Badoo

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Badoo
Badoo2.png
Slogan Rede social para conhecer novas pessoas
Gênero Rede social
Cadastro público
País de origem  Reino Unido
Idioma(s) inglês, português, espanhol, alemão, francês, grego, italiano, russo, sueco, eslovaco, tcheco, indonésio, turco, húngaro, hebraico, finlandês.
Lançamento novembro de 2006[1]
Endereço eletrônico badoo.com

O Badoo é uma rede social fundada em 2006 pelo empreendedor russo Andrey Andreev.[2] Com empresa registrada no Chipre, a plataforma é administrada a partir de sua sede em Londres, na região do Soho.[3] Em setembro de 2011, o semanário The Economist publicou um artigo explicando como o Badoo tornou-se “uma das principais empresas de internet da Europa”, descobrindo um novo e vasto mercado.[4]

A plataforma opera em 180 países e é mais ativa na América Latina, Espanha, Itália e França. Em julho de 2011, o Badoo ficou na 59.ª posição entre os mais visitados do mundo, com 46 milhões de visitantes únicos por mês, à frente da CNN.com, que ocupa a 60.ª posição. O Badoo continua a crescer, registrando 150 mil novos cadastros por dia.[5]

História[editar | editar código-fonte]

O Badoo é uma rede social voltada para conhecer pessoas e expandir o círculo de amizades, tal como o myYearbook. O website foi fundado pelo empreendedor Andrey Andreev e começou a funcionar em novembro de 2006, a partir de sua sede em Londres. Em janeiro de 2008, a investidora russa Finam Capital injetou 30 milhões de dólares por uma participação de 10% na empresa.[6] Este investimento foi utilizado para o desenvolvimento do Badoo na Rússia, onde o mercado de redes sociais começa a crescer. Desde 2009, a Finam Capital possui uma participação de 20% no Badoo.

Em abril de 2012, o site registrou mais de 140 milhões de usuários cadastrados. De acordo com informações publicadas no website, o Badoo emprega mais de 200 funcionários internacionalmente.

Em abril de 2011, o Facebook mobilizou uma auditoria contra a empresa e ameaçou remover o aplicativo do Badoo de sua plataforma, caso não fossem feitas mudanças para torná-lo menos viral. De acordo com o site Insidefacebook.com, na segunda semana de janeiro de 2011 o Badoo ocupou a 17.ª posição no ranking na lista dos aplicativos mais utilizados no Facebook. O lançamento oficial do Badoo nos Estados Unidos aconteceu em 23 de março de 2012, em um campanha protagonizada por Nick Cannon apresentando o serviço naquele país.

Cobertura da mídia[editar | editar código-fonte]

Em 2008, o blog PDA do jornal britânico The Guardian publicou um perfil do Badoo.[7] De acordo com o TopTenReviews o Badoo “é um site que reúne serviço de troca de mensagens, relacionamentos e publicação de fotografias com o formato de uma rede social”. O site indicou ainda que o Badoo não oferece qualquer tipo de comunidade para facilitar o encontro de usuários com afinidades.[8] Em abril de 2011, o site foi censurado nos Emirados Árabes Unidos. Em janeiro de 2010, o acesso ao Badoo foi bloqueado no Irã pelo governo iraniano.[9] Web of trust, uma ferramenta de avaliação da reputação de websites apontou o Badoo como confiável, mas com risco de spam e phishing.[10] O jornal finlandês Iltalehti declarou que o site cria perfis sem o consentimento de diversos indivíduos.[11] Estas denúncias foram encaminhadas à polícia federal. O mesmo artigo afirmava que fotografias mostrando mulheres no hospital, após o parto, aumentaram as suspeitas sobre a criação não autorizada de perfis, questionando a veiculação deste tipo de imagens em um site de relacionamentos. O jornal também afirmava que o Badoo utiliza diversos aplicativos do Facebook para coletar automaticamente informações pessoais dos usuários desta rede. Em fevereiro de 2012, o site mandou uma representante ao Brasil para palestrar em um evento de mídias sociais e esse fato gerou uma vasta cobertura da mídia do país. Na edição de maio de 2012 da revista IstoÉ foi publicada uma entrevista com o fundador do site Andrey Andreev.[12]

Código aberto[editar | editar código-fonte]

O Badoo lançou diversos pedaços de software utilizando uma licença de código aberto (em inglês, open source), incluindo vários aprimoramentos na linguagem de script PHP, o servidor de estatísticas em tempo real Pinba e o software de template engine Blitz. Michael Kane, diretor jurídico do Badoo declarou que “nos próximos 6 ou 12 meses as mudanças no gerenciamento de cookies terão um grande impacto para o Badoo, assim como as configurações que permitem serviços de Geolocalização. O Facebook lançou o recurso check-in, que permite apreender padrões comportamentais, mas nós estamos mais preocupados com a segurança de nossos usuários”.[13]

Modelo de negócios[editar | editar código-fonte]

O Badoo opera a partir de um modelo comercial conhecido como freemium, e gera receita através de serviços especiais que permitem aos usuários promoverem seus perfis no site por um período específico. No final de 2007, cerca de 20% dos usuários do Badoo — à época este número equivalia a 22 milhões de pessoas — utilizavam estes serviços premium ao menos uma vez por mês. Lloyd Price, Diretor de marketing do Badoo comentou: “Esperamos alcançar 140 milhões de usuários até o final de 2011, continuar gerando mais de $100 milhões por ano com a utilização direta dos nossos serviços e continuar crescendo no mundo todo”.[14]

Referências

  1. «Badoo FAQ». Badoo. Consultado em 29 de junho de 2019. Arquivado do original em 7 de janeiro de 2015 
  2. «Rede social inglesa Badoo aposta no Brasil em 2008». Folha Online. Folha de S.Paulo. Consultado em 25 de junho de 2013 
  3. «Site Badoo vem ao Brasil pela primeira vez». Badoo. UOL - Notícias. 10 de fevereiro de 2012. Consultado em 25 de junho de 2013 
  4. «A nightclub on your smartphone» (em inglês). The Economist. 19 de setembro de 2011. Consultado em 25 de junho de 2013 
  5. «Badoo BR relacionamentos». Interneteiro. 13 de fevereiro de 2012. Consultado em 9 de abril de 2012 
  6. «Project Portfolio - Badoo». Finam Capital. Consultado em 9 de abril de 2012. Arquivado do original em 8 de junho de 2012 
  7. Kiss, Jemima (5 de março de 2008). «Elevator Pitch: Por que o Badoo quer ser a próxima palavra em rede social! (em inglês)». London: Guardian. Consultado em 31 de agosto de 2010 
  8. «Análise das redes sociais – Badoo (em inglês)». TopTenREVIEWS. 2009. Consultado em 29 de agosto de 2009. Arquivado do original em 11 de julho de 2016 
  9. Butcher, Mike (5 de janeiro de 2010). «Rede social Badoo é bloqueada no Irã». Geek. Consultado em 6 de janeiro de 2010. Arquivado do original em 25 de novembro de 2015 
  10. «WOT Reputation Scorecard». Web of Trust (em inglês). Consultado em 25 de janeiro de 2011 
  11. «Treffipalvelu varastaa profiilitiedot: Varo tätä sovellusta Facebookissa» (em Finnish). Iltalehti. 21 de janeiro de 2011. Consultado em 25 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 5 de dezembro de 2017 
  12. «O rei da paquera na rede – Badoo (em português)». Isto É Dinheiro. 2012. Consultado em 20 de setembro de 2012. Arquivado do original em 5 de setembro de 2013 
  13. «Social worker: Michelle Kennedy, Badoo (em inglês)». The Lawyer. 12 de setembro de 2011. Consultado em 4 de outubro de 2011. Cópia arquivada em 23 de julho de 2016 
  14. «Badoo, Not Just For Teens Who Want To Hook Up, Hits 122 Million Users (em inglês)». BusinessInsider. 25 de julho de 2011. Consultado em 19 de outubro de 2011 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]