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Pessoa do Ano: diferenças entre revisões

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Revisão das 00h21min de 9 de maio de 2012

 Nota: Se procura filme brasileiro de 2003, dirigido por José Henrique Fonseca e baseado no romance Matador, de Patrícia Melo, veja O Homem do Ano.
 Nota: Se procura filme de 2006, dirigido por Barry Levinson e estrelado por Robin Williams, veja Man of the Year (filme).
Albert Einstein, eleito em 1999 como Pessoa do Século

A Pessoa do Ano (Person of the Year) é uma edição anual da revista Time que destaca o perfil de um homem, mulher, casal, grupo, idéia, lugar ou máquina que "para o bem ou para o mal, mais influenciou eventos no ano".

História

A tradição de escolher um Homem do Ano começou em 1927, quando os editores da Time estavam pensando sobre o que escrever numa semana de poucas notícias. Inicialmente, eles buscaram remediar um constrangimento editorial de mais cedo naquele ano quando a revista não colocou o aviador Charles Lindbergh na sua capa após o histórico vôo transatlântico. No fim do ano, eles vieram com a idéia de uma reportagem de capa sobre Lindbergh ser o "Homem do Ano".

Desde então, uma pessoa, grupo de pessoas (um time de indivíduos escolhidos ou uma categoria demográfica), ou, em dois casos especiais, uma invenção e o planeta Terra, vem sendo escolhido para uma edição especial no fim de cada ano. Em 1999, o título foi alterado para "Pessoa do Ano" num esforço para evitar o sexismo. No entanto, as únicas mulheres a ganhar o prêmio depois da mudança foram aquelas em 2002 que denunciaram as práticas ilegais das empresas em que trabalhavam e Melinda Gates (junto de seu marido, Bill Gates e de Bono). Quatro mulheres ganharam o título quando ainda era "Homem do Ano": Corazon Aquino em 1986, Rainha Elizabeth II em 1952, Soong Mei-ling (Madame Chiang Kai-shek) em 1937 e Wallis Simpson em 1936. No entanto, as mulheres foram incluídas em diversos grupos, como entre os cientistas dos EUA em 1960, os norte-americanos da classe média em 1969 e "você" em 2006.

Desde 1927, cada presidente dos Estados Unidos foi uma Pessoa do Ano pelo menos uma vez, com a exceção de Calvin Coolidge, Herbert Hoover e Gerald Ford.

A edição de 31 de dezembro de 1999 da Time nomeou Albert Einstein como "Pessoa do Século". Franklin D. Roosevelt e Mahatma Gandhi foram escolhidos como segundo e terceiro colocados.[1]

Polêmica

O título é freqüentemente confundido como uma honra. Muitos, incluindo alguns membros da imprensa dos EUA, continuam a perpetuar a idéia de que a posição de "Pessoa do Ano" é um prêmio ou recompensa, apesar das freqüentes declarações da revista dizendo o contrário. Parte da confusão parte do fato de que muitas pessoas admiráveis (sob certo ponto de vista) receberam o título — talvez a maioria. Por isso, alguns jornalistas descrevem a nova pessoa do ano como mais uma no "grupo" de vencedores passados como Martin Luther King. O fato de que pessoas como Adolf Hitler já receberam o título é pouco conhecido.

A escolha do Aiatolá Khomeini como Homem do Ano em 1979 desagradou os leitores da revista nos Estados Unidos, fazendo com que centenas de assinantes cancelassem a assinatura da revista[carece de fontes?]. Desde então, a Time tem evitado escolher candidatos polêmicos. A Pessoa do Ano de 2001 da Time — ainda sob os efeitos dos ataques de 11 de Setembro de 2001 — foi o prefeito de Nova York Rudolph Giuliani. Foi um resultado polêmico; muitos pensaram que ele mereceu, mas muitos outros[carece de fontes?] pensaram que as regras de seleção ("o indivíduo ou grupo que teve o maior efeito nas notícias do ano") tornariam Osama bin Laden a escolha óbvia. É interessante lembrar que, naquela edição, a revista incluiu uma reportagem sobre a escolha do Aiatolá Khomeini como Homem do Ano em 1979 e a rejeição de Hitler como Pessoa do Século em 1999. O artigo parecia querer dizer que Bin Laden era um candidato mais forte que Giuliani para Pessoa do Ano e Hitler era um candidato mais forte que Albert Einstein para Pessoa do Século, mas não foram escolhidos devido à sua influência "negativa" na história.

De acordo com reportagens em jornais de respeito, os editores da Time tiveram problemas com a escolha, temendo que a escolha do líder da al-Qaeda ofendesse leitores e anunciantes. Bin Laden já tinha aparecido nas capas de 1 de outubro, 12 de novembro e 26 de novembro. Muitos leitores expressaram descontentamente em ver seu rosto na capa novamente. No final, a escolha de Giuliani levou alguns a criticar a Time por ter falhado em seus próprios padrões[carece de fontes?].

Recentemente, as escolhas para Pessoa do Ano também vem sendo criticados por serem muito centrados nos EUA, o que difere da tradição original de reconhecer líderes políticos e pensadores estrangeiros. Até Bono receber o título compartilhado em 2005, a Time passou mais de uma década sem reconhecer um indivíduo que não era dos EUA. Uma análise por nacionalidade também mostra que mais da metade das pessoas que já receberam o título eram norte-americanas. Nos anos de eleição presidencial nos Estados Unidos, os presidentes que venceram as eleições daquele ano (George W. Bush, Bill Clinton, Richard Nixon e Jimmy Carter) foram escolhidos como Homem do Ano, mesmo sem ter exercido uma influência significativa no período.

A Time for Kids, cujo público-alvo são crianças, também começou a escolher uma Pessoa do Ano independente da revista principal. Em 2005, a autora da série Harry Potter, J.K. Rowling, foi escolhida. Em 2006, o "soldado americano" ganhou.

Em 2006, foi realizada uma enquete online para saber a opinião pública sobre quem deveria ganhar o título. Hugo Chávez, presidente da Venezuela, ficou com 35%, o presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad ficou com 21%, Nancy Pelosi com 12%, os criadores do YouTube com 11%, George W. Bush com 8%, Al Gore com 8%, Condoleezza Rice com 5% e Kim Jong-il com 2%..[2]

Pessoas do Ano

Charles Lindbergh foi o primeiro Homem do Ano
Deng Xiaoping, reformista chinês, escolhido duas vezes
Ano Vencedor Período de vida Observações
1927 Charles Lindbergh (1902–1974) (primeira pessoa escolhida)
1928 Walter Chrysler (1875–1940)
1929 Owen Young (1874–1962)
1930 Mahatma Gandhi (1869–1948) (primeira pessoa que não é dos EUA escolhida)
1931 Pierre Laval (1883–1945)
1932 Franklin Delano Roosevelt (1882–1945)
1933 Hugh Johnson (1882–1942)
1934 Franklin Delano Roosevelt (1882–1945) (2ª vez)
1935 Haile Selassie (1892–1975)
1936 Wallis Simpson (1896–1986) (primeira mulher escolhida)
1937 Chiang Kai-shek (1887–1975) (primeiro casal escolhido)
Soong May-ling (1898–2003)
1938 Adolf Hitler (1889–1945)
1939 Josef Stalin (1878–1953)
1940 Winston Churchill (1874–1965)
1941 Franklin Delano Roosevelt (1882–1945) (3ª vez)
1942 Josef Stalin (1878–1953) (2ª vez)
1943 George Marshall (1880–1959)
1944 Dwight Eisenhower (1890–1969)
1945 Harry Truman (1884–1972)
1946 James F. Byrnes (1879–1972)
1947 George Marshall (1880–1959) (2ª vez)
1948 Harry Truman (1884–1972) (2ª vez)
1949 Winston Churchill (1874–1965) (2ª vez) (Homem da Metade do Século)
1950 O Homem-Lutador Americano (primeiro abstrato escolhido)
1951 Mohammed Mossadegh (1882–1967)
1952 Rainha Elizabeth II (n. 1926)
1953 Konrad Adenauer (1876–1967)
1954 John Foster Dulles (1888–1959)
1955 Harlow Curtice (1893–1962)
1956 Lutador da Liberdade Húngaro
1957 Nikita Khrushchev (1894–1971)
1958 Charles de Gaulle (1890–1970)
1959 Dwight Eisenhower (1890–1969) (2ª vez)
1960 Cientistas dos EUA (representados por Linus Pauling, Isidor Rabi, Edward Teller, Adam Fisher, Donald A. Glaser, Willard Libby, Robert Woodward, Charles Draper, William Shockley, Emilio Segre, John Franklin Enders, Charles Townes, George Beadle, James Van Allen e Edward Purcell)
1961 John F. Kennedy (1917–1963)
1962 Papa João XXIII (1881–1963)
1963 Martin Luther King, Jr. (1929–1968)
1964 Lyndon Johnson (1908–1973)
1965 William Westmoreland (1914–2005)
1966 Baby Boomers "A Geração 25 e Menos"
1967 Lyndon Johnson (1908–1973) (2ª vez)
1968 Frank Borman (n. 1928) Astronautas da Apollo 8
James Lovell (n. 1928)
William Anders (n. 1933)
1969 Os Americanos do Meio
1970 Willy Brandt (1913–1992)
1971 Richard Nixon (1913–1994)
1972 Richard Nixon (1913–1994) (2ª vez)
Henry Kissinger (n. 1923)
1973 John Sirica (1904–1992)
1974 Rei Faisal (1906–1975)
1975 Mulheres americanas (representadas por Betty Ford, Carla Hills, Ella Grasso, Barbara Jordan, Susie Sharp, Jill Conway, Billie Jean King, Susan Brownmiller, Addie Wyatt, Kathleen Byerly, Carol Sutton e Alison Cheek)
1976 Jimmy Carter (n. 1924)
1977 Anwar Sadat (1918–1981)
1978 Deng Xiaoping (1904–1997)
1979 Aiatolá Khomeini (1902–1989)
1980 Ronald Reagan (1911–2004)
1981 Lech Wałęsa (n. 1943)
1982 O Computador (primeiro abstrato não-humano escolhido)
1983 Ronald Reagan (1911–2004) (2ª vez)
Yuri Andropov (1914–1984)
1984 Peter Ueberroth (n. 1937)
1985 Deng Xiaoping (1904–1997) (2ª vez)
1986 Corazon Aquino (n. 1933)
1987 Mikhail Sergeyevich Gorbachev (n. 1931)
1988 Terra Ameaçada (Planeta do Ano)
1989 Mikhail Sergeyevich Gorbachev (n. 1931) (Homem da Década)
1990 George H. W. Bush (n. 1924) (Os Dois George Bushes)
1991 Ted Turner (n. 1938)
1992 Bill Clinton (n. 1946)
1993 Os Pacifistas Nelson Mandela (n. 1918), F.W. de Klerk (n. 1936), Yasser Arafat (1929–2004) e Yitzhak Rabin (1922–1995)
1994 Papa João Paulo II (1920–2005)
1995 Newt Gingrich (n. 1943)
1996 David Ho (n. 1952)
1997 Andrew Grove (n. 1936)
1998 Bill Clinton (n. 1946) (2ª vez)
Kenneth Starr (n. 1946)
1999 Jeff Bezos (n. 1964)
2000 George W. Bush (n. 1946)
2001 Rudolph Giuliani (n. 1944)
2002 Os Denunciantes Cynthia Cooper da Worldcom (n. 1963), Sherron Watkins da Enron (n. 1959) e Coleen Rowley do FBI (n. 1954)
2003 O Soldado Americano
2004 George W. Bush (n. 1946) (2ª vez)
2005 Os Bons Samaritanos Bono (n. 1960), Bill (n. 1955) e Melinda Gates (n. 1964)
2006 Você (conteúdo gerado pelos usuários na Internet)[3]
2007 Vladimir Putin (n. 1952)
2008 Barack Obama (n. 1961)
2009 Ben Bernanke (n. 1953)
2010 Faustão (n. 1984)
2011 O Manifestante em virtude dos protestos "Ocupe Wall Street" e da "Primavera Árabe"

Referências

Ligações externas