Daniel Munduruku
Daniel Munduruku | |
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Nascimento | 28 de fevereiro de 1964 (58 anos)[1] Belém, ![]() |
Nacionalidade | brasileiro |
Cônjuge | Tânia Mara |
Filho(a)(s) | Gabriela, Lucas e Beatriz |
Ocupação | Escritor, professor |
Principais trabalhos | O banquete dos deuses – conversa sobre a origem e a cultura brasileira, Contos indígenas brasileiros |
Prêmios | Comendador da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República (2013) Menção honrosa do Prêmio Literatura para Crianças e Jovens na Questão da Tolerância, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura[1]. Menção de Livro Altamente Recomendável pela Fundação Nacional para o Livro Infantil e Juvenil. Prêmio Jabuti de Literatura. Prêmio da Academia Brasileira de Letras. Prêmio Érico Vanucci Mendes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.[2] |
Filiação | PCdoB (2019-2021)[3][4] |
Gênero literário | Literatura Infantil |
Página oficial | |
http://danielmunduruku.blogspot.com
@danielmundurukuoficial |
Daniel Munduruku (Belém, 28 de fevereiro de 1964) é um escritor, professor e ativista indígena brasileiro. Suas obras literárias são sobretudo dirigidas ao público infanto-juvenil e tem como temas principais a cultura indígena. Ademais, ele é um defensor ativo dos direitos dos povos indígenas e tem trabalhado para promover a conscientização sobre a importância da preservação das culturas dos povos nativos do Brasil.
Munduruku é autor de diversas obras literárias e são os de maior destaque O banquete dos deuses – conversa sobre a origem e a cultura brasileira (2013) e Contos indígenas brasileiros (2016). Muitos de seus livros considerado altamente recomendável pela Fundação Nacional para o Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). Recebeu diversos prêmios, entre eles o Prêmio Jabuti na categoria Literatura Infantil e Juvenil em 2018. Também recebeu uma menção de honra da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Prêmio Literatura para Crianças e Jovens na Questão da Tolerância e foi declarado Comendador da Ordem do Mérito Cultural pela Presidência da República em 2013.
Em questões políticas, Munduruku é membro do Partido Democrático Trabalhista (PDT), pelo qual concorreu à deputado federal por São Paulo em 2022. Além de sua atividade literária, ele também atua como professor e palestrante, onde promove uma visão mais positiva dos povos nativos brasileiros.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Munduruku está empenhado no movimento indígena brasileiro. Graduou-se em filosofia, história e psicologia pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL). Fez mestrado e doutorado em educação pela Universidade de São Paulo e pós-doutorado em linguística pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). É diretor-presidente do Instituto Uk'a - Casa dos Saberes Ancestrais. É autor de 54 obras, sendo a maioria classificada como literatura infanto-juvenil[7].
É membro da Academia de Letras de Lorena[2]. Recebeu a comenda do mérito cultural por duas vezes. Já recebeu vários prêmios no Brasil e no exterior: Prêmio Jabuti, da Academia Brasileira de Letras, Prêmio Érico Vanucci Mendes (CNPq), Tolerância (UNESCO). Muitos de seus livros receberam o selo Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ.
Nas eleições de 2020 foi candidato a prefeito na cidade de Lorena pelo PCdoB, ficando em terceiro lugar com 1.416 votos (3,25%).[8] Nas eleições estaduais em São Paulo em 2022, foi candidato a deputado federal pelo PDT e recebeu 9.492 votos, não sendo eleito.[9][10]
Obras publicadas[editar | editar código-fonte]
- Histórias de índio, Companhia das Letrinhas, 1997
- O caráter educativo do movimento indígena brasileiro - 1970-1990, 2012 - Paulinas
- Meu vô Apolinário, 2001, Studio Nobel, ISBN 8585445955
- As serpentes que roubaram a noite e outros mitos, 2001 - Editoria Peirópolis
- O ovo que dançou, 2002 - Brinque Book
- Kabá Darebü, 2002 - Brinque Book
- Coisas de índio, 2000 - Callis Editora
- O sinal do pajé, 2003 - Peirópolis
- Coisas de índio - versão infantil, 2003 - Callis editora
- O sinal do pajé, 2003, Peirópolis, ISBN 8575960067
- Histórias que eu ouvi e gosto de contar, 2004, Callis Editora ISBN 8574162264
- Contos indígenas brasileiros, 2005 - Global Editora
- O segredo da chuva, Ed. Ática, 2006, ISBN 9788508087440
- O sumiço da noite, 2006 - Caramelo
- Caçadores de aventuras, 2006 - CARAMELO
- Catando piolhos contando histórias, 2006 - Brinque-Book
- Histórias que eu vivi e gosto de contar, 2006 - Callis Editora.
- Parece que foi ontem, 2006 - Global Editora
- Sabedoria das águas, 2006 - Studio Nobel
- O sumiço da noite, 2006, Caramelo, ISBN 8573405058
- O onça, 2006. Caramelo.
- A primeira estrela que vejo é a estrela do meu desejo e outras histórias indígenas de amor, 2007 - Global Editora
- As peripécias do Jabuti, 2007 - Mercuryo Jovem
- O Menino e o pardal, 2007 - Callis Editora
- O olho bom do menino, 2007 - Brinque-Book
- O homem que roubava horas, 2007 - Brinque Book
- A palavra do Grande Chefe, 2008 - Global Editora
- Outras tantas histórias Indígenas de origem das coisas e do universo, 2008 - Global Editora
- O Karaíba - 2010 - Editora Amarilys (Manole)
- A caveira-rolante, a mulher-lesma e outras histórias indígenas de assustar, 2010 - Global Editora
- Como surgiu - mitos indígenas brasileiros, 2011 - Callis Editora
- Crônicas de São Paulo, 2011 - Callis Editora Limited
- Histórias que eu Li e gosto de contar, 2011 - Callis editora
- O banquete dos deuses, 2013 - Global Editora
- O olho da águia, 2013 - Leya
- Karú Tarú - O pequeno Pajé, 2013 - EDELBRA
- O mistério da estrela vésper, 2014 - Leya
- Das Coisas que Aprendi - 1a. Edição, 2014 - Uka Editorial
- Foi Vovó que disse, 2014 - EDELBRA
- Memórias de Índio - uma quase autobiografia, 2016 - EDELBRA
- Das Coisas que Aprendi - 2a. Edição, 2018 - Uka Editorial
- Mundurukando 2 - 2018 - Uka Editorial
- O olho bom do menino, 2019 - Editorial Uka
- Mundurukando 1 - 2a. edição - 2020 - Editorial Uka
- Crônicas indígenas para rir e refletir na escola, 2020 - Moderna
Referências
- ↑ a b Bruno Ribeiro (5 de fevereiro de 2010). «Entrevista: Daniel Munduruku» (HTML). Consciência.net. Consultado em 7 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 25 de março de 2022
- ↑ a b http://danielmunduruku.blogspot.com/p/sobre-daniel-munduruku.html
- ↑ «PCdoB apresenta a candidatura do indígena Daniel Munduruku à prefeitura de Lorena (SP)». 16 de setembro de 2020. Consultado em 2 de abril de 2022
- ↑ «Daniel Munduruku, o indígena que concorrerá a prefeito pelo PCdoB». 18 de fevereiro de 2020. Consultado em 20 de novembro de 2022
- ↑ «Cabo Daciolo, Leila Barros e Aldo Rebelo estão entre novos filiados do PDT; veja». 2 de abril de 2022. Consultado em 2 de abril de 2022
- ↑ «Ex-candidato a prefeito de Lorena, Munduruku agora é PDT». 8 de julho de 2021. Consultado em 20 de novembro de 2022
- ↑ Maíra Magro (7 de outubro de 2009). «Histórias do Mestre Munduruku». Consultado em 15 de setembro de 2020
- ↑ «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais». divulgacandcontas.tse.jus.br. Consultado em 22 de outubro de 2020
- ↑ «Resultados – TSE». resultados.tse.jus.br. Consultado em 6 de novembro de 2022
- ↑ «Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais». divulgacandcontas.tse.jus.br. Consultado em 6 de novembro de 2022
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Nascidos em 1964
- Indígenas do Brasil
- Literatura indígena brasileira
- Naturais de Belém (Pará)
- Agraciados com a Ordem do Mérito Cultural
- Escritores do Pará
- Homens ganhadores do Prêmio Jabuti
- Autores de literatura infantojuvenil do Brasil
- Educadores do Pará
- Membros do Partido Comunista do Brasil
- Membros do Partido Democrático Trabalhista
- Ativistas dos direitos indígenas do Brasil
- Indígenas do Brasil na política
- Psicólogos do Brasil
- Filósofos do Pará
- Historiadores do Pará
- Alunos da Universidade Federal de São Carlos