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Cultura do Rio Grande do Sul: diferenças entre revisões

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O natural do Rio Grande do Sul é chamado de rio-grandense ou [[gaúcho]].
O natural do Rio Grande do Sul é chamado de rio-grandense ou [[gaúcho]].

EU ADORO TOMAR CHIMARRÃO E FICAR CHAPADÃO !!
TEU TIO !!



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Revisão das 13h32min de 28 de outubro de 2013

O natural do Rio Grande do Sul é chamado de rio-grandense ou gaúcho.

EU ADORO TOMAR CHIMARRÃO E FICAR CHAPADÃO !! TEU TIO !!


O mate.
Sou gaúcho forte, campeando vivo
Livre das iras da ambição funesta;
Tenho por teto do meu rancho a palha,
Por leito o pala, ao dormir a sesta.
Monto a cavalo, na garupa a mala,
Facão na cinta, lá vou eu mui concho;
E nas carreiras, quem me faz mau jogo?
Quem, atrevido, me pisou no poncho?
João Simões Lopes Neto

O Rio Grande do Sul apresenta uma rica diversidade cultural. De uma forma Resumida , pode concluir que a cultura do estado tem duas vertentes: a gaúcha propriamente dita, com raízes nos antigos gaúchos que habitavam o pampa; a outra vertente é a cultura trazida pela colonização europeia, efetuada por colonos portugueses, espanhóis e imigrantes alemães e italianos.

A primeira é marcada pela vida no campo e pela criação de gado. A cultura gaúcha é comum à Argentina e o Uruguai. Os gaúchos viviam em uma sociedade nômade, baseada na pecuária. Mais tarde, com o estabelecimento das fazendas de gado, eles acabaram por se estabelecer em grandes estâncias espalhadas pelos pampas. O gaúcho era mestiço de índio, português e espanhol, e a sua cultura foi bastante influenciada pela cultura dos índios guaranis, charruas e pelos colonos hispânicos.

No século XIX, o Rio Grande do Sul começou a ser colonizado por imigrantes europeus. Os alemães começaram a se estabelecer ao longo do rio dos Sinos, a partir de 1824. Ali estabeleceram uma sociedade baseada na agricultura e na criação familiar, bem distinta dos grandes latifundiários gaúchos que habitavam os pampas. Até 1850, os alemães ganhavam facilmente as terras e se tornavam pequenos proprietários, porém, após essa data, a distribuição de terras no Brasil tornou-se mais restrita, impedindo a colonização de ser efetuada nas proximidades do Vale dos Sinos. A partir de então, os colonos alemães passaram a se expandir, buscando novas terras em lugares mais longes e levando a cultura da Alemanha para diversas regiões do Rio Grande do Sul.

A colonização alemã se expandiu nas terras baixas, parando nas encostas das serras. Quem colonizou as serras do Rio Grande do Sul foram outra etnia: os italianos. Imigrantes vindos da Itália começaram a se estabelecer nas Serras Gaúchas a partir de 1875. A oferta de terras era mais restrita, pois a maior parte já estava ocupada pelos gaúchos ou por colonos alemães. Os italianos trouxeram seus hábitos e introduziram na região a vinicultura, ainda hoje a base da economia de diversos municípios gaúchos.


Acervo arquitetônico

O estado possui rico acervo arquitetônico e dispõe de inúmeros monumentos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), entre os quais se destacam a igreja de São Sebastião, em Bagé, construída em 1863 e onde repousam os restos mortais de Gaspar da Silveira Martins; o forte inacabado de Dom Pedro II, em Caçapava do Sul; o palácio do governo farroupilha (hoje Museu Farroupilha), o quartel-general farroupilha e a casa de Giuseppe Garibaldi, em Piratini; a Catedral de São Pedro, em Rio Grande; as ruínas do Povo e da igreja de São Miguel, em Santo Ângelo; os casarões, a Catedral, o Theatro 7 de abril(o mais antigo em funcionamento no Brasil), o Teatro Guarany, Catedral no Centro, a Igreja do Porto, os Casaróes na praça Coronel Pedro Osório, o Mercado Central e as Charqueadas em Pelotas; a igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Viamão.

Pontos turísticos

Cascata do Caracol em Canela.

Além dos monumentos históricos e das festas religiosas e populares, destacam-se na capital o palácio Piratini (sede do governo estadual), a catedral metropolitana, a igreja Nossa Senhora das Dores, o parque Farroupilha, o auditório Araújo Viana, a ponte móvel da travessia Getúlio Vargas, o morro Santa Teresa (cujo belvedere proporciona uma visão panorâmica da cidade), o Theatro São Pedro, e o hipódromo do Cristal.

No litoral contam-se alguns balneários conhecidos. Os principais são os de Torres, com as praias Grande, da Guarita, da Cal e a Prainha; e os de Rio Grande, com a praia do Cassino, os molhes da barra, o Navio Altair, entre outros, sem esquecer da praia da Capilha, na Lagoa Mirim. Em Capão da Canoa, estão localizadas as praias de Araçá, Arco-Íris, Guarani, Zona Nova, Noiva do Mar, Rainha do Mar e Capão Novo; em Tramandaí, as praias Jardim Atlântico, Oásis do Sul e Jardim do Éden.

Entre os pontos de interesse turístico da zona serrana, destacam-se as cidades de Canela, Gramado e São Francisco de Paula, com parques e cascatas. Também na região serrana se encontram as cidades de Caxias do Sul e Bento Gonçalves, centros de produção vinícola.

Eventos

Vista parcial do Parque de Exposições Mário Bernardino Ramos (Pavilhões da Festa da Uva).

Dentre as festas religiosas do estado, destacam-se, na capital, a procissão fluvial de Nossa Senhora dos Navegantes padroeira de Porto Alegre, em 2 de fevereiro; a festa do Divino, celebrada na igreja do Espírito Santo; e a procissão de Corpus Christi

Ainda na capital, realizam-se exposições anuais de animais e produtos derivados (agosto), a Semana Farroupilha (14 a 20 de setembro) e a exposição estadual de orquídeas (de a 8 de dezembro); em Santana do Livramento e São Borja realizam-se exposições agropecuárias (outubro); em Caxias do Sul, a famosa Festa da Uva (fevereiro); em Garibaldi é realizada a Fenachamp, festa Nacional do Champanha (fevereiro); e em Gramado, a Festa das Hortências (bienal) e a Feira Nacional de Artesanato (anual); em todas as cidades da campanha gaúcha realizam-se rodeios (reunião de gado para contagem, cura ou venda); em Pelotas acontece a Festa Nacional do Doce (Fenadoce), a maior feira do Brasil de doces, o evento acontece entre os meses de junho e julho no Centro de Eventos Fenadoce; em Rio Grande acontece a Festa do Mar, voltada aos frutos do mar, pescados em geral, acontecendo normalmente na época da Páscoa, bom como a FEARG, voltada ao artesanato, comércio e etnias locais, e a Festa de Iemanjá, realizada no dia 2 de fevereiro, recebendo umbandistas, fiéis e simpatizantes de várias cidades do estado e até de outros países. Em várias cidades do estado acontecem eventos literários conhecidos por Feira do Livro, destacando-se as de Passo Fundo, praia do Cassino e, principalmente, a de Porto Alegre. Em Santa Rosa, realiza-se a Fenasoja que atrai muitos visitantes de fora do país. Em Nova Bréscia, realiza-se todos os anos o Festival da Mentira.

Festivais de música nativista

Califórnia da Canção

A Califórnia da Canção Nativa é um evento musical considerado como patrimônio cultural do estado,[1] ocorre a cada ano em diversas cidades, com a final no mês de dezembro em Uruguaiana. Considerado pelo governo um modelo de divulgação da música regional rio-grandense, onde através da triagem de mais de 500 músicas com estilos regionais, na final é selecionada a melhor composição.[2] Danças típicas do estado são o bambaquerê (espécie de quadrilha), e congada (auto popular), a chimarrita (fandango), a jardineira (dança figurada e cantada, de pares soltos) e a quebra-mana (dança sapateada e valsada). Nas zonas de colonização alemã, realizam-se os kerbs, bailes populares que duram em geral três dias.

Um Canto para Martin Fierro

Ocorre em dezembro, no município fronteiriço de Santana do Livramento, é um dos maiores festivais de música nativista do estado.

Grito do Nativismo

O Grito do Nativismo Gaúcho de Jaguari tem sua origem no próprio contexto histórico do movimento dos festivais nativistas do RS. O festival ocorre anualmente no Clube de Caça e Pesca de Jaguari (CAPEJAR) no mês de janeiro. O último evento, em 2012 teve 427 canções inscritas, das quais 12 foram selecionadas[3]. No palco do Grito, convivem, democraticamente, todas as formas de manifestações da música sul rio-grandense. O festival aceita trabalhos que se alinhem em qualquer das tendências que dominam o movimento nativista do RS levando em conta somente a qualidade dos mesmos. Sem romper com as nossas origens rurais, nos aproximamos da realidade de um estado urbanizado e contemporâneo, valorizando, ainda mais, a nossa cultura como um todo.[4]

Ponche Verde da Canção Gaúcha

Ocorre no município fronteiriço de Dom Pedrito.

Culinária

A cozinha típica tem como prato principal o churrasco (pedaços de carne cortados de modo especial, colocados em espetos e postos a assar em uma churrasqueira). A bebida típica é o chimarrão (chá de erva-mate quente e amargo sorvido por meio de uma bomba). O vinho e o curtido de cachaça com butiá são outras das bebidas preferidas dos gaúchos.

Bibliotecas

Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul.

Das mais de duas mil bibliotecas existentes no estado as principais localizam-se na capital: Biblioteca Pública Estadual, Biblioteca do Exército, Biblioteca da Assembléia Legislativa do Estado, Biblioteca da Bolsa de Valores, Biblioteca da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Biblioteca do Colégio Anchieta. Sendo ainda que a biblioteca mais antiga do Estado, está localizada em Rio Grande, a Biblioteca Rio-Grandense.

Entidades culturais

Entre os principais estabelecimentos de ensino gaúchos destacam-se a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, ambas na capital; a Universidade de Passo Fundo (particular); a Universidade Federal de Pelotas; a Universidade Federal de Santa Maria; a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (particular), em São Leopoldo; a Universidade de Caxias do Sul (particular).

Entre as associações culturais, destacam-se o Instituto Histórico do Rio Grande do Sul, que edita uma revista desde 1860, a Academia Rio-Grandense de Letras e a Associação de Imprensa, em Porto Alegre. Funciona na capital, subordinado à Secretaria de Educação e Cultura do estado, o Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul.

MARGS visto da Praça da Alfândega, em Porto Alegre.

Museus

Ver artigo principal: Museus do Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul é, atualmente, o estado com maior número de museus do Brasil, somando 66 espalhados em seu território. Os museus mais importantes do estado são o Júlio de Castilhos, o Museu de Armas General Osório, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, o Museu de Arte Sacra e o Museu Rio-Grandense de Ciências Naturais, na capital; o Museu do Centro de Tradições Gaúchas Rincão da Lealdade, de produtos, trajes e objetos regionais, em Caxias do Sul; o Museu Antropológico de Ijuí; o Museu Histórico de Pelotas; o Museu Oceanográfico de Rio Grande; o Museu Histórico Vítor Bersani, em Santa Maria; o Museu Barão do Santo Ângelo, em Rio Pardo; o Museu Farroupilha, em Triunfo, instalado no antigo Palácio do Governo Farroupilha; e o Museu Colonial Visconde de São Leopoldo, em São Leopoldo.

Ver também

Ligações externas

Referências

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