Homo erectus
Homo erectus | |
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Estado de conservação | |
Pré-histórica | |
Classificação científica | |
Nome binomial | |
Homo erectus (Dubois, 1894) |
Homo erectus é uma espécie extinta de hominídeo que viveu entre 1,8 milhões de anos[1] e 300 000 anos atrás[2] (Pleistoceno inferior e médio).
Eles mediam entre 1,30 e 1,70 m de altura,[1] com 70 quilos[1] e seu volume craniano era entre 750 e 1250 cm³, um aumento de cerca de 50% em relação ao seu ancestral Homo habilis. Seus esqueletos fósseis datam de cerca de 1,5 milhão de anos atrás, e foram encontrados principalmente na África.
Habitantes de diversos ecossistemas diferentes, produziam e usavam ferramentas bem mais elaboradas (como machados de mão), que representam a primeira ocorrência no registro fóssil de um design consciente. Acredita-se que produziram ferramentas de madeira e armas, que não foram preservadas. Foram provavelmente os primeiros a usar o fogo, e a iniciar uma migração do continente africano para diversas regiões. Sua alimentação era composta de vegetais, frutas, folhas,raízes e animais.
Descoberta
O mais antigo registro do Homo erectus foi encontrado pelo holandês Eugéne Dubois (1858-1940), numa margem do rio Bengawan Solo em Trinil, região central de Java. Foram encontrados restos fossilizados com entre 50 e 100 mil anos em África (p.ex., Lago Turkana e Desfiladeiro Olduvai), Europa (Geórgia), Indonésia (p.ex., Sangiran e Trinil), e China (p.ex., Shaanxi).
Evolução
Desde o descobrimento do Homo erectus, os cientistas questionam se esta espécie é um antepassado direto do H. sapiens, devido ao fato das investigações feitas não serem suficientes para se chegar a tal conclusão. As últimas populações de H. erectus - tais como as do rio Bengawan Solo, em Java - podem ter vivido há apenas 50 000 anos, simultaneamente com populações de H. sapiens, e se descarta que este tenha evoluído a partir destas últimas populações de H. erectus. Ainda que populações anteriores de H. erectus asiáticos poderiam ter dado lugar ao H. sapiens, hoje se considera mais provável que este evoluiu na África, provavelmente de populações africanas de H. erectus. Portanto, os primeiros H. sapiens teriam migrado desde o nordeste da África, há menos de 100 000 anos, até a Ásia, onde talvez tenha se encontrado com os últimos H. erectus.
Quanto à possível filogenia não parece provável o Homo habilis ter dado origem ao H. erectus de um modo direto, pois existiria uma probabilidade maior de ligação destas espécies com o H. rudolfensis. Tudo indica que os H. habilis viveram na África até mais ou menos 1 440 000 anos, indicando uma coexistência com H. erectus por um lapso de uns 500 000 anos.
Uma espécie que aparentemente descende tardiamente do Homo erectus é o pequeno Homo floresiensis que surgiu nas ilhas de Flores e Komodo após os Homo erectus terem lá chegado há cerca de 800 mil anos.
Organização Social
Apesar de muitos aspectos da organização social serem já herdados do Homo ergaster, o Homo erectus desenvolveu ainda mais estas características.
A sua organização baseava-se em pequenas comunidades[1] com alguns abrigos de pedra pequenos e simples, mas mais sofisticados de que as dos seus antepassados Homo habilis. A guarda do grupo era feita com fogueiras, para se protegerem dos animais selvagens.
A divisão do trabalho era baseada em tarefas: os talhadores de pedra (normalmente pessoas idosas já sem capacidade para caçar e crianças), os caçadores, e as mulheres, para tratar das crianças e fazer recoleção de frutos.
Subespécies
O Homo erectus pertence a uma das mais bem sucedidas e duradouras espécies do género Homo. É geralmente considerada a espécie que deu origem a um grande número de espécies descendentes e subespécies. Elas são:
- Homo erectus yuanmouensis
- Homo erectus lantianensis
- Homo erectus wushanensis
- Homo erectus pekinensis
- Homo erectus palaeojavanicus
- Homo erectus soloensis
Referências
- ↑ a b c d Redação - avph.com.br. «Homo erectus». avph.com.br. Cópia arquivada em 23 de fevereiro de 2015
- ↑ Redação - Infopédia. «Homo erectus». Infopédia. Cópia arquivada em 23 de fevereiro de 2015