Sistema de ligas de futebol da Espanha
O sistema de ligas de futebol da Espanha consiste em várias ligas profissionais, semiprofissionais e não profissionais, unidas hierarquicamente por um sistema de promoção e rebaixamento. Os dois primeiros níveis da pirâmide da liga masculina — Primera División (também conhecida como La Liga) e Segunda División (também conhecida como La Liga 2) — são administrados pela Liga Nacional de Fútbol Profesional, uma associação desportiva com estatuto jurídico independente da Real Federación Española de Fútbol (RFEF), o órgão dirigente do futebol na Espanha. Por outro lado, o primeiro, segundo e terceiro nível da pirâmide feminina são administrados pela RFEF. Os níveis inferiores (6º e abaixo para a pirâmide masculina; 5º e abaixo para a feminina) são administrados pelas federações regionais. Além dos clubes da Espanha, e ao abrigo da disposição adicional 17 da Lei do Desporto de 1990, os clubes de Andorra afiliados a uma federação regional espanhola podem competir no sistema.
A RFEF permite que as equipes reservas compitam no sistema da liga principal, como é o caso na maioria das ligas nacionais europeias. No entanto, as equipes reservas não estão autorizadas a competir no mesmo nível que sua equipe sênior e, portanto, nenhuma equipe reserva competiu na primeira divisão.
Divisões[editar | editar código-fonte]
Primera División (La Liga)[editar | editar código-fonte]
A primeira divisão masculina é conhecida popularmente como La Liga devido ao fato de reunir historicamente os melhores jogadores do futebol mundial. As estrelas atuais da liga são Hazard, Modrić, Griezmann, Benzema, entre muitos outros. No passado, participaram também alguns dos melhores jogadores do mundo em suas respectivas temporadas, como Messi, Di Stéfano, Evaristo de Macedo, Kubala, Ferenc Puskás, Johan Cruyff, Maradona, Mario Kempes, Hugo Sánchez, Davor Šuker, Stoichkov, Romário, Rivaldo, Roberto Carlos, Figo, Puyol, Ronaldo, Beckham, Zidane, Eto'o, Xavi, Iniesta, Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Cristiano Ronaldo, Falcao García, Mesut Özil, Sergio Ramos, Piqué, Bale, Luis Suárez, etc.
De acordo com a classificação anual realizada pela IFFHS, a liga espanhola terminou 2005 como a quarta melhor liga do mundo. A liga, que em 2004, 2002, 2001 e 2000 havia terminado em primeiro, deve esse descenso ao mau desempenho das equipes espanholas nas maiores competições internacionais.
Apesar de já ter sido disputada por 55 equipes diferentes, até hoje somente nove clubes foram capazes de ganhá-la: o Real Madrid em 32 vezes; o Barcelona, 25; o Atlético de Madrid, onze; o Athletic Bilbao, oito; o Valencia, seis; a Real Sociedad, duas e o Betis, o Sevilla e o La Coruña uma vez.
A liga, historicamente dominada pelo Real Madrid e pelo Barcelona, viu aumentar sua competitividade com o alto nível de clubes como o Valencia, La Coruña, Villarreal e com o retorno do Atlético de Madrid, sua terceira força histórica, para a primeira divisão. Isso também pode ser constatado pelo fato de que, nas últimas seis temporadas, houve quatro vencedores diferentes.
Mesmo assim, Real Madrid e Barcelona concentram 16 dos últimos 20 campeonatos. Estes dois e o Athletic de Bilbao são os únicos clubes que sempre estiveram na primeira divisão.
A La Liga não é a única competição futebolística profissional da Espanha. Também é disputa a Copa do Rei da Espanha, mediante sistema de competição por eliminatórias, em que participam todas as equipes de primeira e segunda divisão, os 6 melhores de cada grupo da segunda B, e os campeões de grupos da terceira.
Além disso, os campeões de cada competição (La Liga e Copa do Rei da Espanha) disputam em agosto a Supercopa da Espanha, em sistema de ida e volta. Isso marca o início de uma nova temporada futebolística na Espanha.
Segunda División[editar | editar código-fonte]
Ano | Promovidos |
---|---|
2015/16 | Alavés, Leganés, Osasuna |
2014/15 | Real Betis, Sporting Gijón, Las Palmas |
2013/14 | Eibar, Deportivo La Coruña, Cordoba |
2012/13 | Elche, Villarreal, Almería |
2011/12 | Deportivo La Coruña, Celta de Vigo, Valladolid |
2010/11 | Real Betis, Rayo Vallecano e Granada |
2009/10 | Real Sociedad, Hércules e Levante |
2008/09 | Xerez, Real Zaragoza e Tenerife |
2007/08 | Numancia, Málaga e Sporting de Gijón |
2006/07 | Real Valladolid, Almería e Real Murcia |
Segunda División B[editar | editar código-fonte]
Ano | Promovidos |
---|---|
2015/16 | UCAM Murcia, Reus Deportiu, Cádiz, Sevilla Atlético |
2014/15 | Real Oviedo, Gimnàstic, Bilbao Athletic, Huesca |
2013/14 | Albacete, Racing Santander, Llagostera, Leganés |
2012/13 | Alavés, Tenerife, Real Jaén, Eibar |
2011/12 | Real Madrid Castilla, Mirandés, Ponferradina, Lugo |
2010/11 | Real Murcia, Sabadell, Guadalajara, Alcoyano |
2009/10 | Ponferradina, Eibar, Palencia e Pontevedra |
2008/09 | Real Unión, Cultural Leonesa, Ponferradina e Zamora |
2007/08 | Rayo Vallecano, Pontevedra, Fuerteventura e Deportivo La Coruña B |
2006/07 | Córdoba, Eibar, Racing Ferrol e Sevilla Atlético |
Premiações[editar | editar código-fonte]
Transmissão[editar | editar código-fonte]
A Liga das Estrelas desde a consolidação de diversos jogadores brasileiros teve sua presença garantida tanto em emissoras de TV aberta quanto em canais da televisão por assinatura desde a década de 1990. Notoriamente sua principal transmissora foi a Rede Bandeirantes, promovendo bons índices de audiência com as transmissões dos dois maiores clubes da Espanha e rivais entre si: o Real Madrid e o FC Barcelona, ambos com presenças brasileiras notórias como Ronaldo Nazário e Ronaldinho Gaúcho e estrelas mundiais como Zinédine Zidane e Lionel Messi. Durante os últimos anos de sua transmissão, foi ao ar em parceria com a Top Sports, que mais tarde passaria a manter o Esporte Interativo.
Na televisão por assinatura no Brasil destacam-se as coberturas ao vivo da La Liga pelos canais ESPN e o canal Fox Premium