Diatomito

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Diatomito
Diatomito
Uma amostra de diatomito
Categoria Rocha sedimentar
Cor Branca, bege, cinza, marromesverdeada
Fórmula química Dióxido de silício
Propriedades físicas
Ponto de fusão 1700 °C
Solubilidade Pouco solúvel
Brilho terroso
Opacidade opaco
Referências [1][2]

Diatomito, terra de diatomáceas, terra diatomácea ou kieselguhr[3] é uma rocha muito porosa e absorvente, formada pela precipitação dos restos microscópicos de frústulas das diatomáceas, algas pertencentes à classe das bacilariófitas, a qual, por sua vez, é constituída pelas algas unicelulares dotadas de membrana celular com formação siliciosa.[4][5][6] O diatomito apresenta-se puro, maciço e estratificado, pulverulento, muito leve e volumoso.

A composição das frústulas é, essencialmente, de sílica (dióxido de silício) hidratada, também chamada sílica opalina . Originado no transcorrer das épocas geológicas, pela deposição destas microalgas, no fundo de mares, lagoas e terrenos pantanosos, formando camadas pouco ou muito contaminadas de impurezas, tais como: matéria orgânica, argilas, areia, óxido de ferro, carbonato de cálcio e magnésio, cinzas vulcânicas, espículas de espongiárias e outros materiais em menores quantidades. Quando as espículas de esponjas predominam sobre as diatomáceas, a rocha passa a ser chamar espongilito.[7]

As diatomáceas são algas unicelulares, fotossintetizantes, encontradas em água doce e salgada de maneira solitária ou formando colônias. São muito importantes na composição do fitoplâncton, constituindo assim a base da cadeia alimentar. Seus pigmentos são principalmente amarelos a castanhos, localizados no interior dos cromoplastos.

Acredita-se que as diatomáceas tenham surgido no planeta no período Cretáceo, onde se encontra uma grande diversidade no registro fóssil. É interessante de se notar que muitas espécies atuais ainda se assemelham às formas encontradas nos registros fósseis. Isso mostra o sucesso dessas espécies.O diatomito, também chamado de terra de diatomáceas, é uma rocha sedimentar biogênica que se forma pela deposição dos restos microscópicos das carapaças de algas diatomáceas em mares, lagoas e pântanos. Origina depósitos estratificados ou maciços.

As diatomáceas mais encontradas no diatomito são dos gêneros:

O diatomito tem uma cor branca, creme, cinza, marrom a esverdeada; não tem alta dureza, dada a sua porosidade mas, microscopicamente, as partículas são mais duras. Tem alto ponto de fusão - de 1400 °C a 1650 °C e brilho opaco ou terroso. É quebradiço, insolúvel em ácidos, exceto o ácido fluorídrico, mas solúvel em bases fortes, absorvendo 4 vezes seu peso em água. É inodoro e insípido.

Utilização do diatomito[editar | editar código-fonte]

A presença de diatomito em regiões lacustres, entre outras, é um fator comum, embora sua simples ocorrência não constitua um fator de importância econômica. É necessário que os depósitos apresentem condições que permitam seu aproveitamento, exemplos: a presença de matéria orgânica influi e muito na qualidade do diatomito e a distância dos centros consumidores, já que o frete é pago de acordo com o volume.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • ATUI, Márcia B., LAZZARI, Flávio A. E LAZZARI, Sônia M.N. "Avaliação de metodologia para detecção de resíduos de terra diatomácea em grãos de trigo e farinha". Revista Instituto Adolfo Lutz. SP. OCLC 71172964
  • BARROS, Carlos E PAULINO, Wilson Roberto. "Os seres vivos". 64° ed., totalmente reformulada. São Paulo, Editora Ática, p 77, 2000. ISBN 978-850-816-511-7
  • LEÇA, Professor Responsável: Enide Eskinazi. Apostila: Importância Econômica das Bacillariophyceae. 1982.
  • SOUSA, José Ferreira de. "Perfil analítico da diatomita". Boletim n° 11. Rio de Janeiro, DNPM, 1973. OCLC 10735513
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