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Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

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(Redirecionado de Virgem da Paixão)
 Nota: Para outros significados, veja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (desambiguação).
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Imagem original na Igreja de Santo Afonso de Ligório em Roma
Nossa Senhora do Caminho, Nossa Senhora da Paixão
Instituição da festa 23 de junho de 1867, pelo Papa Pio IX
Venerada pela Igreja Católica
Principal igreja  França: Basílica de Notre-Dame-du-Perpétuel-Secours, Paris.
 Itália: Sant'Alfonso di Liguori all'Esquilino, Roma
Festa litúrgica 27 de junho
Atribuições Imagem pintada pelo evangelista São Lucas
Padroeira de Haiti e na França: Paris e região de Île-de-France
Basílica de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Paris, França.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título conferido à Virgem Maria, mãe de Jesus, representada principalmente em um famoso ícone de estilo bizantino. No cristianismo oriental é conhecida também como Mãe de Deus da Paixão, ou ainda Virgem da Paixão.[1][2][3][4]

O célebre ícone é venerado desde 1865 em Roma, na Igreja de Santo Afonso de Ligório no Esquilino, dos Padres Redentoristas, na Via Merulana e também na França, A Basílica de Notre-Dame-du-Perpétuel-Secours (literalmente Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em francês) é uma igreja católica, uma das cinco basílicas menores de Paris, . Situada no Boulevard de Ménilmontant, no 11º arrondissement de Paris, elevada à categoria de basílica menor em 25 de junho de 1966 pelo Papa Paulo VI, afiliada à Basílica de Santa Maria Maggiore em Roma.

Tendo vindo da ilha de Creta e tendo estado antes na Igreja de San Matteo in Merulana, igualmente em Roma, onde tinha sido solenemente entronizado no ano de 1499, e do qual se contam muitos milagres e histórias.[5][6]

Tipologia e história

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A tipologia da "Mãe de Deus da Paixão" está presente no repertório da pintura bizantina desde, pelo menos, o século XII, apesar de rara. No século XV, esta composição que prefigura a paixão de Jesus, é difundida em um grande número de ícones.

Andreas Ritzos, pintor grego do século XV, realizou as mais belas pinturas neste tema. Por esta razão, muitos lhe atribuem este tipo iconográfico. Na verdade a tipologia é bizantina, e quase acadêmica a execução do rígido panejamento das vestes; mas é certamente novo o movimento oposto e assustado do menino, de cujo pé lhe cai a sandália, e ainda a comovente ternura do rosto da mãe.

O ícone é uma variante do tipo Hodegétria cuja representação clássica é Maria em posição frontal, num braço ela segura Jesus que abençoa e, com o outro, o aponta para quem, olha para o quadro, aludindo no gesto à frase “é ele o caminho”.

Na representação da Virgem da Paixão, os arcanjos Gabriel (manto lilás) e Miguel (manto verde), na parte superior, de um lado e do outro de Maria, apresentam os instrumentos da paixão. Um dos arcanjos segura a cruz e os cravos que perfuraram os pés e as mãos de Jesus e o outro a lança e a cana com uma esponja na ponta ensopada de vinagre e bile (João 19:29).

Ao ver estes instrumentos, o menino se assusta e agarra-se à mãe, enquanto uma sandália lhe cai do pé.

Sobre as figuras no retrato, estão algumas letras gregas. As letras “IC XC” são a abreviatura do nome “Jesus Cristo” e “MP ØY” são a abreviatura de “Mãe de Deus”. As letras que estão abaixo dos arcanjos correspondem à abreviatura de seus nomes.

Outros nomes atribuídos ao ícone

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  • Mãe do Perpétuo Socorro
  • Nossa Senhora do Caminho
  • Mãe dos Missionários Redentoristas
  • Mãe dos Lares Católicos
  • Virgem da Paixão
  • Madona de Ouro
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Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em São João da Boa Vista, São Paulo

O ícone da Mãe de Deus da Paixão é muito difundido no Oriente Bizantino. Exemplares desta representação encontram-se nos museus de Atenas, Moscou, Creta, São Petersburgo e no Instituto Helênico de Estudos Bizantinos e pós-bizantinos de Veneza.

Um oratório dedicado à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Martins, Rio Grande do Norte, Brasil

A devoção no Ocidente à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro deve-se principalmente a ação da Congregação do Santíssimo Redentor, conhecidos como redentoristas, a quem o Papa Pio IX confiou os cuidados do ícone original.[4]

Referências

  1. "Our Lady of Perpetual Succour" na edição de 1913 da Enciclopédia Católica (em inglês). Em domínio público.
  2. «Catholic Encyclopedia: Our Lady of Perpetual Succour (Our Lady of Perpetual Help)». www.newadvent.org. Consultado em 25 de junho de 2021 
  3. «Nossa Senhora do Perpétuo Socorro». Arquidiocese São Paulo. 19 de março de 2015. Consultado em 25 de junho de 2021  Texto "li" ignorado (ajuda)
  4. a b «The Redemptorists » Our Mother of Perpetual Help». redemptorists.net (em inglês). Consultado em 25 de junho de 2021 
  5. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Evangelizo.org 2001-2010
  6. «History of the Icon» (em inglês). Site oficial dos redentoristas. Consultado em 25 de junho de 2021 
  • Basacchi, Mário. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: história e novena. São Paulo: Paulinas, 2006.
  • Bisinoto, Eugênio Antônio. Quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: um dos ícones mais conhecidos. Aparecida: Santuário, Academia Marial, 2004. (Coleção Cadernos Marianos).
  • Dicionário mariano. Porto: Perpétuo Socorro, 1988.
  • Donadeo, Maria. Ícones da Mãe de Deus. São Paulo: Paulinas, 1997. 148 p.
  • Gharib, G. Ícone. In: Fiores, Stefano; Meo, Salvatore. Dicionário de Mariologia. São Paulo: Paulus, 1995. 1381 p. p. 577-583.
  • Megale, Nilza Botelho. Invocações da Virgem Maria no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1998. 478 p. pp. 380-382.
  • Pelaquin, Ronaldo. Historia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em pinturas. Aparecida: Santuário, 2002.
  • Schneider, Antônio. Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: história, culto e devoção. Aparecida: Santuário, 1991.
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