Ayyavazhi

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O lótus com a chama, símbolo sagrado do Ayyavazhi.

O Ayyavazhi (tâmil: அய்யாவழி: "Caminho do pai") é uma religião dármica henoteísta que se originou no sul da Índia no século XIX, em um movimento de oposição ao feudalismo da região.[1] É considerada uma religião independente do Hinduísmo. Nos censos indianos, porém, a maioria dos seus seguidores declara-se como hindus. Portanto, o Ayyavazhi também é considerada uma seita hindu.

O Ayyavazhi é centrado na vida e preceitos de Ayya Vaikundar; suas ideias e se baseiam na filosofia dos textos sagrados Akilattirattu Ammanai e Sera Nool. Assim, Vaikundar Manu foi o avatar de Narayana. Ayyavazhi compartilha muitas ideias com o Hinduísmo em sua mitologia e práticas, mas varia consideravelmente em seus conceitos de bem e do mal e sobre o Dharma. O Ayyavazhi é classificado como uma religião dramica, devido ao seu foco central sobre o dharma.

Embora o adeptos do Ayyavazhi estejam espalhados por toda a Índia, a maioria deles se concentram principalmente no Sul da Índia,[2] concentram-se especialmente em Tâmil Nadu[3] e Querala. O número de praticantes é estimado entre 700.000 e 8.000.000, embora o número exato é desconhecido, uma vez que os seguidores do Ayyavazhi sejam relatados como hindus nos censos.[4]

Principais crenças[editar | editar código-fonte]

Os seguidores do Ayyavazhi acreditam na reencarnação e no Darma Yukam, a oitava e última encarnação de Vaikundar, em que ele irá governar o mundo. Esta religião condena o sistema hindu de castas.
O Ayyavazhi utiliza um símbolo não antropomórfico como um ponto de devoção e meditação. Este símbolo, o Elunetru, é identificado como uma sede de Deus, mais do que como o próprio Deus. O mesmo é válido para o Elunetru sob a sua designação alternativa, Asanam, que significa "lugar". Por detrás desta Asanam, é instalado um espelho para reflectir o adorador, para ilustrar o princípio de que "Deus está dentro de você", sugerindo uma ideia sobre Deus semelhante a da teologia hindu. O Ayyavazhi subscreve também 'Só um é Deus e assim é para sempre."
Assim, os seguidores da Ayyavazhi afirmam que Brahma, Vishnu e Shiva são simplesmente aspectos diferentes do mesmo Deus. A principal diferença entre o Ayyavazhi e os demais hindus é que o primeiro reconhece um Diabo, chamado de Kroni, e que é a personificação do mal primordial, que manifesta em diversas formas, tais como Ravana e Duryodhana em diferentes idades ou yugas.
Kali, como o espírito de Kroni em Kali Yuga, é onipresente nesta idade. Esta é uma razão pela qual os seguidores de Ayyavazhi, tal como outros hindus, acreditamos que a actual Kali Yuga está decadente. No Ayyavazhi, Kali Yuga (um mundo mundano separado espiritualmente), dará origem a um mundo espiritual conhecido como Dharma Yukam. A caridade é um dos princípios primordiais, e Anna Dharmam (oferendas de alimentos) são feitas, pelo menos, uma vez por mês em centros Ayyavazhi de culto.

Referências

  1. Ponnu 2000, p. 86.
  2. Ponnu 2000, p. 100.
  3. Dina Thanthi (em tâmil). Nagercoil. 4 de março de 2007. p. 23  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  4. Ponnu 2000, p. 98.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ponnu, R. (2000). Sri Vaikunda Swamigal and Struggle for Social Equality in South India. Madurai: Ram Publishers 
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