Hemorragia gastrointestinal: diferenças entre revisões

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<!-- Definição e sintomas -->
'''Hemorragia gastrointestinal''' se refere a todas formas de [[hemorragia]] (perda de [[sangue]]) no [[trato gastrointestinal]], da [[faringe]] até o [[reto]]. Podem-se dividir em hemorragias digestivas altas e baixas.
'''Hemorragia gastrointestinal''' é qualquer forma de [[hemorragia]] no [[tubo digestivo|trato digestivo]], desde a [[boca]] até ao [[ânus]].<ref name=NIH2014>{{cite web|title=Bleeding in the Digestive Tract|url=http://www.niddk.nih.gov/health-information/health-topics/digestive-diseases/bleeding-in-the-digestive-tract/Pages/facts.aspx|website=The National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases|accessdate=6 March 2015|date=September 17, 2014|deadurl=no|archiveurl=https://web.archive.org/web/20150221091014/http://www.niddk.nih.gov/health-information/health-topics/digestive-diseases/bleeding-in-the-digestive-tract/Pages/facts.aspx|archivedate=21 February 2015|df=}}</ref> Quando existe perda de [[sangue]] durante um curto período de tempo, os sintomas podem incluir [[Hematemese|vómitos com sangue vivo]] ou sangue escurecido, [[Hematoquezia|sangue nas fezes]] ou [[melena|fezes escuras]].<ref name=Kim2014/> Pequenas perdas de sangue durante um período de tempo maior podem causar [[anemia por deficiência de ferro]], o que causa [[fadiga]] ou [[angina de peito]].<ref name=Kim2014/> Outros possíveis sintomas são [[dor abdominal]], [[Dispneia|falta de ar]], [[palidez]] da pele, ou [[Síncope (medicina)|desmaio]].<ref name=NIH2014/><ref name=Kim2014/> Algumas pessoas com micro-hemorragias não manifestam sintomas.<ref name=Kim2014>{{cite journal|last1=Kim|first1=BS|last2=Li|first2=BT|last3=Engel|first3=A|last4=Samra|first4=JS|last5=Clarke|first5=S|last6=Norton|first6=ID|last7=Li|first7=AE|title=Diagnosis of gastrointestinal bleeding: A practical guide for clinicians.|journal=World journal of gastrointestinal pathophysiology|date=15 November 2014|volume=5|issue=4|pages=467–78|pmid=25400991|doi=10.4291/wjgp.v5.i4.467|pmc=4231512}}</ref>


<!-- Causas e diagnóstico -->
HDA (hemorragia digestiva alta):
A hemorragia gastrointestinal divide-se em dois tipos principais: [[Hemorragia digestiva alta|do trato superior]] e [[Sangramento gastrointestinal inferior|do trato inferior]].<ref name=EBMED2004>{{cite journal|last=Westhoff|first=John|title=Gastrointestinal Bleeding: An Evidence-Based ED Approach To Risk Stratification|journal=Emergency Medicine Practice|date=March 2004|volume=6|issue=3|url=http://www.ebmedicine.net/topics.php?paction=showTopic&topic_id=75|deadurl=no|archiveurl=https://web.archive.org/web/20130722192754/http://www.ebmedicine.net/topics.php?paction=showTopic&topic_id=75|archivedate=2013-07-22|df=}}</ref> As causas mais comuns de hemorragias do trato superior são [[úlcera péptica]], [[varizes esofágicas]] causadas por [[cirrose]] do fígado ou [[cancro]].<ref name=Epi2008>{{cite journal|last=van Leerdam|first=ME|title=Epidemiology of acute upper gastrointestinal bleeding.|journal=Best practice & research. Clinical gastroenterology|year=2008|volume=22|issue=2|pages=209–24|pmid=18346679|doi=10.1016/j.bpg.2007.10.011}}</ref> As causas mais comuns de hemorragias do trato inferior são [[hemorroidas]], cancro e [[doença inflamatória intestinal]].<ref name=EBMED2004/> O diagnóstico tem geralmente início com os antecedentes médicos da pessoa e um exame físico, acompanhados por [[análises ao sangue]].<ref name=Kim2014/> O sangue em pequenas quantidades pode ser detectado por um exame ao [[sangue oculto nas fezes]].<ref name=Kim2014/> Uma [[endoscopia]], tanto dos tratos superior como inferior pode permitir localizar a área onde a hemorragia tem origem.<ref name=Kim2014/> Em casos pouco evidentes, pode ser necessária [[imagiologia médica]].<ref name=Kim2014/>


<!-- Tratamento -->
Fonte de hemorragia acima do ligamento de Treitz, no ângulo duodeno-jejunal.
O tratamento inicial foca-se na reanimação, podendo incluir [[terapia intravenosa]] e [[Transfusão de sangue|transfusões de sangue]].<ref name=Overall2011>{{cite journal|last=Jairath|first=V|author2=Barkun, AN|title=The overall approach to the management of upper gastrointestinal bleeding|journal=Gastrointestinal endoscopy clinics of North America|date=October 2011|volume=21|issue=4|pages=657–70|pmid=21944416|doi=10.1016/j.giec.2011.07.001}}</ref> Geralmente não se recomenda transfusões de sangue, a não ser que a [[hemoglobina]] seja inferior a 70 ou 80 &nbsp;g/L.<ref name=Wang2013>{{cite journal|last1=Wang|first1=J|last2=Bao|first2=YX|last3=Bai|first3=M|last4=Zhang|first4=YG|last5=Xu|first5=WD|last6=Qi|first6=XS|title=Restrictive vs liberal transfusion for upper gastrointestinal bleeding: a meta-analysis of randomized controlled trials.|journal=World Journal of Gastroenterology|date=28 October 2013|volume=19|issue=40|pages=6919–27|pmid=24187470|doi=10.3748/wjg.v19.i40.6919|pmc=3812494}}</ref><ref name=Sal2014>{{cite journal|last1=Salpeter|first1=SR|last2=Buckley|first2=JS|last3=Chatterjee|first3=S|title=Impact of more restrictive blood transfusion strategies on clinical outcomes: a meta-analysis and systematic review.|journal=The American Journal of Medicine|date=February 2014|volume=127|issue=2|pages=124–131.e3|pmid=24331453|doi=10.1016/j.amjmed.2013.09.017}}</ref> Em alguns casos pode ser considerado o tratamento com [[Inibidor da bomba de protões|inibidores da bomba de protões]], [[octreotida]] ou [[antibiótico]]s.<ref name=PPI2007>{{cite journal|last=Leontiadis|first=GI |author2=Sreedharan, A |author3=Dorward, S |author4=Barton, P |author5=Delaney, B |author6=Howden, CW |author7=Orhewere, M |author8=Gisbert, J |author9=Sharma, VK |author10=Rostom, A |author11=Moayyedi, P |author12=Forman, D|title=Systematic reviews of the clinical effectiveness and cost-effectiveness of proton pump inhibitors in acute upper gastrointestinal bleeding|journal=Health technology assessment (Winchester, England)|date=December 2007|volume=11|issue=51|pages=iii–iv, 1–164|pmid=18021578|doi=10.3310/hta11510}}</ref><ref name=N2010>{{cite journal|last=Cat|first=TB|author2=Liu-DeRyke, X|title=Medical management of variceal hemorrhage|journal=Critical care nursing clinics of North America|date=September 2010|volume=22|issue=3|pages=381–93|pmid=20691388|doi=10.1016/j.ccell.2010.02.004}}</ref><ref name=Chavez2011>{{cite journal|last=Chavez-Tapia|first=NC|author2=Barrientos-Gutierrez, T |author3=Tellez-Avila, F |author4=Soares-Weiser, K |author5=Mendez-Sanchez, N |author6=Gluud, C |author7=Uribe, M |title=Meta-analysis: antibiotic prophylaxis for cirrhotic patients with upper gastrointestinal bleeding – an updated Cochrane review|journal=Alimentary pharmacology & therapeutics|date=September 2011|volume=34|issue=5|pages=509–18|pmid=21707680|doi=10.1111/j.1365-2036.2011.04746.x}}</ref> Quando estas medidas não são eficazes, pode ser tentado um [[balão esofágico]] nas pessoas cuja causa se presume serem varizes esofágicas.<ref name=EBMED2004/> Geralmente recomenda-se a realização de uma [[Esofagogastroduodenoscopia|endoscopia do esófago, estômago e duodeno]] ou [[colonoscopia]] no prazo de 24 hoas, as quais permitem simultaneamente o diagnóstico e tratamento.<ref name=Overall2011/>


<!-- Epidemiologia e prognóstico -->
Factores de risco: idade, consumo de AINE's, AAS, anti-agregantes plaquetares e anti coagulantes
As hemorragias do trato gastrointestinal superior são mais comuns que as do trato inferior.<ref name=EBMED2004/> Entre 50–150 em cada {{formatnum:100000}} adultos por ano são afetados por uma hemorragia do trato superior,<ref name=Red2010>{{cite journal|last=Jairath|first=V|author2=Hearnshaw, S |author3=Brunskill, SJ |author4=Doree, C |author5=Hopewell, S |author6=Hyde, C |author7=Travis, S |author8=Murphy, MF |title=Red cell transfusion for the management of upper gastrointestinal haemorrhage|journal=Cochrane Database of Systematic Reviews|date=2010-09-08|issue=9|pages=CD006613|pmid=20824851|doi=10.1002/14651858.CD006613.pub3|editor1-last=Jairath|editor1-first=Vipul}}</ref> enquanto as do trato inferior ocorrem em apenas 20–30 em cada {{formatnum:100000}} adultos por ano.<ref name=EBMED2004/> Nos Estados Unidos, as hemorragias gastrointestinais estão na origem de {{formatnum:300000}} admissões hospitalares por ano.<ref name=Kim2014/> O risco de morte por uma hemorragia gastrointestinal é de 5–30%.<ref name=Kim2014/><ref name=Wang2013/> O risco de desenvolver hemorragias é mais comum entre homens e aumenta conforme a idade.<ref name=EBMED2004/>


{{Referências|col=2}}
Etiologia: UP (47,85), rotura de varizes (23,7), gastrite e duodenite erosivas hemorrágicas (11,3), esofagite, síndrome de Mallory-Weiss e cancro gástrico


{{Gastroenterologia}}
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[[Categoria:Gastroenterologia]]
[[Categoria:Doenças do sistema digestivo]]

Revisão das 15h30min de 9 de janeiro de 2018

Hemorragia gastrointestinal
Hemorragia gastrointestinal
Exame positivo para sangue oculto nas fezes
Especialidade Gastroenterology
Sintomas Vómitos com sangue vivo ou sangue escurecido, sangue nas fezes, fezes escuras, fadiga[1]
Complicações Anemia por deficiência de ferro, angina de peito[1]
Tipos Superior e inferior[2]
Causas Superior: úlcera péptica, varizes esofágicas causadas por cirrose do fígado, cancro[3]
Inferior: hemorroidas, cancro, doença inflamatória intestinal[2]
Método de diagnóstico Antecedentes médicos e exame físico, análises ao sangue, exames de sangue oculto nas fezes[1]
Tratamento Terapia intravenosa, transfusão de sangue, endoscopia[4][5]
Medicação Inibidores da bomba de protões, octreotida, antibióticos[6][5]
Prognóstico Risco de morte ~15%[1][7]
Frequência Superior: 100 em 100 000 adultos por ano[8]
Inferior: 25 em 100 000 por ano[2]
Classificação e recursos externos
CID-10 K92.2
CID-9 578.9
CID-11 2044414353
DiseasesDB 19317
MedlinePlus 003133
eMedicine radio/301 radio/302 emerg/381
MeSH D006471
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Hemorragia gastrointestinal é qualquer forma de hemorragia no trato digestivo, desde a boca até ao ânus.[9] Quando existe perda de sangue durante um curto período de tempo, os sintomas podem incluir vómitos com sangue vivo ou sangue escurecido, sangue nas fezes ou fezes escuras.[1] Pequenas perdas de sangue durante um período de tempo maior podem causar anemia por deficiência de ferro, o que causa fadiga ou angina de peito.[1] Outros possíveis sintomas são dor abdominal, falta de ar, palidez da pele, ou desmaio.[9][1] Algumas pessoas com micro-hemorragias não manifestam sintomas.[1]

A hemorragia gastrointestinal divide-se em dois tipos principais: do trato superior e do trato inferior.[2] As causas mais comuns de hemorragias do trato superior são úlcera péptica, varizes esofágicas causadas por cirrose do fígado ou cancro.[3] As causas mais comuns de hemorragias do trato inferior são hemorroidas, cancro e doença inflamatória intestinal.[2] O diagnóstico tem geralmente início com os antecedentes médicos da pessoa e um exame físico, acompanhados por análises ao sangue.[1] O sangue em pequenas quantidades pode ser detectado por um exame ao sangue oculto nas fezes.[1] Uma endoscopia, tanto dos tratos superior como inferior pode permitir localizar a área onde a hemorragia tem origem.[1] Em casos pouco evidentes, pode ser necessária imagiologia médica.[1]

O tratamento inicial foca-se na reanimação, podendo incluir terapia intravenosa e transfusões de sangue.[4] Geralmente não se recomenda transfusões de sangue, a não ser que a hemoglobina seja inferior a 70 ou 80  g/L.[7][10] Em alguns casos pode ser considerado o tratamento com inibidores da bomba de protões, octreotida ou antibióticos.[6][11][5] Quando estas medidas não são eficazes, pode ser tentado um balão esofágico nas pessoas cuja causa se presume serem varizes esofágicas.[2] Geralmente recomenda-se a realização de uma endoscopia do esófago, estômago e duodeno ou colonoscopia no prazo de 24 hoas, as quais permitem simultaneamente o diagnóstico e tratamento.[4]

As hemorragias do trato gastrointestinal superior são mais comuns que as do trato inferior.[2] Entre 50–150 em cada 100 000 adultos por ano são afetados por uma hemorragia do trato superior,[8] enquanto as do trato inferior ocorrem em apenas 20–30 em cada 100 000 adultos por ano.[2] Nos Estados Unidos, as hemorragias gastrointestinais estão na origem de 300 000 admissões hospitalares por ano.[1] O risco de morte por uma hemorragia gastrointestinal é de 5–30%.[1][7] O risco de desenvolver hemorragias é mais comum entre homens e aumenta conforme a idade.[2]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n Kim, BS; Li, BT; Engel, A; Samra, JS; Clarke, S; Norton, ID; Li, AE (15 November 2014). «Diagnosis of gastrointestinal bleeding: A practical guide for clinicians.». World journal of gastrointestinal pathophysiology. 5 (4): 467–78. PMC 4231512Acessível livremente. PMID 25400991. doi:10.4291/wjgp.v5.i4.467  Verifique data em: |data= (ajuda)
  2. a b c d e f g h i Westhoff, John (March 2004). «Gastrointestinal Bleeding: An Evidence-Based ED Approach To Risk Stratification». Emergency Medicine Practice. 6 (3). Cópia arquivada em 22 de julho de 2013  Verifique data em: |data= (ajuda)
  3. a b van Leerdam, ME (2008). «Epidemiology of acute upper gastrointestinal bleeding.». Best practice & research. Clinical gastroenterology. 22 (2): 209–24. PMID 18346679. doi:10.1016/j.bpg.2007.10.011 
  4. a b c Jairath, V; Barkun, AN (October 2011). «The overall approach to the management of upper gastrointestinal bleeding». Gastrointestinal endoscopy clinics of North America. 21 (4): 657–70. PMID 21944416. doi:10.1016/j.giec.2011.07.001  Verifique data em: |data= (ajuda)
  5. a b c Chavez-Tapia, NC; Barrientos-Gutierrez, T; Tellez-Avila, F; Soares-Weiser, K; Mendez-Sanchez, N; Gluud, C; Uribe, M (September 2011). «Meta-analysis: antibiotic prophylaxis for cirrhotic patients with upper gastrointestinal bleeding – an updated Cochrane review». Alimentary pharmacology & therapeutics. 34 (5): 509–18. PMID 21707680. doi:10.1111/j.1365-2036.2011.04746.x  Verifique data em: |data= (ajuda)
  6. a b Leontiadis, GI; Sreedharan, A; Dorward, S; Barton, P; Delaney, B; Howden, CW; Orhewere, M; Gisbert, J; Sharma, VK; Rostom, A; Moayyedi, P; Forman, D (December 2007). «Systematic reviews of the clinical effectiveness and cost-effectiveness of proton pump inhibitors in acute upper gastrointestinal bleeding». Health technology assessment (Winchester, England). 11 (51): iii–iv, 1–164. PMID 18021578. doi:10.3310/hta11510  Verifique data em: |data= (ajuda)
  7. a b c Wang, J; Bao, YX; Bai, M; Zhang, YG; Xu, WD; Qi, XS (28 October 2013). «Restrictive vs liberal transfusion for upper gastrointestinal bleeding: a meta-analysis of randomized controlled trials.». World Journal of Gastroenterology. 19 (40): 6919–27. PMC 3812494Acessível livremente. PMID 24187470. doi:10.3748/wjg.v19.i40.6919  Verifique data em: |data= (ajuda)
  8. a b Jairath, V; Hearnshaw, S; Brunskill, SJ; Doree, C; Hopewell, S; Hyde, C; Travis, S; Murphy, MF (8 de setembro de 2010). Jairath, Vipul, ed. «Red cell transfusion for the management of upper gastrointestinal haemorrhage». Cochrane Database of Systematic Reviews (9): CD006613. PMID 20824851. doi:10.1002/14651858.CD006613.pub3 
  9. a b «Bleeding in the Digestive Tract». The National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases. September 17, 2014. Consultado em 6 March 2015. Cópia arquivada em 21 February 2015  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata=, |data= (ajuda)
  10. Salpeter, SR; Buckley, JS; Chatterjee, S (February 2014). «Impact of more restrictive blood transfusion strategies on clinical outcomes: a meta-analysis and systematic review.». The American Journal of Medicine. 127 (2): 124–131.e3. PMID 24331453. doi:10.1016/j.amjmed.2013.09.017  Verifique data em: |data= (ajuda)
  11. Cat, TB; Liu-DeRyke, X (September 2010). «Medical management of variceal hemorrhage». Critical care nursing clinics of North America. 22 (3): 381–93. PMID 20691388. doi:10.1016/j.ccell.2010.02.004  Verifique data em: |data= (ajuda)