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Considera-se que o título imperial passou dos romanos para o Reino Franco quando, em 800 d.C., o papaLeão III coroou o rei dos francos, Carlos Magno, imperador e este, por proteção à Igreja Católica, na qualidade de patrício dos romanos e por força de sua dignidade imperial, condenou os perseguidores do pontífice à morte, condenação que foi retirada por intervenção do próprio papa.
Após a divisão do Reino Franco em três partes pelo tratado de Verdun, de 843, o título ficou vinculado, em princípio, ao reino central lotaríngio, mas terminou por passar para o do leste quando Oto I, o Grande, duque dos saxôes, rei franco oriental, foi coroado imperador em 962. A transferência do título foi justificada pela teoria política medieval da translatio imperii.
Os imperadores do Sacro Império Romano Germânico buscaram com muitos modos fazer-se aceitar pelos bizantinos como seus pares: com relações diplomáticas, matrimônios políticos ou ameaças. Algumas vezes porém não obtiveram os resultados esperados, porque de Constantinopla eram sempre chamados como "rei dos germanos", jamais de "imperador".
De início, o imperador se autointitulava Imperator Augustus, empregando títulos do antigo Império Romano. O título "Imperador Romano", bem como o nome do Sacro Império Romano, surgiu apenas nos séculos seguintes (e os historiadores acrescentam a qualificação "-Germânico" ao título e ao império, acusando o caráter eminentemente alemão da entidade política e do território que esta controlava).
O imperador era escolhido por um grupo de príncipes posteriormente conhecidos como príncipes-eleitores, mas, até a sua coroação pelo Papa em Roma, ostentava apenas o título de Rei dos Romanos (rex romanorum). Ao receber a coroa imperial, o imperador mantinha o título de rei (título este com funções dadas pelo direito feudal). A partir de 1508, dispensou-se a obrigação da coroação pelo papa para que o eleito pudesse envergar o título imperial (ou, formalmente, de "imperador-eleito").
O título de imperador tinha conotações religiosas, o que sugeria uma obrigação de proteger a Igreja Católica (o próprio Carlos Magno se arrogava a suprema chefia da Igreja, recebida com o título imperial). O imperador também era ordenado como sub-diácono, o que excluía não-católicos e mulheres do trono. A relação precisa entre as funções temporal e religiosa do título nunca ficou muito clara e causou conflitos sérios entre os duques germânicos e o papa, como, por exemplo, na Questão das Investiduras no século XI.
A seleção do rei/imperador era influenciada por diversos fatores. Como o título era formalmente eletivo, a sucessão era hereditária apenas até um certo ponto, embora costumasse ocorrer dentro de uma mesma dinastia até que se esgotassem os sucessores. O processo exigia que o candidato fizesse concessões aos eleitores, o que contribuía para o declínio do poder central (do imperador) em favor dos príncipes territoriais do império. O colégio dos eleitores foi fixado em sete membros pela Bula Dourada em 1356. Em 1623, durante a Guerra dos Trinta Anos, acrescentaram-se outros eleitores.
Sobrinho de Carlos III. Coroado também pelo Papa Formoso, que não confiava mais nos Guideschi, em 896, tendo seu título em litígio até a morte de Lamberto.
Após a eleição de Filipe da Suábia para Rei da Germânia, foi coroado Sacro-Imperador pelos opositores. E disputou o título junto com Filipe até a morte dele.
Filho de Henrique VI, teve os títulos de Rei da Sicília, Rei de Tessalónica, Rei de Chipre e de Jerusalém, Rei dos Romanos, Rei da Germânia e imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
Em 1508 após reinar sobre o Sacro-Império durante 15 anos sem ser coroado, em conjunto com o Papa Júlio II, acaba com a necessidade da tradição do Sacro-Imperador ser coroado pelo papa, bastando assim, sua eleição.
Eleito Imperador em oposição a Maria Teresa, filha de Carlos VI, que junto ao seu esposo Francisco I contestou o título, veja Guerra da Sucessão da Áustria