Rudy Giuliani
Rudy Giuliani | |
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Rudy Giuliani | |
107.º Prefeito de Nova York | |
Período | 1 de janeiro de 1994 a 31 de dezembro de 2001 |
Antecessor(a) | David Dinkins |
Sucessor(a) | Michael Bloomberg |
Dados pessoais | |
Nascimento | 28 de maio de 1944 (78 anos) Nova Iorque, Estado de Nova Iorque Estados Unidos |
Nacionalidade | norte-americano |
Alma mater | Manhattan College (BA) Universidade de Nova Iorque (JD) |
Cônjuge | Regina Peruggi (c. 1968; div. 1982) Donna Hanover (c. 1984; div. 2002) Judith Nathan (c. 2003; div. 2019) |
Filhos | 2 |
Partido | Republicano |
Religião | Catolicismo |
Profissão | Advogado, empresário, autor e político |

Rudolph William Louis Giuliani (nascido em 28 de maio de 1944) é um advogado e político americano que serviu como Prefeito de Nova Iorque de 1994 a 2001. Ele também cumpriu a função de Procurador Geral Associado dos Estados Unidos de 1981 a 1983 e Advogado do Distrito Sul de Nova Iorque de 1983 a 1989.[1][2][3]
Giuliani ganhou notoriedade nacional ao processar, em corte federal, em meados da década de 1980, membros proeminentes da máfia de Nova Iorque.[4][5] Após uma tentativa fracassada de concorrer a prefeitura de Nova Iorque em 1989, ele tentou novamente em 1993, pelo Partido Republicano, e conseguiu se eleger, sendo reeleito em 1997, numa plataforma de "tolerância zero" contra o crime.[1][6] Ele liderou o polêmico programa "limpeza cívica" como prefeito, de 1994 a 2001.[1] Giuliani apontou William Bratton como comissário de polícia, que incentivou ações policiais duras para combater criminosos e suspeitos.[6] Reformando a administração do departamento de polícia e práticas de policiamento, eles aplicaram a chamada "teoria das janelas quebradas",[6] que cita desordem social, como abandono e vandalismo, como potencial para atrair viciados em vadiagem, mendigos e prostitutas, seguido por criminosos graves e violentos.[7] Em particular, Giuliani focou em remover mendigos e pedintes e clubes de sexo da Times Square, promovendo "valores da família" e mudando o foco da região central da cidade para negócios, teatros e artes.[8] Como resultado da política de endurecimento contra o crime, os índices de criminalidade caíram na cidade de Nova Iorque (embora isso fosse uma tendência nacional, a queda foi ligeiramente mais acentuada na cidade do que no resto do país), com Giuliani recebendo boa parte dos créditos por isso, embora mais tarde a queda na criminalidade foi atribuída a outros fatores, não só as políticas por ele implementadas.[1] No ano 2000, concorreu inicialmente contra Hillary Clinton por uma vaga no Senado, mas ele desistiu da corrida quando foi diagnosticado com câncer de próstata.[9][10]
No começo do ano de 2001, a popularidade de Giuliani estava em baixa, devido a escândalos pessoais e a questão de tolerância zero contra o crime que, embora popular inicialmente, começou a atrair críticas já que a polícia aplicava essas políticas mais duras de forma discricionária, agindo de forma complacente em bairros ricos e de maioria branca, mas pegando pesado em regiões de maioria afro-americana ou de latinos.[11] A percepção popular a seu respeito mudou consideravelmente após os Atentados terroristas de 11 de setembro. Durante a crise que se seguiu aos atentados, ele permaneceu como uma figura de liderança sóbria no meio da situação e trabalhou para reconstruir a cidade e manter os cidadãos unidos. Como resultado, seus índices de aprovação subiram para quase 90% e ele ganhou projeção nacional, sendo chamado de "America's mayor" ("o Prefeito da América").[6][12] Giuliani chegou a ser nomeado "Pessoa do Ano" pela revista Time, em 2001,[13][14] e recebeu um título honorário de cavaleiro, em 2002, pela rainha Elizabeth II do Reino Unido.[15]
Em 2002, após deixar a prefeitura de Nova Iorque, Giuliani fundou uma empresa de consultoria de segurança, a Giuliani Partners,[1] e adquiriu, embora mais tarde tenha vendido, um banco de investimento, a Giuliani Capital Advisors. Ele também escreveu dois livros e deu várias palestras pelo mundo. Em 2005, ele se juntou a uma firma de advocacia, que foi renomeada Bracewell & Giuliani.[1] Buscando a nomeação para as eleições primárias presidenciais do Partido Republicano em 2008, Giuliani foi considerado, inicialmente, como um dos favoritos,[16] mas sua campanha errática e mal gerenciada acabou não sendo levada adiante. A postura de Giuliani durante a corrida pela nomeação republicana foi criticada e sua performance, especialmente em debates, foi considerada muito fraca, com ele usando de forma demasiada o 11 de setembro para fins políticos afastando muitos aliados e eleitores.[11] No final, Giuliani acabou tendo uma performance muito ruim nas primárias e retirou sua candidatura, apoiando o eventual candidato republicano John McCain.[6] Com sua popularidade em declínio, especialmente em Nova Iorque, Giuliani começou a se afastar do universo político e não participou das eleições estaduais em 2010 ou da presidencial em 2012, focando em sua carreira de negócios.[1][17][18] Porém, lentamente, especialmente após 2016, Giuliani voltou a se tornar uma figura pública mais ativa, dando grandes palestras e fazendo comentários políticos (especialmente na Fox News), em apoio a causas Republicanas e conservadoras.[1]
Em abril de 2018, Rudy Giuliani se juntou a equipe de advogados do então presidente dos Estados Unidos Donald Trump e se tornou um dos seus mais fervorosos e leais defensores. Foram suas atividades como advogado de Trump que o tornou novamente destaque na mídia nacional, incluindo alegações de que ele se envolveu com corrupção e especulação financeira.[5][12][14][19] Em 2019, Giuliani sofreu uma investigação federal por violar leis da área de lobbying,[20] além de possivelmente outras acusações,[21] como uma figura central do Escândalo Trump-Ucrânia,[19] que resultou numa tentativa de impeachment do presidente Trump.[22] Após a eleição presidencial de 2020, ele representou Trump em vários processos legais que o presidente levantou para tentar reverter sua derrota na eleição, fazendo alegações falsas e baseando seus casos em teorias da conspiração e informações incorretas, incluindo acusações infundadas de fraude, problemas em máquinas eletrônicas de votação e um complô comunista.[23][24]
Referências
- ↑ a b c d e f g h Gina M Robertiello, "Giuliani, Rudolph", pp 698–699, in Wilbur R. Miller, ed., The Social History of Crime and Punishment in America: An Encyclopedia (Thousand Oaks CA, New Delhi, London: Sage Publications, 2012).
- ↑ «Nomination of Rudolph W. Giuliani To Be an Associate Attorney General | The American Presidency Project». www.presidency.ucsb.edu
- ↑ Burton, Danielle (7 de fevereiro de 2007). «10 Things You Didn't Know About Rudy Giuliani». U.S. News & World Report. Consultado em 11 de junho de 2014
- ↑ Michael Winerip, "High-profile prosecutor", New York Times, 9 de junho de 1985, § 6, p 37.
- ↑ a b Adam Davidson, "Rudy Giuliani and the desperate campaign to protect the president", The New Yorker, 3 de maio de 2018.
- ↑ a b c d e George L. Kelling & Catherine M. Coles, Fixing Broken Windows: Restoring Order And Reducing Crime In Our Communities (New York: Simon & Schuster, 1996), pp 143–144.
- ↑ Christopher M. Donner, "Crime prevention", pp 390–395, in Wilbur R. Miller, ed, The Social History of Crime and Punishment in America: An Encyclopedia (Thousand Oaks CA, New Delhi, London: Sage Publications, 2012), p 393.
- ↑ Jane E. Jeffrey, "Dramatic convergence in Times Square", por Phyllis R. Brown, Linda A. McMillin & Katharina M. Wilson, eds., Hrotsvit de Gandersheim: Contexts, Identities, Affinities, and Performances (Toronto: University of Toronto Press, 2004), pp 251–252
- ↑ Gail Sheehy, "When Hillary Clinton and Rudy Giuliani did battle for a Senate seat", Vanity Fair, 3 de dezembro de 2007.
- ↑ Bumiller, Elisabeth (20 de maio de 2000). «The Mayor's decision: The overview; cancer is concern». The New York Times
- ↑ a b «The rise and fall of Rudy Giuliani, explained». Vox.com. Consultado em 16 de dezembro de 2020
- ↑ a b Hettena, Seth (17 de maio de 2020). «What happened to America's mayor?». Rolling Stone (em inglês). Consultado em 17 de dezembro de 2020
- ↑ «Person Of The Year 2001». Time
- ↑ a b Vera Bergengruen & Brian Bennett, "How Rudy Giuliani's pursuit of money and power may cost Donald Trump dearly", Time, 31 de outubro de 2019.
- ↑ Stephen M. Silverman, "Queen Elizabeth knights Rudy Giuliani—Queen Elizabeth II", People, 13 de fevereiro de 2002.
- ↑ Cohen et al., "The Party Decides: Presidential Nominations Before and After Reform", Chicago: 2008, p 338.
- ↑ «Rudy Giuliani 2010: Ex-Mayor announces that he won't run for office». The Huffington Post. 22 de dezembro de 2009
- ↑ Eilperin, Juliet (8 de fevereiro de 2012). «Rudy Giuliani doesn't regret sitting out 2012 race». The Washington Post
- ↑ a b Andrew Roth, "Unravelling Rudolph Giuliani's labyrinthine ties to Ukraine", The Guardian (US), 30 de outubro de 2019.
- ↑ Schmidt, Michael S.; Protess, Ben; Vogel, Kenneth P.; Rashbaum, William K. (11 de outubro de 2019). «Giuliani is said to be under investigation for Ukraine work». The New York Times. Consultado em 16 de outubro de 2019
- ↑ Tim O'Donnell, "Rudy on the ropes: Money laundering, conspiracy to defraud U.S. reportedly among charges under consideration in investigation related to Rudy Giuliani", The Week; "Federal subpoenas seek information on Giuliani's consulting business", Wall Street Journal, 16 de dezembro de 2020.
- ↑ "Trump impeachment: The short, medium and long story", BBC News, 5 de fevereiro de 2020.
- ↑ Reuters, Source (19 de novembro de 2020). «Rudy Giuliani baselessly links new election fraud claims to 'communist money' from Venezuela – video» – via www.theguardian.com
- ↑ Glenn Kessler, "Giuliani keeps peddling debunked falsehoods on behalf of Trump", Washington Post, 23 de novembro de 2020.
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