NAeL Minas Gerais (A-11): diferenças entre revisões

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=== Royal Australian Navy ===
=== Royal Australian Navy ===
O ''Vengeance'' foi transferido para a [[Marinha Real Australiana]] em 13 de novembro de 1952.{{sfn|Gillett, ''Warships of Australia''|pp=131–2}} Ele foi recomissionado como navio australiano nesta data e recebeu o prefixo HMAS.{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}} Partindo de Devonport no final de 1952, o porta-aviões navegou para a Austrália pelo Mediterrâneo e chegou a Fremantle em 26 de fevereiro de 1953.{{sfn|Cassells, ''The Capital Ships''|p=181}} Ele chegou a Sydney em março e foi marcado como totalmente operacional em junho.{{sfn|ANAM, ''Flying Stations''|p=111}} No final de 1953, o ''Vengeance'' foi preparado para uma implantação na [[Coreia|Coréia]], para apoiar a aplicação do armistício da [[ONU]] de julho de 1953.{{sfn|Dennis et al, ''The Oxford Companion to Australian military history''|p=549}} A implantação não foi adiante: o HMAS ''Sydney'' foi enviado em seu lugar.{{sfn|Dennis et al, ''The Oxford Companion to Australian military history''|p=549}}
O ''Vengeance'' foi transferido para a [[Marinha Real Australiana]] em 13 de novembro de 1952.{{sfn|Gillett, ''Warships of Australia''|pp=131–2}} Ele foi recomissionado como navio australiano nesta data e recebeu o prefixo HMAS.{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}} Partindo de Devonport no final de 1952, o porta-aviões navegou para a Austrália pelo Mediterrâneo e chegou a Fremantle em 26 de fevereiro de 1953.{{sfn|Cassells, ''The Capital Ships''|p=181}} Ele chegou a Sydney em março e foi marcado como totalmente operacional em junho.{{sfn|ANAM, ''Flying Stations''|p=111}} No final de 1953, o ''Vengeance'' foi preparado para uma implantação na [[Coreia|Coréia]], para apoiar a aplicação do armistício da [[ONU]] de julho de 1953.{{sfn|Dennis et al, ''The Oxford Companion to Australian military history''|p=549}} A implantação não foi adiante: o HMAS ''Sydney'' foi enviado em seu lugar.{{sfn|Dennis et al, ''The Oxford Companion to Australian military history''|p=549}}

[[Ficheiro:Vengeance_Elizabeth_signature.jpg|direita|miniaturadaimagem|360x360px|A companhia do navio ''Vengeance'', disposta no convés de voo para recriar a assinatura da [[Isabel II do Reino Unido|Rainha Elizabeth II]]]]
[[Ficheiro:Vengeance_Elizabeth_signature.jpg|direita|miniaturadaimagem|360x360px|A companhia do navio ''Vengeance'', disposta no convés de voo para recriar a assinatura da [[Isabel II do Reino Unido|Rainha Elizabeth II]]]]
De fevereiro a abril de 1954, o ''Vengeance'' foi encarregado de escoltar o iate real ''Gothic'' pelas águas australianas durante a visita real da [[Isabel II do Reino Unido|rainha Elizabeth II]] à Austrália.{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}} Em 9 de março de 1954, enquanto em [[Baía de Port Phillip]], um baleeiro que transportava trinta marinheiros para o porta-aviões atingiu uma série de ondas estranhas e virou.{{sfn|Navy News (Australia), ''Briefs – In Memory''}} Dois marinheiros foram mortos.{{sfn|Navy News (Australia), ''Briefs – In Memory''}} Mergulhadores da Marinha estiveram envolvidos no resgate dos sobreviventes, com um deles ganhando a Medalha do Império Britânico por seus esforços.{{sfn|Navy News (Australia) ''Diving legend's final resting place at sea''}} Em 3 de abril, enquanto escoltava o ''Gothic'' para as [[Ilhas Cocos (Keeling)|Ilhas Cocos]] com os [[Contratorpedeiro|destróieres]] ''Bataan'' e ''Anzac'' acompanhando, a companhia do navio ''Vengeance'' se reuniu no convés de vôo e se posicionou para formar a assinatura da Rainha.{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}}{{sfn|Davis, ''H.M.A.S. Vengeance''}} Depois de ver uma fotografia aérea disso, Sua Majestade enviou uma mensagem ao porta-aviões, dizendo "Obrigado pela falsificação original."{{sfn|Lind, ''The Royal Australian Navy – Historic Naval Events Year by Year''|p=232}} Em 5 de abril, após chegar às Ilhas Cocos, o ''Vengeance'' se envolveu em uma colisão com o ''Bataan'' enquanto o contratorpedeiro tentava reabastecer com o porta-aviões.{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}} A [[proa]] do ''Bataan'' fez contato com o lado do ''Venegance'', mas o dano foi menor, e os dois navios retornaram a Sydney em maio sem assistência, após visitarem a [[Ilha Manus|Ilha de Manus]] e [[Rabaul]].{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}}{{sfn|Lind, ''The Royal Australian Navy – Historic Naval Events Year by Year''|pp=231–2}}
De fevereiro a abril de 1954, o ''Vengeance'' foi encarregado de escoltar o iate real ''Gothic'' pelas águas australianas durante a visita real da [[Isabel II do Reino Unido|rainha Elizabeth II]] à Austrália.{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}} Em 9 de março de 1954, enquanto em [[Baía de Port Phillip]], um baleeiro que transportava trinta marinheiros para o porta-aviões atingiu uma série de ondas estranhas e virou.{{sfn|Navy News (Australia), ''Briefs – In Memory''}} Dois marinheiros foram mortos.{{sfn|Navy News (Australia), ''Briefs – In Memory''}} Mergulhadores da Marinha estiveram envolvidos no resgate dos sobreviventes, com um deles ganhando a Medalha do Império Britânico por seus esforços.{{sfn|Navy News (Australia) ''Diving legend's final resting place at sea''}} Em 3 de abril, enquanto escoltava o ''Gothic'' para as [[Ilhas Cocos (Keeling)|Ilhas Cocos]] com os [[Contratorpedeiro|destróieres]] ''Bataan'' e ''Anzac'' acompanhando, a companhia do navio ''Vengeance'' se reuniu no convés de vôo e se posicionou para formar a assinatura da Rainha.{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}}{{sfn|Davis, ''H.M.A.S. Vengeance''}} Depois de ver uma fotografia aérea disso, Sua Majestade enviou uma mensagem ao porta-aviões, dizendo "Obrigado pela falsificação original."{{sfn|Lind, ''The Royal Australian Navy – Historic Naval Events Year by Year''|p=232}} Em 5 de abril, após chegar às Ilhas Cocos, o ''Vengeance'' se envolveu em uma colisão com o ''Bataan'' enquanto o contratorpedeiro tentava reabastecer com o porta-aviões.{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}} A [[proa]] do ''Bataan'' fez contato com o lado do ''Venegance'', mas o dano foi menor, e os dois navios retornaram a Sydney em maio sem assistência, após visitarem a [[Ilha Manus|Ilha de Manus]] e [[Rabaul]].{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}}{{sfn|Lind, ''The Royal Australian Navy – Historic Naval Events Year by Year''|pp=231–2}}
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Em junho de 1954, o ''Vengeance'' foi retirado do serviço ativo e reclassificado como o navio de treinamento primário da RAN.{{sfn|Dennis et al, ''The Oxford Companion to Australian military history''|p=549}}{{sfn|Gillett, ''Warships of Australia''|p=132}} O navio de treinamento anterior, o cruzador {{HMAS|Australia|D84|6}}, foi destinado em meados de 1953 para ser desativado e sucateado, pois modernizá-lo não seria econômico.{{sfn|Donohue, ''From Empire Defence to the Long Haul''|p=134}} Ao mesmo tempo, a RAN explorava caminhos para reduzir os custos operacionais: a redução da aviação naval de dois porta-aviões para um proporcionaria economias significativas.{{sfn|Donohue, ''From Empire Defence to the Long Haul''|pp=133–142}} A remoção do ''Vengeance'' do serviço ativo, combinada com a necessidade de encontrar um navio de treinamento substituto para o ''Australia'' que fosse grande o suficiente para acomodar o grande número de estagiários do Serviço Nacional, colocou o porta-aviões na função de treinamento.{{sfn|Donohue, ''From Empire Defence to the Long Haul''|p=143}} Em 31 de agosto, o ''Vengeance'' acompanhou o ''Austrália'' durante sua última viagem antes do descomissionamento.{{sfn|ANAM, ''Flying Stations''|p=119}} O navio partiu para o Japão no final de outubro; sua primeira partida das águas australianas durante o serviço RAN.{{sfn|Cassells, ''The Capital Ships''|p=181}} O ''Vengeance'' voltou para a Austrália em novembro, após embarcar o [[Esquadrão N.º 77 da RAAF]].<ref>{{Citar web|url=https://www.naval.com.br/ngb/M/M065/M065-R71.htm|titulo=NGB - Navio Aeródromo HMS Vengeance - R 71|acessodata=2023-02-26|website=www.naval.com.br}}</ref>
Em junho de 1954, o ''Vengeance'' foi retirado do serviço ativo e reclassificado como o navio de treinamento primário da RAN.{{sfn|Dennis et al, ''The Oxford Companion to Australian military history''|p=549}}{{sfn|Gillett, ''Warships of Australia''|p=132}} O navio de treinamento anterior, o cruzador {{HMAS|Australia|D84|6}}, foi destinado em meados de 1953 para ser desativado e sucateado, pois modernizá-lo não seria econômico.{{sfn|Donohue, ''From Empire Defence to the Long Haul''|p=134}} Ao mesmo tempo, a RAN explorava caminhos para reduzir os custos operacionais: a redução da aviação naval de dois porta-aviões para um proporcionaria economias significativas.{{sfn|Donohue, ''From Empire Defence to the Long Haul''|pp=133–142}} A remoção do ''Vengeance'' do serviço ativo, combinada com a necessidade de encontrar um navio de treinamento substituto para o ''Australia'' que fosse grande o suficiente para acomodar o grande número de estagiários do Serviço Nacional, colocou o porta-aviões na função de treinamento.{{sfn|Donohue, ''From Empire Defence to the Long Haul''|p=143}} Em 31 de agosto, o ''Vengeance'' acompanhou o ''Austrália'' durante sua última viagem antes do descomissionamento.{{sfn|ANAM, ''Flying Stations''|p=119}} O navio partiu para o Japão no final de outubro; sua primeira partida das águas australianas durante o serviço RAN.{{sfn|Cassells, ''The Capital Ships''|p=181}} O ''Vengeance'' voltou para a Austrália em novembro, após embarcar o [[Esquadrão N.º 77 da RAAF]].<ref>{{Citar web|url=https://www.naval.com.br/ngb/M/M065/M065-R71.htm|titulo=NGB - Navio Aeródromo HMS Vengeance - R 71|acessodata=2023-02-26|website=www.naval.com.br}}</ref>


==== Retorno à Grã-Bretanha, venda ao Brasil e modernização ====
Em maio de 1955, o ''Sydney'' assumiu as funções de porta-aviões de treinamento do ''Vengeance'', bem como sua própria nau capitânia e funções de operação, enquanto o último porta-aviões estava preparado para o retorno à Inglaterra.{{sfn|ANAM, ''Flying Stations''|p=120}} O ''Vengeance'' partiu para o Reino Unido em junho, parando em Cingapura para coletar um esquadrão de helicópteros da RN.{{sfn|ANAM, ''Flying Stations''|p=120}} Chegando em 13 de agosto, sua tripulação preparou o porta-aviões para reserva e o ''Vengeance'' foi desativado em 25 de outubro.{{sfn|Gillett, ''Australian and New Zealand Warships since 1946''|p=21}}{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}} O pessoal foi usado como a primeira companhia de navios do {{HMAS|Melbourne|R21|2}}, que foi comissionado em 28 de outubro de 1955.{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}}
Em maio de 1955, o ''Sydney'' assumiu as funções de porta-aviões de treinamento do ''Vengeance'', bem como sua própria nau capitânia e funções de operação, enquanto o último porta-aviões estava preparado para o retorno à Inglaterra.{{sfn|ANAM, ''Flying Stations''|p=120}} O ''Vengeance'' partiu para o Reino Unido em junho, parando em Cingapura para coletar um esquadrão de helicópteros da RN.{{sfn|ANAM, ''Flying Stations''|p=120}} Chegando em 13 de agosto, sua tripulação preparou o porta-aviões para reserva e o ''Vengeance'' foi desativado em 25 de outubro.{{sfn|Gillett, ''Australian and New Zealand Warships since 1946''|p=21}}{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}} O pessoal foi usado como a primeira companhia de navios do {{HMAS|Melbourne|R21|2}}, que foi comissionado em 28 de outubro de 1955.{{sfn|''HMAS Vengeance'', Royal Australian Navy}}


=== Venda ao Brasil e modernização ===
Durante a preparação para a [[Eleição presidencial no Brasil em 1955|eleição presidencial de 1955]], [[Juscelino Kubitschek|Juscelino Kubitschek de Oliveira]], governador do estado de [[Minas Gerais|Minas Gerais,]] prometeu aos almirantes brasileiros a aquisição de um porta-aviões.{{sfn|Gordon, ''Brazil's Second Chance''|p=40}} Kubitschek afirmou posteriormente que isso era para evitar uma rebelião naval durante sua posse no início de 1956, e apesar de acreditar na "inutilidade militar" do navio de guerra de segunda mão,{{sfn|Gordon, ''Brazil's Second Chance''|p=40}} a venda do ''Vengeance'' ao Brasil por nove milhões de [[Dólar dos Estados Unidos|dólares]] foi em 14 de dezembro de 1956.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}}
Durante a preparação para a [[Eleição presidencial no Brasil em 1955|eleição presidencial de 1955]], [[Juscelino Kubitschek|Juscelino Kubitschek de Oliveira]], governador do estado de [[Minas Gerais|Minas Gerais,]] prometeu aos almirantes brasileiros a aquisição de um porta-aviões.{{sfn|Gordon, ''Brazil's Second Chance''|p=40}} A Marinha do Brasil procurava um porta-aviões desde pelo menos 1953, quando discutiu com o adido naval britânico no Rio de Janeiro a compra do {{Ill|en|HMS Hercules (R49)|HMS Hercules (R49)|HMS ''Hercules''}}; no ano seguinte, o ministro da Guerra [[Renato de Almeida Guillobel]] buscou, sem sucesso, obter um porta-aviões, dois [[submarino]]s e quatro contratorpedeiros com os Estados Unidos. A função do porta-aviões na [[doutrina militar]] brasileira seria, juntamente com vários contratorpedeiros, formar um Grupo de Caça e Destruição para a guerra antissubmarino. No contexto da [[Guerra Fria]] e do alinhamento aos [[Estados Unidos]], o oponente hipotético seria a [[Marinha da União Soviética]], que tentaria cortar as linhas de comércio marítimo brasileiras. A própria [[Marinha dos Estados Unidos]] poderia conduzir a guerra antissubmarino no [[Atlântico Sul]], mas a Marinha do Brasil tinha um motivo adicional: recriar sua Aviação Naval, que havia sido extinta em 1941 e incorporada à Força Aérea Brasileira (FAB).{{sfn|Santos, 2021|pp=15-27 e 106-107}}


A necessidade de um porta-aviões era um consenso entre os marinheiros, mas não entre os aviadores. A FAB só passou a apoiar a compra quando ela já parecia inevitável.{{Sfn|Falconi, 2009|pp=77-78}} A Marinha comprou o ''Vengeance'' por nove milhões de [[Dólar dos Estados Unidos|dólares]] em 14 de dezembro de 1956.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}} Os recursos vieram do Fundo Naval, e assim, dependiam unicamente da autorização do presidente e não do [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]], onde a compra poderia ser obstruída pela disputa político-partidária, ou do Estado-Maior das Forças Armadas, onde poderia haver disputa corporativa.{{Sfn|Santos, 2021|pp=100-3}} Juscelino Kubitschek afirmou posteriormente que a promessa era para evitar uma rebelião naval durante sua posse no início de 1956, apesar de sua crença na "inutilidade militar" do navio de guerra de segunda mão.{{sfn|Gordon, ''Brazil's Second Chance''|p=40}} A necessidade de apaziguar a Marinha e a FAB continuou após a posse do presidente.{{Sfn|Falconi, 2009|p=76}}

[[Ficheiro:Braziliaans vliegkampschip in dok, Bestanddeelnr 911-4269.jpg|miniaturadaimagem|''Minas Gerais'' em modernização na Holanda em 1960|esquerda]]
De meados de 1957 até dezembro de 1960, o porta-aviões passou por uma grande reforma e reconstrução na Holanda.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}} A obra foi realizada pela Verolme Dock, em Rotterdam, e custou 27 milhões de dólares.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}} A mudança mais visível foi a instalação de uma cabine de comando em ângulo de 8,5 graus.{{sfn|Ireland, ''Aircraft Carriers of the World''|p=245}} O tamanho do ângulo exigia que um acesso fosse construído em torno do lado estibordo da superestrutura da ilha; atuando como um contrapeso para a saliência de bombordo da cabine de comando.{{sfn|Ireland, ''Aircraft Carriers of the World''|p=245}} Combinado com a instalação de uma [[Catapulta de avião|catapulta a vapor]] mais potente, mecanismo de parada mais forte, elevadores de hangar reforçados e um auxiliar de pouso espelhado, essas modificações permitiram a operação de aeronaves a jato de até 9 100 toneladas.{{sfn|Ireland, ''Aircraft Carriers of the World''|p=245}}{{sfn|Bishop & Chant, ''Aircraft carriers''|p=82}} A superestrutura de ilha do porta-aviões foi substituída e um mastro treliçado foi instalado para suportar o novo sistema de controle de tiro e conjunto de radar.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}}{{sfn|Ireland, ''Aircraft Carriers of the World''|p=245}} A capacidade da caldeira do navio foi aumentada e a eletricidade interna foi convertida em CA por meio da instalação de quatro turbogeradores e um gerador a diesel.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}}
De meados de 1957 até dezembro de 1960, o porta-aviões passou por uma grande reforma e reconstrução na Holanda.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}} A obra foi realizada pela Verolme Dock, em Rotterdam, e custou 27 milhões de dólares.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}} A mudança mais visível foi a instalação de uma cabine de comando em ângulo de 8,5 graus.{{sfn|Ireland, ''Aircraft Carriers of the World''|p=245}} O tamanho do ângulo exigia que um acesso fosse construído em torno do lado estibordo da superestrutura da ilha; atuando como um contrapeso para a saliência de bombordo da cabine de comando.{{sfn|Ireland, ''Aircraft Carriers of the World''|p=245}} Combinado com a instalação de uma [[Catapulta de avião|catapulta a vapor]] mais potente, mecanismo de parada mais forte, elevadores de hangar reforçados e um auxiliar de pouso espelhado, essas modificações permitiram a operação de aeronaves a jato de até 9 100 toneladas.{{sfn|Ireland, ''Aircraft Carriers of the World''|p=245}}{{sfn|Bishop & Chant, ''Aircraft carriers''|p=82}} A superestrutura de ilha do porta-aviões foi substituída e um mastro treliçado foi instalado para suportar o novo sistema de controle de tiro e conjunto de radar.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}}{{sfn|Ireland, ''Aircraft Carriers of the World''|p=245}} A capacidade da caldeira do navio foi aumentada e a eletricidade interna foi convertida em CA por meio da instalação de quatro turbogeradores e um gerador a diesel.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}}


A compra do porta-aviões foi polêmica em várias esferas da sociedade.{{sfn|Falconi, 2009|p=79}} O navio era tachado de sucata, sem levar em conta a longa extensão à sua vida útil proporcionada pela restauração.{{sfn|Falconi, 2009|p=91}} O deputado federal Paulo Mincarone publicou em 1959 o livro “Escândalo do Minas Gerais”, no qual acusou a Marinha de falta de transparência financeira, gastando de forma espúria muito mais do que o custo singular dava a entender. O jornalista [[David Nasser]], favorável ao presidente, criticou a compra para atacar os almirantes que haviam dificultado a posse. Ele considerou os gastos um desperdício e comparou-os negativamente ao investimento na [[construção de Brasília]]. Do ponto de vista da Marinha, esses opositores formavam o “Clube dos Inimigos do Navio Aeródromo”, presente nos sindicatos de aeronautas e aeroviários, na imprensa e nas [[Forças Armadas do Brasil|Forças Armadas]].{{sfn|Falconi, 2009|pp=68-72}}
O porta-aviões foi comissionado na Marinha como NAeL ''Minas Gerais'' (em homenagem ao estado natal de Kubitschek) em 6 de dezembro de 1960.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}} Ele partiu de [[Roterdão]] para o Rio de Janeiro em 13 de janeiro de 1961.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}} A duração da reforma significou que, embora o porta-aviões tenha sido o primeiro comprado por uma nação [[América Latina|latino-americana]], ele foi o segundo a entrar em serviço, depois que outro porta-aviões da classe ''Colossus'' entrou em serviço na Marinha Argentina como ARA ''Independencia'' em julho de 1959.{{sfn|English, ''Focus on Latin American Navies''|p=56}}

O porta-aviões foi comissionado na Marinha como NAeL ''Minas Gerais'' em 6 de dezembro de 1960.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}} Esse nome e ''São Paulo'', ambos estados poderosos na história política brasileira, já haviam sido escolhidos décadas antes para os [[encouraçado]]s da [[Classe Minas Geraes|classe ''Minas Gerais'']], os mais poderosos da Esquadra, e portanto foram utilizados novamente para os porta-aviões. Houve um debate sobre o nome do navio,{{sfn|Almeida, 2005|p=25}} e ''Minas Gerais'' prevaleceu por ser homenagem ao estado natal de Kubitschek. O navio partiu de [[Roterdão]] para o Rio de Janeiro em 13 de janeiro de 1961.{{sfn|Blackman (ed.), ''Jane's Fighting Ships (1968–69)''|p=23}} A Marinha retardou a viagem para que a chegada só ocorresse logo após o final do mandato de Juscelino Kubitschek, no dia 31 de janeiro.{{sfn|FGV Projetos, 2016|pp=102-104}}

A duração da reforma significou que, embora o porta-aviões tenha sido o primeiro comprado por uma nação [[América Latina|latino-americana]], ele foi o segundo a entrar em serviço, depois que outro porta-aviões da classe ''Colossus'' entrou em serviço na Marinha Argentina como ARA ''Independencia'' em julho de 1959.{{sfn|English, ''Focus on Latin American Navies''|p=56}} A compra quase simultânea dos dois navios semelhantes estava de acordo com a política dos Estados Unidos de equilíbrio de poder naval na América do Sul.{{sfn|Falconi, 2009|p=92}} Por outro lado, a origem britânica do navio reduzia a dependência de materiais americanos na Marinha do Brasil.{{sfn|Amaral, 2013|p=87}} Graças à função antissubmarino do ''Minas Gerais'', ele não foi visto nos Estados Unidos como uma ameaça brasileira de buscar hegemonia regional.{{Sfn|Santos, 2021|p=19}}


===== Armas e sistemas =====
==== Armas e sistemas ====
[[Ficheiro:Minas_Gerais_DN-ST-90-01334.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|O ''Minas Gerais'' prestes a lançar um S-2 Tracker]]
[[Ficheiro:Minas_Gerais_DN-ST-90-01334.jpg|miniaturadaimagem|O ''Minas Gerais'' prestes a lançar um S-2 Tracker]]
Durante a modernização do navio para se tornar ''Minas Gerais'', seu armamento foi alterado para consistir em dez canhões antiaéreos Bofors de quarenta milímetros (duas montagens quádruplas e uma montagem dupla) e dois canhões de [[continência]] de 47 milímetros.{{sfn|Sharpe (ed.), ''Jane's Fighting Ships, 1996–1997''|p=55}} Em 1994, os Bofors foram removidos e substituídos por dois lançadores terra-ar gêmeos para mísseis Mistral.{{sfn|Sharpe (ed.), ''Jane's Fighting Ships, 1996–1997''|p=55}} Se fosse necessário armamento adicional, o Bofors poderia ser reinstalado.{{sfn|Sharpe (ed.), ''Jane's Fighting Ships, 1996–1997''|p=55}}
Durante a modernização do navio para se tornar ''Minas Gerais'', seu armamento foi alterado para consistir em dez canhões antiaéreos Bofors de quarenta milímetros (duas montagens quádruplas e uma montagem dupla) e dois canhões de [[continência]] de 47 milímetros.{{sfn|Sharpe (ed.), ''Jane's Fighting Ships, 1996–1997''|p=55}} Em 1994, os Bofors foram removidos e substituídos por dois lançadores terra-ar gêmeos para mísseis Mistral.{{sfn|Sharpe (ed.), ''Jane's Fighting Ships, 1996–1997''|p=55}} Se fosse necessário armamento adicional, o Bofors poderia ser reinstalado.{{sfn|Sharpe (ed.), ''Jane's Fighting Ships, 1996–1997''|p=55}}
Em 1996, o ''Minas Gerais'' estava equipado com os seguintes radares: um Lockheed SPS-40B para busca aérea, um Plessey AWS 4 para busca de superfície, um Signaal ZW06 para navegação, dois SPG-34 para controle de tiro e um Scanter Mil-Par para Abordagem controlada por transportadora.{{sfn|Sharpe (ed.), ''Jane's Fighting Ships, 1996–1997''|p=55}} Os dois radares de busca operavam nas [[Onda de rádio|bandas de frequência da OTAN]] designadas E e F, os radares de navegação e CCA operavam na banda I da OTAN e os radares de controle de tiro nas bandas I e J.{{sfn|Sharpe (ed.), ''Jane's Fighting Ships, 1996–1997''|p=55}}
Em 1996, o ''Minas Gerais'' estava equipado com os seguintes radares: um Lockheed SPS-40B para busca aérea, um Plessey AWS 4 para busca de superfície, um Signaal ZW06 para navegação, dois SPG-34 para controle de tiro e um Scanter Mil-Par para Abordagem controlada por transportadora.{{sfn|Sharpe (ed.), ''Jane's Fighting Ships, 1996–1997''|p=55}} Os dois radares de busca operavam nas [[Onda de rádio|bandas de frequência da OTAN]] designadas E e F, os radares de navegação e CCA operavam na banda I da OTAN e os radares de controle de tiro nas bandas I e J.{{sfn|Sharpe (ed.), ''Jane's Fighting Ships, 1996–1997''|p=55}}


Logo após a compra do porta-aviões, a FAB criou o 1.º Grupo de Aviação Embarcada (GAE) para as operações aeronavais. A princípio o 1.º GAE foi planejado com um esquadrão de aviões de patrulha antissubmarino e outro de aviões de [[Avião de caça|caça]], que poderiam ser usados contra a Argentina. Quando a Marinha explicitou a finalidade antissubmarino do porta-aviões, os caças planejados foram substituídos por um esquadrão de helicópteros antissubmarino. As aeronaves, treze aviões S2F-1 Tracker (P16, na FAB) e seis helicópteros HSS-1N (SH-34J, na FAB), foram compradas como parte do Acordo de [[Fernando de Noronha]], firmado entre o Brasil e os Estados Unidos em 1957, em compensação à instalação de uma estação rastreadora de satélites na ilha. A Marinha dos Estados Unidos treinou o pessoal dos esquadrões na equipagem e manutenção, e as aeronaves chegaram em janeiro de 1961,{{sfn|INCAER, 2014|pp=546-547}}{{sfn|Falconi, 2009|pp=90-91}} recebendo o apelido de “Esquadrão Cardeal”.{{sfn|FGV Projetos, 2016|p=104}}
Em meados da década de 1990, o grupo aéreo do porta-aviões consistia em seis [[Grumman S-2|S-2E Trackers]], quatro a seis [[Sikorsky SH-3 Sea King|ASH-3D Sea Kings]], dois AS-355 Ecureuils e três [[Eurocopter AS332 Super Puma|A-332 Super Pumas]]. Em 1999, a MB adquiriu vinte [[McDonnell Douglas A-4 Skyhawk|A-4KU Skyhawks]] e três aeronaves de treinamento TA-4KU da [[Força Aérea do Kuwait]] por setenta milhões de dólares.{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}} O ''Minas Gerais'' começou a operar essas aeronaves no final de 2000.<ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20060618055628/http://www.chilecompany.com/chilecomp11.htm|titulo=Chile Company Consulting Group|data=2006-06-18|acessodata=2023-02-21|website=web.archive.org}}</ref>

A Marinha não permitia que o 1.º GAE servisse embarcado, pois pretendia operar sua própria aviação.{{sfn|INCAER, 2014|pp=546-547}} O ''Minas Gerais'' chegou ao Brasil com três aviões [[Grumman TBF Avenger]] (usados para treinar manobras no convoo, e não voar), três helicópteros [[Westland Whirlwind]] S-55 Srs.1 e seis Bell HTL-5 (modelo 47D) desmontados.{{sfn|FGV Projetos, 2016|p=104}} Seis aviões [[North American T-28 Trojan]] foram recebidos em 1963.{{sfn|FGV Projetos, 2016|p=112}} A FAB não reconhecia a Aviação Naval, e suas relações com a Marinha continuavam a deteriorar.<ref name=poggio>{{Citar web|ultimo=Poggio|primeiro=Guilherme|url=https://www.naval.com.br/blog/2020/06/08/o-renascimento-da-aviacao-naval-brasileira/|titulo=O renascimento da Aviação Naval Brasileira|data=2020-06-08|acessodata=2022-12-31|website=Poder Naval|lingua=pt-BR}}</ref> A disputa pelo direito a ter aeronaves no ''Minas Gerais'', conhecida como o “[[problema da aviação embarcada]]”,{{sfn|Falconi, 2009|p=79}} levou ao auge das tensões Marinha-Aeronáutica no final de 1964. Em 1965 o presidente [[Humberto Castelo Branco|Castelo Branco]] permitiu a operação de helicópteros pela Marinha, mas reservou à FAB o direito de ter aviões.<ref name=poggio/> Assim, o ''Minas Gerais'' embarcava dois grupos aéreos: helicópteros da Marinha e aviões da FAB.{{Sfn|English, ''Latin American Navies still treading water''}}

[[Ficheiro:Minas Gerais (23384646439).jpg|miniaturadaimagem|Helicópteros Sea King no convés em 1996|esquerda]]
O primeiro pouso de um P-16 do 1.º GAE no convés do ''Minas Gerais'' foi em 22 de junho de 1965, e a partir de então as operações embarcadas da FAB foram constantes. A partir de 1975 ele recebeu o modelo mais moderno P-16E.{{sfn|Freitas, 2018|pp=65-66}} Os seis Sikorsky Seabat da FAB foram cedidos à Aviação Naval e incorporados ao [[1.º Esquadrão de Helicópteros Antissubmarino]],{{sfn|INCAER, 2014|p=547}} servindo até sua substituição total pelo [[Sikorsky SH-3 Sea King]] em 1975. O 1.º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral recebeu até 1970 os modelos [[Westland Wasp|Westland UH-2 Wasp]], UH-5 Whirlwind Series 2 e Fairchild-Hiller UH-4 ([[FH-1100]]), e após 1979, o [[Eurocopter Ecureuil]].{{sfn|FGV Projetos, 2016|pp=120-124}}

Em meados da década de 1990, o grupo aéreo do porta-aviões consistia em seis [[Grumman S-2|S-2E Trackers]], quatro a seis [[Sikorsky SH-3 Sea King|ASH-3D Sea Kings]], dois AS-355 Ecureuils e três [[Eurocopter AS332 Super Puma|A-332 Super Pumas]]. Em 1999, a MB adquiriu vinte [[McDonnell Douglas A-4 Skyhawk|A-4KU Skyhawks]] e três aeronaves de treinamento TA-4KU da [[Força Aérea do Kuwait]] por setenta milhões de dólares.{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}} O ''Minas Gerais'' começou a operar essas aeronaves no final de 2000.<ref>{{Citar web|url=https://web.archive.org/web/20060618055628/http://www.chilecompany.com/chilecomp11.htm|titulo=Chile Company Consulting Group|data=2006-06-18|acessodata=2023-02-21|website=web.archive.org}}</ref> O ''Minas Gerais'' podia lançar os Skyhawks com segurança, mas a velocidade limitada do navio dificultaria o pouso em condições de calmaria. Na prática, o porta-aviões teria que permanecer próximo ao litoral para operar os Skyhawks.{{sfn|Pesce, 2016|p=121}}


=== Carreira no Brasil ===
=== Carreira no Brasil ===
[[Ficheiro:Brazilian Navy (23124623304).jpg|miniaturadaimagem|''Minas Gerais'' com o contratorpedeiro ''Mariz e Barros'' em 1996]]
Em 1965, o presidente [[Humberto Castelo Branco|Humberto de Alencar Castelo Branco]] permitiu a operação de helicópteros à Marinha, as aeronaves de asa fixa ficaram sob responsabilidade da [[Força Aérea Brasileira]] (FAB).{{sfn|Jane's Navy International, ''Carrier Aviation – Skyhawks set to land on Brazilian carrier''|p=6}} Como resultado, o ''Minas Gerais'' foi obrigado a embarcar dois grupos aéreos: a Marinha operava helicópteros e a Aeronáutica operava aeronaves [[Grumman S-2|S-2 Tracker]].{{Sfn|English, ''Latin American Navies still treading water''}} Consequentemente, o navio passou a maior parte de sua carreira operando como porta-aviões de guerra antissubmarino.{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}}
Em 1961, durante a [[Campanha da Legalidade]], o ''Minas Gerais'' liderou uma força-tarefa ao litoral de [[Santa Catarina]] como parte da “Operação Anel”, que deveria apoiar o desembarque de [[Corpo de Fuzileiros Navais|fuzileiros navais]] para operações reais contra o [[Comando Militar do Sul|III Exército]]. Devido à disputa com a FAB, o navio partiu sem o complemento de aviões.{{sfn|Carvalho, 2007|pp=71-72}} O ''Minas Gerais'' não esteve presente nas operações navais durante a “[[Guerra da Lagosta]]”, ocasionando críticas à Marinha por parte dos apoiadores da FAB na questão da aviação embarcada. Militarmente, um porta-aviões não teria sido necessário, pois o foco dos eventos foi perto do litoral, ao alcance da aviação baseada em terra, e era improvável que se enfrentassem submarinos.{{sfn|Falconi, 2009|pp=104-105}}


De 1965 em diante, o ''Minas Gerais'' tornou-se o único porta-aviões ativo do mundo com um arranjo misto (força aérea e marinha) de aeronaves.{{sfn|Falconi, 2009|p=170}} Enquanto estivesse no mar, o 1.º GAE subordinava-se ao comandante do navio.{{sfn|INCAER, 2014|p=550}} Em 1982, um estudo oficial do {{Ill|en|Departamento do Exército dos Estados Unidos|United States Department of the Army}} classificou essa divisão de responsabilidades como anômala, citando opiniões de críticos de que poderia criar problemas de [[comando e controle]].{{sfn|Nyrop, 1983|p=313}} Ainda assim, a tripulação mista demonstrou entrosamento nas operações. O único problema persistente foi o relacionamento entre [[sargento]]s da FAB e [[marinheiro]]s subalternos e de 1.ª classe. O pessoal técnico da FAB era quase todo de sargentos, criando dificuldades nos setores de alojamento e rancho.{{sfn|Falconi, 2009|p=170}}
De 1976 a 1981, o navio passou por uma grande reforma.{{sfn|Bishop & Chant, ''Aircraft carriers''|p=82}} O trabalho incluiu a instalação de um datalink para melhorar a cooperação com a [[Classe Niterói|classe ''Niterói'']], atualizações do conjunto de radares e outros trabalhos para estender a expectativa de vida do porta-aviões até a década de 1990.{{sfn|Bishop & Chant, ''Aircraft carriers''|p=82}} Em 1988, problemas de motor, combinados com a incapacidade da Argentina de financiar uma necessária modernização do {{Navio|ARA|Veinticinco de Mayo|V-2|6}}, viu o porta-aviões da classe ''Colossus'' confinado ao porto, tornando ''o Minas Gerais'' o único porta-aviões ativo na região sul-americana.{{sfn|English, ''Latin American Navies still treading water''}} Em dezembro de 1987, o próprio ficou paralisado após participar da Operação Dragão XXIII por problemas na catapulta.<ref>{{citar web|url=https://www.marinha.mil.br/dphdm/sites/www.marinha.mil.br.dphdm/files/MinasGeraisNavioAerodromoLigeiro1960-2001.pdf|titulo=Navio aeródromo ligeiro Minas Gerais - A 11}}</ref> Embora incapaz de operar como porta-aviões, o navio foi usado nos anos seguintes em exercícios de treinamento como um [[navio de assalto anfíbio]]; usando um grupo aéreo de helicópteros [[Eurocopter AS532 Cougar]] e [[Eurocopter Ecureuil|Eurocopter AS350 Squirrel]] para transportar [[Corpo de Fuzileiros Navais|fuzileiros navais]] em terra.<ref>{{Citar web|url=https://www.naval.com.br/anb/ANB-aeronaves/Aerospatiale_Super_Puma/Aerospatiale_Super_Puma.html|titulo=Super Puma/Cougar|acessodata=2023-03-03|website=www.naval.com.br}}</ref>

De 1965 em diante, o ''Minas Gerais'' e a Aviação Naval participaram com frequência dos [[Exercício militar|exercícios militares]] internacionais Unitas.{{sfn|FGV Projetos, 2016|p=120}} Na Unitas XXI, em 1980, um P-16 detectou com boias passivas um submarino soviético, “visitante não convidado” aos exercícios.{{sfn|Freitas, 2018|p=66}}<ref>{{Citar web|ultimo=Galante|primeiro=Alexandre|data=2015-03-16|título=MB na Guerra Fria: submarino soviético na Unitas XXI|url=https://www.naval.com.br/blog/2015/03/16/mb-na-guerra-fria-submarino-sovietico-na-unitas-xxi/|website=Poder Naval|acessodata=2023-03-05}}</ref> Em suas três décadas de operação, o 1.º GAE realizou 16.746 pousos enganchados, dos quais 3,3% foram “''bolters''” (pousos abortados). Houve apenas uma fatalidade.{{sfn|Pesce, 2016|p=117}}

De 1976 a 1981, o navio passou por uma grande reforma.{{sfn|Bishop & Chant, ''Aircraft carriers''|p=82}} O trabalho incluiu a instalação de um datalink para melhorar a cooperação com a [[Classe Niterói|classe ''Niterói'']], atualizações do conjunto de radares e outros trabalhos para estender a expectativa de vida do porta-aviões até a década de 1990.{{sfn|Bishop & Chant, ''Aircraft carriers''|p=82}} Em 1988, problemas de motor, combinados com a incapacidade da Argentina de financiar uma necessária modernização do {{Navio|ARA|Veinticinco de Mayo|V-2|6}}, viu o porta-aviões da classe ''Colossus'' confinado ao porto, tornando ''o Minas Gerais'' o único porta-aviões ativo na região sul-americana.{{sfn|English, ''Latin American Navies still treading water''}} Em dezembro de 1987, o próprio ficou paralisado após participar da Operação Dragão XXIII por problemas na catapulta.<ref>{{citar web|url=https://www.marinha.mil.br/dphdm/sites/www.marinha.mil.br.dphdm/files/MinasGeraisNavioAerodromoLigeiro1960-2001.pdf|titulo=Navio aeródromo ligeiro Minas Gerais - A 11}}</ref> Embora incapaz de operar como porta-aviões, o navio foi usado nos anos seguintes em exercícios de treinamento como um [[navio de assalto anfíbio]]; usando um grupo aéreo de helicópteros [[Eurocopter AS532 Cougar]] e Eurocopter AS350 Squirrel para transportar fuzileiros navais em terra.<ref>{{Citar web|url=https://www.naval.com.br/anb/ANB-aeronaves/Aerospatiale_Super_Puma/Aerospatiale_Super_Puma.html|titulo=Super Puma/Cougar|acessodata=2023-03-03|website=www.naval.com.br}}</ref>


O ''Minas Gerais'' passou por uma reforma de modernização de julho de 1991 a outubro de 1993. Isso incluiu a revisão das caldeiras e motores, integração de um sistema de comando SICONTA, dois novos radares de navegação e radar de pouso Scanter-MIL foram instalados e preparação para a instalação de lançadores Simbad para mísseis terra-ar Mistral.{{sfn|Scott & Starr, ''Carrier aviation at the crossroads''}} Os próprios lançadores foram instalados em 1994, com os dez Bofors removidos ao mesmo tempo. Os Bofors podiam ser reinstalados para complementar o armamento da belonave, se necessário. Em novembro de 1993, o porta-aviões realizou um exercício conjunto com a [[Armada Argentina|Marinha Argentina]], onde pilotos argentinos pilotando aeronaves [[Dassault-Breguet Super Étendard]] realizaram 177 pousos ''touch-and-go'', a fim de manter suas qualificações de pouso do porta-aviões enquanto o ''Veinticinco de Mayo'' estava fora de serviço.{{sfn|Scott & Starr, ''Carrier aviation at the crossroads''}}
O ''Minas Gerais'' passou por uma reforma de modernização de julho de 1991 a outubro de 1993. Isso incluiu a revisão das caldeiras e motores, integração de um sistema de comando SICONTA, dois novos radares de navegação e radar de pouso Scanter-MIL foram instalados e preparação para a instalação de lançadores Simbad para mísseis terra-ar Mistral.{{sfn|Scott & Starr, ''Carrier aviation at the crossroads''}} Os próprios lançadores foram instalados em 1994, com os dez Bofors removidos ao mesmo tempo. Os Bofors podiam ser reinstalados para complementar o armamento da belonave, se necessário. Em novembro de 1993, o porta-aviões realizou um exercício conjunto com a [[Armada Argentina|Marinha Argentina]], onde pilotos argentinos pilotando aeronaves [[Dassault-Breguet Super Étendard]] realizaram 177 pousos ''touch-and-go'', a fim de manter suas qualificações de pouso do porta-aviões enquanto o ''Veinticinco de Mayo'' estava fora de serviço.{{sfn|Scott & Starr, ''Carrier aviation at the crossroads''}}
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==== Substituição e descomissionamento ====
==== Substituição e descomissionamento ====
A substituição do ''Minas Gerais'' foi sugerida pela primeira vez no início dos anos 1980, como parte do programa de expansão naval de quinze anos.{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=110}} Foram propostos dois designs de transportadores diferentes.{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=110}} O primeiro foi para um navio de quarenta mil toneladas equipado com até quarenta aeronaves, incluindo caças navais.{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}}{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=110}} Para complementar esta proposta, foi apresentado um plano para expandir o braço aéreo da frota brasileira, adquirindo [[McDonnell Douglas A-4 Skyhawk|A-4 Skyhawks]] usados do Kuwait ou Israel.{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=111}} Para que isso acontecesse, a decisão de 1965 que impedia a MB de operar aeronaves de asa fixa teve que ser revogada; decisão contrariada pela FAB.{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=110}} Para fazer a compra valer a pena, o ''Minas Gerais'' teria que operar a aeronave até que o porta-aviões substituto entrasse em serviço, o que, por sua vez, exigia a instalação de uma catapulta a vapor modificada e um mecanismo de parada.{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=111}} Como o navio havia acabado de sair de uma reforma de modernização, essa era uma proposta cara, e o plano de aquisição do Skyhawk foi cancelado em outubro de 1984.{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=111}} O plano Skyhawk foi revisitado com sucesso no final de 1990. A segunda proposta era para um porta-helicópteros de 25 mil toneladas construído de acordo com os padrões comerciais.{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}}{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=110}} Interpretações posteriores desta proposta sugeriram um navio semelhante ao {{HMS|Ocean|L12|6}} da Royal Navy.{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}}
A substituição do ''Minas Gerais'' foi sugerida pela primeira vez no início dos anos 1980, como parte do programa de expansão naval de quinze anos.{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=110}} Foram propostos dois designs de transportadores diferentes.{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=110}} O primeiro foi para um navio de quarenta mil toneladas equipado com até quarenta aeronaves, incluindo caças navais.{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}}{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=110}} Para complementar esta proposta, foi apresentado um plano para expandir o braço aéreo da frota brasileira, adquirindo [[McDonnell Douglas A-4 Skyhawk|A-4 Skyhawks]] usados do Kuwait ou Israel.{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=111}} Para que isso acontecesse, a decisão de 1965 que impedia a MB de operar aeronaves de asa fixa teve que ser revogada; decisão contrariada pela FAB.{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=110}} Dentro da própria Marinha, o retorno das asas fixas quebraria o paradigma da guerra antissubmarino. Aeronaves de ataque e interceptação proporcionariam [[projeção de poder]] e defesa aérea à esquadra, uma necessidade observada na [[Guerra das Malvinas]] em 1982.{{sfn|Svartman & Pivatto, 2021|pp=176-181}}
Para fazer a compra valer a pena, o ''Minas Gerais'' teria que operar a aeronave até que o porta-aviões substituto entrasse em serviço, o que, por sua vez, exigia a instalação de uma catapulta a vapor modificada e um mecanismo de parada.{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=111}} Como o navio havia acabado de sair de uma reforma de modernização, essa era uma proposta cara, e o plano de aquisição do Skyhawk foi cancelado em outubro de 1984.{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=111}} O plano Skyhawk foi revisitado com sucesso no final de 1990. A segunda proposta era para um porta-helicópteros de 25 mil toneladas construído de acordo com os padrões comerciais.{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}}{{sfn|Anthony, ''The Naval Arms Trade''|p=110}} Interpretações posteriores desta proposta sugeriram um navio semelhante ao {{HMS|Ocean|L12|6}} da Royal Navy.{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}}


A substituição do ''Minas Gerais'' estava sendo seriamente considerada em 1999; apesar de inúmeras reformas e atualizações que prolongaram a vida útil, a MB previu que o porta-aviões precisaria ser substituído antes de 2010.{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}} Além das duas propostas, foi considerada a aquisição de um porta-aviões usado, como o ''[[Foch (R99)|Foch]]'' da [[Marinha Francesa]].{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}} Uma das principais questões ao considerar a substituição foi o investimento significativo da MB em aviação de asa fixa no final dos anos 1990; um porta-aviões capaz de operar os recém-adquiridos Skyhawks seria mais caro para adquirir e operar do que um [[STOVL]] ou porta-helicópteros, mas os conceitos mais baratos exigiriam a reformulação da aviação naval brasileira.{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}} No final, o ''Foch'' foi adquirido, rebatizado de [[NAe São Paulo|NAe ''São Paulo'']] e programado para entrar na Marinha do Brasil em abril de 2001.{{sfn|Jane's International Defence Review ''Brazil – Skyhawks begin flights from carrier''}} Ele foi rebaixado como navio de apoio a helicópteros em 2001, antes de seu descomissionamento.<ref name="Archived copy">{{Citar web|url=http://www.fleetairarmarchive.net/vengeance/history_bn.html|titulo=History of the Colossus class carrier Minas Gerais (Ex HMS Vengeance)|acessodata=22 de fevereiro de 2023|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120229164158/http://www.fleetairarmarchive.net/vengeance/History_BN.html|arquivodata=29 de fevereiro de 2012|urlmorta=usurped}}</ref>
A substituição do ''Minas Gerais'' estava sendo seriamente considerada em 1999; apesar de inúmeras reformas e atualizações que prolongaram a vida útil, a MB previu que o porta-aviões precisaria ser substituído antes de 2010.{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}} Além das duas propostas, foi considerada a aquisição de um porta-aviões usado, como o ''[[Foch (R99)|Foch]]'' da [[Marinha Francesa]].{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}} Uma das principais questões ao considerar a substituição foi o investimento significativo da MB em aviação de asa fixa no final dos anos 1990; um porta-aviões capaz de operar os recém-adquiridos Skyhawks seria mais caro para adquirir e operar do que um [[STOVL]] ou porta-helicópteros, mas os conceitos mais baratos exigiriam a reformulação da aviação naval brasileira.{{sfn|Corless, ''The Brazilian Navy blazes a trail in the South Atlantic''}} No final, o ''Foch'' foi adquirido, rebatizado de [[NAe São Paulo|NAe ''São Paulo'']] e programado para entrar na Marinha do Brasil em abril de 2001.{{sfn|Jane's International Defence Review ''Brazil – Skyhawks begin flights from carrier''}} Ele foi rebaixado como navio de apoio a helicópteros em 2001, antes de seu descomissionamento.<ref name="Archived copy">{{Citar web|url=http://www.fleetairarmarchive.net/vengeance/history_bn.html|titulo=History of the Colossus class carrier Minas Gerais (Ex HMS Vengeance)|acessodata=22 de fevereiro de 2023|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120229164158/http://www.fleetairarmarchive.net/vengeance/History_BN.html|arquivodata=29 de fevereiro de 2012|urlmorta=usurped}}</ref>
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* [[Lista das embarcações da Marinha do Brasil]]
* [[Lista das embarcações da Marinha do Brasil]]
* [[Lista de navios descomissionados da Marinha do Brasil]]
* [[Lista de navios descomissionados da Marinha do Brasil]]

{{Notas}}{{Tradução/ref|en|Brazilian aircraft carrier Minas Gerais}}{{Tradução/ref|en|HMS Vengeance (R71)}}{{Tradução/ref|en|1942 Design Light Fleet Carrier}}{{Referências}}
{{Notas}}{{Tradução/ref|en|Brazilian aircraft carrier Minas Gerais}}{{Tradução/ref|en|HMS Vengeance (R71)}}{{Tradução/ref|en|1942 Design Light Fleet Carrier}}{{Referências}}


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* {{Citar livro|título=From Empire Defence to the Long Haul: post-war defence policy and its impact on naval force structure planning 1945-1955|ultimo=Donohue|primeiro=Hector|data=Outubro de 1996|editora=Sea Power Centre|series=Papers in Australian Maritime Affairs (No. 1)|localização=Canberra|isbn=0-642-25907-0|issn=1327-5658|oclc=36817771|ref={{sfnRef|Donohue, From Empire Defence to the Long Haul}}}}
* {{Citar livro|título=From Empire Defence to the Long Haul: post-war defence policy and its impact on naval force structure planning 1945-1955|ultimo=Donohue|primeiro=Hector|data=Outubro de 1996|editora=Sea Power Centre|series=Papers in Australian Maritime Affairs (No. 1)|localização=Canberra|isbn=0-642-25907-0|issn=1327-5658|oclc=36817771|ref={{sfnRef|Donohue, From Empire Defence to the Long Haul}}}}
* {{Citar livro|título=Aircraft Carriers: An Illustrated History of Their Impact (Weapons and Warfare)|ultimo=Fontenoy|primeiro=Paul E.|data=21 de setembro de 2006|publicado=ABC-CLIO|isbn=978-1851095735|ref={{sfnRef|Fontenoy, Aircraft Carriers}}}}
* {{Citar livro|título=Aircraft Carriers: An Illustrated History of Their Impact (Weapons and Warfare)|ultimo=Fontenoy|primeiro=Paul E.|data=21 de setembro de 2006|publicado=ABC-CLIO|isbn=978-1851095735|ref={{sfnRef|Fontenoy, Aircraft Carriers}}}}
* {{Citar livro|ultimo=FGV Projetos|título=100 anos da Aviação Naval|ano=2016|url=https://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/pdf_baixa_-_aviacao_naval_0.pdf|local=Rio de Janeiro|editora=FGV Projetos e ComForAerNav|ref={{sfnRef|FGV Projetos, 2016}}}}
* {{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books/about/Australian_New_Zealand_Warships_Since_19.html?id=qQLLAAAACAAJ&redir_esc=y|título=Australian & New Zealand Warships Since 1946|ultimo=Gillett|primeiro=Ross|editora=Child & Associates|isbn=9780867772197|ref={{sfnRef| Gillett, Australian and New Zealand Warships since 1946}}}}
* {{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books/about/Australian_New_Zealand_Warships_Since_19.html?id=qQLLAAAACAAJ&redir_esc=y|título=Australian & New Zealand Warships Since 1946|ultimo=Gillett|primeiro=Ross|editora=Child & Associates|isbn=9780867772197|ref={{sfnRef| Gillett, Australian and New Zealand Warships since 1946}}}}
* {{Citar livro|título=Warships of Australia|ultimo=Gillett|primeiro=Ross|editora=Rigby|ano=1977|localização=Adelaide, SA|isbn=0-7270-0472-7|oclc=4466019|ref={{sfnRef|Gillett, Warships of Australia}}}}
* {{Citar livro|título=Warships of Australia|ultimo=Gillett|primeiro=Ross|editora=Rigby|ano=1977|localização=Adelaide, SA|isbn=0-7270-0472-7|oclc=4466019|ref={{sfnRef|Gillett, Warships of Australia}}}}
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*{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=bw46M1qI9gMC|título=The Royal Navy 1930–2000: innovation and defence|ultimo=Harding|primeiro=Richard|editora=Routledge|ano=2005|isbn=0-7146-5710-7|ref={{sfnRef|Harding, The Royal Navy 1930–2000}}}}
*{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=bw46M1qI9gMC|título=The Royal Navy 1930–2000: innovation and defence|ultimo=Harding|primeiro=Richard|editora=Routledge|ano=2005|isbn=0-7146-5710-7|ref={{sfnRef|Harding, The Royal Navy 1930–2000}}}}
* {{Citar livro|título=The Navy and the Nation: the influence of the Navy on modern Australia|ultimo=Hobbs|primeiro=David|editora=Allen & Unwin|ano=2005|editor-sobrenome=Stevens, David|localização=Corws Nest, NSW|capitulo=HMAS Sydney (III): a symbol of Australia's growing maritime capability|isbn=1-74114-200-8|oclc=67872922|editor-sobrenome2=Reeve, John|ref={{sfnRef|Hobbs, in The Navy and the Nation}}}}
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* {{Citar livro|ultimo=INCAER|ano=2014|título=História Geral da Aeronáutica Brasileira vol. 5: da posse do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira até as vésperas da Reforma Administrativa|url=https://issuu.com/portalfab/docs/hgab-5|local=Rio de Janeiro|editora=Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica|ref={{sfnRef|INCAER, 2014}}}}
* {{Citar livro|título=The Illustrated Guide to Aircraft Carriers of the World|ultimo=Ireland|primeiro=Bernard|editora=Anness Publishing|ano=2008|localização=London|isbn=978-1-84477-747-1|oclc=156616762|anooriginal=2005|ref={{sfnRef|Ireland, Aircraft Carriers of the World}}}}
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* {{Citar livro|url=https://archive.org/details/janesfightingshi0099unse|título=Jane's Fighting Ships, 1996-97|data=Março de 1996|editora=Jane's Information Group|editor-sobrenome=Sharpe|localização=Surrey|isbn=0-7106-1355-5|oclc=34998928|edição=99th|url-access=subscrição|ref={{sfnRef|Sharpe (ed.), Jane's Fighting Ships, 1996–1997}}}}
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* {{Citar periódico|ultimo=Almeida|primeiro=Carlos Wellington Leite|ano=2005|título=Transparência do orçamento de defesa: o caso brasileiro|url=https://www.resdal.org/papers/caso-brasil.pdf|jornal=Papeles de investigación - RESDAL|ref={{sfnRef|Almeida, 2005}}}}
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* {{Citar periódico |título=Holding the Bridge in Troubled Times: The Cold War and the Navies of Europe |data=Abril de 2005 |periódico=The Journal of Strategic Studies |publicado=Routledge |número=2 |ultimo=Till |primeiro=Geoffrey |paginas=309–337 |doi=10.1080/01402390500088379 |issn=0140-2390 |volume=28|ref={{sfnRef|Till, Holding the Bridge in Troubled Times}}}}
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==== Outros ====
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Revisão das 00h40min de 6 de março de 2023

 Nota: Se procura pelo estado brasileiro, veja Minas Gerais.
NAeL Minas Gerais
NAeL Minas Gerais (A-11)
Navio-Aeródromo Ligeiro (NAeL) Minas Gerais.
   Bandeira da marinha que serviu Bandeira da marinha que serviu Bandeira da marinha que serviu
Operador Royal Navy, Royal Australian Navy, Marinha do Brasil.
Fabricante Swan Hunter
Custo US$ 27 000 000,00
Homônimo Estado de Minas Gerais
Lançamento 23 de fevereiro de 1944
Batismo 16 de novembro de 1942 como HMS Vengeance (R71)
Comissionamento 1945 (Reino Unido)
6 de dezembro de 1960 (Brasil)
Descomissionamento 1952 (Reino Unido)
16 de outubro de 2001 (Brasil)
Indicativo visual R-71 (RN e RAN) ; A-11 (MB)
Renomeado HMS/HMAS Vengeance
Estado Vendido para desmanche
Emblema do navio
Características gerais
Classe Classe Colossus modificada
Deslocamento 15 890 t (padrão) e 19 890 t (carregado)
Comprimento 211,25 m
Boca 36,44 m (convoo) ou 24,50 m (casco).
Calado 7,15 m
Velocidade 25 nós (46 km/h)
Autonomia 12 000 milhas náuticas (22 000 km)
Armamento Já na Marinha do Brasil: Antes vinha com 2 canhões Bofors quádruplos e 1 duplo de 40 mm, quando foi modernizado ganhou 3x lançadores duplos de mísseis de defesa de ponto Mistral (sistema SIMBAD).
Sensores Busca aérea: Lockheed SPS-40B; banda E/F
Busca de superfície: Plessey AWS 4; banda E/F
Navegação: Signaal ZW06; banda I
Controle de tiro: 2x SPG-34; banda I/J
CCA: Scanter Mil-Par; banda I
Aeronaves 4 a 8 helicópteros A/S SH-3A/B Sea King, 2 helicópteros de emprego geral UH-12/UH-13 Esquilo, e 3 helicópteros de transporte UH-14 Super Puma.
Tripulação 1000 + 350 do grupo aéreo

O NAeL Minas Gerais (A-11) foi um porta-aviões leve da classe Colossus operado pela Marinha do Brasil de 1960 até 2001. O navio foi estabelecido pela Marinha Real do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial como HMS Vengeance, foi concluído pouco antes do fim da guerra e não entrou em combate. Após passagens como navio de treinamento e navio de pesquisa no Ártico, o porta-aviões foi emprestado à Marinha Real Australiana de 1952 a 1955. Ele foi devolvido aos ingleses, que a venderam para o Brasil em 1956.

O navio passou por uma conversão de quatro anos na Holanda para torná-lo capaz de operar aeronaves mais pesadas. Ele foi comissionado na MB como Minas Gerais em 1960; a primeira embarcação comprada por uma nação latino-americana, e a segunda a entrar em serviço, atrás doARA Independência. Entre 1987 e 1996, o porta-aviões foi incapaz de operar aeronaves de asa fixa por causa de uma catapulta defeituosa, e foi reatribuído como porta-helicópteros e navio de assalto anfíbio.

O Minas Gerais permaneceu em serviço até 2001, quando foi substituído pelo NAe São Paulo. Na época de seu descomissionamento, ele era o porta-aviões operacional mais antigo do mundo e a última unidade operacional do projeto Frota Leve da Segunda Guerra Mundial. Apesar das tentativas de preservar o porta-aviões como um navio-museu, e após várias tentativas fracassadas de leiloar o navio (incluindo uma listagem no eBay), o Minas Gerais foi vendido para sucata em 2004 e levado para Alang, na Índia, para desmantelamento.

Projeto e construção

Ver artigo principal: Classe Colossus (porta-aviões)

As experiências durante a primeira parte da Segunda Guerra Mundial demonstraram aos britânicos que a Marinha Real precisava de acesso à cobertura aérea defensiva para frotas e comboios aliados, que só poderiam ser fornecidos por mais porta-aviões.[1][2] Em meados de 1941, a Diretoria de Construção Naval foi instruída a investigar a melhor forma de conseguir isso sem os longos tempos de construção normalmente associados aos porta-aviões.[1] As opções eram reequipar os cruzadores sobreviventes da classe Hawkins com decks de voo e instalações de aviação, converter navios mercantes adicionais e navios de passageiros em navios semelhantes, mas mais capazes do que os porta-aviões mercantes anteriores, ou criar um novo projeto para um navio barato, levemente armado, sem blindagem semelhante aos porta-aviões de escolta americanos.[1] Em dezembro de 1941, foi decidido que um novo design era a melhor opção.[1]

Este navio foi concebido como um passo intermediário entre os caros porta-aviões de frota e os porta- aviões de escolta com capacidade limitada.[1] O projeto tinha que ser o mais simples possível para que o tempo de construção fosse reduzido ao mínimo e mais estaleiros (principalmente aqueles sem experiência em construção naval) pudessem ser usados.[1][3] No entanto, os navios deveriam ser capazes de operar em ações de frota.[4] Originalmente designados como 'porta-aviões intermediários', os navios foram reclassificados como 'porta-aviões leves'.[5] Como a equipe de design naval estava sobrecarregada, o porta-aviões foi projetado principalmente por construtores navais da Vickers-Armstrong.[2]

O projeto Light Fleet, concluído no início de 1942, era efetivamente um Illustrious.[1][5] Cada porta-aviões deslocaria 13.190 toneladas em carga padrão e 18.040 toneladas em plena carga, com comprimento de 210 metros até a cabine de comando e 212 metros totais, uma boca máxima de 24 metros, e calado de 5,64 metros em deslocamento padrão, e 7,16 metros no deslocamento de carga total.[6] O casco foi construído de acordo com as especificações da Lloyd para navios mercantes da quilha ao convés principal, mas incorporou melhor subdivisão de compartimentos para reduzir danos secundários por inundação.[2][7]

O maquinário de propulsão tinha um design semelhante ao usado nos cruzadores - algumas das turbinas a vapor eram provenientes de cruzadores cancelados.[3] O maquinário foi organizado em dois compartimentos (cada um contendo duas caldeiras de três tubos do Almirantado e uma turbina Parsons), que foram colocados en echelon, com o compartimento de estibordo à frente do porto.[7] Estes forneciam quarenta mil cavalos de potência para dois eixos de hélice, conduzindo os porta-aviões a uma velocidade máxima de 25 nós (46 quilômetros por hora), com quinze nós (28 quilômetros por hora) como a velocidade econômica designada.[7]

Os porta-aviões deveriam ser 'navios de guerra descartáveis': para serem descartados e substituídos no final da guerra ou dentro de três anos após entrarem em serviço.[8] No entanto, todos excederam essa vida útil planejada, com o Minas Gerais (Vengeance) operando de 1945 até 2001.[9]

O porta-aviões foi construído pela Swan Hunter para a Royal Navy (RN) como HMS Vengeance.[10] Ele foi estabelecido em 16 de novembro de 1942 e lançado em 23 de fevereiro de 1944.[10] A construção foi concluída em 15 de janeiro de 1945, e o Vengeance foi comissionado na RN.[10]

Histórico de serviço

Royal Navy

HMS Vengeance visitando Oslo em 1947

Em 11 de março de 1945, o Vengeance deixou o rio Clyde para julgamentos em Malta.[11] Estes foram concluídos em 21 de maio, quando ele foi designado para o 11º Esquadrão de Porta-aviões da Frota Britânica do Pacífico.[11] O porta-aviões navegou para Sydney via Alexandria, Porto Saíde, Triquinimale e Fremantle, chegando em 26 de julho.[11] Enquanto estava em Sydney, oito Oerlikons foram substituídos por oito canhões Bofors de quarenta milímetros; essas armas forneciam melhor proteção contra aeronaves kamikaze japonesas.[12] O Vengeance foi designado para o Grupo de Trabalho 111.2 da Frota Britânica do Pacífico, e deveria ser implantado como parte da força de ataque Truk controlada pelos japoneses, mas não deixou Sydney até o fim da guerra.[11][13] Após o fim da guerra, o Vengeance foi ordenado a Hong Kong e, em 3 de setembro, foi usado como local para a rendição japonesa do território.[13]

Ele permaneceu na área até o final de 1945, quando navegou para a Austrália para uma reforma e depois voltou para Hong Kong.[14] Em abril de 1946, o Vengeance entregou os esquadrões nº 11 e nº 17 da Royal Air Force para Miho, Ibaraki no Japão, onde foram designados como parte da Força de Ocupação da Comunidade Britânica.[15] O Vengeance permaneceu em águas orientais até 20 de julho de 1946, quando partiu para a Inglaterra.[11] O navio chegou a Devonport em 13 de agosto, após visitar Triquinimale, e no final do ano foi transferido como porta-aviões de treinamento baseado na Escócia.[14][11]

O Vengeance visitou Oslo e Trondheim em junho de 1947, com o First Sea Lord Sir John Cunningham a bordo.[11] Durante o início de 1948, o porta-aviões foi anexado ao 3º Esquadrão de Porta-Aviões, parte da Frota Doméstica Britânica.[11] Ele visitou Santa Helena em outubro e navegou com o Esquadrão nas águas sul-africanas até meados de novembro.[11] Em seu retorno ao Reino Unido, o Vengeance foi convertido para as condições do Ártico e, de 5 de fevereiro de 1949 a 8 de março de 1949, operou nas águas do Ártico como parte da Operação Rusty: um cruzeiro experimental para determinar como navios, aeronaves e pessoal funcionavam no frio extremo.[11][16]

Empréstimo à Austrália

Em junho de 1951, após o recebimento do aviso de que o porta-aviões australiano HMAS Melbourne não seria concluído até pelo menos março de 1954, o Comitê de Defesa Australiano recomendou que a Austrália solicitasse à RN o empréstimo de um porta-aviões.[17] A nova data de conclusão prevista para o Melbourne foi 21 meses depois das previsões anteriores, das quais dependia o estabelecimento da aviação naval de dois porta-aviões no RAN.[17] A Marinha buscou um empréstimo de quatro anos de um porta-aviões do final de 1952 ao final de 1956, para cobrir os atrasos com o Melbourne e a atualização planejada do HMAS Sydney, uma vez que o Melbourne estava em serviço.[17] O governo australiano propôs que o porta-aviões emprestado fosse modificado para operar aeronaves Sea Venom e Gannet, de modo que o Melbourne e o porta-aviões emprestado pudessem estar no serviço ativo enquanto Sydney era atualizado, mas retirou a sugestão quando informado pelo Almirantado de que fornecer tal capacidade exigiria a instalação de um novo sistema de cabos pára-raios, o que impediria que a belonave emprestada entrasse em serviço até pelo menos março de 1954, com o valor sendo inteiramente pago pela Austrália.[18] Várias modificações menores foram aprovadas e pagas pela Austrália, incluindo a instalação de acomodações adicionais para a tripulação.[17]

O Vengeance foi o navio selecionado para o empréstimo, e as modificações para o serviço australiano foram concluídas em janeiro de 1952.[19] A fim de fornecer pessoal para o navio emprestado, a RAN teve que colocar o cruzador leve HMAS Hobart na reserva.[17] O empréstimo foi aprovado, com o governo britânico optando por não cobrar da Austrália pelo empréstimo, mas declarando que todos os custos operacionais seriam arcados pela RAN, incluindo o equipamento inicial dos armazéns.[17] Em meados de 1952, o transatlântico Asturias foi fretado pela RAN para transportar uma tripulação comissionada para a Inglaterra.[19]

Royal Australian Navy

O Vengeance foi transferido para a Marinha Real Australiana em 13 de novembro de 1952.[20] Ele foi recomissionado como navio australiano nesta data e recebeu o prefixo HMAS.[14] Partindo de Devonport no final de 1952, o porta-aviões navegou para a Austrália pelo Mediterrâneo e chegou a Fremantle em 26 de fevereiro de 1953.[11] Ele chegou a Sydney em março e foi marcado como totalmente operacional em junho.[21] No final de 1953, o Vengeance foi preparado para uma implantação na Coréia, para apoiar a aplicação do armistício da ONU de julho de 1953.[22] A implantação não foi adiante: o HMAS Sydney foi enviado em seu lugar.[22]

A companhia do navio Vengeance, disposta no convés de voo para recriar a assinatura da Rainha Elizabeth II

De fevereiro a abril de 1954, o Vengeance foi encarregado de escoltar o iate real Gothic pelas águas australianas durante a visita real da rainha Elizabeth II à Austrália.[14] Em 9 de março de 1954, enquanto em Baía de Port Phillip, um baleeiro que transportava trinta marinheiros para o porta-aviões atingiu uma série de ondas estranhas e virou.[23] Dois marinheiros foram mortos.[23] Mergulhadores da Marinha estiveram envolvidos no resgate dos sobreviventes, com um deles ganhando a Medalha do Império Britânico por seus esforços.[24] Em 3 de abril, enquanto escoltava o Gothic para as Ilhas Cocos com os destróieres Bataan e Anzac acompanhando, a companhia do navio Vengeance se reuniu no convés de vôo e se posicionou para formar a assinatura da Rainha.[14][25] Depois de ver uma fotografia aérea disso, Sua Majestade enviou uma mensagem ao porta-aviões, dizendo "Obrigado pela falsificação original."[26] Em 5 de abril, após chegar às Ilhas Cocos, o Vengeance se envolveu em uma colisão com o Bataan enquanto o contratorpedeiro tentava reabastecer com o porta-aviões.[14] A proa do Bataan fez contato com o lado do Venegance, mas o dano foi menor, e os dois navios retornaram a Sydney em maio sem assistência, após visitarem a Ilha de Manus e Rabaul.[14][27]

Em junho de 1954, o Vengeance foi retirado do serviço ativo e reclassificado como o navio de treinamento primário da RAN.[22][28] O navio de treinamento anterior, o cruzador HMAS Australia, foi destinado em meados de 1953 para ser desativado e sucateado, pois modernizá-lo não seria econômico.[29] Ao mesmo tempo, a RAN explorava caminhos para reduzir os custos operacionais: a redução da aviação naval de dois porta-aviões para um proporcionaria economias significativas.[30] A remoção do Vengeance do serviço ativo, combinada com a necessidade de encontrar um navio de treinamento substituto para o Australia que fosse grande o suficiente para acomodar o grande número de estagiários do Serviço Nacional, colocou o porta-aviões na função de treinamento.[31] Em 31 de agosto, o Vengeance acompanhou o Austrália durante sua última viagem antes do descomissionamento.[32] O navio partiu para o Japão no final de outubro; sua primeira partida das águas australianas durante o serviço RAN.[11] O Vengeance voltou para a Austrália em novembro, após embarcar o Esquadrão N.º 77 da RAAF.[33]

Em maio de 1955, o Sydney assumiu as funções de porta-aviões de treinamento do Vengeance, bem como sua própria nau capitânia e funções de operação, enquanto o último porta-aviões estava preparado para o retorno à Inglaterra.[34] O Vengeance partiu para o Reino Unido em junho, parando em Cingapura para coletar um esquadrão de helicópteros da RN.[34] Chegando em 13 de agosto, sua tripulação preparou o porta-aviões para reserva e o Vengeance foi desativado em 25 de outubro.[12][14] O pessoal foi usado como a primeira companhia de navios do Melbourne, que foi comissionado em 28 de outubro de 1955.[14]

Venda ao Brasil e modernização

Durante a preparação para a eleição presidencial de 1955, Juscelino Kubitschek de Oliveira, governador do estado de Minas Gerais, prometeu aos almirantes brasileiros a aquisição de um porta-aviões.[35] A Marinha do Brasil procurava um porta-aviões desde pelo menos 1953, quando discutiu com o adido naval britânico no Rio de Janeiro a compra do HMS Hercules [en]; no ano seguinte, o ministro da Guerra Renato de Almeida Guillobel buscou, sem sucesso, obter um porta-aviões, dois submarinos e quatro contratorpedeiros com os Estados Unidos. A função do porta-aviões na doutrina militar brasileira seria, juntamente com vários contratorpedeiros, formar um Grupo de Caça e Destruição para a guerra antissubmarino. No contexto da Guerra Fria e do alinhamento aos Estados Unidos, o oponente hipotético seria a Marinha da União Soviética, que tentaria cortar as linhas de comércio marítimo brasileiras. A própria Marinha dos Estados Unidos poderia conduzir a guerra antissubmarino no Atlântico Sul, mas a Marinha do Brasil tinha um motivo adicional: recriar sua Aviação Naval, que havia sido extinta em 1941 e incorporada à Força Aérea Brasileira (FAB).[36]

A necessidade de um porta-aviões era um consenso entre os marinheiros, mas não entre os aviadores. A FAB só passou a apoiar a compra quando ela já parecia inevitável.[37] A Marinha comprou o Vengeance por nove milhões de dólares em 14 de dezembro de 1956.[10] Os recursos vieram do Fundo Naval, e assim, dependiam unicamente da autorização do presidente e não do Congresso Nacional, onde a compra poderia ser obstruída pela disputa político-partidária, ou do Estado-Maior das Forças Armadas, onde poderia haver disputa corporativa.[38] Juscelino Kubitschek afirmou posteriormente que a promessa era para evitar uma rebelião naval durante sua posse no início de 1956, apesar de sua crença na "inutilidade militar" do navio de guerra de segunda mão.[35] A necessidade de apaziguar a Marinha e a FAB continuou após a posse do presidente.[39]

Minas Gerais em modernização na Holanda em 1960

De meados de 1957 até dezembro de 1960, o porta-aviões passou por uma grande reforma e reconstrução na Holanda.[10] A obra foi realizada pela Verolme Dock, em Rotterdam, e custou 27 milhões de dólares.[10] A mudança mais visível foi a instalação de uma cabine de comando em ângulo de 8,5 graus.[40] O tamanho do ângulo exigia que um acesso fosse construído em torno do lado estibordo da superestrutura da ilha; atuando como um contrapeso para a saliência de bombordo da cabine de comando.[40] Combinado com a instalação de uma catapulta a vapor mais potente, mecanismo de parada mais forte, elevadores de hangar reforçados e um auxiliar de pouso espelhado, essas modificações permitiram a operação de aeronaves a jato de até 9 100 toneladas.[40][41] A superestrutura de ilha do porta-aviões foi substituída e um mastro treliçado foi instalado para suportar o novo sistema de controle de tiro e conjunto de radar.[10][40] A capacidade da caldeira do navio foi aumentada e a eletricidade interna foi convertida em CA por meio da instalação de quatro turbogeradores e um gerador a diesel.[10]

A compra do porta-aviões foi polêmica em várias esferas da sociedade.[42] O navio era tachado de sucata, sem levar em conta a longa extensão à sua vida útil proporcionada pela restauração.[43] O deputado federal Paulo Mincarone publicou em 1959 o livro “Escândalo do Minas Gerais”, no qual acusou a Marinha de falta de transparência financeira, gastando de forma espúria muito mais do que o custo singular dava a entender. O jornalista David Nasser, favorável ao presidente, criticou a compra para atacar os almirantes que haviam dificultado a posse. Ele considerou os gastos um desperdício e comparou-os negativamente ao investimento na construção de Brasília. Do ponto de vista da Marinha, esses opositores formavam o “Clube dos Inimigos do Navio Aeródromo”, presente nos sindicatos de aeronautas e aeroviários, na imprensa e nas Forças Armadas.[44]

O porta-aviões foi comissionado na Marinha como NAeL Minas Gerais em 6 de dezembro de 1960.[10] Esse nome e São Paulo, ambos estados poderosos na história política brasileira, já haviam sido escolhidos décadas antes para os encouraçados da classe Minas Gerais, os mais poderosos da Esquadra, e portanto foram utilizados novamente para os porta-aviões. Houve um debate sobre o nome do navio,[45] e Minas Gerais prevaleceu por ser homenagem ao estado natal de Kubitschek. O navio partiu de Roterdão para o Rio de Janeiro em 13 de janeiro de 1961.[10] A Marinha retardou a viagem para que a chegada só ocorresse logo após o final do mandato de Juscelino Kubitschek, no dia 31 de janeiro.[46]

A duração da reforma significou que, embora o porta-aviões tenha sido o primeiro comprado por uma nação latino-americana, ele foi o segundo a entrar em serviço, depois que outro porta-aviões da classe Colossus entrou em serviço na Marinha Argentina como ARA Independencia em julho de 1959.[47] A compra quase simultânea dos dois navios semelhantes estava de acordo com a política dos Estados Unidos de equilíbrio de poder naval na América do Sul.[48] Por outro lado, a origem britânica do navio reduzia a dependência de materiais americanos na Marinha do Brasil.[49] Graças à função antissubmarino do Minas Gerais, ele não foi visto nos Estados Unidos como uma ameaça brasileira de buscar hegemonia regional.[50]

Armas e sistemas

O Minas Gerais prestes a lançar um S-2 Tracker

Durante a modernização do navio para se tornar Minas Gerais, seu armamento foi alterado para consistir em dez canhões antiaéreos Bofors de quarenta milímetros (duas montagens quádruplas e uma montagem dupla) e dois canhões de continência de 47 milímetros.[51] Em 1994, os Bofors foram removidos e substituídos por dois lançadores terra-ar gêmeos para mísseis Mistral.[51] Se fosse necessário armamento adicional, o Bofors poderia ser reinstalado.[51] Em 1996, o Minas Gerais estava equipado com os seguintes radares: um Lockheed SPS-40B para busca aérea, um Plessey AWS 4 para busca de superfície, um Signaal ZW06 para navegação, dois SPG-34 para controle de tiro e um Scanter Mil-Par para Abordagem controlada por transportadora.[51] Os dois radares de busca operavam nas bandas de frequência da OTAN designadas E e F, os radares de navegação e CCA operavam na banda I da OTAN e os radares de controle de tiro nas bandas I e J.[51]

Logo após a compra do porta-aviões, a FAB criou o 1.º Grupo de Aviação Embarcada (GAE) para as operações aeronavais. A princípio o 1.º GAE foi planejado com um esquadrão de aviões de patrulha antissubmarino e outro de aviões de caça, que poderiam ser usados contra a Argentina. Quando a Marinha explicitou a finalidade antissubmarino do porta-aviões, os caças planejados foram substituídos por um esquadrão de helicópteros antissubmarino. As aeronaves, treze aviões S2F-1 Tracker (P16, na FAB) e seis helicópteros HSS-1N (SH-34J, na FAB), foram compradas como parte do Acordo de Fernando de Noronha, firmado entre o Brasil e os Estados Unidos em 1957, em compensação à instalação de uma estação rastreadora de satélites na ilha. A Marinha dos Estados Unidos treinou o pessoal dos esquadrões na equipagem e manutenção, e as aeronaves chegaram em janeiro de 1961,[52][53] recebendo o apelido de “Esquadrão Cardeal”.[54]

A Marinha não permitia que o 1.º GAE servisse embarcado, pois pretendia operar sua própria aviação.[52] O Minas Gerais chegou ao Brasil com três aviões Grumman TBF Avenger (usados para treinar manobras no convoo, e não voar), três helicópteros Westland Whirlwind S-55 Srs.1 e seis Bell HTL-5 (modelo 47D) desmontados.[54] Seis aviões North American T-28 Trojan foram recebidos em 1963.[55] A FAB não reconhecia a Aviação Naval, e suas relações com a Marinha continuavam a deteriorar.[56] A disputa pelo direito a ter aeronaves no Minas Gerais, conhecida como o “problema da aviação embarcada”,[42] levou ao auge das tensões Marinha-Aeronáutica no final de 1964. Em 1965 o presidente Castelo Branco permitiu a operação de helicópteros pela Marinha, mas reservou à FAB o direito de ter aviões.[56] Assim, o Minas Gerais embarcava dois grupos aéreos: helicópteros da Marinha e aviões da FAB.[57]

Helicópteros Sea King no convés em 1996

O primeiro pouso de um P-16 do 1.º GAE no convés do Minas Gerais foi em 22 de junho de 1965, e a partir de então as operações embarcadas da FAB foram constantes. A partir de 1975 ele recebeu o modelo mais moderno P-16E.[58] Os seis Sikorsky Seabat da FAB foram cedidos à Aviação Naval e incorporados ao 1.º Esquadrão de Helicópteros Antissubmarino,[59] servindo até sua substituição total pelo Sikorsky SH-3 Sea King em 1975. O 1.º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral recebeu até 1970 os modelos Westland UH-2 Wasp, UH-5 Whirlwind Series 2 e Fairchild-Hiller UH-4 (FH-1100), e após 1979, o Eurocopter Ecureuil.[60]

Em meados da década de 1990, o grupo aéreo do porta-aviões consistia em seis S-2E Trackers, quatro a seis ASH-3D Sea Kings, dois AS-355 Ecureuils e três A-332 Super Pumas. Em 1999, a MB adquiriu vinte A-4KU Skyhawks e três aeronaves de treinamento TA-4KU da Força Aérea do Kuwait por setenta milhões de dólares.[61] O Minas Gerais começou a operar essas aeronaves no final de 2000.[62] O Minas Gerais podia lançar os Skyhawks com segurança, mas a velocidade limitada do navio dificultaria o pouso em condições de calmaria. Na prática, o porta-aviões teria que permanecer próximo ao litoral para operar os Skyhawks.[63]

Carreira no Brasil

Minas Gerais com o contratorpedeiro Mariz e Barros em 1996

Em 1961, durante a Campanha da Legalidade, o Minas Gerais liderou uma força-tarefa ao litoral de Santa Catarina como parte da “Operação Anel”, que deveria apoiar o desembarque de fuzileiros navais para operações reais contra o III Exército. Devido à disputa com a FAB, o navio partiu sem o complemento de aviões.[64] O Minas Gerais não esteve presente nas operações navais durante a “Guerra da Lagosta”, ocasionando críticas à Marinha por parte dos apoiadores da FAB na questão da aviação embarcada. Militarmente, um porta-aviões não teria sido necessário, pois o foco dos eventos foi perto do litoral, ao alcance da aviação baseada em terra, e era improvável que se enfrentassem submarinos.[65]

De 1965 em diante, o Minas Gerais tornou-se o único porta-aviões ativo do mundo com um arranjo misto (força aérea e marinha) de aeronaves.[66] Enquanto estivesse no mar, o 1.º GAE subordinava-se ao comandante do navio.[67] Em 1982, um estudo oficial do Departamento do Exército dos Estados Unidos [en] classificou essa divisão de responsabilidades como anômala, citando opiniões de críticos de que poderia criar problemas de comando e controle.[68] Ainda assim, a tripulação mista demonstrou entrosamento nas operações. O único problema persistente foi o relacionamento entre sargentos da FAB e marinheiros subalternos e de 1.ª classe. O pessoal técnico da FAB era quase todo de sargentos, criando dificuldades nos setores de alojamento e rancho.[66]

De 1965 em diante, o Minas Gerais e a Aviação Naval participaram com frequência dos exercícios militares internacionais Unitas.[69] Na Unitas XXI, em 1980, um P-16 detectou com boias passivas um submarino soviético, “visitante não convidado” aos exercícios.[70][71] Em suas três décadas de operação, o 1.º GAE realizou 16.746 pousos enganchados, dos quais 3,3% foram “bolters” (pousos abortados). Houve apenas uma fatalidade.[72]

De 1976 a 1981, o navio passou por uma grande reforma.[41] O trabalho incluiu a instalação de um datalink para melhorar a cooperação com a classe Niterói, atualizações do conjunto de radares e outros trabalhos para estender a expectativa de vida do porta-aviões até a década de 1990.[41] Em 1988, problemas de motor, combinados com a incapacidade da Argentina de financiar uma necessária modernização do ARA Veinticinco de Mayo, viu o porta-aviões da classe Colossus confinado ao porto, tornando o Minas Gerais o único porta-aviões ativo na região sul-americana.[57] Em dezembro de 1987, o próprio ficou paralisado após participar da Operação Dragão XXIII por problemas na catapulta.[73] Embora incapaz de operar como porta-aviões, o navio foi usado nos anos seguintes em exercícios de treinamento como um navio de assalto anfíbio; usando um grupo aéreo de helicópteros Eurocopter AS532 Cougar e Eurocopter AS350 Squirrel para transportar fuzileiros navais em terra.[74]

O Minas Gerais passou por uma reforma de modernização de julho de 1991 a outubro de 1993. Isso incluiu a revisão das caldeiras e motores, integração de um sistema de comando SICONTA, dois novos radares de navegação e radar de pouso Scanter-MIL foram instalados e preparação para a instalação de lançadores Simbad para mísseis terra-ar Mistral.[75] Os próprios lançadores foram instalados em 1994, com os dez Bofors removidos ao mesmo tempo. Os Bofors podiam ser reinstalados para complementar o armamento da belonave, se necessário. Em novembro de 1993, o porta-aviões realizou um exercício conjunto com a Marinha Argentina, onde pilotos argentinos pilotando aeronaves Dassault-Breguet Super Étendard realizaram 177 pousos touch-and-go, a fim de manter suas qualificações de pouso do porta-aviões enquanto o Veinticinco de Mayo estava fora de serviço.[75]

Durante 1995 e 1996, a capacidade de operar aeronaves de asa fixa foi restaurada no Minas Gerais depois que a catapulta do Veinticinco de Mayo desativado foi adquirida e instalada.[76] Em 1997, o Minas Gerais recebeu uma fuselagem A-4Q emprestada pela Aviación Naval Argentina para manobras de convés e testes de interface.[77] Isso ocorreu antes da aquisição em 1999 dos vinte A-4KU Skyhawks e três aeronaves de treinamento TA-4KU da Força Aérea do Kuwait.[61] Esta foi a primeira vez, desde o comissionamento do porta-aviões, que a Força Aeronaval da Marinha foi autorizada a possuir e operar aeronaves de asa fixa.[61] As 23 aeronaves foram formadas como o Primeiro Esquadrão de Interceptação e Ataque, todas entraram em serviço no início de 2000 e começaram as operações de porta-aviões no final de outubro desse mesmo ano.[61][78] Para operar os novos caças, o Minas Gerais passou por uma grande reforma no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.[61] O principal objetivo dessa reforma era atualizar a catapulta para lançar Skyhawks.[61]

Substituição e descomissionamento

A substituição do Minas Gerais foi sugerida pela primeira vez no início dos anos 1980, como parte do programa de expansão naval de quinze anos.[79] Foram propostos dois designs de transportadores diferentes.[79] O primeiro foi para um navio de quarenta mil toneladas equipado com até quarenta aeronaves, incluindo caças navais.[61][79] Para complementar esta proposta, foi apresentado um plano para expandir o braço aéreo da frota brasileira, adquirindo A-4 Skyhawks usados do Kuwait ou Israel.[80] Para que isso acontecesse, a decisão de 1965 que impedia a MB de operar aeronaves de asa fixa teve que ser revogada; decisão contrariada pela FAB.[79] Dentro da própria Marinha, o retorno das asas fixas quebraria o paradigma da guerra antissubmarino. Aeronaves de ataque e interceptação proporcionariam projeção de poder e defesa aérea à esquadra, uma necessidade observada na Guerra das Malvinas em 1982.[81]

Para fazer a compra valer a pena, o Minas Gerais teria que operar a aeronave até que o porta-aviões substituto entrasse em serviço, o que, por sua vez, exigia a instalação de uma catapulta a vapor modificada e um mecanismo de parada.[80] Como o navio havia acabado de sair de uma reforma de modernização, essa era uma proposta cara, e o plano de aquisição do Skyhawk foi cancelado em outubro de 1984.[80] O plano Skyhawk foi revisitado com sucesso no final de 1990. A segunda proposta era para um porta-helicópteros de 25 mil toneladas construído de acordo com os padrões comerciais.[61][79] Interpretações posteriores desta proposta sugeriram um navio semelhante ao HMS Ocean da Royal Navy.[61]

A substituição do Minas Gerais estava sendo seriamente considerada em 1999; apesar de inúmeras reformas e atualizações que prolongaram a vida útil, a MB previu que o porta-aviões precisaria ser substituído antes de 2010.[61] Além das duas propostas, foi considerada a aquisição de um porta-aviões usado, como o Foch da Marinha Francesa.[61] Uma das principais questões ao considerar a substituição foi o investimento significativo da MB em aviação de asa fixa no final dos anos 1990; um porta-aviões capaz de operar os recém-adquiridos Skyhawks seria mais caro para adquirir e operar do que um STOVL ou porta-helicópteros, mas os conceitos mais baratos exigiriam a reformulação da aviação naval brasileira.[61] No final, o Foch foi adquirido, rebatizado de NAe São Paulo e programado para entrar na Marinha do Brasil em abril de 2001.[78] Ele foi rebaixado como navio de apoio a helicópteros em 2001, antes de seu descomissionamento.[76]

O Minas Gerais foi desativado em 16 de outubro de 2001: o penúltimo porta-aviões leve da era da Segunda Guerra Mundial a deixar o serviço, sendo o outro o INS Viraat comissionado em 1959 (antigo HMS Hermes) que foi encomendado durante a guerra, mas não concluído e foi o porta-aviões mais antigo ainda em serviço no mundo até ser desativado em 2017.[8][82] Na época de seu descomissionamento, ele era o segundo porta-aviões ativo mais antigo do mundo (um título passado para o USS Kitty Hawk, comissionado em 1961). Também participou da cerimônia de descomissionamento o almirante Hélio Leôncio Martins, de 87 anos, que foi o primeiro comandante do porta-aviões. Havia também tripulantes que haviam servido no Minas Gerais em diferentes épocas.[76] O porta-aviões foi colocado à venda em 2002 e foi procurado por associações navais britânicas para ser devolvido ao Reino Unido e preservado como um navio-museu, embora não tenham conseguido levantar o dinheiro necessário.[83][84] Pouco antes do Natal de 2003, o porta-aviões foi colocado à venda no site de leilões eBay por um usuário que afirmava ser um corretor de navios representando o proprietário.[85] Os lances chegaram a quatro milhões de libras esterlinas antes de o leilão ser removido do site sob as regras que impediam a venda de munições militares.[85] Um leilão no Rio de Janeiro em fevereiro de 2004 também não conseguiu vender o navio.[84] Em algum momento entre fevereiro e julho de 2004, o porta-aviões foi rebocado para os estaleiros de demolição naval em Alang, na Índia, para desmantelamento.[84]

Ver também

Notas

  1. a b c d e f g Robbins, 2001, p. 91.
  2. a b c Ireland, Aircraft Carriers of the World, p. 172.
  3. a b Harding, The Royal Navy 1930–2000, pp. 79–80.
  4. Preston, Aircraft Carriers, p. 142.
  5. a b Konstam, British Aircraft Carriers 1939–45, p. 24.
  6. Fontenoy, Aircraft Carriers, p. 266.
  7. a b c Blackman (ed.), Jane's Fighting Ships (1968–69), p. 313.
  8. a b Hobbs, in The Navy and the Nation, p. 217.
  9. Harding, The Royal Navy 1930–2000, p. 79.
  10. a b c d e f g h i j Blackman (ed.), Jane's Fighting Ships (1968–69), p. 23.
  11. a b c d e f g h i j k l Cassells, The Capital Ships, p. 181.
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  13. a b Western Morning News, Pivotal Role in Britain's Naval History, p. 17.
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  15. Thomas & Davey, Griffon Spitfire Aces, p. 83.
  16. Till, Holding the Bridge in Troubled Times, p. 317.
  17. a b c d e f Donohue, From Empire Defence to the Long Haul, p. 94.
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  20. Gillett, Warships of Australia, pp. 131–2.
  21. ANAM, Flying Stations, p. 111.
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  28. Gillett, Warships of Australia, p. 132.
  29. Donohue, From Empire Defence to the Long Haul, p. 134.
  30. Donohue, From Empire Defence to the Long Haul, pp. 133–142.
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Bibliografia

Livros

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Outros

Ligações externas

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