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Guilherme III de Inglaterra: diferenças entre revisões

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A Declaração de Direitos também estabelecia a questão da sucessão do trono. Após a morte de Guilherme ou Maria, o outro continuaria a reinar até sua morte. Em seguida na linha de sucessão estava a princesa [[Ana da Grã-Bretanha|Ana]], irmã mais nova de Maria, e seus descendentes. Por fim, quaisquer filhos que Guilherme viesse a ter em algum casamento posterior entrariam na sucessão atrás de Ana. Excluídos da sucessão estavam quaisquer católicos e qualquer um que se casasse com um católico.<ref name=vanderkiste114115 />
A Declaração de Direitos também estabelecia a questão da sucessão do trono. Após a morte de Guilherme ou Maria, o outro continuaria a reinar até sua morte. Em seguida na linha de sucessão estava a princesa [[Ana da Grã-Bretanha|Ana]], irmã mais nova de Maria, e seus descendentes. Por fim, quaisquer filhos que Guilherme viesse a ter em algum casamento posterior entrariam na sucessão atrás de Ana. Excluídos da sucessão estavam quaisquer católicos e qualquer um que se casasse com um católico.<ref name=vanderkiste114115 />

==Reinado com Maria II==
===Resistências===
Apesar da maior parte da Grã-Bretanha ter aceitado Guilherme e Maria como soberanos, uma minoria significante se recusou a reconhecer sua reivindicação ao trono, acreditando no [[direito divino dos reis]] que dizia que a autoridade do monarca vinha diretamente de Deus ao invés de ser delegada pelo parlamento. Pelos 57 anos seguintes os [[Jacobitismo|jacobitas]] defenderam a restauração de Jaime e seus sucessores.<ref> {{citar web|url=http://jacobite.ca/|acessodata=18 de março de 2015|título=The Jacobite Heritage|obra=The Jacobite Heritage }} </ref> Várias pessoas, incluindo leigos e mais de quatrocentos clérigos e bispos das igrejas Anglicana e Episcopal Escocesa, se recusaram a prestar juramento de obediência aos novos monarcas.<ref> {{citar web|url=http://jacobite.ca/essays/nonjurors.htm|título=Nonjurors|autor=Gaskoin, Charles J. B.|obra=The Jacobite Heritage|acessodata=18 de março de 2015 }} </ref>


==Títulos, estilos e brasões==
==Títulos, estilos e brasões==

Revisão das 21h38min de 18 de março de 2015

Guilherme III & II
Rei da Inglaterra, Escócia, França e Irlanda
Estatuder da República dos Países Baixos
Príncipe de Orange e Conde de Nassau
Guilherme III de Inglaterra
Retrato por Godfrey Kneller, 1690
Príncipe de Orange
Reinado 4 de novembro de 1650
a 8 de março de 1702
Antecessor(a) Guilherme II
Sucessor(a) João Guilherme Friso
Estatuder da Holanda, Zelândia, Utreque, Guéldria e Overissel
Reinado julho de 1672
a 8 de março de 1702
Predecessor(a) Guilherme II
Sucessor(a) Guilherme IV
Rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda
Reinado 13 de fevereiro de 1689
a 8 de março de 1702
Coroação 11 de abril de 1689
Predecessor(a) Jaime II & VII
Sucessora Ana
Co-monarca Maria II (1689–1694)
 
Nascimento 4 de novembro de 1650
  Binnenhof, Haia, Países Baixos
Morte 8 de março de 1702 (51 anos)
  Palácio de Kensington, Londres, Inglaterra
Sepultado em Abadia de Westminster, Londres, Inglaterra
Esposa Maria II de Inglaterra
Casa Orange-Nassau
Pai Guilherme II, Príncipe de Orange
Mãe Maria, Princesa Real
Religião Anglicanismo
(anteriormente calvinismo)
Assinatura Assinatura de Guilherme III & II

Guilherme III & II (Haia, 4 de novembro de 1650Londres, 8 de março de 1702) foi estatuder da Holanda, Zelândia, Utreque, Guéldria e Overissel da República dos Países Baixos como Guilherme III de 1672 até sua morte, e também Rei Inglaterra e Irlanda como Guilherme III e Rei da Escócia como Guilherme II a partir de 1689. Em 5 de novembro de 1688, naquilo que ficou conhecida como a "Revolução Gloriosa", ele invadiu a Inglaterra numa ação que acabou por depor o rei Jaime II & VII e conquistar as coroas dos países das Ilhas Britânicas. Guilherme governou junto com a esposa Maria II até a morte dela em 28 de dezembro de 1694. O período do reinado conjunto é frequentemente chamado de "Guilherme e Maria".

Guilherme participou de várias guerras contra o poderoso rei católico Luís XIV de França em colisão com potências europeias protestantes e católicas. Vários protestantes o consideravam um defensor de sua fé. Principalmente por causa dessa reputação, ele conseguiu tomar as coroas britânicas quando muitos temiam uma volta do catolicismo durante o reinado de Jaime. Sua vitória contra as forças do rei em 1690 na Batalha do Boyne ainda é comemorada pela Ordem de Orange. Seu reinado marcou um momento de transição entre os governos absolutistas dos Stuart e os governos parlamentares da Casa de Hanôver.

Início de Vida

Nascimento e família

Guilherme em 1654 por Adriaen Hanneman. No Rijksmuseum.

Guilherme Henrique nasceu em Haia, República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos, no dia 4 de novembro de 1650. Foi o único filho do estatuder Guilherme II, Príncipe de Orange, e sua esposa Maria, Princesa Real, que era a filha mais velha do rei Carlos I de Inglaterra e irmã de Carlos II e Jaime, Duque de Iorque.[1]

Seu pai morreu de varíola oito dias antes de seu nascimento, fazendo de Guilherme imediatamente Príncipe de Orange.[2] Surgiu um conflito entre Maria e Amália de Solms-Braunfels, mãe de Guilherme II, sobre qual deveria ser o nome do bebê. Maria queria nomeá-lo Carlos em homenagem ao irmão, porém sua sogra insistiu em nomeá-lo Guilherme para aumentar suas chances de tornar-se estatuder.[3] Guilherme II havia nomeado em seu testamento a esposa como guardiã, porém o documento nunca foi assinado e tornou-se nulo.[4] A suprema corte da Holanda e da Zelândia julgou que guarda da criança fosse divida entre Maria, Amália e Frederico Guilherme, Eleitor de Brandemburgo, cuja esposa Luísa Henriqueta de Orange-Nassau era a irmã mais velha de seu pai.[nota 1][5]

Infância e educação

Maria mostrou pouco interesse na educação do filho, muitas vezes ficando ausente por anos, deliberadamente se mantendo distante da sociedade holandesa.[6] A educação de Guilherme ficou inicialmente a cargo de várias governantas holandesas, algumas de descendência inglesa, incluindo Walburg Howard[7] e a nobre escocesa Anna Mackenzie.[8] O príncipe recebeu a partir de abril de 1656 aulas diárias de igreja reformada do pregador calvinista Cornelis Trigland, um seguidor do teologista contra-remonstrante Gijsbert Voet.[7] A educação ideal para Guilherme foi descrita em Discours sur la Nourriture de S. H. Monseigneur le Prince d'Orange, uma pequena dissertação possivelmente escrita por seu tutor Constantijn Huygens.[nota 2][9] Nessas aulas ele aprendia que estava predestinado a se tornar um instrumento da Divina Providência, cumprindo o destino histórico da Casa de Orange-Nassau.[10]

Guilherme passou sete anos a partir de 1659 na Universidade de Leida para educação formal sob a orientação do professor de ética Hendrik Bornius, apesar de nunca ter sido oficialmente matriculado como aluno.[11] Ele tinha um pequeno séquito enquanto morava no Prinsenhof na cidade de Delft, incluindo Willem Bentinck e seu novo governador Frederico Nassau de Zuylestein, que era seu tio paterno como filho ilegítimo de seu avô Frederico Henrique, Príncipe de Orange. Ele aprendeu francês com Samuel Chappuzeau, que foi dispensado por Amália após a morte de Maria.[12]

Guilherme em 1664 por Adriaen Hanneman. Na Royal Collection.

Johan de Witt e seu tio Cornelis de Graeff defendiam que os Estados da Holanda assumissem a educação de Guilherme. A intenção era garantir que ele adquirisse as habilidades para servir em uma futura posição de estado, mesmo que ainda indeterminada; os Estados agiram em 25 de setembro de 1660. Esse primeiro envolvimento das autoridades não durou muito. Maria morreu de varíola em 23 de dezembro do mesmo ano no Palácio de Whitehall enquanto estava em Londres para visitar seu irmão Carlos II.[13] Em seu testamento ela pedia que Carlos cuidadesse dos interesses do filho, e o rei exigiu que os Estados parassem de interferir.[14] Eles aceitaram em 30 de setembro de 1661 para acalmar Carlos.[15] Frederico Nassau passou a trabalhar para o rei no mesmo ano. Ele fez Guilherme escrever cartas ao tio pedindo ajuda para tornar-se estatuder algum dia.[16] Sua educação e guarda tornaram-se pontos de disputas depois da morte de Maria entre seus apoiadores dinásticos e os apoiadores de um Países Baixos mais republicano.[17]

As autoridades holandesas se esforçaram muito para ignorar essas intrigas, porém uma das condições de paz de Carlos após a Segunda Guerra Anglo-Holandesa era a melhora na posição de seu sobrinho. Como contramedida, os Estados da Holanda oficialmente fizeram de Guilherme um protegido do governo quando ele completou dezesseis anos, chamado "Filho do Estado". Todos os cortesãos pró-ingleses, incluindo Frederico Nassau, foram retirados da companhia do príncipe.[16] Guilherme implorou para de Witt permitir que seu tio permanecesse, porém ele recusou. de Witt era o principal político da república e assumiu ele mesmo a educação de Guilherme, instruindo-o semanalmente sobre assuntos de estado e jogando regularmente partidas de tênis real.[18]

Primeiros cargos

Exclusão como estatuder

Guilherme c. 1668 por Jan de Baen. Na National Portrait Gallery.

A maioria das províncias haviam deixado vago o cargo de estatuder após a morte de Guilherme II. O Tratado de Westminster que havia encerrado a Primeira Guerra Anglo-Holandesa tinha um anexo secreto colocado por ordem de Oliver Cromwell: ele exigia o Decreto de Seclusão, que proíbia a província da Holanda de nomear um membro da Casa de Orange como novo estatuder.[19] O decreto, que não permaneceu em segredo por muito tempo, foi declarado inválido depois da Restauração Inglesa já que a Comunidade da Inglaterra, que havia assinado o tratado, não existia mais. Maria e Amália haviam tentando persuadir os Estados provinciais em 1660 a designar Guilherme como o futuro estatuder, porém todos acabaram se recusando.[20]

Enquanto Guilherme aproximava-se dos dezoito anos de idade em 1667, o partido orangista tentou novamente colocá-lo no poder ao assegurar os cargos de estatuder e capitão-general. de Witt, líder do partido dos Estados, permitiu que o pensionário Gaspar Fagel de Haarlem induzisse os Estados da Holanda a emitir o Édito Perpétuo para impedir a restauração da influência da Casa de Orange-Nassau. O édito declarava que o capitão-general ou o almirante-general dos Países Baixos não poderia servir também como estatuder de nenhuma província.[21] Os apoiadores de Guilherme mesmo assim procuraram meios para melhorar seu prestígio e os Estados da Zelândia acabaram aceitando-o em 19 de setembro de 1668 como "Primeiro Nobre". Ele escapou dos tutores de estado e viajou secretamente até Midelburgo para poder receber a honra.[22] Amália permitiu um mês depois que Guilherme administrasse sua própria criadagem e declarou que ele era maior de idade.[23]

A província da Holanda, o centro do anti-orangismo, aboliu o cargo de estatuder e outras quatro províncias fizeram o mesmo em março de 1670, estabelecendo a chamada "Harmonia". de Witt exigiu que todos os membros do conselho da Holanda fizessem um juramento para manter o Édito; apenas um se recusou.[21] Guilherme viu isso como uma derrota, mas na realidade esse arranjo foi um acordo: de Witt preferia ignorar completamente o príncipe, porém naquele momento estava implícita sua subida para supremo comandante do exército.[24] Ele ainda permitiu que o príncipe entrasse no Conselho de Estado, então o órgão administrador do orçamento de defesa.[25] Guilherme foi admitido no conselho em 31 de maio de 1670 com total poder de voto, apesar das tentativas de de Witt de limitá-lo a um conselheiro.[26]

Conflito com republicanos

Guilherme conseguiu permissão em novembro de 1670 para viajar a Inglaterra e cobrar de Carlos o pagamento de uma dívida de 2.797.859 florins que a Casa de Stuart devia a Casa de Orange-Nassau. O rei não foi capaz de pagar, porém o príncipe concordou em reduzir a dívida para 1,8 milhões. Carlos descobriu que seu sobrinho era um calvinista fervoroso e um patriota holandês, reconsiderando seu desejo de revelar o Tratado Secreto de Dover com a França, que tinha a intenção de destruir a República dos Países Baixos e colocar Guilherme como o "soberano" de um estado holandês diminuído.[27] Além de suas visões políticas diferentes, Guilherme descobriu que os estilos de vida de seus tios Carlos e Jaime, Duque de Iorque, também diferiam do seu, com os dois mais preocupados com bebidas, jogos e amantes.[28]

A segurança da república piorou rapidamente no ano seguinte quando um ataque anglo-francês tornou-se iminente.[29] Em resposta a ameaça, os Estados da Guéldria queriam que Guilherme fosse nomeado capitão-general do exército holandês o mais rápido possível, mesmo sendo jovem e inexperiente.[30] Os Estados de Utreque confirmaram o príncipe na posição em 15 de dezembro de 1671.[31] Os Estados da Holanda fizeram uma contraproposta em 19 de janeiro de 1672: nomear Guilherme por apenas uma única campanha. Ele recusou e um acordo foi alcançado em 25 de fevereiro: uma nomeação pelos Estados Gerais dos Países Baixos por um verão, seguida por uma nomeação permanente após seu aniversário de 22 anos.[32] Enquanto isso, Guilherme escreveu em janeiro uma carta a Carlos pedindo que seu tio explorasse a situação ao pressionar aos Estados para nomeá-lo como estatuder. Em troca, ele aliaria a república com a Inglaterra e serviria aos interesses do rei o quanto sua "honra e lealdade a este estado" permitirem. Carlos não fez nada e continuou a preparar seus planos de guerra com os franceses.[33]

Estatuder

1672: "Ano do Desastre"

Guilherme a cavalo c. 1672 por Johannes Voorhout. No Museu Groninger.

1672 mostrou-se calamitoso para a República dos Países Baixos, ficando conhecido como o "Ano do Desastre" por causa da Guerra Franco-Holandesa e da Terceira Guerra Anglo-Holandesa em que os Países Baixos foram invadidos pela França, Inglaterra, Münster e Colônia. Apesar da frota anglo-francesa ter sido derrotada na Batalha de Solebay, o exército fracês rapidamente tomou as províncias de Guéldria e Utreque. Guilherme recuou com o restante do exército para a Holanda em 14 de junho, onde os Estados haviam ordenado em 8 de junho a inundação da Linha D'Água Holandesa, afim de transformar a província em uma ilha.[34] Acreditando que a guerra estava ganhar, o rei Luís XIV de França começou negociações para conseguir a maior quantia possível de dinheiro dos holandeses. A presença de um grande exército francês bem no coração da república causou pânico geral e o povo se voltou contra de Witt e seus aliados.[35]

Os Estados da Holanda nomearam Guilherme como estatuder em 4 de julho e ele fez o juramento cinco dias depois.[36] Henry Bennet, 1.º Conde de Arlington e enviado especial de Carlos, se encontrou com o príncipe no dia seguinte em Nieuwerbrug. Ele se ofereceu para fazer de Guilherme o Soberano Príncipe da Holanda em troca de sua capitulação – enquanto que um estatuder era um mero funcionário civil. Ele recusou e Bennet o ameaçou dizendo que seria testemunha do fim da existência da república.[37] Guilherme deu sua famosa resposta: "Há um meio para evitar isso: morrer defendendo-a na última trincheira". As inundações foram completadas em 7 de julho e o avanço do exército francês foi bloqueado. A Zelândia ofereceu o cargo de estatuder a Guilherme em 16 de julho.[36]

de Witt ficou incapaz de atuar como Grande Peticionário, o cargo político mais importante da república na época, depois de ter sido ferido em uma tentativa de assassinato em 21 de junho.[38] Guilherme publicou em 15 de agosto uma carta de Carlos em que o rei inglês afirmava que tinha ido a guerra devido as agressões da facção de de Witt. O povo ficou incitado e de Witt e seu irmão Cornelis foram assassinados pela milícia orangista em Haia no dia 20 de agosto.[39] Depois disso, Guilherme substituiu muitos dos regentes holandeses por seguidores seus.[40]

Apesar de nunca ter sido provada a cumplicidade de Guilherme no linchamento (e historiadores holandeses do século XIX se esforçaram para refutar que ele era um acessório diante do fato), o príncipe frustrou tentativas de perseguição dos cabeças, até mesmo recompensando alguns, como Hendrik Verhoeff, com dinheiro e outros, como Johan van Banchem e Johan Kievit, com altos cargos políticos. Isso acabou danificando sua reputação.[41]

Guilherme continuou a lutar contra os invasores ingleses e franceses, aliando-se com a Espanha e Brandemburgo. Ele levou seu exército até Maastricht em novembro para ameaçar as linhas de suprimentos franceses.[42] A situação melhorou em 1673; apesar de Luís ter tomado Maastricht e o ataque de Guilherme contra Charleroi ter falhado, o tenente-almirante Michiel de Ruyter derrotou a frota anglo-francesa em três ocasiões, forçando Carlos a encerrar o envolvimento inglês com o Tratado de Westminster. A França lentamente passou a se retirar do território holandês (com exceção de Maastricht) enquanto fazia ganhos em outros lugares.[43]

Fagel propôs que as províncias libertadas de Utreque, Guéldria e Overissel fossem tratadas como territórios conquistados como punição por terem se entregado rapidamente para os inimigos. Guilherme recusou-se a fazer isso, mas conseguiu uma ordem especial dos Estados Gerais para nomear novos representantes para os Estados dessas províncias.[44] Seus seguidores nos Estados de Utreque o nomearam como estatuder hereditário em 26 de abril de 1674.[45] Os Estados da Guéldria lhe ofereceram em 30 de janeiro de 1675 os títulos de Duque da Guéldria e Conde de Zutphen. As reações negativas da Zelândia e Amsterdão, onde os negócios caíram, fizeram com que Guilherme recusa-se tais honras; ao invés disso ele acabou sendo nomeado estatuder da Guéldria e Overissel.[46]

Casamento

Maria em 1677 por Peter Lely. Na National Portrait Gallery.

Guilherme tentou melhorar sua posição durante a guerra contra a França ao se casar com sua prima direta Maria, filha mais velha de Jaime, Duque de Iorque e Ana Hyde, e onze anos mais nova. Apesar de ter antecipado resistência por parte dos mercadores de Amsterdão que não gostavam de sua mãe, também pertencente a Casa de Stuart, ele acreditava que ao se casar com a prima suas chances de herdar os reinos de Carlos aumentariam, distanciando o monarca inglês de suas políticas pró-francesas.[47] Jaime não estava disposto a aceitar, porém Carlos pressionou o irmão para que ele concordasse.[48] O rei queria usar a possibilidade de um casamento para ganhar vantagem nas negociações relacionadas a guerra, porém Guilherme insistiu que as duas questões fossem deixadas em separado.[49] Carlos acabou cedendo e o bispo Henrique Compton casou os dois em 4 de novembro de 1677.[50] Maria logo engravidou, porém teve um aborto. Ela teve uma doença em 1678 e nunca mais engravidou.[51]

Ao contrário das muitas amantes que seus tios Carlos e Jaime abertamente mantinham, durante todo seu casamento Guilherme reconheceu apenas uma: Elizabeth Villiers. Ele terminou a relação depois da morte de Maria em 1694.[52]

Paz e intriga

Luís procurou a paz com a República dos Países Baixos em 1678.[53] As tensões mesmo assim permaneceram altas: Guilherme continuou a suspeitar de Luís acreditando que o rei francês queria "Reinar Universalmente" sobre a Europa; Luís descreveu Guilherme como "meu inimigo mortal" e via o estatuder como um belicista detestável. A anexação francesa do sul dos Países Baixos e da Germânia, além da revogação em 1685 do Édito de Nantes, fizeram que vários refugiados huguenote fossem para a república.[54] Isso fez com que Guilherme se juntasse a várias alianças anti-França, principalmente da Liga de Augsburgo em 1686, uma grande coalizão que incluía o Sacro Império Romano-Germânico, a Suécia, a Espanha e vários pequenos estados germânicos.[55]

Guilherme c. 1680 por Willem Wissing. No Rijksmuseum.

Guilherme se tornou um forte candidato ao trono inglês depois de seu casamento caso seu sogro e tio Jaime fosse excluído da sucessão por ser católico. Durante a crise relacionada a Lei de Exclusão de 1680, Carlos convidou Guilherme para a Inglaterra a fim de melhorar sua posição contra os exclusionistas, porém acabou retirando o convite – algum tempo depois lorde Robert Spencer, 2.º Conde de Sunderland tentou sem sucesso trazer o príncipe mas agora para colocar pressão no rei.[56] Mesmo assim Guilherme secretamente induziu os Estados Gerais a enviar uma Insunuação a Carlos, suplicando para o rei impedir que católicos sucedessem, sem explicitamente citar Jaime. Depois de reações indignadas do rei e o Duque de Iorque, o príncipe negou envolvimento.[57]

Carlos morreu em 1685 e foi sucedido pelo irmão como Jaime II & VII. Guilherme inicialmente tentou uma abordagem conciliadora ao mesmo tempo que tentava não ofender os protestantes ingleses. Porém ele sempre estava procurando meios de enfraquecer a França e esperava que Jaime entrasse na Liga de Augsburgo, porém o rei inglês deixou claro em 1687 que não entraria em uma aliança anti-francesa.[58] As relação dos dois piorou depois disso.[59] Maria de Módena, segunda esposa de Jaime, anunciou em novembro que estava grávida.[60] No mesmo mês, a fim de melhorar sua posição com os protestantes da Inglaterra, Guilherme escreveu uma carta aberta ao povo em que desaprovava a política pró-católica do rei de toleração religiosa. Muitos políticos ingleses o viam como amigo, e mantinham há anos correspondências secretas com ele, e passaram a incentivar uma invasão armada da Inglaterra.[61]

Revolução Gloriosa

Ver artigo principal: Revolução Gloriosa

Invasão da Inglaterra

Chegada de Guilherme na Inglaterra por Jan Wyck, c. 1690.

Guilherme primeiramente era contra a perspectiva de uma invasão, porém atualmente a maioria dos historiadores concordam que ele começou a reunir uma força expedicionária em abril de 1688, já que havia ficado evidente que a França continuaria ocupada por suas campanhas na Germânia e na Península Itálica, dessa forma incapaz de realizar um ataque enquanto as tropas de Guilherme estivessem na Inglaterra.[62][63] Ele acreditava que o povo inglês não receberia bem um invasor estrangeiro, então exigiu em uma carta ao contra-almirante Arthur Herbert que os mais eminentes protestantes ingleses lhe convidesse a invadir.[64] Após uma série de abortos, Maria de Módena deu à luz em junho um filho chamado Jaime Francisco Eduardo, Príncipe de Gales, que tirou da primeira posição na sucessão a esposa protestante de Guilherme, Maria, aumentando ainda mais a perspectiva da continuação da monarquia católica.[65] A raiva do povo também aumentou por causa do julgamento de sete bispos que haviam se oposto publicamente a Declaração de Indulgência de Jaime, que dava liberdade religiosa aos seus súditos, uma política que parecia ameaçar a Igreja Anglicana.[66]

Em 30 de junho de 1688 – mesmo dia do indiciamento dos bispos – um grupo de políticos que ficaram conhecidos como os "Sete Imortais" enviaram um convite formal a Guilherme.[64] Suas intenções de invadir tornaram-se de conhecimento público em setembro.[67] Guilherme desembarcou em Brixham, sudoeste da Inglaterra, junto com o exército holandês em 5 de novembro de 1688.[68] Ele saiu do navio Brielle e proclamou que "as liberdades da Inglaterra e da religião Protestante eu manterei". Guilherme desembarcou com aproximadamente onze mil soldados e quatro mil cavaleiros.[69] O apoio a Jaime começou a desaparecer quase que imediatamente; oficiais protestantes desertaram do exército inglês (mais notavelmente lorde John Churchill, Barão Churchill de Eyemouth, o comandante militar mais capaz do rei) e nobres influentes por todo o país declararam seu apoio ao invasor.[70]

Jaime inicialmente tentou resistir, porém seus esforços foram inúteis.[70] Ele enviou representantes para negociar com Guilherme, porém tentou fugir secretamente em 11 de dezembro. Um grupo de pescadores o pegou e ele foi enviado de volta a Londres. Foi permitido que ele escapasse para a França em uma segunda tentativa no dia 23.[71] Guilherme permitiu que Jaime fugisse por não querer transformá-lo em um mártir da causa católica.[72][73]

Proclamação

Guilherme por Godfrey Kneller.

Guilherme convocou o parlamento inglês para discutir o curso apropriado de ações após a fuga de Jaime.[74] Ele que se reuniu em 22 de janeiro de 1689.[75] Guilherme sentiu-se inseguro em sua posição; apesar de Maria estar em primeiro na linha sucessão ao trono, ele desejava reinar como rei em seu próprio direito ao invés de meramente como consorte.[76] O único precedente na Inglaterra de uma monarquia conjunta vinha do século dezesseis, quando Maria I se casou com Filipe II de Espanha.[74][77] Filipe permaneceu como rei apenas durante a vida de Maria I e com várias restrições sobre seus poderes. Por outro lado, Guilherme exigia que continuasse como rei mesmo após a morte de sua esposa.[78] Ele inclusive ameaçou deixar o país quando a maioria dos políticos tories ameaçaram proclamar Maria como a única soberana. A própria Maria permaneceu fiel ao marido e recusou-se a aceitar a soberania.[79]

A Câmara dos Comuns era de maioria Whig e rapidamente resolveu que o trono estava vago e que era mais seguro se o novo governante fosse protestante. A Câmara dos Lordes tinha maioria Tory e inicialmente não concordou, porém Guilherme se recusou a ser regente ou permanecer como rei apenas durante a vida de Maria, e assim houve mais negociações entre as duas câmaras até que os lordes concordaram por uma pequena margem que o trono estava vago. Os comuns forçaram o príncipe aceitar uma Declaração de Direitos[75] e em 13 de fevereiro o parlamento emitiu uma declaração considerando que Jaime havia abdicado do governo do reino ao tentar fugir, dessa forma deixando o trono vago.[80] A coroa não foi oferecida a Jaime Francisco Eduardo, que era o herdeiro aparente em circunstâncias normais, mas sim a Guilherme e Maria como co-monarcas. Entretanto, foi colocado que "o único e total exercício do poder real seja apenas executado pelo dito Príncipe de Orange em nome dos ditos Príncipe e Princesa durante sua vidas conjuntas".[76]

Guilherme e Maria foram coroados na Abadia de Westminster em 11 de abril de 1689 por Henrique Compton, Bispo de Londres. Normalmente, a coroação é realizada pelo Arcebispo da Cantuária, porém o arcebispo da época Guilherme Sancroft se recusou a aceitar a remoção de Jaime.[81] Guilherme também convocou o parlamento escocês, que se reuniu em 14 de março, e enviou uma carta conciliatória, enquanto Jaime enviou ordens arrogantes e intransigentes que ajudaram a maioria dos parlamentares a apoiar Guilherme. No mesmo dia da coroação inglesa os escoceses declararam que Jaime não era mais o Rei da Escócia.[82] A coroa foi oferecida a Guilherme e Maria, que aceitaram em 11 de maio.[74][nota 3]

Acordo da revolução

Guilherme c. 1690 por Franz van Stampart.

Guilherme encorajou a aprovação do Decreto de Tolerância, que garantia tolerância religiosa para certos protestantes não-conformistas.[74] Porém, sua extensão não chegou aonde ele queria, ainda restringindo a liberdade religiosa dos católicos, dos não-trinitarianistas e dos de fé não-cristiana.[81] Foi aprovada em dezembro de 1689 a Declaração de Direitos, um dos documentos constitucionais mais importantes da história da Inglaterra.[83] Ela confirmava e reiterava muitas das estipulações da declaração anterior e estabelecia restrinções na prerrogativa real. Ela ditava que o soberano não podia suspender leis aprovadas pelo parlamento, cobrar impostos sem consentimento parlamentar, violar o direito de petição, convocar um exército durante períodos de paz sem aprovação do parlamento, negar o direito de brasões a súditos protestantes, interferir indevidamente nas eleições, punir parlamentares das duas câmaras por qualquer coisa dita durante debates, exigir fianças excessivas e infligir punições crueis ou indevidas.[74] Guilherme era contra a imposição de tais restrições, porém concordou com o estatuto por não desejar entrar em conflito com o parlamento.[84]

A Declaração de Direitos também estabelecia a questão da sucessão do trono. Após a morte de Guilherme ou Maria, o outro continuaria a reinar até sua morte. Em seguida na linha de sucessão estava a princesa Ana, irmã mais nova de Maria, e seus descendentes. Por fim, quaisquer filhos que Guilherme viesse a ter em algum casamento posterior entrariam na sucessão atrás de Ana. Excluídos da sucessão estavam quaisquer católicos e qualquer um que se casasse com um católico.[83]

Reinado com Maria II

Resistências

Apesar da maior parte da Grã-Bretanha ter aceitado Guilherme e Maria como soberanos, uma minoria significante se recusou a reconhecer sua reivindicação ao trono, acreditando no direito divino dos reis que dizia que a autoridade do monarca vinha diretamente de Deus ao invés de ser delegada pelo parlamento. Pelos 57 anos seguintes os jacobitas defenderam a restauração de Jaime e seus sucessores.[85] Várias pessoas, incluindo leigos e mais de quatrocentos clérigos e bispos das igrejas Anglicana e Episcopal Escocesa, se recusaram a prestar juramento de obediência aos novos monarcas.[86]

Títulos, estilos e brasões

Títulos e estilos

  • 4 de novembro de 1650 – 9 de julho de 1672: "Sua Alteza,[87] o Príncipe de Orange, Conde de Nassau"[88]
  • 9 a 16 de julho de 1672: "Sua Alteza, o Príncipe de Orange, Estatuder da Holanda"
  • 16 de julho de 1672 – 26 de abril de 1674: "Sua Alteza, o Príncipe de Orange, Estatuder da Holanda e Zelândia"
  • 26 de abril de 1674 – 8 de março de 1702: "Sua Alteza, o Príncipe de Orange, Estatuder da Holanda, Zelândia, Utreque, Guéldria e Overissel"
  • 13 de fevereiro de 1689 – 8 de março de 1702: "Sua Majestade, o Rei"

Nos Países Baixos, seu título completo a partir de 1674 foi: "Guilherme III, pela Graça de Deus, Príncipe de Orange, Conde de Nassau, etc., Estatuder da Holanda, Zelândia, Utreque, etc., Capitão e Almirante-General dos Países Baixos Unidos".[89] Ao ascenderem aos tronos inglês, escocês e irlandês, Guilherme e Maria usaram os títulos de: "Guilherme e Maria, pela Graça de Deus, Rei e Rainha da Inglaterra, Escócia, França e Irlanda, Defensores da Fé, etc." Após a morte de Maria em 1694, sua menção nos títulos foi retirada deixando apenas as Guilherme.[90]

Brasões

O brasão de armas usado pelo rei e rainha era: Esquatrelado, I e IV grandesquatrelado, azure três flores-de-lis (pela França) e goles três leões or passant guardant em pala (pela Inglaterra); II or um leão rampant dentro de um tressure flory-contra-flory goles (pela Escócia); III azure uma harpa or com cordas argente (pela Irlanda); em cima de tudo um escudo interior azure com um leão rampant or (pela Casa de Orange-Nassau). Após a morte de Maria seu quartel foi retirado do brasão real deixando apenas o de Guilherme, que passou a usar como lema Je Maintiendrai (francês medieval de "Eu Manterei"), lema da Casa de Orange-Nassau desde a aquisição do Principado de Orange.[91]

Árvore genealógica

Jaime VI & I
1566–1625
Frederico Henrique
1584–1647
Amália
1602–1675
Carlos I
1600–1649
Isabel
1596–1662
Frederico Nassau
1608–1672
Luísa Henriqueta
1627–1667
Albertina Inês
1634–1696
Guilherme II
1626–1650
Maria
1631–1660
Carlos II
1630–1685
Jaime II & VII
1633–1701
Sofia
1630–1714
Frederico I
1657–1713
Henrique Casimiro II
1657–1696
Guilherme III & II
1650–1702
Maria II
1662–1694
Ana
1665–1714
Jaime Francisco Eduardo
1688–1766
João Guilherme Friso
1687–1711
Guilherme
1689–1700

Ancestrais

Notas

  1. Frederico Guilherme foi escolhido por poder agir como neutro entre as duas mulheres, porém também por estar interessado em proteger a família Orange-Nassau como possível herdeiro, algo que Amélia temia que Maria fosse desperdiçar.[5]
  2. Outra possibilidade é que a dissertação foi escrita por Johan van den Kerckhoven.[9]
  3. Como Rei da Escócia, Guilherme era "Guilherme II", já que anteriormente havia existido apenas um rei escocês chamado Guilherme.[74]

Referências

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  2. Claydon 2002, p. 14
  3. Troost 2005, p. 26; Van der Zee 1973, pp. 6–7
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  6. Troost 2005, p. 27; Van der Kiste 1973, pp. 5–6
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  9. a b Troost 2005, p. 27
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  12. Meinel, Friedrich (1908). Samuel Chappuzeau 1625–1701. Leipzig: Universidade de Leipzig 
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Bibliografia

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  • Van der Zee, Henri & Barbara (1973). William and Mary. [S.l.]: Macmillan. ISBN 0-394-48092-9 

Ligações externas

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Guilherme III de Inglaterra e Orange & II da Escócia
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13 de fevereiro de 1689 – 8 de março de 1702
com Maria II (1689-1694)
Sucedido por
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