Isabel, Princesa das Astúrias: diferenças entre revisões
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Revisão das 21h28min de 13 de maio de 2019
Isabel | |
---|---|
Princesa das Astúrias Condessa de Girgenti | |
Nascimento | 20 de dezembro de 1851 |
Madrid, Espanha | |
Morte | 23 de abril de 1931 (79 anos) |
Paris, França | |
Sepultado em | Palácio Real de La Granja de San Ildefonso, San Ildefonso, Espanha |
Nome completo | |
Maria Isabel Francisca de Assis Cristina Francisca de Paula Dominga | |
Marido | Caetano, Conde de Girgenti |
Casa | Bourbon Bourbon-Duas Sicílias |
Pai | Francisco, Duque de Cádis |
Mãe | Isabel II da Espanha |
Religião | Catolicismo |
Isabel, Princesa das Astúrias (Maria Isabel Francisca de Assis Cristina Francisca de Paula Dominga; Madrid, 20 de dezembro de 1851 – Paris, 23 de abril de 1931), também conhecida como La Chata, foi Princesa das Astúrias em duas ocasiões diferentes, primeiro de 1851 até o nascimento de seu irmão mais velho em 1857, e depois de 1874 até o nascimento de sua sobrinha Maria das Mercedes em 1880. Era filha da rainha Isabel II da Espanha e de seu consorte Francisco, Duque de Cádis, e esposa de Caetano, Conde de Girgenti.
A infanta Isabel foi uma figura proeminente durante o reinado de seu irmão, o rei Afonso XII de Espanha, e durante a minoria de seu sobrinho, o rei Afonso XIII, uma vez que ela era a membro mais popular da família real espanhola. Após a queda da monarquia em 1931, ela recusou a oferta dos republicanos para continuar vivendo na Espanha e morreu cinco dias depois no exílio na França.
Início de vida
Nascida no Palácio Real de Madrid em 20 de dezembro de 1851, Isabel era a filha mais velha sobrevivente da rainha Isabel II da Espanha e de seu consorte Francisco, Duque de Cádis. Em meio a tumultos carlistas e revoltas esporádicas, Isabel foi imediatamente reconhecida como herdeira do trono de sua mãe, através da concessão do tradicional título de Princesa das Astúrias.[1]
Isabel foi batizada no dia seguinte do seu nascimento com os nomes de Maria Isabel Francisca de Assis Cristina Francisca de Paula Dominga.[2] A mãe de Isabel fora obrigada a casar-se com o primo Francisco, Duque de Cádis, conhecido como "Primo Paquita", devido a sua homossexualidade. Em razão deste casamento arranjado e a antipatia que sentia por seu marido, a rainha Isabel teve inúmeros casos extraconjugais, o que colocou em dúvida a paternidade de Isabel. Historiadores e biógrafos atribuem à paternidade da infanta Isabel a José Ruiz de Aranha e Saavedra, um jovem aristocrata e oficial militar espanhol. Foi com certa relutância que Francisco reconheceu Isabel como sua filha, como faria mais tarde com todos os filhos nascidos do conturbado casamento com a rainha Isabel II.[2]
Em 1857 com o nascimento de seu irmão, Afonso, Isabel perdeu o título de Princesa das Astúrias e passou a deter apenas o título de Infanta da Espanha.
Casamento
Como herdeira presuntiva da coroa espanhola, havia grande interesse em arranjar um casamento para a infanta Isabel. Leopoldo O'Donnell, primeiro-ministro de Isabel II, propôs casar Isabel com o príncipe Amadeu de Saboia, cuja irmã Maria Pia havia se casado recentemente com o rei Luís I de Portugal.[3] Contudo a rainha Isabel II não aprovava a união e o enlace acabou por não ocorrer.
Isabel casou-se em Madrid em 13 de maio de 1868, com um primo de seus pais, o príncipe Caetano, Conde de Girgenti, filho do rei Fernando II das Duas Sicílias e de sua segunda esposa, a arquiduquesa Maria Teresa da Áustria. Em detrimento do matrimônio, Caetano foi nomeado infante da Espanha.
Foi um casamento de conveniência, realizado para selar a paz entre a Espanha e a destronada família do extinto Reino das Duas Sicílias, pois as relações entre os primos estavam estremecidas desde que os Bourbon espanhóis reconheceram a unificação italiana no recém criado reino chefiado pela Casa de Saboia. O casal nunca teve uma relação de afeto e a união não gerou filhos. Durante a viagem de núpcias, a infanta tomou conhecimento da Revolução de 1868 (chamada La Gloriosa), que expulsou sua mãe do trono e da Espanha. Efetivamente, a princesa só foi autorizada a pisar em território espanhol seis anos depois, com a restauração monárquica de 1874.
Caetano pouco se dedicou à esposa, preferindo viajar pela Europa em visitas a seus familiares nos dois anos que sucederam o casamento. De comportamento soturno, destoava completamente do príncipe alegre e expansivo que costumava ser antes da unificação italiana. Atormentado e deprimido com sua saúde frágil e as constantes crises de epilepsia (doença que não foi mencionada durante as negociações de casamento), Caetano suicidou-se com um tiro na cabeça, aos vinte e oito anos de idade, em 26 de novembro de 1871, num quarto de hotel em Lucerna, na Suíça. Viúva aos dezenove anos de idade, Isabel jamais voltou a se casar.
Últimos anos e morte
Com a instauração da Segunda República Espanhola, em 14 de abril de 1931, o rei Afonso XIII, sobrinho de Isabel, renuncia aos seus direitos e parte para o exílio. A infanta gozava de grande simpatia na Espanha, especialmente entre a população de Madrid; e foi graças à sua imensa popularidade que as novas autoridades republicanas não a obrigaram a deixar o país, juntamente com sua família. Mesmo assim, a quase octogenária princesa, decidiu acompanhar seus familiares no exílio, na França.
O advento da Segunda República foi um duro golpe para a infanta Isabel. Desgostosa e com a saúde abalada, morreu de causas naturais num convento próximo a Paris, em 23 de abril de 1931, cinco dias após ter abandonado a Espanha.
Em 1991 seu sobrinho-bisneto, o rei Juan Carlos I, ordenou o traslado de seus restos mortais para a Espanha. A ex-Princesa das Astúrias foi finalmente sepultada na capela do Palácio Real de La Granja de San Ildefonso, junto aos túmulos do rei Filipe V e de sua esposa, a rainha Isabel Farnésio. A escolha do local se deve a identificação que a infanta sempre teve com aquela residência real, onde passava férias e organizava reuniões com mulheres da alta nobreza nos jardins apelidados de Pequena Versalhes.
Honras e armas
Honras
- Dignitária da Ordem do Tosão de Ouro[4][5]
- Dignitária da Ordem de Carlos III[6][7][8][9]
- Dignitária da Ordem das Damas Nobres da Espanha[10][11][12]
Estrangeiras:
- Insígnia da Ordem da Cruz Estrelada[13]
- Dignitária da Ordem Real de Santa Isabel[14]
Armas
Ancestrais
Referências
- ↑ Rubio, La Chata, p. 43
- ↑ a b Rubio, La Chata, p. 46
- ↑ Rubio, La Chata, p. 134
- ↑ [1], Agencia Boletín Oficial del Estado
- ↑ http://2.bp.blogspot.com/-NqpbM72-GBw/UzYb2jZBrcI/AAAAAAAADyA/2ehIMDx5ucM/s1600/2014-0329-lachata.jpg
- ↑ Boletin Oficial Del Estado
- ↑ http://www.gogmsite.net/iberian-style-in-the-bustle/subalbum-infantas-maria-isa/albumette-infanta-maria-isa/1866-infanta-isabel-de.html
- ↑ http://www.gogmsite.net/iberian-style-in-the-bustle/subalbum-infantas-maria-isa/albumette-infanta-maria-isa/older-infanta-isabel-seated.html
- ↑ https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/9b/2c/2a/9b2c2a2e0c93f36e47c2f5ba53214d76.jpg
- ↑ http://4.bp.blogspot.com/-KR47UJsXdRw/VWPHdWtgUyI/AAAAAAAAL0c/rJBzNvPZ6IU/s1600/Image68.png
- ↑ http://www.gogmsite.net/iberian-style-in-the-bustle/subalbum-infantas-maria-isa/albumette-infanta-maria-isa/isabel-wearing-pleated-bodi.html
- ↑ http://www.gogmsite.net/iberian-style-in-the-bustle/subalbum-infantas-maria-isa/albumette-infanta-maria-isa/isabel-wearing-formal-dress.html
- ↑ http://2.bp.blogspot.com/-NqpbM72-GBw/UzYb2jZBrcI/AAAAAAAADyA/2ehIMDx5ucM/s1600/2014-0329-lachata.jpg
- ↑ https://atthespanishcourt.files.wordpress.com/2011/08/infantaisabel.jpg?w=529
- ↑ Brasão de armas colocado em seu túmulo na Abóbada Real, adotado durante o reinado do rei Juan Carlos da Espanha.
Bibliografia
- RUBIO, María José. La Chata. La Infanta Isabel de Borbón y la Corona de España. Madrid, La Esfera de los Libros, 2003.
- ORTEGA-MOREJÓN, José Mª de. Doña Isabel de Borbón, infanta de España. Madrid, Ediciones Aspas, 1943.
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