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Orgasmo feminino: diferenças entre revisões

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Revisão das 18h36min de 2 de junho de 2013

O orgasmo feminino refere-se ao prazer sexual intenso alcançado pelas mulheres através da relação sexual, masturbação ou outros meios de forma única ou múltipla. É sentido por intensas contrações rítmicas, principalmente na região vaginal, durando cerca de 0,8 s cada, totalizando de 3 a 12 contrações; com a sensação de prazer aumentando em intensidade a cada momento, até que se atinja o clímax, seguido do relaxamento.[1] Cada mulher sente o orgasmo de forma distinta: algumas só conseguem através de estimulação clitoriana, penetração, preliminares longas/curtas e outras nunca conseguiram atingir o pico de prazer máximo na hora do sexo.[2]Estima-se que 70% das mulheres nunca chegaram a sentir um orgasmo com seus parceiros.[3]

A ocorrência do prazer do orgasmo é proporcionada por uma descarga química de neurotransmissores tais como as catecolaminas (noradrenalina e adrenalina), a indoleamina e a serotonina. A dopamina e a serotonina estimulam a produção de endorfinas que estimulam o prazer.[4][5]

Pode ser sentido no clítoris, na entrada da uretra, no colo do útero e no ânus ou de em todos ou alguns destes pontos ao mesmo tempo. Algumas mulheres podem fingir o orgasmo para agradarem seus parceiros.[6]

Função biológica

A função biológica do orgasmo feminino, diferente do que ocorre nos homens, não é consensual entre os cientistas. Foram propostas diversas teorias para tentar explicá-lo.[7]

Desmond Morris em seu livro O macaco nu acredita que o fato dos humanos andarem em posição ereta tenha ocasionado problemas, pois o local que o esperma entra nas mulheres, o óstio do colo do útero, fica localizado numa posição superior. Desta forma, o evento do orgasmo provocaria relaxamento na mulher e esta por sua vez tenderia a ficar deitada, o que facilitaria a fertilização. Todavia, muitas fêmeas de animais de quatro patas também tem orgasmo.[7]

Outra hipótese, seria a fragilidade do ser humano ao nascer. Assim, o orgasmo seria para os humanos uma recompensa para aumentar a proximidade do casal para cuidar do recém nascido. Mas o orgasmo também pode ser problemático e em alguns casos afastar casais que procurariam outros parceiros para satisfazer suas necessidades de prazer.[7]

Cyril A. Fox e sua equipe, em 1970, estudaram a pressão intravaginal e intrauterina quando as mulheres faziam sexo. Descobriu que uma diferença de pressão levaria esperma para dentro do canal cervical, o que ocorria durante orgasmos. Isto, aumentaria as chances de fecundação do óvulo. Esta hipótese chama-se hipótese da sucção.[7]

Alguns cientistas ainda constatam que o orgasmo feminino não teria qualquer função biológica, sendo comparável ao mamilo dos homens (vestígio evolutivo das mamas femininas), onde seria apenas um vestígio evolutivo do orgasmo masculino.[7]

Ainda, existem aqueles que acreditam que seria possível de forma consciente ou não, a mulher fazer a seleção de genes melhores através do orgasmo, uma vez que Baker e Bellis desvendaram que 1 minuto antes do homem ejacular e 45 minutos depois, na ocorrência de orgasmo feminino, aumentam a retenção de esperma. Caso as mulheres escondam o orgasmo, reduziriam a possibilidade de engravidar, pela demora na ejaculação masculina. Orgasmos fingidos podem fazer o homem ejacular mais rápido e acabar o ato sexual, reduzindo também a possibilidade de gravidez. Orgasmos múltiplos facilitariam a possibilidade de gerar um bebê.[7]

Fases do ciclo sexual feminino

Segundo os estudos de Masters e Johnson (coordenado pelo casal William Masters e Virginia E. Johnson) o orgasmo feminino foi dividido na década de 1960 , em fases: desejo, excitação, orgasmo, orgasmos múltiplos.[8]

O Desejo

O desejo sexual é o que faz as mulheres buscarem o sexo, através da estimulação dos instintos, e assim sua vontade aumenta. O tato e o olfato são os principais motivadores para o aumento do desejo nas mulheres.[8]

Excitação

Com a excitação, o corpo responde aos estímulos iniciados com o desejo sexual. A vagina produz um muco que facilita a lubrificação. O volume de sangue na região vaginal aumenta e existe miotonia, ou seja, ocorrem a contração involuntária de fibras musculares, o aumento de tamanho dos seios e a ereção e hipersensibilidade dos mamilos. Além disso, a excitação provoca hiperemia da face e aumento de frequência cardíaca e respiratória. O ânus, o reto, a bexiga e a uretra podem ter pequenas contrações.[8] O clítoris aumenta de tamanho.

Orgasmo

É o momento máximo de prazer, onde toda tensão proveniente da estimulação anterior é atingida. Além de contrações rítmicas involuntárias da plataforma orgástica, o clítoris pode retrair-se, além de mudanças na coloração do genital[9] e descontrole muscular corporal. Num momento seguinte a mulher pode ser estimulada e alcançar outros orgasmos, diferente do homem que precisa esperar alguns minutos.[8] Em média um orgasmo feminino dura de 90 a 104 s.[10]Nesta fase, algumas mulheres podem expelir um líquido, e este evento chama-se ejaculação feminina.[11]Algumas mulheres quando sentem o orgasmo podem soltar gritos e gemidos altos ou baixos bem como ficarem caladas e após ele tendem a experimentar um sentimento de calmaria e relaxamento.

Duração

O orgasmo feminino, segundo pesquisa, dura em média 23 segundos; o orgasmo masculino em média 6 segundos [12] [13]. Segundo estudos científicos, a mulher dispõe exclusivamente de uma capacidade de sentir orgasmos múltiplos ou ininterruptos; ao contrário, nos homens há o chamado período refratário, fenômeno este não identificado nas mulheres; o período é associado a uma neccessidade de relaxamento para reiniciar novamente a atividade sexual. Na juventude este lapso de tempo pode ser de segundos, em homens mais velhos, de horas a dias [14].

Clítoris e o orgasmo através da masturbação

Close de um clítoris humano.


Ver artigo principal: Clítoris

O clítoris é um órgão do aparelho sexual feminino que possui muitas terminações nervosas e elevada sensibilidade. É dividido em haste, base e coroa. A literatura registra aproximadamente 8 mil fibras nervosas na região.[15] A grande maioria das mulheres alcança o orgasmo com o a estimulação do clítoris, seja pelo sexo oral, masturbação ou com a utilização de dildos ou vibradores.[16] Estruturalmente, o clítoris é diferente em cada mulher, podendo ser mais ou menos visível e proeminente. Com a excitação ele aumenta seu volume e fica mais sensível.

Disfunções relacionadas ao orgasmo feminino

Anorgasmia

Ver artigo principal: Anorgasmia

A anorgasmia é uma disfunção do orgasmo feminino caracterizada pela falta total do prazer proporcionado pelo orgasmo, popularmente conhecido como "gozo".[17] Neste casos, pode ocorrer a excitação com todas suas características, mas a mulher não atinge o clímax.[17] Este quadro atinge 30% das brasileiras.[17] É classificada em primária (quando a mulher nunca conseguiu chegar a um orgasmo) e secundária (quando esta passa a não ter mais orgasmos durante os seu atos sexuais).[17]

Vaginismo

Ver artigo principal: Vaginismo

É a contração involuntária dos músculos vaginais provocando dificuldades na penetração.[18] É associada a transtornos psicológicos sofridos pelas mulheres em algum momento de suas vidas.[19]

Síndrome de excitação sexual persistente

Nesta síndrome o problema é a falta de controle sobre a excitação e os orgasmos. A mulher passa a ficar excitada mesmo sem estimulação sexual. Alguns casos relatados atingem a marca de 200 orgasmos diários[20]e podem chegar até 800.[4]

Tabus e vida moderna

A dificuldade de atingir o orgasmo é um fato determinado pela história de repressão feminina. A maioria das sociedades configura o sexo como sendo algo pecaminoso, incluindo ai a masturbação, que na opinião de muitos especialistas faz com que a mulher desconheça seu corpo. Na época da Inquisição, mulheres que sentiam prazer eram consideradas bruxas e condenadas à morte.[21]

Fora isto, temos as variações hormonais, menopausa, a tensão pré menstrual, stress da vida moderna, fobias tornam dificultoso a execução do ato sexual seguido de orgasmo.[21] Até mesmo o estresse e preocupação demasiada em como determinar e proporcionar a ocorrência de orgasmo feminino pode ser um fator que dificulta que este aconteça e diversos sexólogos, terapeutas e autores recomendam lembrar que orgasmo não se planeja, acontece[22] e que é mais valioso cuidar do prazer do momento que se preocupar em atingir ou não o orgasmo.

Notas e referências

  1. O Globo. «Guia sobre o orgasmo feminino para mulheres modernas». Consultado em 26 de julho de 2009 
  2. Sana, Cristiane Cador. Ibrasa, ed. Alma de Mulher. [S.l.: s.n.] Consultado em 25 de julho de 2009 
  3. MIOTO, Ricardo (6 de agosto de 2010). «Mais de 70% das mulheres nunca atingiram o orgasmo com seus parceiros». Folha. Consultado em 1 de março de 2012 
  4. a b Margolis, Jonathan. Ediouro, ed. A História Íntima do Orgasmo. 2006. Rio de Janeiro: [s.n.] 
  5. DiarioWeb (2006). «'Drogas' do amor». Consultado em 28 de julho de 2009 
  6. Cama na Rede. «http://camanarede.terra.com.br/orgasmo/orgasmo_14.htm». Consultado em 19 de janeiro de 2010  Ligação externa em |titulo= (ajuda)
  7. a b c d e f Os segredos evolutivos do orgasmo feminino
  8. a b c d ABC da Saúde. «Resposta Sexual Feminina». Consultado em 26 de julho de 2009 
  9. Spitz, Christian. Summus, ed. Adolescentes perguntam. [S.l.: s.n.] 
  10. Lins, Regina Navarro; Braga, Flávio. Ediouro, ed. O Livro de Ouro do Sexo. 2005. Rio de Janeiro: [s.n.] Consultado em Lins  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  11. Walfrido, Valéria. Ediouro, ed. Toque sedutor. 2003. Rio de Janeiro: [s.n.] 
  12. http://nova.abril.com.br/blog/sexpert/eles-tambem-fingem-orgasmo/
  13. Guardian
  14. Abc da Saúde
  15. MORRIS, Desmond. A mulher nua: um estudo do corpo feminino. São Paulo: Globo, 2005. pag. 196
  16. Banco de Saúde. «Orgasmo». Consultado em 1 de agosto de 2009 
  17. a b c d ABC da Saúde. «Disfunções do orgasmo feminino». Consultado em 19 de janeiro de 2010 
  18. Correio Braziliense. «Para especialistas, não chegar ao orgasmo tem causas mais psicológicas do que físicas». Consultado em 19 de janeiro de 2010 
  19. Expresso. «Sexo: Quando elas não conseguem». Consultado em 19 de janeiro de 2010 
  20. Pravda. «Britânica de 24 anos atinge 200 orgasmos por dia». Consultado em 19 de janeiro de 2010 
  21. a b Terra. «Orgasmo feminino: você tem esse direito». Consultado em 26 de julho de 2009 
  22. «Como a mulher sabe quando vai gozar?». Consultado em 20 de fevereiro de 2011 

Ver também

(( cachorro de brinquedo))

Ligações externas