Livros apócrifos: diferenças entre revisões
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Revisão das 23h33min de 25 de janeiro de 2017
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Os Livros apócrifos (grego: απόκρυφος; latim: apócryphus; português: oculto[1]), também conhecidos como Livros Pseudocanônicos, são os livros escritos por comunidades cristãs e pré-cristãs (ou seja, há livros apócrifos do Antigo Testamento) nos quais os pastores e a primeira comunidade cristã não reconheceram a Pessoa e os ensinamentos de Jesus Cristo por serem escritos após o I século e, portanto, não foram incluídos no cânon bíblico.
O termo "apócrifo" foi criado por Jerônimo, no quinto século, para designar basicamente antigos documentos judaicos escritos no período entre o último livro das escrituras judaicas, Malaquias e a vinda de Jesus Cristo. São livros que, segundo a religião em questão, não foram inspirados por Deus e que não fazem parte de nenhum cânon. São também considerados apócrifos os livros que não fazem parte do cânon da religião que se professa.
A consideração de um livro como apócrifo varia de acordo com a religião.[2] Por exemplo, alguns livros considerados canônicos pelos católicos são considerados apócrifos pelos judeus e pelos evangélicos (protestantes). Alguns destes livros são os inclusos na Septuaginta por razões históricas ou religiosas.[3] A terminologia teológica católica romana/ortodoxa para os mesmos é deuterocanônicos, isto é, os livros que foram reconhecidos como canônicos em um segundo momento (do grego, deutero significando "outro").[4] Destes fazem parte os livros de Tobias, Judite, I e II Macabeus, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico (também chamado Sirácide ou Ben Sirá), Baruc (ou Baruque) e também as adições em Ester e em Daniel - nomeadamente os episódios da História de Susana e de Bel e o dragão.
Os apócrifos são cartas, coletâneas de frases, narrativas da criação e profecias apocalípticas. Além dos que abordam a vida de Jesus ou de seus seguidores, cerca de 50 outros contêm narrativas ligadas ao Antigo Testamento.[5]
Católicos
Para alguns teólogos e historiadores, os textos apócrifos, datam de muito tempo após a vida de Jesus, sendo alguns deles escritos mais de 200 anos após a morte e ressurreição, não podendo ser considerados fidedignos, ou seja, nem tudo o que neles fora escrito narra com precisão a verdade.
Os livros apócrifos foram retirados do Cânon Cristão por mostrarem um Cristo diferenciado dos Evangelhos e teologias escolhidos, mostrando-o exclusivamente como Deus sem as limitações e sentimentos humanos, o que tornaria a passagem pela morte algo fácil, diminuindo assim, o tamanho do Sacrifício realizado pelo Salvador; em outros, entretanto, a imagem de Cristo é excessivamente mundana e está em desacordo com a imagem passada pelos quatro evangelhos oficiais.
Muitos textos seculares citam os textos Apócrifos, como por exemplo o livro e filme "O Código da Vinci", que utiliza fatos encontrados nestes livros, para melhorar a trama do livro, visto que são muito poucos os que conhecem, mesmo que parcialmente.
Cristianismo ocidental
No cristianismo ocidental atual existem vários livros considerados apócrifos; nos sínodos realizados ao longo da história esses livros foram banidos do cânon (Livros Sagrados), outros obtiveram uma reconsideração e retornaram à condição de Sagrados (Canônicos). Como exemplo de canonicidade temos a Bíblia (reunião de vários livros).
Os livros Apócrifos são muito estudados atualmente pelos teólogos, porque a sua narrativa ajuda a revelar fatos e curiosidades a respeito dos primórdios do cristianismo.
A quantidade de livros
O número dos livros apócrifos é maior que o da Bíblia canônica. É possível contabilizar 113 deles, 52 em relação ao Antigo Testamento e 61 em relação ao Novo.[6] A tradição conservou outras listas dos livros apócrifos, nas quais constam um número maior ou menor de livros. A seguir, alguns desses escritos segundo suas categorias.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3a/Magnifying_glass_01.svg/17px-Magnifying_glass_01.svg.png)
Ver também
Referências
- ↑ Palestra virtual pela Editora Cléofas de Dr. Felipe Aquino da Canção Nova.
- ↑ FONSATTI, J.C. "Introdução à Bíblia", Ed. Vozes.
- ↑ Septuagint - What Does It Contain?
- ↑ [1]
- ↑ Revista Galileu - Dezembro 2002 - No 137, conforme www.guia.heu.nom.br/apocrifos.htm, em 23/05/2010
- ↑ [2]
Ligações externas
- «Evangelhos Apócrifos em AudioBook». Evangelhos Apócrifos em AudioBook .
- «Bíblia Católica «On Line»». Bíblia em várias línguas, incluindo português, grego e latim.
- «E.Mucheroni»
- «A Biblioteca de Nag Hammadi». Manuscritos de Nag Hammadi .
- «The Nag Hammadi Library». Tradução de vários textos encontrados no deserto em 1945. Em inglês.
- «Ligação para baixar alguns livros»
- «Bíblia Online». Bíblia, estudos, dicionários, traduções e outros.
- «Coleção completa dos apócrifos em Italiano, Inglês, etc. - Link Dropbox»