Wilhelm Ostwald
Wilhelm Ostwald ![]() | |
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Processo Ostwald | |
Nascimento | 2 de setembro de 1853 Riga |
Morte | 3 de abril de 1932 (78 anos) Leipzig |
Sepultamento | Grã Cemitério de Riga |
Nacionalidade | alemão |
Cidadania | Germano-bálticos |
Etnia | Germano-bálticos |
Filho(s) | Wolfgang Ostwald |
Alma mater | Universidade de Tartu |
Ocupação | químico, esperantista, inventor, professor universitário, idista, escritor, físico, filósofo |
Prêmios | ![]() |
Empregador | Universidade de Leipzig, Universidade Imperial de Dorpat, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Universidade Técnica de Riga |
Obras destacadas | Processo Ostwald, lei da diluição de ostwald |
Orientador(es) | Carl Schmidt |
Orientado(s) | Arthur Amos Noyes, Georg Bredig, Paul Walden, Frederick George Donnan |
Instituições | Universidade de Tartu, Universidade Técnica de Riga, Universidade de Leipzig |
Campo(s) | química, físico-química |
Friedrich Wilhelm Ostwald (let. Vilhelms Ostvalds) (Riga, 2 de setembro de 1853 — Leipzig, 3 de abril de 1932) foi um químico e filósofo alemão, nascido na Letônia.
Considerado o pai da físico-química, recebeu o Nobel de Química de 1909, por seu trabalho sobre catálise. Também desenvolveu um processo de fabricação de ácido nítrico por oxidação do amoníaco.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Estudou na Universidade de Dorpat (atualmente Universidade Estatal Tartu), graduando-se em 1875, e trabalhando como professor neste centro até 1881. De 1881 a 1887 foi professor do Instituto Politécnico de Riga. Em 1887 mudou-se para a Universidade de Leipzig, para exercer a função de professor de físico-química. Nesta última universidade foi fundado o Instituto Ostwald, primeiro instituto dedicado ao estudo da físico-química, que Ostwald dirigiu até 1906.
Em 1900 descobriu o processo de preparação do ácido nítrico a partir da oxidação do amoníaco, usando como catalisador a platina, facilitando a produção em massa de fertilizantes e explosivos para a Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial.[1] Este processo foi substituído pelo processo de Haber-Bosch, tornando a produção de amônia mais econômica.[1] Construiu um viscosímetro que atualmente ainda é utilizado para medir a viscosidade das soluções, denominado viscosímetro de Ostwald.[1]
Recebeu o Nobel de Química de 1909, por suas pesquisas sobre a catálise, princípios fundamentais que governam os equilíbrios químicos e velocidade das reações (cinética química).[2] Formulou a lei de Ostwald, que rege os fenômenos da dissociação dos eletrólitos nas dissoluções.
Propôs uma nova teoria da cor, defendendo a normatização das cores. Em 1920 montou em Dresden um laboratório destinado aos seus estudos. Destacou-se, além disso, como escritor e editor científico.
Obras[editar | editar código-fonte]
Entre suas obras destacam-se: Filosofía natural (1902) e Ciência da cor (1923).
No livro A energia (1910), Ostwald expõe sua doutrina monista do "energetismo", onde propõe que todas as dualidades modernas (corpo x mente / matéria x força) e todos os fenômenos da natureza podem ser sintetizados e expressos por transformações de energia. Não só os fenômenos físico-químicos, mas também os da biologia, da psicologia e da sociedade humana. Como um dos expoentes mais interessantes do positivismo, Ostwald rejeitou os conceitos de matéria e também o de átomo, como noções metafísicas não demonstráveis, afirmando que aquilo que os cientistas lidam diariamente em suas pesquisas não são objetos materiais, mas sim medições de como a energia se transforma.[3]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ a b c Fernandes, Carlos. «Biografia de Friedrich Wilhelm Ostwald». Só Biografias, UFCG. Consultado em 21 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 14 de Outubro de 2012
- ↑ «Perfil no sítio oficial do Nobel de Química 1909». Prêmio Nobel. Consultado em 21 de janeiro de 2013 (em inglês)
- ↑ Pinguelli Rosa, Luiz (2006). Tecnociências e Humanidades. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 498 páginas
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Wilhelm Ostwald em Nobelprize.org
- «Perfil no sítio oficial do Nobel de Química 1909» (em inglês)
Precedido por Ernest Rutherford |
Nobel de Química 1909 |
Sucedido por Otto Wallach |
- Nascidos em 1853
- Mortos em 1932
- Nobel de Química
- Laureados da Alemanha com o Nobel
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- Naturais de Riga