António Mendonça

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António Mendonça
Ministro(a) de Portugal
Período XVIII Governo Constitucional
Antecessor(a) Mário Lino
Sucessor(a) Álvaro Santos Pereira
(como ministro da Economia e do Emprego)
Dados pessoais
Nascimento 18 de maio de 1954 (69 anos)
Estoril, Cascais, Portugal
Partido Partido Socialista
Profissão Professor universitário e político

António Augusto da Ascenção Mendonça (Cascais, Estoril, 18 de maio de 1954) é um professor universitário e político português, tendo sido o Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações do XVIII Governo Constitucional de Portugal.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

É licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia (actual ISEG) em 1976, doutorando-se em Economia no mesmo instituto em 1987, também exerce a actividade de professor associado do departamento de Economia do ISEG.[1] António Mendonça, tem interesse académico em áreas como a teoria económica, a economia internacional e a economia financeira internacional. É ainda presidente do CEDIN - Centro de Estudos de Economia Europeia e Internacional do ISEG e coordenador científico do mestrado e do curso de Pós-graduação em Estudos Europeus.

Além da carreira universitária em Portugal, tem uma vasta experiência universitária no exterior, tendo sido professor convidado da Faculdade de Direito, de Economia e Gestão da Universidade de Orléans, em França, da Universidade Federal Fluminense e da Universidade Federal da Paraíba, no Brasil.[2]

Foi nomeado Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações do XVIII Governo Constitucional de Portugal, em Outubro de 2009, exercendo o cargo até Junho de 2011. No âmbito do processo das parcerias público-privadas (PPP) rodoviárias, no qual se investiga um alegado prejuízo para o Estado resultante das negociações dos contratos das subconcessões do setor rodoviário, ocorridas entre 2009 e 2010, António Mendonça, o seu antecessor, Mário Lino, e o então ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, conseguiram, em dezembro de 2021, evitar a acusação pelos crimes de corrupção passiva, tráfico de influência e participação económica em negócio, uma vez que o Ministério Público alegou a prescrição dos crimes para não pronunciar os três antigos ministros, sendo apenas pronunciados outros três arguidos: Paulo Campos, então secretário de Estado das Obras Públicas, Carlos Costa Pina, então secretário de Estado do Tesouro, e Rui Manteigas, então administrador da Estradas de Portugal. Em junho de 2022, o Automóvel Club de Portugal requereu abertura de instrução no âmbito deste processo, solicitando que Mário Lino, António Mendonça e Teixeira dos Santos sejam levados a julgamento, por existir uma cadeia hierárquica no processo de negociação das PPP rodoviárias, pelo que Mário Lino, António Mendonça e Teixeira dos Santos continuam arguidos neste processo.[3][4]

Em dezembro de 2021, foi eleito bastonário da Ordem dos Economistas para o mandato 2022-2025.[5]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b «Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações». Portugal.gov.pt. Consultado em 5 de Dezembro de 2010 
  2. Nascimento, Filomena G. (Abril 2010). «GRANDE ENTREVISTA: António Mendonça». Frontline, Business and Style. Consultado em 5 de Dezembro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2016 
  3. «PPP: Antigos governantes não respondem em tribunal porque crimes prescreveram». Sábado. 14 de dezembro de 2021. Consultado em 28 de janeiro de 2024 
  4. Catarina Guerreiro (12 de janeiro de 2023). «ACP quer antigos ministros de Sócrates julgados por corrupção no caso das PPP rodoviárias». CNN Portugal. Consultado em 28 de janeiro de 2024 
  5. Ex-ministro António Mendonça é o novo bastonário da Ordem dos Economistas, Lusa 03.12.2021

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Mário Lino
Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
XVIII Governo Constitucional
2009 – 2011
Sucedido por
Álvaro Santos Pereira
(como ministro da Economia e do Emprego)