melhorar o desempenho em tarefas difíceis e repetitivas, e são usados por alguns estudantes para fins acadêmicos.<ref name=":11" /><ref>{{Citar web |ultimo=Weyandt |primeiro=Lisa L. |ultimo2=Oster |primeiro2=Danielle R. |url=https://www.dovepress.com/pharmacological-interventions-for-adolescents-and-adults-with-adhd-sti-peer-reviewed-article-PRBM |titulo=Pharmacological interventions for adolescents and adults with ADHD: stimulant and nonstimulant medications and misuse of prescription stimulants |data=2014-09-09 |acessodata=2020-10-06 |website=Psychology Research and Behavior Management |lingua=English |ultimo3=Marraccini |primeiro3=Marisa E. |ultimo4=Gudmundsdottir |primeiro4=Bergljot Gyda |ultimo5=Munro |primeiro5=Bailey A. |ultimo6=Zavras |primeiro6=Brynheld Martinez |ultimo7=Kuhar |primeiro7=Ben}}</ref><ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://www.jsonline.com/story/index.aspx?id=410902 |titulo=Pills become an addictive study aid |data=26/03/2006 |acessodata=06/10/2020 |publicado=JS Online |autor=Twohey M |lingua=en |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070815200239/http://www.jsonline.com/story/index.aspx?id=410902 |arquivodata=15/08/2007 |urlmorta=}}</ref> Nos [[Estados Unidos]], com base em estudos autorreportados de usos ilícitos de estimulantes, estima-se que entre 5% a 35% dos estudantes universitários utilizam estimulantes obtidos sem prescrição médica.<ref>{{Citar periódico |titulo=Illicit Use of Specific Prescription Stimulants Among College Students: Prevalence, Motives, and Routes of Administration |primeiro=Christian J. |primeiro5=Carol J. |ultimo4=Cranford |primeiro4=James A. |ultimo3=LaGrange |primeiro3=Kristy |ultimo2=McCabe |primeiro2=Sean Esteban |ultimo=Teter |doi=10.1592/phco.26.10.1501 |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1794223/ |acessodata=2020-10-06 |numero=10 |pmid=16999660 |pmc=1794223 |paginas=1501–1510 |issn=0277-0008 |data=2006-10 |jornal=Pharmacotherapy |ultimo5=Boyd}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Pharmacological interventions for adolescents and adults with ADHD: stimulant and nonstimulant medications and misuse of prescription stimulants |ultimo2=Oster |primeiro7=Ben |ultimo6=Zavras |primeiro6=Brynheld Martinez |ultimo5=Munro |primeiro5=Bailey A |ultimo4=Gudmundsdottir |primeiro4=Bergljot Gyda |ultimo3=Marraccini |primeiro3=Marisa E |primeiro2=Danielle R |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4164338/ |ultimo=Weyandt |primeiro=Lisa L |doi=10.2147/PRBM.S47013 |acessodata=2020-10-06 |pmid=25228824 |pmc=4164338 |paginas=223–249 |issn=1179-1578 |data=2014-09-09 |jornal=Psychology Research and Behavior Management |ultimo7=Kuhar}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=The Potential for Misuse and Abuse of Medications in ADHD: A Review |url=https://doi.org/10.3810/pgm.2014.09.2801 |jornal=Postgraduate Medicine |data=2014-09-01 |issn=0032-5481 |paginas=64–81 |pmid=25295651 |numero=5 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.3810/pgm.2014.09.2801 |primeiro=David B. |ultimo=Clemow |primeiro2=Daniel J. |ultimo2=Walker |publicado= |citacao=No geral, os dados sugerem que o uso indevido e o desvio de medicamentos destinados ao tratamento do TDAH são problemas de saúde comuns para medicamentos estimulantes, com prevalência estimada em cerca de 5% a 10% dos estudantes do ensino médio e de 5% a 35% dos universitários, dependendo do estudo.}}</ref> Altas doses de anfetamina, sobretudo as que estão acima da [[Índice terapêutico|faixa terapêutica]], podem interferir negativamente na memória de trabalho e em outros aspectos do controle cognitivo.<ref name=":11" /><ref name=":17" />

===== Desempenho físico =====
Devido aos efeitos estimulantes, a anfetamina é usada por alguns atletas que buscam, por exemplo, obter aumento da resistência física ou do alerta mental.<ref name=":15" /><ref name=":13" /> Entretanto, o uso não medicinal de anfetamina é proibido em eventos esportivos que, geralmente, são regulamentados por [[Antidoping|agências antidoping]] nacionais e internacionais.<ref>{{Citar periódico |titulo=Pharmacology of stimulants prohibited by the World Anti-Doping Agency (WADA) |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2439527/ |jornal=British Journal of Pharmacology |data=2008-06 |issn=0007-1188 |paginas=606–622 |pmc=2439527 |pmid=18500382 |numero=3 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1038/bjp.2008.124 |primeiro=J R |ultimo=Docherty}}</ref><ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://www.ncaapublications.com/productdownloads/SAHS09.pdf |titulo=National Study of Substance Use Trends Among NCAA College Student-Athletes |data=01/2012 |acessodata=08/12/2013 |publicado=National Collegiate Athletic Association (NCAA Publications) |autor=Bracken NM}}</ref> Em pessoas saudáveis e em doses terapêuticas, evidências demonstram que a anfetamina aumenta a força muscular, aceleração, [[Anaeróbico|desempenho anaeróbico]] e atrasa o início da [[fadiga]], ao mesmo tempo em que melhora o [[Tempo de reação (psicologia)|tempo de reação]].<ref name=":15" /><ref name=":18">{{Citar periódico |titulo=Attention-Deficit Hyperactivity Disorder and the Athlete: New Advances and Understanding |url=https://doi.org/10.1016/j.csm.2011.03.007 |jornal=Clinics in Sports Medicine |data=2011-07 |issn=0278-5919 |paginas=591–610 |numero=3 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1016/j.csm.2011.03.007 |primeiro=Jesse W. |ultimo=Parr |publicado= |citacao=Em 1980, Chandler e Blair mostraram aumentos significativos na força de extensão do joelho, aceleração, capacidade anaeróbica, frequência cardíaca pré-exercício e máxima e tempo de exaustão durante o teste de consumo máximo de oxigênio (VO2 máximo) após a administração de 15mg de dextroanfetamina comparada a placebo.}}</ref><ref name=":19">{{Citar periódico |titulo=Neurophysiological Determinants of Theoretical Concepts and Mechanisms Involved in Pacing |primeiro2=Jos |publicado= |ultimo5=Meeusen |primeiro5=Romain |ultimo4=Hettinga |primeiro4=Floor |ultimo3=Foster |primeiro3=Carl |ultimo2=de Koning |ultimo=Roelands |url=https://doi.org/10.1007/s40279-013-0030-4 |primeiro=Bart |lingua=en |doi=10.1007/s40279-013-0030-4 |acessodata=2020-10-06 |numero=5 |paginas=301–311 |issn=1179-2035 |data=2013-05-01 |jornal=Sports Medicine |citacao=Em altas temperaturas ambientes, as substâncias dopaminérgicas claramente melhoram o desempenho. A distribuição da produção de energia revela que, após a inibição da recaptação da dopamina, os indivíduos são capazes de manter uma produção de energia mais alta em comparação com o placebo.}}</ref> Os efeitos de intensificação do desempenho físico são resultado, principalmente, da ação da anfetamina na inibição de receptação e liberação de dopamina no sistema nervoso central.<ref name=":18" /><ref name=":19" /><ref>{{Citar periódico |titulo=Executive dysfunction in Parkinson’s disease and timing deficits |ultimo=Parker |publicado= |ultimo4=Narayanan |primeiro4=Nandakumar S. |ultimo3=Caetano |primeiro3=Marcelo S. |ultimo2=Lamichhane |primeiro2=Dronacharya |primeiro=Krystal L. |url=https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnint.2013.00075/full |lingua=English |doi=10.3389/fnint.2013.00075 |acessodata=2020-10-06 |pmid=24198770 |pmc=3813949 |issn=1662-5145 |data=2013 |jornal=Frontiers in Integrative Neuroscience |citacao=As manipulações da sinalização dopaminérgica influenciam profundamente o tempo de intervalo, levando à hipótese de que a dopamina influencia a atividade do marcapasso interno, ou "relógio". Por exemplo, a anfetamina, que aumenta as concentrações de dopamina na fenda sináptica, aumenta o início da resposta durante o tempo de intervalo, enquanto os antagonistas dos receptores de dopamina do tipo D2 normalmente reduzem esse tempo.}}</ref> A anfetamina e outras drogas dopaminérgicas também aumentam a produção de energia na [[Escala de Borg|classificação da percepção subjetiva do esforço]], permitindo, através de alterações na [[termorregulação]], um aumento no limite da temperatura corporal.<ref name=":19" /><ref>{{Citar periódico |titulo=Is it time to turn our attention toward central mechanisms for post-exertional recovery strategies and performance? |primeiro2=Christos |publicado= |ultimo5=Driller |primeiro5=Matthew |ultimo4=Northey |primeiro4=Joseph |ultimo3=Martin |primeiro3=Kristy |ultimo2=Argus |ultimo=Rattray |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4362407/ |primeiro=Ben |doi=10.3389/fphys.2015.00079 |acessodata=2020-10-06 |pmid=25852568 |pmc=4362407 |issn=1664-042X |data=2015-03-17 |jornal=Frontiers in Physiology |citacao=Drogas estimulantes dopaminérgicas são conhecidas por melhorar aspectos do desempenho no exercício (Roelands et al., 2008)}}</ref> Em doses terapêuticas, os efeitos adversos da anfetamina não impedem o desempenho atlético,<ref name=":15" /><ref name=":18" /> entretanto, em doses elevadas, a anfetamina pode induzir efeitos que prejudicam o desempenho de modo substancial, como a [[Rabdomiólise|síndrome de destruição do músculo esquelético]] e [[Hipertermia|hipertemia]].<ref name=":15" /><ref name=":18" />

Nos [[Estados Unidos]], o Adderall foi banido da [[National Football League]] (NFL), [[Major League Baseball]] (MLB), [[National Basketball Association]] (NBA) e [[National Collegiate Athletic Association|National Collegiate Athletics Association]] (NCAA).<ref name=":20">{{Citar web |ultimo=Sports |primeiro=David Leon Moore and Jim Corbett, USA TODAY |url=https://www.usatoday.com/story/sports/nfl/2012/11/27/adderall-in-pro-sports/1730431/ |titulo=Do pro sports leagues have an Adderall problem? |acessodata=2020-10-06 |website=USA TODAY |lingua=en-US}}</ref> Em ligas como a NFL, mesmo quando o atleta obtém uma prescrição médica de anfetamina, um processo adicional rigoroso é necessário para obter uma isenção que permite o uso.<ref name=":20" />


=== Recreativo ===
=== Recreativo ===
Adderall tem alto potencial de [[Abuso de drogas|abuso]] quando usado como uma [[Uso recreativo de drogas|droga recreativa]].<ref>{{Citar web |ultimo=Abuse |primeiro=National Institute on Drug |url=https://www.drugabuse.gov/drug-topics/commonly-used-drugs-charts |titulo=Commonly Used Drugs Charts |data=2020-08-20 |acessodata=2020-10-02 |website=National Institute on Drug Abuse |lingua=en}}</ref> Os comprimidos podem ser esmagados e cheirados, ou dissolvidos em água e injetados.<ref>{{Citar periódico |titulo=Mitigating risks of students use of study drugs through understanding motivations for use and applying harm reduction theory: a literature review |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5639593/ |jornal=Harm Reduction Journal |data=2017-10-06 |issn=1477-7517 |pmc=5639593 |pmid=28985738 |acessodata=2020-10-02 |doi=10.1186/s12954-017-0194-6 |primeiro=Dor David |ultimo=Abelman}}</ref> A injeção na corrente sanguínea é particularmente perigosa porque componentes insolúveis, que estão na composição dos comprimidos, podem bloquear [[Vaso sanguíneo|vasos sanguíneos]], formando [[coágulos]].<ref name=":6">{{Citar periódico |titulo=Mitigating risks of students use of study drugs through understanding motivations for use and applying harm reduction theory: a literature review |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5639593/ |jornal=Harm Reduction Journal |data=2017-10-06 |issn=1477-7517 |pmc=5639593 |pmid=28985738 |acessodata=2020-10-02 |doi=10.1186/s12954-017-0194-6 |primeiro=Dor David |ultimo=Abelman}}</ref> Muitos estudantes relatam utilizar Adderall com o objetivo de aprimorar o desempenho cognitivo em atividades acadêmicas. Alguns dos fatores de risco para o uso indevido de estimulantes incluem: possuir características de [[comportamento divergente]] (ou seja, exibir comportamento delinquente ou desviante), baixa [[autoestima]], desempenho acadêmico ruim, e a presença de [[Comorbidade|doenças psiquiátricas]] não diagnosticadas.<ref name=":6" />
Adderall tem alto potencial de [[Abuso de drogas|abuso]] quando usado como uma [[Uso recreativo de drogas|droga recreativa]].<ref>{{Citar web |ultimo=Abuse |primeiro=National Institute on Drug |url=https://www.drugabuse.gov/drug-topics/commonly-used-drugs-charts |titulo=Commonly Used Drugs Charts |data=2020-08-20 |acessodata=2020-10-02 |website=National Institute on Drug Abuse |lingua=en}}</ref> Os comprimidos podem ser esmagados e cheirados, ou dissolvidos em água e injetados.<ref>{{Citar periódico |titulo=Mitigating risks of students use of study drugs through understanding motivations for use and applying harm reduction theory: a literature review |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5639593/ |jornal=Harm Reduction Journal |data=2017-10-06 |issn=1477-7517 |pmc=5639593 |pmid=28985738 |acessodata=2020-10-02 |doi=10.1186/s12954-017-0194-6 |primeiro=Dor David |ultimo=Abelman}}</ref> A injeção na corrente sanguínea é particularmente perigosa porque componentes insolúveis, que estão na composição dos comprimidos, podem bloquear [[Vaso sanguíneo|vasos sanguíneos]], formando [[coágulos]].<ref name=":6">{{Citar periódico |titulo=Mitigating risks of students use of study drugs through understanding motivations for use and applying harm reduction theory: a literature review |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5639593/ |jornal=Harm Reduction Journal |data=2017-10-06 |issn=1477-7517 |pmc=5639593 |pmid=28985738 |acessodata=2020-10-02 |doi=10.1186/s12954-017-0194-6 |primeiro=Dor David |ultimo=Abelman}}</ref> Muitos estudantes relatam utilizar Adderall com o objetivo de aprimorar o desempenho cognitivo em atividades acadêmicas. Alguns dos fatores de risco para o uso indevido de estimulantes incluem: possuir características de [[comportamento divergente]] (ou seja, exibir comportamento delinquente ou desviante), baixa [[autoestima]], desempenho acadêmico ruim, e a presença de [[Comorbidade|doenças psiquiátricas]] não diagnosticadas.<ref name=":6" />

== Contraindicações ==
Aderall é contraindicado em pessoas com histórico de [[abuso de drogas]], [[doença cardiovascular]], [[Agitação psicomotora|agitação]] ou ansiedade severa.<ref name=":0" /><ref name=":21">{{Citar web |url=https://dailymed.nlm.nih.gov/dailymed/drugInfo.cfm?setid=f469fb38-0380-4621-9db3-a4f429126156 |titulo=DailyMed - EVEKEO- amphetamine sulfate tablet |acessodata=2020-10-06 |website=dailymed.nlm.nih.gov}}</ref><ref name=":22">{{Citar web |url=http://www.inchem.org/documents/pims/pharm/pim934.htm |titulo=Amphetamine (PIM 934) |acessodata=2020-10-06 |website=www.inchem.org}}</ref> Também é contraindicado em pessoas com [[arteriosclerose]] avançada (endurecimento das artérias), [[glaucoma]] (aumento da pressão ocular), [[hipertireoidismo]] (produção excessiva de hormônio tireoidiano) ou [[hipertensão]] moderada a grave.<ref name=":0" /><ref name=":21" /><ref name=":22" /> Pessoas que tiveram [[reações alérgicas]] a outros estimulantes ou que estão tomando [[Inibidor da monoamina oxidase|inibidores da monoamina oxidase]] (IMAO), uma classe de [[Antidepressivo|antidepressivos]], não devem ser tratadas com anfetaminas, <ref name=":0" /><ref name=":21" /><ref name=":22" /> embora o uso concomitante e seguro de anfetaminas e inibidores da monoamina oxidase tenha sido reportado.<ref>{{Citar periódico |titulo=Combining Stimulants With Monoamine Oxidase Inhibitors: A Review of Uses and One Possible Additional Indication |url=http://www.psychiatrist.com/JCP/article/Pages/combining-stimulants-monoamine-oxidase-inhibitors.aspx |jornal=The Journal of Clinical Psychiatry |data=2004-11-01 |issn=0160-6689 |paginas=1520–1524 |numero=11 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.4088/jcp.v65n1113 |lingua=English |primeiro=S. Shalom |ultimo=Feinberg}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=How treatable is refractory depression? |url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0165032714003425 |jornal=Journal of Affective Disorders |data=2014-10-01 |issn=0165-0327 |paginas=148–152 |acessodata=2020-10-06 |doi=10.1016/j.jad.2014.05.047 |lingua=en |primeiro=Jonathan W. |ultimo=Stewart |primeiro2=Deborah A. |ultimo2=Deliyannides |primeiro3=Patrick J. |ultimo3=McGrath}}</ref> Além disso, em pessoas com [[anorexia nervosa]], [[transtorno bipolar]], [[depressão]], [[hipertensão]], problemas [[Hepático|hepáticos]] ou [[renais]], [[mania]], [[psicose]], [[fenômeno de Raynaud]], [[convulsões]], problemas de [[Tiroide|tireoide]], [[tiques]] ou [[síndrome de Tourette]], os sintomas devem ser cautelosamente monitorados durante o tratamento com anfetaminas.<ref name=":21" /><ref name=":22" /> Evidências de estudos com humanos indicam que o uso terapêutico de anfetaminas não causa anormalidades no desenvolvimento do feto ou recém-nascidos (ou seja, não possui efeitos [[teratogênicos]]), porém o abuso de anfetaminas apresenta riscos para o feto.<ref name=":22" /> Também foi demonstrado que a anfetamina passa para o leite materno, portanto, é aconselhável que a amamentação não ocorra durante o uso de anfetaminas.<ref name=":0" /><ref name=":22" /> Devido ao potencial de deficiências reversíveis do crescimento,] recomenda-se a monitoração da altura e peso de crianças e adolescentes prescritos com um medicamento anfetamínico.<ref name=":0" />


== Efeitos colaterais ==
== Efeitos colaterais ==
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== Ver também ==
== Ver também ==
* [[Anfetamina]]
* [[Lisdexanfetamina]]
* [[Lisdexanfetamina]]
* [[Metilfenidato]]
* [[Metilfenidato]]
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Revisão das 04h36min de 6 de outubro de 2020

 Nota: Este artigo é sobre sobre uma associação medicamentosa de sais de anfentamina. Para informações gerais, veja anfetamina.
Anfetamina/dextroanfetamina
em forma de sais (1:1)
Alerta sobre risco à saúde
Outros nomes Adderall, Adderall XR, Mydayis
Identificadores
Número CAS 300-62-9
PubChem 3007
DrugBank DB00182
ChemSpider 13852819
ChEBI 2679
Código ATC N06BA02
Farmacologia
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Adderall[1] e Mydayis[2] são nomes comerciais[nota 1] de uma associação medicamentosa composta por quatro sais de anfetamina. Essa associação é formada por partes iguais de anfetamina e dextroanfetamina em suas formas racêmicas.[1][4] O medicamento final é composto por 75% de dextroanfetamina e por 25% de levanfetamina, que são dois enantiômeros da anfetamina. Esses enantiômeros agem como estimulantes, mas possuem um mecanismo de ação único, o que confere ao Adderall um perfil farmacológico distinto de outros medicamentos estimulantes, como os que são compostos apenas por anfetamina ou por dextroanfetamina em suas misturas racêmicas, que são comercializados, respectivamente, sob os nomes comerciais de Evekeo e Dexedrina/Zenzedi.[5] Adderall é utilizado no tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e da narcolepsia. Ele também é utilizado como intensificador do desempenho atlético, intensificador cognitivo e inibidor de apetite. Adderall é um estimulante do sistema nervoso central (SNC) que pertence à classe das feniletilaminas.[2]

Geralmente, o Adderall é eficaz e bem tolerado no tratamento dos sintomas do TDAH e narcolepsia. Em doses terapêuticas, o Adderall induz efeitos emocionais e cognitivos, como euforia, alterações na libido, aumento no estado de vigília e aprimoramento do controle cognitivo.[6] Nessas doses, também induz efeitos físicos, como aceleração do tempo de reação, resistência à fadiga e aumento da força muscular. Por outro lado, doses elevadas de Adderall podem prejudicar o controle cognitivo, causar rápida degradação muscular ou induzir sintomas de psicose (por exemplo, delírios e paranoia).[7] Os efeitos colaterais do Adderall variam bastante entre os indivíduos, mas os mais comuns são insônia, boca seca e perda de apetite. O risco de desenvolvimento de toxicodependência é insignificante quando o Adderall é usado conforme prescrito e em doses terapêuticas, como as que são utilizadas para tratar TDAH.[8][9] No entanto, quando o Adderall é usado diariamente em doses elevadas, há um risco significativo de desenvolvimento de toxicodependência que se deve, particularmente, aos estímulos reforçadores e ao desenvolvimento de tolerância medicamentosa.[10][11] Ainda, o uso recreativo de anfetamina envolve, geralmente, dosagens significativamente maiores do que as doses terapêuticas, o que também aumenta a incidência de efeitos colaterais graves.[12][13][14][15]

Os dois enantiomêros de anfetamina que compõem o Adderall, levoanfetamina e dextroamfetamina, aliviam os sintomas do TDAH e da narcolepsia porque aumentam a atividade dos neurotransmissores noradrenalina e dopamina no cérebro. Em parte, esse efeito é resultado das interações dos princípios ativos com o receptor 1 associado a aminas traço (TAAR1) e com o transportador 2 de monoamina vesicular (VMAT2) nos neurônios.[16][17][18][19] Em comparação com a levoanfetamina, a dextroanfetamina é um estimulante mais potente, mas a levoanfetamina possui efeitos cardiovasculares e periféricos ligeiramente mais fortes e uma meia-vida de eliminação mais longa, permanecendo no corpo por mais tempo do que a dextroanfetamina.[20] A anfetamina, princípio ativo do Adderall, compartilha muitas propriedades químicas e farmacológicas com as aminas traço, particularmente com a fenetilamina e com a N-metilfenetilamina (NMPEA), um isômero posicional de anfetamina.[10][20][21][22] Em 2017, Adderall foi a 27ª medicação mais prescrita nos Estados Unidos, contabilizando mais de 24 milhões de prescrições médicas.[23][24]

Usos

Médico

Adderall é utilizado no tratamento do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e da narcolepsia (um tipo de distúrbio do sono).[12][25] Em algumas espécies de animais, a administração de anfetaminas a longo prazo, especialmente em doses elevadas, pode causar danos neurológicos e anormalidades no sistema dopaminérgico do cérebro,[26][27] mas em humanos com TDAH, as anfetaminas farmacêuticas, quando utilizadas em dosagens terapêuticas e sob orientação médica, parecem melhorar o desenvolvimento cerebral e o desenvolvimento dos nervos.[28][29] Revisões de estudos de ressonância magnética sugerem que o tratamento a longo prazo com anfetaminas pode diminuir anormalidades na estrutura e função cerebral de indivíduos com TDAH, além de ampliar a função de algumas regiões do cérebro, como as do núcleo caudado direito e do gânglio basal.[28][29]

Revisões de ensaios clínicos sobre estimulantes estabeleceram a segurança e eficácia do uso contínuo de anfetaminas a longo prazo no tratamento do TDAH.[30][31] Ensaios clínicos controlados e randomizados de terapia contínua, com duração de dois anos, avaliaram que o uso terapêutico de estimulantes em indivíduos com TDAH demonstraram eficácia e segurança.[30] Duas revisões indicaram que a terapia com estimulantes contínua e de longo prazo, em indivíduos com TDAH, é eficaz na redução de seus principais sintomas (ou seja, hiperatividade, desatenção e impulsividade), consequentemente aumentando a qualidade de vida e produzindo melhorias em um grande número de funções desempenhadas pelo paciente, como em atividades escolares e acadêmicas, comportamento antissocial, condução de veículos, redução do consumo de drogas ilegais, tratamento de obesidade, melhoria na autoestima e outras funções sociais.[30][31] Uma revisão destacou um ensaio controlado e randomizado de nove meses sobre o tratamento com estimulantes em crianças com TDAH , que observou um aumento contínuo da atenção e diminuição de comportamentos divergentes e/ou hiperativos.[32] Outra revisão indicou que, com base nos ensaios clínicos de acompanhamento mais longos realizados até o momento, a terapia com estimulantes que se inicia ainda durante a infância é continuamente eficaz no controle dos sintomas do TDAH e na redução do risco de desenvolvimento de um transtorno de uso de substâncias quando adulto.[33]

Os modelos clínicos atuais sobre o TDAH sugerem que a patologia está associada a deficiências funcionais que afetam alguns dos sistemas de neurotransmissores do cérebro.[10] Por sua vez, essas deficiências funcionais estão ligadas tanto à neurotransmissão dopaminérgica debilitada na via mesolímbica, como também à neurotransmissão de noradrenalina nas projeções noradrenérgicas do cerúleo para o córtex pré-frontal.[10] Substâncias psicoestimulantes, como metilfenidato e anfetamina, são eficazes no tratamento do TDAH porque aumentam a atividade dos neurotransmissores nessas regiões do cérebro.[10][14][34] Melhorias nos sintomas do TDAH foram observadas em aproximadamente 80% dos pacientes tratados com estimulantes.[35] De modo geral, crianças com TDAH que são tratadas com medicamentos estimulantes são menos distraídas e impulsivas, apresentam melhores relacionamentos com colegas e familiares, possuem melhor desempenho na escola e uma maior capacidade de concentração.[36][37] Revisões sistemáticas, realizadas pela Colaboração Cochrane,[nota 2] sobre o tratamento com anfetaminas em crianças, adolescentes e adultos com TDAH concluíram que estudos de curto prazo demonstram que psicoestimulantes diminuem a gravidade dos sintomas, mas possuem taxas de descontinuação mais altas do que em tratamentos com medicamentos não estimulantes, devido aos efeitos colaterais.[39][40] Uma revisão da Cochrane sobre o tratamento de TDAH em crianças com transtornos de tiques, como a síndrome de Tourette, indicou que psicoestimulantes não costumam piorar os tiques, mas altas doses de dextroanfetamina podem exacerbar os tiques em alguns indivíduos.[41]

Formas disponíveis

Adderall está disponível em formas farmacêuticas de comprimidos de liberação imediata (IR), e em duas formulações diferentes de liberação estendida (XR).[12] Normalmente, as formulações de liberação estendida são tomadas durante a manhã.[42] Uma formulação de liberação estendida mais curta está disponível sob a marca Adderall XR, com efeito de aproximadamente 12 horas, e que foi projetada para fornecer um efeito terapêutico e concentrações plasmáticas semelhantes a tomar duas doses do medicamento, na forma de liberação imediata, com um intervalo de 4 horas entre as administrações.[43] Uma formulação de liberação estendida mais longa, com efeito que se estende por aproximadamente 16 horas, também está disponível.[43]

Potencializador de desempenho

Desempenho cognitivo

Uma revisão sistemática e uma metanálise de ensaios clínicos de alta qualidade descobriram que, quando utilizada em doses baixas e terapêuticas, a anfetamina produz melhorias modestas, mas clinicamente relevantes, no controle cognitivo de adultos saudáveis, o que inclui memória de trabalho, memória episódica e em alguns aspectos da atenção.[44][45] Os efeitos de aumento da cognição ocasionados pela anfetamina são parcialmente mediados pela ativação indireta do receptor de dopamina D1 e do receptor adrenérgico α2 no córtex pré-frontal.[14][44] Uma revisão sistemática, publicada em 2014, descobriu que baixas doses de anfetamina também melhoram a consolidação da memória que, por sua vez, aumenta a capacidade da memória em recordar informações.[46] Doses terapêuticas de anfetamina também aumentam a eficiência da rede cortical, efeito que media o aprimoramento da memória de trabalho dos indivíduos.[14][47] A anfetamina, bem como outros estimulantes usados no tratamento do TDAH, também aumentam o estado de vigília e a saliência de incentivo (ou seja, motivação e desejo) para a realização de tarefas, aperfeiçoando o comportamento direcionado a atingir metas.[14][48][49] Estimulantes, como a anfetamina, podem melhorar o desempenho em tarefas difíceis e repetitivas, e são usados por alguns estudantes para fins acadêmicos.[14][50][51] Nos Estados Unidos, com base em estudos autorreportados de usos ilícitos de estimulantes, estima-se que entre 5% a 35% dos estudantes universitários utilizam estimulantes obtidos sem prescrição médica.[52][53][54] Altas doses de anfetamina, sobretudo as que estão acima da faixa terapêutica, podem interferir negativamente na memória de trabalho e em outros aspectos do controle cognitivo.[14][49]

Desempenho físico

Devido aos efeitos estimulantes, a anfetamina é usada por alguns atletas que buscam, por exemplo, obter aumento da resistência física ou do alerta mental.[13][20] Entretanto, o uso não medicinal de anfetamina é proibido em eventos esportivos que, geralmente, são regulamentados por agências antidoping nacionais e internacionais.[55][56] Em pessoas saudáveis e em doses terapêuticas, evidências demonstram que a anfetamina aumenta a força muscular, aceleração, desempenho anaeróbico e atrasa o início da fadiga, ao mesmo tempo em que melhora o tempo de reação.[13][57][58] Os efeitos de intensificação do desempenho físico são resultado, principalmente, da ação da anfetamina na inibição de receptação e liberação de dopamina no sistema nervoso central.[57][58][59] A anfetamina e outras drogas dopaminérgicas também aumentam a produção de energia na classificação da percepção subjetiva do esforço, permitindo, através de alterações na termorregulação, um aumento no limite da temperatura corporal.[58][60] Em doses terapêuticas, os efeitos adversos da anfetamina não impedem o desempenho atlético,[13][57] entretanto, em doses elevadas, a anfetamina pode induzir efeitos que prejudicam o desempenho de modo substancial, como a síndrome de destruição do músculo esquelético e hipertemia.[13][57]

Nos Estados Unidos, o Adderall foi banido da National Football League (NFL), Major League Baseball (MLB), National Basketball Association (NBA) e National Collegiate Athletics Association (NCAA).[61] Em ligas como a NFL, mesmo quando o atleta obtém uma prescrição médica de anfetamina, um processo adicional rigoroso é necessário para obter uma isenção que permite o uso.[61]

Recreativo

Adderall tem alto potencial de abuso quando usado como uma droga recreativa.[62] Os comprimidos podem ser esmagados e cheirados, ou dissolvidos em água e injetados.[63] A injeção na corrente sanguínea é particularmente perigosa porque componentes insolúveis, que estão na composição dos comprimidos, podem bloquear vasos sanguíneos, formando coágulos.[64] Muitos estudantes relatam utilizar Adderall com o objetivo de aprimorar o desempenho cognitivo em atividades acadêmicas. Alguns dos fatores de risco para o uso indevido de estimulantes incluem: possuir características de comportamento divergente (ou seja, exibir comportamento delinquente ou desviante), baixa autoestima, desempenho acadêmico ruim, e a presença de doenças psiquiátricas não diagnosticadas.[64]

Contraindicações

Aderall é contraindicado em pessoas com histórico de abuso de drogas, doença cardiovascular, agitação ou ansiedade severa.[12][65][66] Também é contraindicado em pessoas com arteriosclerose avançada (endurecimento das artérias), glaucoma (aumento da pressão ocular), hipertireoidismo (produção excessiva de hormônio tireoidiano) ou hipertensão moderada a grave.[12][65][66] Pessoas que tiveram reações alérgicas a outros estimulantes ou que estão tomando inibidores da monoamina oxidase (IMAO), uma classe de antidepressivos, não devem ser tratadas com anfetaminas, [12][65][66] embora o uso concomitante e seguro de anfetaminas e inibidores da monoamina oxidase tenha sido reportado.[67][68] Além disso, em pessoas com anorexia nervosa, transtorno bipolar, depressão, hipertensão, problemas hepáticos ou renais, mania, psicose, fenômeno de Raynaud, convulsões, problemas de tireoide, tiques ou síndrome de Tourette, os sintomas devem ser cautelosamente monitorados durante o tratamento com anfetaminas.[65][66] Evidências de estudos com humanos indicam que o uso terapêutico de anfetaminas não causa anormalidades no desenvolvimento do feto ou recém-nascidos (ou seja, não possui efeitos teratogênicos), porém o abuso de anfetaminas apresenta riscos para o feto.[66] Também foi demonstrado que a anfetamina passa para o leite materno, portanto, é aconselhável que a amamentação não ocorra durante o uso de anfetaminas.[12][66] Devido ao potencial de deficiências reversíveis do crescimento,] recomenda-se a monitoração da altura e peso de crianças e adolescentes prescritos com um medicamento anfetamínico.[12]

Efeitos colaterais

Os efeitos colaterais do Adderall são variados, e a quantidade consumida da substância costuma ser o principal fator para determinar a gravidade dos efeitos colaterais.[69] Atualmente, o Adderall é aprovado para uso terapêutico de longo prazo pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USFDA).[69] Geralmente, o uso recreativo de Adderall envolve doses muito maiores que aquelas utilizadas terapeuticamente e, portanto, é significativamente mais perigoso, pois há maior probabilidade de gerar efeitos colaterais severos.[70]

Overdose

Uma overdose de anfetaminas pode desencadear diversos sintomas, mas quando tratada de modo adequado raramente é fatal.[71][72] A gravidade dos sintomas de overdose aumenta de acordo com a dose ingerida, enquanto diminui de acordo com a tolerância medicamentosa do indivíduo a anfetaminas.[73] Estudos mostram que pessoas com tolerância alta podem chegar a ingerir até 5 gramas de anfetamina em um dia, o que é cerca de 100 vezes mais que a dose terapêutica diária recomendada.[73] Os sintomas de uma overdose moderada e potencialmente fatal envolvem convulsões e coma.[74]

História, sociedade e cultura

História

A empresa farmacêutica Rexar reformulou seu medicamento para perda de peso que se mostrou ineficaz, o Obetrol, após sua retirada obrigatória do mercado em 1973, devido à Emenda Kefauver Harris, que complementou a Lei Federal de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos (Lei FD&C). A nova formulação substituiu dois componentes de metanfetamina por componentes de dextroamfetamina e anfetamina em igual proporção, e manteve o nome comercial Obetrol. Apesar de não ter sido aprovado pela Food and Drug Admnistration (FDA), o Obetrol chegou ao mercado e foi comercializado e vendido pela Rexar por vários anos.[75] Em 1994, a Richwood Pharmaceuticals adquiriu a Rexar e começou a promover o Obetrol como um tratamento para TDAH (e, posteriormente, também para narcolepsia), que passou a ser comercializado sob o novo nome comercial, Adderall.[76]

A FDA questionou a empresa por inúmeras violações relacionadas ao Obetrol, que foram descobertas durante inspeções de rotina após a venda da Rexar, e emitiu uma carta formal de advertência à Richwood Pharmaceuticals devido a violações das "novas disposições sobre medicamentos e da Lei FD&C". Após discussões prolongadas com a Richwood Pharmaceuticals, a FDA aprovou formalmente as primeiras revisões de rotulagem/sNDA do Obetrol em 1996, incluindo sua mudança de nome para Adderall e uma restauração de seu status como um produto medicamentoso aprovado. Em 1997, a Richwood Pharmaceuticals foi adquirida pela Shire Pharmaceuticals em uma transação de US$ 186 milhões, e a Shire introduziu o Adderall ao mercado, inicialmente apenas em forma de comprimido de liberação imediata.[76][77]

Em dezembro de 2013, dez empresas diferentes produziam genéricos do Adderall em forma de liberação imediata, e as empresas Teva Pharmaceutical Industries, Actavis, e Barr Pharmaceuticals produziam genéricos do Adderall em comprimidos de liberação prolongada.[78]

Formulação comercial

A fórmula química do Adderall é uma mistura de quatro sais de anfetamina. Mais especificamente, o Adderal é composto por partes iguais (considerando a massa molar) de aspartato de anfetamina monoidratado, sulfato de anfetamina, sulfato de dextroamfetamina e sacarato de dextroanfetamina. Essa mistura de princípios ativos tem efeitos no sistema nervoso central ligeiramente mais potentes do que a anfetamina em sua forma racêmica, devido à maior proporção de dextroamfetamina presente na formulação do Adderall.[16]

Ver também

Notas

  1. O termo "Adderall" é usado ao longo deste artigo principalmente porque a composição do medicamento, que contém quatro sais, torna seu nome não comercial (sulfato de dextroanfetamina 25%, sacarato de dextroanfetamina 25%, sulfato de anfetamina 25% e aspartato de anfetamina 25%) excessivamente longo.[3] Mydayis também é um nome comercial, porém mais recente e que não é muito usado para se referir à mistura.[2]
  2. Os estudos da Colaboração Cochrane são revisões sistemáticas metanalíticas de ensaios clínicos randomizados de alta qualidade.[38]

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