Galp

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Galp
Razão social GALP Energia, SGPS, S.A.
Empresa de capital aberto
Cotação Euronext Lisboa: GALP
Atividade Indústria do petróleo
Energia
Gênero Sociedade anónima
Fundação 1999
Sede São Domingos de Benfica, Lisboa, Portugal Portugal
Pessoas-chave Paula Amorim (Chairman), Filipe Silva (CEO)
Empregados 17.389 (2019)
Produtos Exploração, distribuição de Gasolina,óleo, Gás Natural, Refinarias, Postos de abastecimentos, energia elétrica
Subsidiárias Companhia Logística de Combustíveis (65%)
Valor de mercado Aumento EUR 11,567 mil milhões (07/2017)[1]
Lucro Aumento EUR 1.603 mil milhões (2017)

[2]

Faturamento Aumento EUR 15.204 mil milhões (2017)
Antecessora(s) Petrogal
Gás de Portugal
Website oficial www.galp.com

Galp é um grupo de empresas portuguesas no setor de energia. É detentora da Petrogal e da Gás de Portugal, sendo hoje um grupo integrado de produtos petrolíferos e gás natural, com atividades que se estendem desde a exploração e produção de petróleo e gás natural, à refinação e distribuição de produtos petrolíferos, à distribuição e venda de gás natural e à geração de energia elétrica. Atualmente está entre as maiores empresas de Portugal, controlando cerca de 50% do comércio de combustíveis neste país e a totalidade da capacidade refinadora de Portugal. Recentemente adotou uma estratégia agressiva de expansão no mercado de retalho espanhol e prossegue as suas actividades de exploração de hidrocarbonetos no Brasil em parceria com a Petrobras e a Partex e em Angola no consócio com a Sonangol.

História[editar | editar código-fonte]

Até ao final dos anos 30, Portugal era abastecido de produtos petrolíferos por várias empresas estrangeiras como a Shell, a Vaccum (que se viria a tornar a Vacuum-Socony e posteriormente Mobil) e a Atlantic.

A SONAP (Sociedade Nacional de Petróleos) foi criada em 1933 graças ao impulso dos empresários Manuel Cordo Boullosa e Manuel Queiroz Pereira, e que deram origem à uma das maiores empresas portuguesas, a PETROGAL. A SONAP tinha um capital de três milhões de escudos, repartidos entre Manuel Cordo Boullosa (19%), Manuel Queiroz Pereira (19%), Steaua Française (56%) e outros nove accionistas minoritários, ou seja, 40% do capital português e 60% do capital francês.

A necessidade de refinar localmente o petróleo está directamente ligada à criação do Decreto-Lei nº 1947, de 13 de Fevereiro (a Lei dos Petróleos), que, complementada pela Lei nº 1965, de 17 de Maio (Condicionamento Industrial), cria condições para posteriormente ser criada a Sociedade Anónima de Combustíveis e Óleos Refinados (ou SACOR) em 1937.

Logótipo em marco de betão no “bairro da Sacor”, na Bobadela, Loures

A SACOR escolheria Cabo Ruivo, na zona oriental de Lisboa, que era uma zona tradicionalmente industrial, para instalar a sua refinaria, inaugurada a 11 de Novembro de 1947. Devido à Segunda Guerra Mundial e às limitações ao seu transporte e exportação por via marítima, viria a impedir que a refinaria atingisse o seu potencial de refinação (300.000t/ano). Estes problemas já eram alvo da atenção do Estado português, que, através do Instituto Português de Combustíveis comprou quatro petroleiros (Gerez, Aire, Marão e Sameiro), que não foram suficientes para resolver o problema.

Depósitos da Galp na Bobadela, Loures

As empresas petrolíferas e o Estado iriam, a 13 de Junho de 1945, constituir a Soponata para ultrapassar tais dificuldades, detendo a SACOR metade do capital da nova empresa.

Terminada a guerra e com a aplicação da nova Lei nº 1947, que favorecia quem refinasse em Portugal, a SACOR obteria do Estado metade do mercado.

Em 1953, seria fundada a ANGOL em Angola (a Sonangol de hoje), seguindo-se, em 1957 a Moçacor em Moçambique (ainda hoje totalmente detida pela Galp), para a distribuição dos seus produtos nessa geografias.

Em 1958, a SACOR introduziria no mercado a gasolina super, e criou três companhias de gás: Gazcidla para o gás butano, Procidla para o gás propano e Lusogás para o gás de cidade.

Em 1959, a SACOR criou a sua empresa de navegação, a SACOR Marítima, sendo que é este o ramo subsistente da SACOR.

Nos anos que se seguiram à guerra assistiu-se um substancial aumento do parque automóvel, a SACOR criou uma rede de postos de abastecimento por todo o país. Muitos destes postos partilhavam o mesmo desenho, e são ainda hoje facilmente identificados pelo arco que abriga as bombas.

Em novembro de 1963, por um acordo entre as administrações SACOR e SONAP, trocaram participações, e em novembro de 1971 o Governo decidiu conceder a exploração da nova refinaria do sul ao consórcio entre SONAP e CUF, quebrando assim o monopólio da SACOR no setor do refino de petróleo.

No pós-25 de Abril, estas empresas, mais a Gás de Lisboa (que era independente) foram nacionalizadas, tendo os seus negócios ultramarinos sido entregues às ex-colónias, e com o restante sido criado a Petrogal (petróleo) e a Gás de Portugal (gás). Estas viriam a ser transformadas em sociedades anónimas e viria a ser criada uma sociedade de gestão de participações sociais (SGPS), a Galp, que viria a ser privatizada. Em 2005, a Portgás (negócios de gás natural no norte litoral de Portugal) foi vendida à EDP.

Estrutura acionista[editar | editar código-fonte]

Atualizado em 17 de março de 2024[3]

Sustentabilidade[editar | editar código-fonte]

O Relatório de Sustentabilidade descreve os principais impactes económicos, sociais e ambientais da actividade da empresa, assim como a sua visão, compromissos, metas, ações e iniciativas implementadas e a implementar. O último[quando?] Relatório de Sustentabilidade publicado foi preparado segundo as Diretrizes de Elaboração de Relatórios de Sustentabilidade da Global Reporting Initiative (GRI), na sua mais recente versão,[quando?] G4, na opção “De acordo – Abrangente”. Foi também considerado o suplemento sectorial Oil & Gas G4 da GRI, conforme se verifica na Tabela GRI.[carece de fontes?]

Foi definido um conjunto de compromissos de sustentabilidade Galp  aprovados pela gestão de topo:[carece de fontes?]

  • Compromisso I - Atuar de forma responsável e ética, assegurando as melhores práticas de governo e transparência
  • Compromisso II - Envolver a comunidade e demais partes interessadas, promovendo a criação de valor partilhado
  • Compromisso III - Valorizar o Capital Humano
  • Compromisso IV - Garantir a Proteção do Ambiente, das Pessoas e dos Ativos
  • Compromisso V - Contribuir para a satisfação das necessidades energéticas futuras e minimizar a intensidade carbónica da atividade
  • Compromisso VI - Promover a Inovação, a Investigação e o Desenvolvimento Tecnológico

A Galp integra as principais listas e índices internacionais que avaliam o desempenho de sustentabilidade das empresas: DJSI, FTSE, CDP, Global 100, Ethibel Sustainability Index, Euronext Vigeo Indices.[carece de fontes?]

Patrocínio à Seleção Portuguesa de Futebol masculino[editar | editar código-fonte]

Euro 2004[editar | editar código-fonte]

Na campanha de comunicação de apoio à Seleção Nacional no Euro 2004, criou o hino “Menos Ais”.[4]

Mundial 2006[editar | editar código-fonte]

A Galp alimentou o sonho da vitória da Seleção Nacional no Campeonato Mundial de 2006, sob o lema publicita´rio “Se a Galp é nº1 em Portugal, Portugal também pode ser nº1 no Mundial”. Mobilizou mais de 750 mil pessoas, adeptos inscritos, “de mãos dadas para chegar à Alemanha” a demonstrar o apoio à Seleção num Cordão Humano Virtual. 

Euro 2008[editar | editar código-fonte]

A Galp apelou à paixão dos portugueses para cobrir o autocarro da Seleção Nacional ao Euro 2008. A iniciativa convidava os adeptos a expressarem pessoalmente as suas emoções, deixando mensagens de apoio no autocarro da Seleção Nacional, o mesmo do anúncio Galp Euro 2008, onde a Galp Energia os conduzia até à vitória.

Mundial 2010[editar | editar código-fonte]

A Galp comercializou centenas de milhares de vuvuzelas nos seus postos de abastecimento nos meses que antecederam a competição. Mabhuti, estrela sul-africana especialista em tocar vuvuzela, veio a Portugal para ensinar a sua técnica e arte, tendo efetuado uma digressão associada à campanha Vamos lá Portugal. Vários jogadores da Seleção também aprenderam a tocar este típico instrumento africano, como forma de celebrarem a presença de Portugal no Mundial da África do Sul.

Euro 2012[editar | editar código-fonte]

“11 por todos e todos por 11” foi o mote da campanha de apoio à Seleção Nacional no Euro 2012, criada pela Galp Energia. Começou com um movimento no Facebook e ganhou dimensão através do filme Carta a Portugal, onde o jovem Guilherme transmitiu os seus desejos aos jogadores, durante o estágio da Seleção.

Mundial 2014[editar | editar código-fonte]

Com a campanha “Portugal é o Mundial” , a Galp foi a patrocinadora oficial da Seleção do Mundial 2014 que se realizou no Brasil. E, para mostrar que “somos muito mais que 10 milhões” a J. Walther Thompson criou um anúncio filmado em sete países. A campanha recebeu louvor pela “diversidade cultural”.

Euro 2016[editar | editar código-fonte]

A campanha Galp apoia selecção nacional de futebol de apoio à Seleção Portuguesa de futebol no Euro 2016 mostra portugueses que, pelos seus méritos próprios, obtiveram sucesso em França. Barbara Cabrita, atriz, Ricardo Vieira, pianista, António Teixeira e Mapril Baptista, empresários. Foi criada também pela Galp uma página de apoio à selecção no Facebook, com o mote #DeixaTudoEmCampo.

Mercados[editar | editar código-fonte]

Espanha[editar | editar código-fonte]

A Galp em Espanha tem 572[5] postos de abastecimento e 7% de quota de mercado.

Moçambique[editar | editar código-fonte]

A Galp tem em Moçambique uma quota de mercado de cerca 13%[6], vendendo 105.000[6] t de Combustiveis em 34[7] Postos.

Angola[editar | editar código-fonte]

A Galp tem em Angola uma quota de mercado de cerca 7%[6], vendendo 245.000[6] t de Combustiveis em 46[7] postos de abastecimento.

Guiné Bissau[editar | editar código-fonte]

A Galp tem na Guiné Bissau uma quota de mercado de cerca 50%[6], vendendo 32.000[6] t de Combustiveis em 11[7] postos de abastecimento..

Cabo Verde[editar | editar código-fonte]

A Galp está presente em Cabo Verde através da Enacol[6] (48,3%) e Enamar (48,3%). Através destas duas empressas, tem uma quota de mercado de 70%[6], vendendo 219.000[6] t de Combustiveis.

Em termos de infraestruturas tem 4[6] parques de armazenagem (sendo 1 de GPL), 24[6] postos de abastecimento e 16[6] lojas,

Gâmbia[editar | editar código-fonte]

A Galp tinha na Gâmbia uma quota de mercado de cerca 44%[6], vendendo 33.000[6] t de Combustiveis em 11[7] postos de abastecimento.

Essuatíni[editar | editar código-fonte]

A Galp tem no Essuatíni uma quota de mercado de cerca 39%[6], vendendo 79.000[6] t de Combustiveis, em 22[7] postos de abastecimento.

Ver também[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Galp

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências