Sertralina: diferenças entre revisões

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==Fobia social==
==Fobia social==
A sertralina tem sido usada com sucesso no tratamento da [[fobia social]] ([[transtorno da ansiedade]] social).<ref name="pmid17092192">Review: {{cite journal |author=Davidson JR |title=Pharmacotherapy of social anxiety disorder: what does the evidence tell us? |journal=J Clin Psychiatry |volume=67 Suppl 12 |issue= |pages=20–6 |year=2006 |pmid=17092192 |doi=}}</ref> Num estudo com dosagem flexível, pareceu que um intervalo de dosagem maior era necessário para uma resposta adequada. Mais, a melhoria foi conseguida de maneira lenta, separando da resposta pelo placebo apenas na semana seis, e continuando a aumentar até à semana 12.<ref name="pmid12934979">{{cite journal |author=Liebowitz MR, DeMartinis NA, Weihs K, Londborg PD, Smith WT, Chung H, Fayyad R, Clary CM |title=Efficacy of sertraline in severe generalized social anxiety disorder: results of a double-blind, placebo-controlled study |journal=J Clin Psychiatry |volume=64 |issue=7 |pages=785–92 |year=2003 |pmid=12934979 |doi=}}</ref> A resposta foi maior entre os pacientes com um início tardio, especialmente em início em adultos, da doença.<ref name="pmid14709946">{{cite journal |author=Van Ameringen M, Oakman J, Mancini C, Pipe B, Chung H |title=Predictors of response in generalized social phobia: effect of age of onset |journal=J Clin Psychopharmacol |volume=24 |issue=1 |pages=42–8 |year=2004 |pmid=14709946 |doi=10.1097/01.jcp.0000104909.75206.6f}}</ref> Entre as diferentes escalas de avaliação, a melhoria global classificada por clínicos demonstrou as maiores diferenças em relação ao placebo, enquanto que a qualidade de vida auto-avaliada pelos pacientes diferiu do placebo apenas moderadamente. A melhoria mais significativa de qualidade de vida foi observada entre os doentes mais enfraquecidos.<ref name="pmid12934979"/> Em adição aos componentes psicológicos da fobia social, como o medo ou fuga, a sertralina também melhorou alguns componentes psicológicos, com o corar e as palpitações, mas não os suores e os tremores.<ref name="pmid16216019">{{cite journal |author=Connor KM, Davidson JR, Chung H, Yang R, Clary CM |title=Multidimensional effects of sertraline in social anxiety disorder |journal=Depress Anxiety |volume=23 |issue=1 |pages=6–10 |year=2006 |pmid=16216019 |doi=10.1002/da.20086}}</ref> Num ensaio comparativo placebo-controlado para a sertralina e terapia de exposição, a sertralina actuou de maneira significantemente melhor que o placebo, enquanto que a terapia de exposição resultou em melhorias apenas marginais. A combinação de sertralina e terapia de exposição não foi significativamente melhor que o tratamento só com a sertralina; no entanto, pareceu que a resposta foi conseguida mais rapidamente com o tratamento combinado.<ref name="pmid11435264">{{cite journal |author=Blomhoff S, Haug TT, Hellström K, Holme I, Humble M, Madsbu HP, Wold JE |title=Randomised controlled general practice trial of sertraline, exposure therapy and combined treatment in generalised social phobia |journal=Br J Psychiatry |volume=179 |issue= |pages=23–30 |year=2001 |pmid=11435264|doi=10.1192/bjp.179.1.23}}</ref>
A sertralina tem sido usada com sucesso no tratamento da [[fobia social]] ([[transtorno da ansiedade]] social).<ref name="pmid17092192">Review: {{cite journal |author=Davidson JR |title=Pharmacotherapy of social anxiety disorder: what does the evidence tell us? |journal=J Clin Psychiatry |volume=67 Suppl 12 |issue= |pages=20–6 |year=2006 |pmid=17092192 |doi=}}</ref> Num estudo com dosagem flexível, pareceu que um intervalo de dosagem maior era necessário para uma resposta adequada. Mais, a melhoria foi conseguida de maneira lenta, separando da resposta pelo placebo apenas na semana seis, e continuando a aumentar até à semana 12.<ref name="pmid12934979">{{cite journal |author=Liebowitz MR, DeMartinis NA, Weihs K, Londborg PD, Smith WT, Chung H, Fayyad R, Clary CM |title=Efficacy of sertraline in severe generalized social anxiety disorder: results of a double-blind, placebo-controlled study |journal=J Clin Psychiatry |volume=64 |issue=7 |pages=785–92 |year=2003 |pmid=12934979 |doi=}}</ref> A resposta foi maior entre os pacientes com um início tardio, especialmente em início em adultos, da doença.<ref name="pmid14709946">{{cite journal |author=Van Ameringen M, Oakman J, Mancini C, Pipe B, Chung H |title=Predictors of response in generalized social phobia: effect of age of onset |journal=J Clin Psychopharmacol |volume=24 |issue=1 |pages=42–8 |year=2004 |pmid=14709946 |doi=10.1097/01.jcp.0000104909.75206.6f}}</ref> Entre as diferentes escalas de avaliação, a melhoria global classificada por clínicos demonstrou as maiores diferenças em relação ao placebo, enquanto que a qualidade de vida auto-avaliada pelos pacientes diferiu do placebo apenas moderadamente. A melhoria mais significativa de qualidade de vida foi observada entre os doentes mais enfraquecidos.<ref name="pmid12934979"/> Em adição aos componentes psicológicos da fobia social, como o medo ou fuga, a sertralina também melhorou alguns componentes psicológicos, com o corar e as palpitações, mas não os suores e os tremores.<ref name="pmid16216019">{{cite journal |author=Connor KM, Davidson JR, Chung H, Yang R, Clary CM |title=Multidimensional effects of sertraline in social anxiety disorder |journal=Depress Anxiety |volume=23 |issue=1 |pages=6–10 |year=2006 |pmid=16216019 |doi=10.1002/da.20086}}</ref> Num ensaio comparativo placebo-controlado para a sertralina e terapia de exposição, a sertralina actuou de maneira significantemente melhor que o placebo, enquanto que a terapia de exposição resultou em melhorias apenas marginais. A combinação de sertralina e terapia de exposição não foi significativamente melhor que o tratamento só com a sertralina; no entanto, pareceu que a resposta foi conseguida mais rapidamente com o tratamento combinado.<ref name="pmid11435264">{{cite journal |author=Blomhoff S, Haug TT, Hellström K, Holme I, Humble M, Madsbu HP, Wold JE |title=Randomised controlled general practice trial of sertraline, exposure therapy and combined treatment in generalised social phobia |journal=Br J Psychiatry |volume=179 |issue= |pages=23–30 |year=2001 |pmid=11435264|doi=10.1192/bjp.179.1.23}}</ref>

===Desordem disfórica pré-menstrual===
De acordo com vários estudos duplo-cego, a sertralina é eficiente na melhoria dos sintomas da [[desordem disfórica pré-menstrual]], uma forma severa de [[tensão pré-menstrual]]. Melhoria significativa foi observada em 50–60% dos casos tratados com setralina contra 20-30% de casos tratados com placebo. A melhoria começou durante a primeira semana de tratamento, e em adição ao humor, irritabilidade e ansiedade, a melhoria foi reflectida num melhor funcionamento familiar, actividade social e qualidade de vida geral. Alguns sintomas como a [[turgidez]], inchaço abdominal e sensibilidade mamária, tiveram uma resposta menor à sertralina.<ref>{{cite journal | author=Yonkers KA, Halbreich U, Freeman E, Brown C, Endicott J, Frank E, Parry B, Pearlstein T, Severino S, Stout A, Stone A, Harrison W. | title= Symptomatic improvement of premenstrual dysphoric disorder with sertraline treatment. A randomized controlled trial. Sertraline Premenstrual Dysphoric Collaborative Study Group| journal=The Journal of the American Medical Association | volume=278 | issue=12 | year=1997 | pages=983–988| pmid=9307345 | doi=10.1001/jama.278.12.983}}</ref><ref name="pmid12215058">Review: {{cite journal |author=Pearlstein T |title=Selective serotonin reuptake inhibitors for premenstrual dysphoric disorder: the emerging gold standard? |journal=Drugs |volume=62 |issue=13 |pages=1869–85 |year=2002 |pmid=12215058|doi=10.2165/00003495-200262130-00004}}</ref><ref name="pmid11972726">Review: {{cite journal |author=Ackermann RT, Williams JW |title=Rational treatment choices for non-major depressions in primary care: an evidence-based review |journal=J Gen Intern Med |volume=17 |issue=4 |pages=293–301 |year=2002 |pmid=11972726|doi=10.1046/j.1525-1497.2002.10350.x}}</ref> Apesar dos bem conhecidos efeitos secundários sexuais da sertralina, uma melhoria significativa da função sexual foi conseguida pelo grupo que tomou sertralina comparado com o grupo a tomar placebo.<ref name="pmid14754784">{{cite journal |author=Freeman EW, Rickels K, Sondheimer SJ, Polansky M, Xiao S |title=Continuous or intermittent dosing with sertraline for patients with severe premenstrual syndrome or premenstrual dysphoric disorder |journal=Am J Psychiatry |volume=161 |issue=2 |pages=343–51 |year=2004 |pmid=14754784 |doi=10.1176/appi.ajp.161.2.343}}</ref> Uma comparação em três vias, da sertralina, com um [[inibidor de recaptação de norepinefrina]] e [[antidepressivo tricíclico]], a [[desipramina]], e o placebo, demonstraram a superioridade da sertralina, enquanto que a desipramina não actuou melhor que o placebo.<ref name="pmid10530636">{{cite journal |author=Freeman EW, Rickels K, Sondheimer SJ, Polansky M |title=Differential response to antidepressants in women with premenstrual syndrome/premenstrual dysphoric disorder: a randomized controlled trial |journal=Arch. Gen. Psychiatry |volume=56 |issue=10 |pages=932–9 |year=1999 |pmid=10530636|doi=10.1001/archpsyc.56.10.932}}</ref> Tomar unicamente a sertralina durante a [[fase luteal]], isto é, 12 a 14 dias antes da menstruação, mostrou funcionar tão bem como o tratamento contínuo.<ref name="pmid14754784"/><ref name="pmid10418540">{{cite journal |author=Jermain DM, Preece CK, Sykes RL, Kuehl TJ, Sulak PJ |title=Luteal phase sertraline treatment for premenstrual dysphoric disorder. Results of a double-blind, placebo-controlled, crossover study |journal=Arch Fam Med |volume=8 |issue=4 |pages=328–32 |year=1999 |pmid=10418540|doi=10.1001/archfami.8.4.328}}</ref><ref name="pmid12468166">{{cite journal |author=Halbreich U, Bergeron R, Yonkers KA, Freeman E, Stout AL, Cohen L |title=Efficacy of intermittent, luteal phase sertraline treatment of premenstrual dysphoric disorder |journal=Obstet Gynecol |volume=100 |issue=6 |pages=1219–29 |year=2002 |pmid=12468166|doi=10.1016/S0029-7844(02)02326-8}}</ref> Apesar de o tratamento na fase luteal poder ser mais aceitável para os pacientes, existiram indicações de que pelo fim de um período de três meses se torna menos tolerado do que o tratamento contínuo. Os autores do estudo sugeriram que o tratamento contínuo pode permitir que a tolerância aos efeitos secundários se desenvolva mais rapidamente.<ref name="pmid14754784"/> Descobertas a partir de ensaios mais recentes (2006) indicam que o tratamento contínuo com doses subterapêuticas de sertralina (25&nbsp;mg contra os usuais 50–100&nbsp;mg) poder ambos responder à maior eficácia e minimização de efeitos secundários.<ref name="pmid17107257">{{cite journal |author=Kornstein SG, Pearlstein TB, Fayyad R, Farfel GM, Gillespie JA |title=Low-dose sertraline in the treatment of moderate-to-severe premenstrual syndrome: efficacy of 3 dosing strategies |journal=J Clin Psychiatry |volume=67 |issue=10 |pages=1624–32 |year=2006 |pmid=17107257 |doi=}}</ref>


==Dosagem Recomendada==
==Dosagem Recomendada==

Revisão das 13h42min de 21 de setembro de 2009

Estrutura química de Sertralina
Sertralina
Aviso médico
Nome IUPAC (sistemática)
(1S)-cis-4-(3,4-diclorofenil)-
1,2,3,4-tetrahidro-N-metil-
1-naftalenamina
Identificadores
CAS 79617-96-2
ATC N06AB06
PubChem 68617
DrugBank APRD00175
Informação química
Fórmula molecular C17H17NCl2 
Massa molar 342.7 g/mol
Farmacocinética
Biodisponibilidade 44%
Metabolismo ?
Meia-vida ~26 horas
Excreção renal
Considerações terapêuticas
Administração oral
DL50 ?

O cloridrato de Sertralina (ou Zoloft) é um medicamento utilizado no tratamento da depressão. O mecanismo de ação é a inibição da recaptação da serotonina. Obteve a aprovação para comercialização pelo FDA em 1991.

A descoberta

A descoberta da sertralina foi atribuída a dois cientistas do laboratório Pfizer: Steve Werner e Billy Dzomba. Com o tempo, a noção de que a serotonina e a depressão poderiam estar ligadas atingiu um novo patamar. Juntos, Wern e Bill exploraram a variedade do potencial antidepressor de várias drogas e compostos e no espaço de um ano chegaram à sertralina.

Indicações

A sertralina foi aprovada para as seguintes indicações: depressão major, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno do stress pós-traumático, transtorno associado à tensão pré-menstrual, transtorno do pânico, fobia social e transtorno da ansiedade social.

Depressão

Os ensaios clínicos originais, antes da comercialização, demonstraram uma eficácia fraca a moderada da sertralina em relação à depressão.[1]

No entanto, um considerável corpo de pesquisa posterior estabeleceu-a como uma das drogas de escolha para o tratamento da depressão em pacientes de ambulatório. Apesar dos resultados negativos nos ensaios iniciais, a sertralina é muitas vezes usada também para tratar pacientes internados.[2] A sertralina é eficiente para a depressão severa[3] e para a distimia, uma condição menos severa e mais crónica de depressão. Em vários estudos duplo-cego, a setralina foi consistentemente mais eficiente que o placebo, no que diz respeito à distimia.[4][5][6][7] e comparável à imipramina em respeito a tal.[5] A sertralina também a depressão em pacientes distímicos em um grau mais elevado em relação à terapia cognitivo-comportamental em grupo ou à psicoterapia interpessoal. Adicionando a psicoterapia à sertralina não se mostrou uma meroria de resultados.[6][7] Estes resultados também foram confirmados num seguimento por dois anos de grupos tratados com sertralina e tratados com terapia interpessoal.[8] No tratamento da depressão acompanhada por transtorno obsessivo-compulsivo, a sertralina teve uma performance estatisticamente significativa em relação à desipramina, em relação a ambas as desordens.[9] A sertralina foi equivalente à imipramina para o tratamento da depressão com transtorno do pânico co-mórbido, mas foi melhor tolerado.[10] O tratamento com sertralina de pacientes depressivos com transtorno de personalidade co-mórbido, melhorou os seus traços de personalidade e a sua melhoria foi praticamente independente das melhorias da sua depressão.[11]

Comparação com antidepressivos tricíclicos

O efeito da sertralina nos síntomas principais da depressão é similar ao dos antidepressivos tricíclicos; no entanto, é melhor tolerado e resulta numa melhor qualidade de vida. Melhorias similares foram vistas em estudos comparativos com a clomipramina[3] e amitriptilina.[12][13] Ao mesmo tempo, a sertralina resultou numa taxa muito menor de efeitos laterais em relação com a amitriptalina (49% contra 72% para a amitriptalina e 32% para o placebo), particularmente a boca seca, sonolência, prisão de ventre e aumento do apetite.[13] No entanto, houve mais casos de náuseas e disfunção sexual no grupo tratado com sertralina.[12][13] Os participantes que tomaram sertralina mostraram uma mais efectiva melhoria na qualidade de vida subjectiva, em medidas como satisfação no trabalho, sentimentos subjectivos, percepção da doença e funções cognitivas.[13]

Um grande estudo duplo-cego comparou a sertralina prescrita para depressão crónica (mais de dois anos) ou depressão com distimia, com o padrão para o tratamento da depressão, o tricíclico imipramina. A sertralina foi equivalente à imipramina para ambas as indicações durante as primeiras 12 semanas do estudo[14][15][16] e durante as 16 semanas da fase de continuação.[17] Apenas 11% dos pacientes que tomaram sertralina sofreram de efeitos secundários graves contra 24% da imipramina. Prisão de ventre, tonturas, tremores, boca seca, desordens urinárias e suores, foram observados com mais frequência com a imipramina, e diarreia e insónias com a sertralina.[15] Pacientes a tomar sertralina também reportaram melhor funcionamento social e físico. Os 30% dos pacientes tratados com sertralina ou imipramina que alcançaram uma remissão durante o ensaio, não diferiram da população saudável em medidas como o funcionamento marital, parental, físico e de trabalho, sendo próximos do normal em ajustamentos sociais e outras medidas de relacionamento interpessoal.[16]

Os antidepressivos tricíclicos são considerados terem melhores efeitos que os inibidores seletivos de recaptação de serotonina na depressão melancólica[18] e em pacientes internados,[19] mas não necessariamente para simples depressões mais severas.[20] Em linha com esta generalização, a sertralina não foi melhor que o placebo em doentes internados (ver História) e tão efectivo como a clomipramina na depressão severa.[3] A eficácia comparativa da sertralina e antidepressivos tricíclicos para a depressão melancólica não foi estudada. Uma revisão efectuada em 1998 sugeriu que, devido à sua farmacologia, a sertralina poderia ser mais eficaz que outros ISRS e igual aos tricíclicos para o tratamento da depressão melancólica.[21] Um posterior estudo com ensaio clínico aberto, com fundos da Pfizer, descobriu que a sertralina tinha eficácia igual em pacientes melancólicos em comparação com pacientes não-melancólicos, assim como em prévios pacientes não-respondentes aos tricíclicos em relação a todos os outros pacientes.[22]

Comparação com outros antidepessivos

De acordo com uma metanálise de 12 antidepresssivos de nova geração, a setralina e o escitalopram são os melhores em termos de eficácia e aceitabilidade na fase aguda do tratamento em adultos com depressão major unipolar. A reboxetina foi significantemente pior.[23]

Ensaios clínicos comparativos demosntraram que a eficácia da sertralina na depressão é similar à da moclobemida,[24] nefazodona,[25] escitalopram,[26] bupropiom,[27] citalopram, fluvoxamina, paroxetina e mirtazapina.[28] Comparada com pacientes a tomar bupropiom, os pacientes a tomar sertralina apresentaram taxas muito maiores de disfunção sexual (61% contra 10% nos homens e 41% contra 7% nas mulheres), náusea, diarreia, sonolência e suores, como também uma taxa maior de descontinuação devido a efeitos secundários (13% contra 3%).[27] Uma metanálise pela independente Colaboração Cochrane indicou que a sertralina é mais eficiente para o tratamento da depressão que a fluoxetina (Prozac), com uma probabilidade de resposta 1,4 vezes maior, e que é possivelmente melhor tolerada.[29] A maior vantagem da sertralina em relação à fluoxetina foi verificada entre os pacientes severamente deprimidos e os pacientes melancólicos com baixa ansiedade.[30] Estudos comparativos com sertralina e venlafaxina encontraram diferenças marginais a favor da venlafanina[31][32][33] ou mesmo sem diferenças.[34]

Depressão nos idosos

A sertralina usada no tratamento da depressão nos idosos (mais de 60 anos) foi tida como tendo uma eficácia superior à do placebo e comparável a outro inibidor seletivo de recaptação de serotonina, a fluoxetina, e aos tricíclicos amitriptilina, nortriptilina e imipramina. A sertralina mostrou ter taxas menores de efeitos adversos do que aqueles tricíclicos, com excepção das náuseas, que ocorreram com maior frequência com a sertralina. Em adição a estes factos, a sertralina pareceu ser mais eficaz que a fluoxetina ou a nortriptilina no subgrupo dos maiores de 70 anos.[35] Em ensaio realizados no ano de 2003, comparando a sertralina e um placebo, em pacientes idosos, mostrou uma melhoria estatisticamente significativa mas clinicamente muito modesta na depressão, e nenhuma melhoria na qualidade de vida.[36] Os autores foram muito criticados por Bernard Carroll, membro do FDA Psychopharmacological Drugs Advisory Committee,[37] por terem apresentado estes resultados como positivos.[38]

Transtorno obsessivo-compulsivo

Estudos controlados por placebo demonstraram que a sertralina era eficaz para o tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo em adultos e crianças.[39][40][41][42] Foi mais bem tolerada e, baseado numa análise por intenção-de-tratar, teve uma actuação melhor que o padrão ouro para o tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo, a clomipramina[43] A sertralina foi também marginalmente mais eficaz que a fluoxetina (Prozac).[44] É geralmente aceite que as doses de sertralina necessárias para o tratamento efectivo do transtorno são maiores que a dose normal para a depressão.[45] O começo da sua acção é também mais lenta para o transtorno em relação à depressão. A recomendação de tratamento é começar com metade da dose máxima recomendada por pelo menos dois meses. Depois disso, a dose pode ser elevada para o máximo recomendado em casos de resposta insatisfatória.[46] Se o paciente não responde à dose máxima recomendada de sertralina (200 mg), um sucessivo aumento da dose não melhorou significativamente as taxas de resposta.[47]

Os pacientes que respondem à sertralina durante ensaio de curta duração, sustentaram a sua melhoria quando o tratamento continuou por um ano[48] ou mais.[49] Ao mesmo tempo, o tratamento prolongado pode não ser necessário para todos. Num estudo duplo-cego, metade dos sujeitos que foram tratados com sucesso por um ano, foram privados da sertralina. Apenas 48% dos pacientes no grupo que sofreu a privação foram capazes de completar o estudo; no entanto, estes que completaram saíram-se tão bem com os que continuaram a tomar sertralina.[50]

A terapia cognitivo-comportamental, por si só, foi superior à sertralina em ambos os adultos e crianças; no entanto, os melhores resultados foram conseguidos com uma combinação destes tratamentos.[51][52] Uma análise menciona que a sertralina pode ser usada para o tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo co-móbido com a síndrome de Tourette;[53] no entanto, a sertralina pode causar o exacerbar dos tiques provocados pela síndrome.[54]

Transtorno do pânico

Em quatro estudos duplo-cego, a sertralina mostrou ser superior ao placebo para o tratamento do transtorno do pânico. A taxa de resposta foi independente da dose aplicada (50–200 mg). Em adição ao decréscimo da frequência de ataques de pânico em cerca de 80% (contra 45% para o placebo) e o decréscimo na ansiedade geral, o uso da sertralina resultou num aumento da qualidade de vida na maioria dos parâmetros. Os pacientes classificados como "com melhorias" com a sertralina reportaram uma melhor qualidade de vida do que aqueles classificados como "com melhoria" através do placebo. Os autores do estudo argumentaram que a melhoria alcançada com a sertralina é diferente e de uma qualidade melhor do que a melhoria alcançada com o placebo.[55][56] A sertralina foi igualmente efectiva para os homens e para as mulheres[56] e para paciente com ou sem agorafobia.[57] Tratamento previamente malssucedido com benzodiazepinas não diminuíram a sua eficácia.[58] No entanto, a taxa de resposta foi menor para os pacientes com sintomas mais severos de pânico.[57] Estudos duplo-cego comparativos mostraram que a sertralina tinha os mesmos efeitos no transtornos de pânico como a paroxetina[59] ou como o padrão ouro para o tratamento do transtorno do pânico, o alprazolam (Xanax).[60] Apesar de imprecisa, a comparação dos resultados de ensaios de sertralina com ensaios separados com outros agentes anti-pânico (clomipramina (Anafranil), imipramina (Tofranil), clonazepam (Klonopin), alprazolam, fluvoxamina (Luvox) e paroxetina) indica um equivalência aproximada destas medicações.[55] Apesar de o transtorno do pânico ser considerado como uma condição crónica, o tratamento contínuo pode não ser necessário para toda a gente. Num ensaio duplo-cego de descontinuação, a paragem abrupta de tomar sertralina após um ano de tratamento com sucesso resultou em recaída em 33% dos pacientes contra 13% dos pacientes que continuaram a tomar sertralina nas 28 semanas seguintes. Os pacientes experimentaram síndrome de abstinência distinto, expresso primariamente através de insónias e vertigens, e os autores notaram que uma parte significativa da taxa de recidiva entre os pacientes de interromperam o tratamento podem ser provavelmente imputados à síndrome de abstinência.[61] Confirmando estas hipóteses, num outro estudo, a interrupção gradual da sertralina após 12 semanas de tratamento não levou ao retorno dos sintomas de pânico. No mesmo estudo, a interrupção de toma de paroxetina causou a exacerbação do pânico em cerca de um quinto dos paciente que anteriormente respondiam. Os autores atribuíram esta diferença à síndrome de abstinência mais severa com a paroxetina, que nem mesmo com interrupção por três semanas pôde remediar.[59]

Fobia social

A sertralina tem sido usada com sucesso no tratamento da fobia social (transtorno da ansiedade social).[62] Num estudo com dosagem flexível, pareceu que um intervalo de dosagem maior era necessário para uma resposta adequada. Mais, a melhoria foi conseguida de maneira lenta, separando da resposta pelo placebo apenas na semana seis, e continuando a aumentar até à semana 12.[63] A resposta foi maior entre os pacientes com um início tardio, especialmente em início em adultos, da doença.[64] Entre as diferentes escalas de avaliação, a melhoria global classificada por clínicos demonstrou as maiores diferenças em relação ao placebo, enquanto que a qualidade de vida auto-avaliada pelos pacientes diferiu do placebo apenas moderadamente. A melhoria mais significativa de qualidade de vida foi observada entre os doentes mais enfraquecidos.[63] Em adição aos componentes psicológicos da fobia social, como o medo ou fuga, a sertralina também melhorou alguns componentes psicológicos, com o corar e as palpitações, mas não os suores e os tremores.[65] Num ensaio comparativo placebo-controlado para a sertralina e terapia de exposição, a sertralina actuou de maneira significantemente melhor que o placebo, enquanto que a terapia de exposição resultou em melhorias apenas marginais. A combinação de sertralina e terapia de exposição não foi significativamente melhor que o tratamento só com a sertralina; no entanto, pareceu que a resposta foi conseguida mais rapidamente com o tratamento combinado.[66]

Desordem disfórica pré-menstrual

De acordo com vários estudos duplo-cego, a sertralina é eficiente na melhoria dos sintomas da desordem disfórica pré-menstrual, uma forma severa de tensão pré-menstrual. Melhoria significativa foi observada em 50–60% dos casos tratados com setralina contra 20-30% de casos tratados com placebo. A melhoria começou durante a primeira semana de tratamento, e em adição ao humor, irritabilidade e ansiedade, a melhoria foi reflectida num melhor funcionamento familiar, actividade social e qualidade de vida geral. Alguns sintomas como a turgidez, inchaço abdominal e sensibilidade mamária, tiveram uma resposta menor à sertralina.[67][68][69] Apesar dos bem conhecidos efeitos secundários sexuais da sertralina, uma melhoria significativa da função sexual foi conseguida pelo grupo que tomou sertralina comparado com o grupo a tomar placebo.[70] Uma comparação em três vias, da sertralina, com um inibidor de recaptação de norepinefrina e antidepressivo tricíclico, a desipramina, e o placebo, demonstraram a superioridade da sertralina, enquanto que a desipramina não actuou melhor que o placebo.[71] Tomar unicamente a sertralina durante a fase luteal, isto é, 12 a 14 dias antes da menstruação, mostrou funcionar tão bem como o tratamento contínuo.[70][72][73] Apesar de o tratamento na fase luteal poder ser mais aceitável para os pacientes, existiram indicações de que pelo fim de um período de três meses se torna menos tolerado do que o tratamento contínuo. Os autores do estudo sugeriram que o tratamento contínuo pode permitir que a tolerância aos efeitos secundários se desenvolva mais rapidamente.[70] Descobertas a partir de ensaios mais recentes (2006) indicam que o tratamento contínuo com doses subterapêuticas de sertralina (25 mg contra os usuais 50–100 mg) poder ambos responder à maior eficácia e minimização de efeitos secundários.[74]

Dosagem Recomendada

O cloridrato de sertralina está disponível em apresentações de comprimidos de 50 mg. A dose máxima diária é de 200 mg, ingerida uma vez ao dia ou em doses fracionadas.[75].

Nomes comerciais

  • No Brasil: Zoloft, Sercerin, Novativ, Tolrest, Serenata, Sertralin e Assert, Dieloft tpm
  • Na Europa: Zoloft, Gladem

Referências

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  2. Por exemplo, neste estudo dois terços dos pacientes internados deprimidos foram tratados com sertralina e apenas um terço com amitriptilina. Schramm E, van Calker D, Dykierek P, Lieb K, Kech S, Zobel I, Leonhart R, Berger M (2007). «An intensive treatment program of interpersonal psychotherapy plus pharmacotherapy for depressed inpatients: acute and long-term results». Am J Psychiatry. 164 (5): 768–77. PMID 17475736. doi:10.1176/appi.ajp.164.5.768 
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