NSC TV

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 Nota: Este artigo é sobre a rede de televisão catarinense. Se procura pelo canal por assinatura, veja National Sports Channel.
NSC TV
NC Comunicações S.A.
NSC TV
Tipo Rede de televisão comercial
País Brasil
Fundação 15 de agosto de 2017 (6 anos)
por Carlos Sanchez
Pertence a NSC Comunicação
Proprietário Carlos Sanchez
Presidente Mário Neves
Cidade de origem Florianópolis, SC
Sede Florianópolis, SC
Estúdios Florianópolis, SC
Slogan Tudo que move a gente
Formato de vídeo 480i (16:9 SDTV letterbox)
1080i (HDTV)
Afiliações TV Globo
Cobertura Estado de Santa Catarina
Emissoras próprias
Página oficial redeglobo.globo.com/sc/nsctv
Disponibilidade aberta e gratuita
Disponibilidade por satélite
  • Canal 03 (Blumenau)
  • Canal 05 (Joinville)
  • Canal 06 (Joaçaba)
  • Canal 09 (Criciúma)
  • Canal 12 (Chapecó e Florianópolis)
Canal 4 / 404 HD
Disponibilidade por cabo
  • Canal 04 / 504 HD (Blumenau e Joinville)
  • Canal 10 / 510 HD (Criciúma)
  • Canal 12 / 512 HD (Florianópolis)
  • Canal 13 / 513 HD (Chapecó)
Canal 515 (Blumenau e Florianópolis)

NSC TV (sigla de Nossa Santa Catarina) é uma rede de televisão estadual brasileira sediada em Florianópolis, Santa Catarina. Possui 6 emissoras afiliadas à TV Globo cobrindo todo o estado. Entre 1979 e 2016, estas emissoras fizeram parte da RBS TV de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, que as vendeu juntamente com todos os veículos do Grupo RBS em Santa Catarina para o Grupo NC. Após um período de transição e uma votação popular para escolher o novo nome, a rede foi oficialmente fundada em 15 de agosto de 2017, culminando também na criação de um novo grupo de comunicação homônimo, a NSC Comunicação.

História[editar | editar código-fonte]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Ver artigos principais: RBS TV e Grupo RBS

A RBS TV foi fundada em 29 de dezembro de 1962, com a criação da TV Gaúcha de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A rede chegou em Santa Catarina a partir da expansão da Rede Brasil Sul de Comunicações (atual Grupo RBS) para o estado em 1979, com a criação da TV Catarinense em Florianópolis e da TV Santa Catarina em Joinville, sendo essas as únicas emissoras fundadas originalmente pelo grupo.

As outras quatro foram adquiridas depois da sua criação, de grupos já existentes no estado. Em 1980, foi adquirida a TV Coligadas de Blumenau (fundada em 1969, pertencente a Mário Petrelli); em 1982, a TV Cultura de Chapecó (fundada no mesmo ano e também pertencente a Mário Petrelli); em 1995, a TV Eldorado de Criciúma (fundada em 1978, pertencente à Rede de Comunicações Eldorado); e em 2005, a TV Catarinense de Joaçaba (fundada em 1988, pertencente à Central Barriga Verde). Estas seis emissoras somavam-se com as outras 12 existentes no Rio Grande do Sul, fazendo da RBS TV a maior rede de televisão afiliada à Rede Globo em número de emissoras.

Transição e formação[editar | editar código-fonte]

O Grupo RBS começou a passar por problemas financeiros no ano de 2011, quando seus membros foram denunciados pelo Ministério Público por crimes contra o sistema financeiro nacional, dando início a Operação Zelotes, que também investigou outras 70 empresas (números até março de 2015) pelos mesmos motivos.[1][2] Entre 2014 e 2015, o grupo demitiu dezenas de funcionários nos dois estados, dando início a uma série de boatos sobre a venda dos seus veículos para outros grupos de comunicação.[3][4]

Em 2016, sites divulgaram informações que davam conta de uma venda das operações catarinenses da RBS TV e de outros veículos para o empresário Lírio Parisotto (proprietário do grupo Videolar).[5] O Grupo RBS inicialmente negou as informações através de comunicado oficial.[6] Mas um mês depois, em 7 de março, foi confirmada a venda através de uma videoconferência feita com os funcionários em Florianópolis e nas filiais do interior. Além de Parisotto, Carlos Sanchez (proprietário do Grupo NC) também foi anunciado como novo proprietário dos veículos, dividindo a sociedade.[7][8][9] A venda das operações foi aprovada sem restrições pelo CADE em 15 de julho.[10] Parisotto posteriormente abandonou a sociedade em função de um escândalo pessoal com Luiza Brunet, deixando Carlos Sanchez e outros acionistas do Grupo NC como proprietários integrais do novo grupo de comunicação.[11]

Em outubro, o Grupo NC iniciou a descaracterização da antiga marca nos veículos. As emissoras catarinenses da RBS TV deixaram de fazer menção à sigla "RBS" nos programas (com exceção do próprio RBS Notícias, por ser o nome do então telejornal da noite), vinhetas, fachadas de prédios, microfones (a canopla utilizada passou a ter o logo da Rede Globo nos quatro lados), entre outros. Em 3 de maio de 2017, foi lançada durante o Jornal do Almoço uma votação popular para escolher o nome da futura rede de televisão e de suas emissoras, bem como da divisão de mídia do conglomerado do Grupo NC.[12][13]

O telespectador poderia votar pela internet até 15 de maio em três nomes, desenvolvidos pela Interbrand: DNC (que significa DNA Catarinense), Lig (que significa Ligada em Santa Catarina) e NSC (que significa Nossa Santa Catarina).[14] O resultado foi divulgado no mesmo telejornal em 16 de maio, e deu como escolhida a última opção por 66,28% dos votos.[15][16] Em 15 de julho, o Grupo NC realizou um evento para funcionários e colaboradores em Florianópolis, onde apresentou a marca da NSC Comunicação, futura subsidiária de comunicação do grupo, e confirmou sua estreia para o dia 16 de agosto, bem como a festa de lançamento do grupo e da NSC TV um dia antes.[17]

A emissora foi inaugurada em 15 de agosto, por volta das 20h15. A jornalista Laine Valgas apresentou um programete ao vivo no intervalo da telenovela Pega Pega, lançando a nova marca da emissora e apresentando vídeos institucionais sobre o compromisso da empresa com o estado de Santa Catarina. No evento de inauguração, estiveram presentes o proprietário do Grupo NC, Carlos Sanchez, o proprietário do Grupo Globo, Roberto Irineu Marinho, o diretor-geral da Rede Globo, Carlos Henrique Schroder, além de vários outros convidados.[18]

Emissoras[editar | editar código-fonte]

Divisão da área de cobertura da NSC TV por emissora

Com a aquisição das emissoras catarinenses da RBS TV, a nova rede passou a ser composta por 6 emissoras. O esquema de transmissão permaneceu o mesmo, com os programas gerados a partir de Florianópolis e a sua retransmissão pelas emissoras do interior, com a produção de blocos locais dos telejornais (exceto em Joaçaba) e a geração de comerciais locais.

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

O nome escolhido para a rede, NSC, é a sigla do canal por assinatura National Sports Channel, que esteve no ar entre 2003 e 2007. A empresa no entanto ainda existe, assim como sua sigla, que é de posse do jornalista Octávio Muniz, estando com contrato social ativo desde 2004 na Receita Federal e na Junta Comercial de São Paulo, segundo ele. O Grupo NC registrou, assim como os outros propostos na votação, Lig e DNC, o nome NSC e suas variantes (com o acrônimo "TV") no INPI, e não comentou o caso.[19]

Referências

  1. «Processado por crime financeiro, dono de afiliada da Globo pode pegar até quatro anos de prisão». R7. 20 de fevereiro de 2011. Consultado em 16 de maio de 2017. Arquivado do original em 15 de agosto de 2017 
  2. ALVES, Murilo Rodrigues; BRANDT, Fábio; FABRINI, Fábio (28 de março de 2015). «Empresas dizem não ter conhecimento da investigação da Operação Zelotes». O Estado de S. Paulo. Consultado em 16 de maio de 2017 
  3. «Nota conjunta contra a demissão em massa no Grupo RBS». Sul21. 6 de agosto de 2014. Consultado em 16 de maio de 2017 
  4. Renner, Maurício (5 de novembro de 2015). «RBS contrata Explorer para call center». Baguete. Consultado em 16 de maio de 2017 
  5. «SC: Jornalista da RIC Record divulga venda do Grupo RBS; empresa nega». NaTelinha - UOL. 5 de fevereiro de 2016. Consultado em 16 de maio de 2017 
  6. «Comunicado». Grupo RBS. 5 de fevereiro de 2016. Consultado em 16 de maio de 2017 
  7. «RBS anuncia venda das operações de mídia em Santa Catarina». Grupo RBS. 7 de março de 2016. Consultado em 16 de maio de 2017 
  8. «Grupo RBS anuncia de jornais, rádios e TV em Santa Catarina». Folha de S.Paulo. 7 de março de 2016. Consultado em 16 de maio de 2017 
  9. «Quem são e o que pensam os novos donos». Diário Catarinense. 7 de março de 2016. Consultado em 16 de maio de 2017 
  10. Rodrigues, Eduardo Frade (15 de julho de 2016). «Despacho SG Nº 853/2016». Sistema Eletrônico de Informações - CADE. Consultado em 16 de maio de 2017 
  11. Bergamo, Mônica (18 de agosto de 2016). «Lírio Parisotto deixa sociedade do Grupo RBS». Folha de S.Paulo. Consultado em 16 de maio de 2017 
  12. «SC: RBS SC, afiliada da Globo, terá novo nome escolhido em votação». NaTelinha - UOL. 19 de abril de 2017. Consultado em 16 de maio de 2017 
  13. «Novo nome da RBS SC será escolhido por meio de votação popular». Acontecendo Aqui. 19 de abril de 2017. Consultado em 16 de maio de 2017 
  14. «Público vai decidir o novo nome da RBS TV em Santa Catarina». Diário Catarinense. 3 de maio de 2017. Consultado em 16 de maio de 2017 
  15. «NSC será o novo nome da RBS TV em Santa Catarina». RBS TV. 3 de maio de 2017. Consultado em 16 de maio de 2017 
  16. «NSC será o novo nome da RBS TV em Santa Catarina». Diário Catarinense. 16 de maio de 2017. Consultado em 16 de maio de 2017 
  17. «NSC inicia implantação da nova marca em Santa Catarina». Diário Catarinense. 15 de julho de 2017. Consultado em 17 de julho de 2017 
  18. Gasperin, Emerson (15 de agosto de 2017). «NSC Comunicação estreia oficialmente em Santa Catarina». Diário Catarinense. Consultado em 16 de agosto de 2017 
  19. Vaquer, Gabriel (5 de maio de 2017). «Possível novo nome da afiliada da Globo em Santa Catarina já foi usado por canal esportivo». TV História. Consultado em 16 de maio de 2017 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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